Secrets Behind of Full Moon escrita por wolfievatic, Thaís Zymor


Capítulo 12
Lydia?


Notas iniciais do capítulo

Então galera, mais um capitulo fresquinho, boa leitura e não se esqueçam de comentar.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/613557/chapter/12

Eu tenho uma ideia do que encontraremos aqui e essa ideia não é muito boa. Lydia é uma banshee e ela me contou que ás vezes ela é levada por um instinto até corpos mortos. Eu não sei se quero encontrar um corpo, na verdade, eu não quero encontrar um corpo morto, mas ultimamente eu não tenho tido muitas escolhas então...

— Vamos dar uma volta por aqui, e ver se achamos algo. — Lydia diz avaliando o local.

— E se a gente achar algo? — Estou torcendo para ter sido apenas um engano de seu instinto.

— A gente liga para os meninos.

Então começamos a andar atrás de algo. Rodamos todo o campo mal iluminado — na verdade iluminado apenas luz da lua — ,por um tempo, mas não achamos nada . Estou sentindo um cheiro podre e bem desagradável. Será que a Lydia... Acho que não. Andamos mais um pouco e o cheiro fica mais forte. Estou ficando enjoada.

— Lydia, você está sentindo esse cheiro? — Pergunto.

— Não, que cheiro? — Ela pergunta confusa.

— Um cheiro podre, estranho. — Ela fica em silêncio por um minuto.

— Acho que já sei o que é.

— O quê?

— Nada não, só segue o cheiro.

Já vi que coisa boa não é. Estou me sentindo uma cachorrinha agora. O campo é rodeado por um enorme matagal e esse maldito cheiro nos faz entrar nele. Está bem difícil enxergar a meio do mato, ainda mais com essa iluminação.

— Lydia. — Falo baixo, porque estar nessa situação não me trás boas lembranças.

— O quê? — Ela sussurra.

— Não estou enxergando muito bem, como saberei que chegamos ou se não vou tropeçar em algo?

— Usa seus poderes. — Ah, como se fosse a coisa mais fácil do mundo. E como se eu soubesse.

— Como?

— Hum... Se concentra e se imagina enxergando melhor.

Fecho os olhos e imagino-me conseguindo enxergar tudo em minha frente. Abro os olhos e então enxergo tudo perfeitamente. Pelo menos algo eu sei fazer, fico feliz pela minha conquista.

— Funcionou. — Ela respira aliviada.

— Ótimo, agora segue em frente.

Volto a seguir o cheiro horrível, que está se tornando insuportável. Depois de mais cinco minutos de caminhada, o cheiro fica muito, muito, muito forte e eu avisto um pé humano. Oh, então é isso, um cadáver. Não sabia que tinha um cheiro tão insuportável assim.

— Achei. — Digo me segurando para não vomitar.

— Um corpo?

— É, eu acho. — Não sei se quero terminar de ver.O último corpo que eu vi não estava muito apresentável.

— Como assim acha? — Ela pergunta impaciente.

— Eu estou vendo um pé e não quero ver o corpo todo, okay?

— Ah, é isso. — Ela bufa — Então me empresta o seu celular. — Pego o celular no bolso e a entrego. Ela coloca em modo lanterna e vai até o corpo.

— Você não vai querer ver mesmo.

— Sem detalhes, Lydia.

— Está sem cabeça. — Engulo seco.

— Sem cabeça?

— É, sem cabeça. — Ela diz como se fosse a coisa mais natural do mundo.

— Preciso achar.

— Pra quê? Já está morto mesmo!

— Para de falar e me ajuda a achar.

— Não mesmo.

— Anne deixa de ser medrosa.

— Não sou medrosa! — Não sou medrosa, só não quero procurar uma cabeça.

— Então vem logo. — Respiro fundo e vou com ela atrás da tal cabeça. Vejo um vulto, e paro. — O que foi?

— Sh, acho que vi algo. — Ouço barulho de galhos e folhas pisadas. Olho para todos os lados, mas não vejo nada. Até que Lydia me cutuca.

— Eu vi, são dois lobisomens. — Ferrou.

— Corre! — Falo.

E então começamos correr. Lydia tropeça e cai. A ajudo a levantar, mas já é tarde demais. Um deles me joga longe e eu bato contra uma árvore fortemente.

— Ai. — Gemo de dor.

Lydia está lutando com um , enquanto o outro vem em minha direção. Ele tenta me dar um soco, mas eu desvio e ele bate na árvore. Tento correr, mas ele segura em meu braço e me joga no chão. Não sou uma fracote, tenho que bater nesse idiota! Concentro toda minha raiva e então me transformo. Levanto com facilidade e então vou para cima dele. Não sei lutar, então tento acertar o seu rosto, não dá certo. Ele me faz girar, então eu vou na direção da árvore, mas antes que eu bata nela, eu coloco as minhas mãos na frente e não deixo ocorrer o impacto. Lydia grita, eu olho para ela e nessa simples distração o garoto acerta minha cabeça.

Que dor é essa? Abro os olhos e me vejo deitada no matagal. Levanto rapidamente e olho em volta a procura de Lydia.

— Lydia? — Chamo, mas nada em resposta. Me desespero. Será que a levaram? — Lydia? — Chamo novamente e nada.

Ah meu Deus! Sinto algo vibrar em meu bolso. Tiro e vejo meu celular, chamada de Isaac. Atendo.

— Anne?

Ao ouvir a voz de Isaac começo a chorar. Não acredito que levaram a Lydia. E tudo porque eu sou uma imprestável, se eu ao menos soubesse usar meus poderes!

— O que houve? Você está bem?

— Levaram a Lydia, Isaac! — Praticamente grito.

— Onde você está? — Ele pergunta preocupado.

— No meio do mato. — Choro mais ainda.

— Anne, vocês foram para onde? — Pergunta Scott na linha.

— Não sei, ela disse que estávamos indo para a casa da Allison, mas viemos parar aqui.

— Descreva o lugar. — Ele diz firme.

— É um campo no fim de uma estrada, e tem um matagal em volta. — Explico da melhor forma que posso em meio ao nervosismo.

— Você consegue voltar para o seu carro e ir até um lugar movimentado para perguntar para alguém onde está?

— Acho que sim. — Digo sem muita certeza.

— Se pelo menos encontrar seu carro, me liga.

— Okay.

Desligo o celular e tento me localizar. Estou no mesmo lugar, então se eu correr na minha direção contrária, eu chego até o campo. Começo a correr, corro como nunca achei que fosse capaz e isso faz com que eu chegue rapidamente ao carro. Ligo para Isaac e não é ele que atende, é Scott.

— Achou o carro? — Ele pergunta.

— Sim. — Digo controlando minha respiração.

— Agora volta de onde você veio pela estrada e quando você achar alguém, pergunta onde você está.

— Okay.

Desligo o celular, entro no carro e dou a partida. Já estou andando por quase meia hora e nada, nenhuma pessoa avista. Meu combustível já está na reserva. Pego meu celular e então ligo para Isaac, sei que ele não vai atender, só não sei porquê.

— Fala. — Scott diz.

— Meu combustível está acabando e não tem ninguém nessa maldita estrada! — Scott bufa e fala alguma coisa com alguém.

— Acelera, você tem que encontrar alguém. — Stiles praticamente grita.

—Vou tentar, Stiles. — O celular apita, a bateria também está acabando. Ótimo. — A bateria do meu celular está acabando!

—Você tem uma sorte hein... — Stiles diz irônico.

— Pois é. — Coloco o cinto de segurança e acelero o carro.

— Tive uma ideia caso isso não dê certo.

— Então coloque em prática!-grito e celular desliga por falta de bateria. — Tem que dar certo! — Digo para mim mesma.

Ah não, não. O carro começa a parar, e então ele desliga. — Droga!— Dou uma porrada no volante. Espero que o plano do Stiles dê certo.

Já se passaram uma hora e eu estou mais aflita do que nunca. Será que terei que ficar aqui até amanhecer e uma alma bondosa aparecer? Que horas devem ser? E a Lydia? Onde ela está? Será que ela está bem? Começo a chorar novamente. Já estou com raiva dessa TPM, eu só choro nessa merda! Estou me sentindo uma fraca, uma inútil, dependente e eu não sou nada disso! Estou me odiando mais que nunca nessa vida. Ah Mary, cadê você? Preciso tanto de você, irmã. Meu braço está arranhado e sangrando, mas não sinto dor. Ouço um barulho de carro e então saio de dentro do meu e vou para o meio da estrada. Começo a pular fazendo sinal para um par de faróis. Seco minhas lágrimas com as costas das mãos, que estão sujas. Ao ver o carro se aproximar, percebo que é o jipe de Stiles e fico aliviada. Meu corpo está cansado e eu sinto que vou desmoronar. Mas não vou fazer isso agora, não posso. Isaac vem correndo até mim, o mais rápido que ele pode e me envolvo em seus braços. Ele passa a mão delicadamente pelo meu cabelo.

— Está tudo bem. — Ele diz ainda abraçado comigo. Queria tanto acreditar nessas palavras, mas não posso. Não com Lydia por aí.

— Não, não está.

— Digo, me afastando e olhando em seus olhos.

— Mas vai ficar. — Ele acaricia meu rosto.

— É o que eu mais quero.

— O que aconteceu? — Stiles vem até nós e com ele, Scott, Liam e Allison.

— A gente estava indo buscar a Allison...— Então eu contei tudo nos mínimos detalhes. Depois de contar tudo, Isaac me envolve em um braço lateralmente e isso me faz se sentir mais segura.

— Acho que isso foi uma armadilha. — Liam diz.

— Mas quem faria isso? — Allison diz aflita. Ela está tão inquieta, mas eu a entendo, é sua melhor amiga que está desaparecida.

— É o que temos que descobrir e descobrir o porquê.— Scoot diz firme.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Aonde será que Lydia tá? Quem será que a raptou? Não deixem de deixar sua opinião. Beijos até a próxima.