Voldemort, O Retorno escrita por DudaDudix


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

DESCULPEM PELA DEMORA!!!



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Pego um torrada, passo manteiga e como. Tenho que comer em dobro porque ( a ) estou com fome e ( b ) preciso de energia para o teste de Quadribol.


— Faz um tempo que a gente não se vê. — diz Nick sentando ao meu lado.


— Acho que desde que quarta. — respondo.


— Vai tentar entrar no time de Quadribol?


— Vou mas provavelmente não vou conseguir entrar.


— Que pessimismo.


— Não, estou só sendo realista. Ai, seu olho é muito legal. — ele ri e eu fico encarando seus olhos verdes.


— Não são mais bonitos que os seus.


— Não começa. E é óbvio que são mais bonitos, meus olhos não têm graça nenhuma, os seus são verdes... Por Merlim, eu tenho dever para fazer!


— Do que?

— Runas Antigas, nunca me arrependi tanto de ter escolhido alguma coisa, essa matéria aí tem magia negra envolvida.


— Eu posso te ajudar... claro que só se você quiser.


— Claro. Obrigado. Pode ser depois do almoço?


— Pode. Te encontro na Sala Comunal.


— Okay... Que horas são?


— Quinze para às nove.


— Santa Divergência! To atrasada! Até mais, Nick.


— Tchau. Bom teste.


— Valeu.


Levanto e saio correndo.


Quando chego na sala comunal da Grifinória, os meninos, que provavelmente farão o teste, já estão deixando a sala.


— Que pena, fica para uma próxima. — digo para mim mesma.


— Ei. — diz Jay. — Eu te espero.


— Pensei que eu tinha me livrado de passar vergonha.

— Vai ser legal.


— Ta... Já venho.


Eu já estou vestida para o teste, estava desde que fui para o café da manhã. Só vim para fazer minha "marca da sorte".


Quando eu era pequena e meu pai era vivo, eu, ele e minha mãe sempre estávamos juntos. Uns dias antes de ele viajar, ele disse que quando eu sentisse sua falta era para eu desenhar uma estrela no meu pulso.A estrela representaria ele, seria minha luz na escuridão.

Essa é a minha "marca da sorte".


Pego minha pena e tinta e desenho duas estrelas no meu pulso. Uma pela minha mãe a outra pelo meu pai.


— Estou pronta. — digo descendo as escadas.


— Vamos. — Jay diz.


Eu e alguns meninos ficamos no campo esperando alguém aparecer.

Bonnie e Ray acenam para mim da arquibancada, aceno de volta.


— Não sei se você sabe a o teste para o coral é lá dentro. — diz um garoto, tentando me provocar, vai precisar se mais para me colocar para baixo.


— Isso é muito machismo, estou indo embora! — escuto Bonnie gritar, vejo ela levantar mas Ray segura ela. — Vai comer cocô de trasgo, seu machista! — ela grita mais alto ainda para o menino que me insultou.


— Sua amiga baixinha vai me bater? Que medo. — ele diz e os outros riem.


— Não me subestime só por ser uma menina. — digo.


— Você sabe que vai perder, não é? — ele insiste em me irritar.


— Um conselho: tranque a sua opinião em uma caixa e jogue a chave fora. — digo.


— Uou! — exclamam os amiguinhos dele em volta.


— Eu ia pegar leve com você. — ele diz. —Mas agora não vou mais. Na primeira chance que tiver te derrubarei da vassoura.


— Não sei se sabia, mas não estou com medo das suas ameaças. — respondo.


— Por que não desiste logo?


— Porque não sou covarde como você que está tentando tirar os adversários mais fortes do caminho para poder vencer facilmente. — ele ri.


— Você? Adversária mais forte? Desista logo.


— Quem?


— Você.


— Pediu sua opinião, otário?


— Chega de "mi-mi-mi". — diz uma garota entrando no campo, que veio do vestiário. — Sou Mabel...


[…]


No teste tivemos que fazer três tarefas.

Na 1ª, cada um teve que criar uma estratégia. A segunda foi um teste do qual tivemos que desviar dos balaços, quem era atingido estava fora, fui a penúltima a ser atingida. Na terceira todos os jogadores estavam procurando o pomo. Eu achei! Voei baixo durante o teste inteiro devido ao meu medo de altura.


Antes de saírem os resultados, Bonnie e Ray desceram para o campo com um saco de gelo.


— Você se machucou? — pergunta Bonnie colocando o saco de gelo no meu ombro, que foi onde o balaço me atingiu.


— Um pouco. — respondo.


— Foi muito bem. — elogia Ray, se sentando junto comigo e Bonnie no gramado.


— Valeu. — agradeço.


— Que cara idiota, né? — reclama Bonnie.


— É mesmo. — concordo.


— Espera aí. — diz Bonnie se levantando e indo atrás do menino. — Vem cá, quero te contar uma coisa. — ela diz para ele se abaixar pois ela é muito baixinha. Quando ele abaixa, Bonnie aproxima a boca de seu ouvido e ela abre a boca para dizer alguma coisa mas antes de dizer ela mete um tapa na cara dele. Eu e Ray rimos.

— Pense nisso da próxima vez que for machista, otário.


— Rachel me contou sobre o Taylor. Eles são fofos, não são?


— São.


— Parem com isso. — diz ela batendo no meu braço, que bom que não foi no machucado.


— Já temos um vencedor. — anuncia Mabel, voltando do vestiário. — O novo apanhador da Grifinória é... ou devo dizer apanhadora porque agora não sou a única menina do time. A nova apanhodora é Kate! Parabéns. — diz ela vindo na minha direção.


— O que? Eu ganhei a vaga de apanhadora? — pergunto.


— Mas é muito lerda mesmo! — resmunda Ray. — Ganhou!

Parabéns! — ela me abraça. Bonnie faz o mesmo.


Mabel me parabeniza com um abraço também.


— Vamos para o vestiário. — ela diz.


— Claro. — respondo. — Vejo vocês mais tarde, meninas.


— Tchau. — elas dizem em uníssono.


É legal ser a primeira apanhadorA da Grifinória em 112 anos. Há 112 anos atrás, a apanhadora da Grifinória foi assassinada pelos meninos do time porque eles não queriam uma menina no time. Tomara que não me matem.


— Palmas para a nova apanhadora. — diz Mabel quando entramos no vestiário. — Vou apresentar você para o resto do time. Drake e Jamie são batedores. Mark, Connor e Derek são os artilheiros. E eu sou a goleira. — ela apontando para cada um ao dizer seus nomes.


— Oi. — cumprimento eles.


— Jamie te passa os horários de treino depois. — diz um dos meninos, acho que o Connor. — Como você chama mesmo?


— Kate. — respondo.


— Prazer. — ele diz sorrindo.


— O prazer é todo meu, é... Connor? — digo sorrindo de volta, ele assente.


— Connor só seduzindo as novinhas. — diz um outro, acho que Derek, batendo no ombro do Connor.


— Estou só sendo educado, Derek. — ele se explica. — Kate, não liga para ele não, tem a mente muito poluída. Você precisa de uma vassoura. Talvez Minerva nos deixe ir para Hogsmeade para comprar uma. — eu assento como resposta.


— Que bom que agora tem mais uma menina no time. — diz Mabel. — Eu não aguentava mais esses porcos.


Nós rimos. Eles continuam conversando, são muito amigos o que faz eu me sentir meio perdida.


— Ei, gente. — chama Connor. — Temos treino agora. — todos se levantam. Menos eu, está tão bom aqui sentada.


— É mesmo. — confirma Derek. — Vamos começar apresentando as estratégias para a novata.


— Certo. — diz Mabel pegando uma lousa com o desenho do campo.

Todos se sentam de novo menos Mabel, Connor se senta do meu lado direito e Jay do esquerdo. — Se eu explicar a estratégia de todos vai dar muito trabalho e confundir sua cabeça, então só vou falar a sua. A Grifinória usa essa estratégia desde os tempos do Potter, eu acho... Em fim, é bem simples, você só tem que ficar voando bem no alto — altura não. — para poder procurar o pomo e ficar meio fora do perigo dos balaços. Entendeu?


— Entendi. — digo. — Mas, talvez, se eu voasse mais baixo daria mais certo.


— Com todo o respeito, mas não vejo lógica nisso. — ela diz, não tem escapatória.


— É. Você tem razão.


— Beleza. Vamos lá, seus porcos e Kate.


Dou uma risadinha falsa e vou atrás deles para sair do vestiário.

Antes de passar pela porta sinto alguém me puxar.


Ai Merlim! É a altura! Ela veio me pegar.


— Ai, o que tem de errado com voar alto? — Connor, que me puxou, pergunta.


— Na-nada. — respondo, massageando o lugar que ele me puxou, não doeu mas quando eu minto não consigo ficar parada.


— Tem certeza? — ele insiste, seus olhos são tão negros quanto seu cabelo liso que bate no ombro.


— É... Não fale para eles, mas tenho medo de altura. — sussuro. — Eu sei que você deve estar pensando em como alguém com medo de altura vem fazer em um teste para...


— Não. Eu não acho isso. Seu segredo está seguro... Você está no 3º ano? — ele pergunto no caminho até o campo.


— Sim. E você?


— 5º ano.


[…]


— Nick, desculpa chegar tão tarde. — digo à ele na Sala Comunal.


— Tudo bem. Qual seu dever? — ele diz.


— Eu tenho que traduzir esse texto. — digo mostrando para ele o texto.


— Isso não é um texto, é uma lista de feitiços.


— É que a professora tem sotaque e eu não entendo nada. — ele ri.


— Antes de traduzir, eu sempre tento saber em que língua está.


— Ta... Eu acho que está em... Isso é muito estranho... Talvez em... Macumbês? — ele ri de novo.


— Língua do antigos vikings. — a língua deles se escreve igual a nossa, só que é com símbolos.


— Os vikings eram bruxos?


— Alguns sim... — ele pega o livro que tem a tradução das letras vikings para as nossas letras e me entrega. — Tente traduzir agora.


— Ta... Essa primeira letra é... "A"?


— Não, essa é a uma das únicas que eu decorei.


— Então é... "G"?


— Não.


— "F"? — ele balança a cabeça negativamente, faço uma careta e ele ri.


— É "r".


— Aff... As coisas eram mais fáceis no 1º ano... Uou! Consegui! Já sei que feitiço é esse! Tomem vikings antigos!


— Que feitiço é?


— Lumus.


— Isso mesmo! Bate aí. — bato na mão erguida dele.


— Vou fazer isso depois... Cansei. — ele sorri.


— Ta...


De repente as pessoas começam a gritar:


— Olhem! Tem avisos no quadro!


— O que é?


— Nossa!


— Vem ver!


— Que bagunça. — reclamo. — Cadê o monitor dessa casa? — Nick ri descontroladamente. — O que foi?


— Você é a monitora. — ele diz entre risos.


— Quê... ? Ah é! — me levanto e grito:


— Todo mundo se afasta do quadro! Agora! — as pessoas obedecem.


Me aproximo para ler o aviso:


"Baile do início do ano letivo
Esse ano, Hogwarts realizará um baile para o ínicio do ano letivo, será no próximo sábado.
Todos os alunos serão liberados para comprar suas roupas em Hogsmeade a partir de amanhã."


— Quero a atenção de todos, por favor! — peço. — No próximo sábado terá um baile e a partir de amanhã todos serão liberados para ir a Hogsmeade comprar suas coisas.


Algumas meninas ficam todas felizinhas e pulam de alegria. Eu não estou ligando muito porque odeio festas, bailes e qualquer do tipo.


— Você vai? — pergunta Nick.


— Para quê? Ninguém vai me chamar para ir e eu não gosto desse tipo de coisa. — respondo.


— E se alguém te chamasse?


— Depende da pessoa, mas eu não dançaria. Acho que eu vou dormir, estou meio cansada.


— Daqui a pouco eu vou também. Boa noite.


— Boa noite.


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