Pensão da tia Odete. escrita por Costa


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Gente, me desculpem pela demora. Eu não tenho andado muito bem para escrever. Tive alguns problemas esses últimos dias que me tiraram totalmente o ânimo. Um amigo me fez a gentileza de digitar esse capítulo para mim já que a história já está praticamente pronta e manuscrita em um caderno. Tentarei não demorar muito, mas peço que compreendam o meu lado. Não se preocupem, a história não será abandonada.
Sem mais, deixo-lhes mais esse e espero que gostem.
Forte abraço gente e obrigada por lerem!



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Eu acabei adormecendo junto com a Livia. Não sei quando aconteceu, mas ela me abraçou e era uma sensação muito boa. Ah, criatura, o que tu fez comigo para eu me apaixonar tanto assim? E esse filho agora? Eu adoraria que fosse meu, não vou negar. Mas, mesmo se for da besta, eu irei o amar também.

–Rogé, tá aí? –Camilo gritou da porta.

Ele começou a bater, mas não queria acordar a Lívia. Me estiquei até a cadeira e peguei o meu celular para ligar pra ele, mas como o Camilo não sabe esperar, abriu a porta. Como fui me esquecer de trancar?

–Que fofos! –Ele falou, quase sem som.

–Entra logo e fecha a porta. –Falei

Ele entrou, mas olhava para nós e parecia que teria um surto. Por que precisa ser tão espalhafatoso?

–Senta aí e não faz barulho. –Falei baixo, indicando a cadeira.

–Quando foi isso? Gente, vocês formam um casal tão meigo.

–Ela me encontrou hoje de manhã.

–Como? Não me esconde o babado. Quero saber tudo.

–Também não sei de muita coisa. A pobrezinha estava tão assustada e cansada que não quis perguntar muito, mas, pelo pouco que ela me contou, eu descobri que a besta a estava prendendo em casa e que tirou o celular e o carro dela.

–O Carlos?

–E que outra besta você conhece?

–Tô passado. Ele não ousou tocar na minha menina, ousou?

–Pior que sim. Se eu tivesse ele na minha frente agora, o matava.

–Entra na fila. Eu vou matar aquele desgraçado primeiro. Eu avisei pra ele pra não fazer mal pra minha menina.

–Parece que não adiantou. Mas isso não vai ficar barato. Eu posso até apanhar e ele me matar, mas eu vou vingar isso que ele fez com ela.

–Vocês foram fazer um B.O.?

–Até queria ir, mas a Lívia não quis.

–Ela está louca? Como pode não denunciar aquele animal?

–Ela está grávida.

–O Quê?! –Ele praticamente gritou e a senti se mexer nos meu braço.

–Fala baixo, não quero acordá-la. Ela estava muito abatida e precisa descansar.

–E é seu?

–Eu não sei. Nem ela sabe.

–Sabia, sabia que vocês tinham feito besteirinhas. Quando aconteceu?

O quê? Não acredito que ele está me perguntando isso. Esse aí tá ficando muito confiado.

–Ô Camilo, me desculpa, mas não vou te falar quando aconteceu. Tenha dó! Só quem precisa saber da minha vida sexual sou eu.

–Tá bom. Não precisa esse melindre todo. Mas eu ainda vou descobrir.

–Camilo, por favor.

–Tá bom, parei. Gente, que felicidade! Vou ser titio.

–Tio...Vai sonhando. Meu filhote ou filhota só vai me chamar de papai e a Lívia de mamãe. Você vai ser Camilo e só.

–Que Camilo, vai ser titio Camilo e, se reclamar, mando ele me chamar de titia Cami.

–Camilo, não abusa da sorte. Eu gosto de você, mas não vem querer estragar o meu filhote.

–Pode ter certeza que eu vou mimar muito ele. Tomara que seja uma garotinha. Titia Cami vai ensinar a fazer o cabelo das bonequinhas, a tricotar roupinhas, a se maquiar. Ela até pode se chamar Camila. Ai, que sonho!

–Sonho mesmo. Tá bom que eu vou te deixar fazer isso tudo. Se for garota, só vai se maquiar com 20 anos e não vai se chamar Camila. Tenha dó...

–Nossa, mas você é mesmo um homem das cavernas, troglodita!

–Dai-me paciência, meu Deus!

Eu escutei um pequeno risinho e vi que a Lívia estava acordada.

–Viu, acordamos ela. Culpa sua! –Falei.

–Minha? Você que estava aí, todo nervosinho, com ciúmes de um bebê que ainda nem nasceu.

–Desculpa falar, mas foi você sim. Acordei com o seu chilique perguntando do meu bebê. –A Lívia disse, rindo.

–Desculpa, minha rainha, mas esse louco aqui me tirou do sério. Tem certeza que quer mesmo ele como pai do seu bebê?

–Acho que sim, né? Se não aparecer nada melhor...

–Ou, dá pra vocês dois pararem? Não vai aparecer nada melhor não. –Resmunguei.

–Tá vendo? Eu o achava um fofo, mas descobri que é um troglodita. A mãe dele contou uns gostos dele duvidosos. Sabia que ele toca violão e gosta daqueles sertanejos do tempo da múmia?

–É mesmo, tia Cami? Me conta mais.

Eles estão fazendo pra me irritar. Tia Cami... Só faltava a Lívia dar ideia pra ele agora. Eu mereço.

–É sim, Lívia. Eu fiz ele tocar e cantar pra gente.

–Mas pergunta pra ele o que ele me fez tocar? Não, é, Camilo?

–Você bem que gostou.

–Gente, estou boiando aqui. Que música foi? –A Lívia perguntou.

–Ele me fez tocar os amantes, Lívia.

–Melhor do que aquelas suas antigas sertanejas. –Ele falou.

–Mas tinha que ser essa? Você fez isso de maldade. Ele ainda me ameaçou com o celular e as mensagens que trocaram, Lívia.

–Você não fez isso, Camilo. Nossa, você está ficando uma bicha má, hein!

–Se não fizesse isso ele não cantaria pra nós. Sabe que o seu bofe tem uma voz bonita?

–Jura? Ah, mas eu vou querer ouvir.

–Aguenta aí.

O Camilo saiu, provavelmente para buscar o violão, e a criatura me olhava com curiosidade.

–Por que você nunca me disse que tocava? –Me perguntou.

–Porque vocês iam me fazer cantar e tocar.

–Sabe que você fica mais bonito quando está bravo. –Isso, ela sabe como desmontar a minha fortaleza com palavras.

–Me desculpa por ter te acordado. –Falei.

–Eu adorei ter acordado. Foi bom ver e conhecer esse seu lado de pai babão. Não esperava isso de você. Você sempre foi tão fechado.

–Só sou por fora. Eu sou mais do que aparento, amore.

Amore? É italiano?

–É, eu acho. Saiu. Ficaria estranho te chamar de docinho de coco ou de xuxuzinho. Não gosto de coco e chuchu dá muito. Não ia pegar muito bem.

Ela não aguentou e começou a rir do meu comentário. É assim que eu gosto de vê-la: Feliz e alegre como sempre foi.

–Acho que por esse seu humor e personalidade é que me apaixonei.

Ela falou que se apaixonou por mim. Ouvi direito?

–Como? Você também se apaixonou por mim?

–De todas as pessoas que eu poderia ter procurado para me ajudar, a primeira que pensei foi em você. Ainda tem dúvidas de que é meu amore?

Não aguentei e a beijei. Como era bom poder sentir novamente o sabor daqueles lábios. Estou totalmente fisgado por ela.

–Opa, foi mal. O bebê ainda nem nasceu e já estão praticando para fazer outro? –Camilo, impertinente como só ele sabe ser, apareceu.

–Camilo, por favor, não recomeça. –Pedi.

–Tá, só vim te trazer o violão. O Jorge, meu amorzinho, me chamou para passearmos com o Ricky no parque. Não falei nada que você estava aqui, Lívia. Achei que não queria ainda que o povo soubesse. –Ele explicou e me jogou o violão em cima.

–Ainda não, Camilo. Mais tarde eu aviso pra eles. Obrigada.

–Tchau e juízo, hein! Os dois.

Ele saiu mandando beijinhos. Eu levantei e passei a tranca na porta. Não queria mais que ninguém nos incomodasse. Tentaria, mesmo que isso fosse um pouco doloroso, fazer com que a Lívia me contasse tudo. Deixei o violão encostado na parede, me sentei ao lado dela e a puxei para mais perto. A senti ficar um pouco tensa. Acho que notou o que eu queria.

–Podemos conversar? –Perguntei.

–Acho que sim. É melhor falar de uma vez, não?

–Se você estiver segura.

–Não totalmente, mas é preciso. Lembra quando começamos a trocar mensagem?

–Lembro.

–Eu já estava quase decidindo me separar do Carlos. Ele estava estranho. Quase não parava em casa e havia começado a se meter com um pessoal meio barra pesada. Lembra que ele viajava, mais ou menos, de 15 em 15 dias?

–Lembro sim.

–Ele passou viajar semana sim, semana não. Descobri que ele havia perdido o emprego.

–Ué? Estava te traindo?

–Antes fosse. Eu queria arranjar um emprego, mas ele não queria deixar. Eu já estava com um quase certo em uma padaria lá perto, mas ele arrumou um jeito para não me contratarem.

–Queria te deixar financeiramente dependente dele?

–Exatamente. Continuando, ele perdeu o emprego e as dívidas continuavam. Ele pegou empréstimo com um agiota.

–Péssima ideia. Esse pessoal tem uma fama...

–E não é só a fama. Como forma de quitar a dívida ele começou a trabalhar para ele como cobrador. Essas viagens dele eram para isso.

–E como descobriu isso tudo?

–Ele tomou uma facada, de leve, de um devedor e apareceu com o ferimento em casa. Eu o espremi um pouco e ele acabou contando.

–Mas quando ele te bateu?

–Quando ele, sem querer, pegou meu celular e viu uma mensagem que eu mandei para minha mãe falando que estava pensando em me separar. Ele se descontrolou. Eu já não reconheço mais com que me casei.

–Mas você já está sem celular há um tempo e essa parece ser uma marca recente. Ele te bateu mais que uma vez?

–Sim. Na primeira vez eu tentei sair, ir embora, mas ele quebrou meu celular e me tirou as chaves do pitanga. Além de ter colocado um amigo dele para me vigiar enquanto viajava.

–É um desgraçado! Como pode ousar em te tocar estando você grávida?

–Ele não sabe que estou.

–Não?

–Não. A verdade é que não o quero como pai do meu bebê. Assim que descobri minha gravidez, a intenção que tinha era me afastar de todos, voltar para a casa da minha mãe e criar meu filho sozinha.

–Mas e eu?

–Não achei justo fazer você arcar com um filho que nem sei se é seu.

–Ele é meu, tendo meu sangue ou não. Não fale nada para ele. Eu assumirei essa criança.

–Você pode não aparentar, mas tem bom coração. Agora sei o porquê me apaixonei.

–Eu, sinceramente, não sei porque te amo, mas foi a melhor coisa que já me aconteceu.

Troquei um beijo rápido com ela e lancei uma pergunta que ainda me encucava:

–Como conseguiu fugir?

–Eu disse que ia embora e começamos a discutir, ele partiu para cima de mim e me acertou no olho...

–desgraçado!

–... Eu caí, mas perto da vassoura. Consegui acertar o cabo nas pernas dele e o fiz cair. Um chute bem dado nas partes baixas o tirou de campo por uns minutos. Corri para fora e peguei o primeiro ônibus que vi.

Não pude deixar de esboçar um sorriso. Meu amore é boa de briga.

–Bom saber disso, assim nunca tentarei fazer nada contra você.

–É bom mesmo.

Escutamos um buzina na rua e a Lívia, assustada, falou:

–É o pitanga!

–Não é não, é só impressão...

Ela nem deixou eu terminar e correu para a sacada.

–Não falei?!

Eu fui até lá para ver e realmente era o Pitanga. O Pior era que a besta estava vindo para cá. Dessa vez eu mato ele, ah se mato.

–Liga pra polícia e não saia daqui. A coisa não vai ficar bonita. –Falei e comecei a ir para a porta, mas a Lívia me segurou pelo braço.

–Por favor, não vai.

–Eu preciso ir. Só o seu Rodolfo e a dona Odete estão na pensão. Eles não conseguirão se defender dele.

Ela assentiu com a cabeça e eu corri para baixo. A besta já discutia na entrada com o casal.

–Era você mesmo que eu queria ver. Onde está minha mulher? –Ele falou.

–Não interessa onde ela está. Some daqui! –Gritei.

–Me fala onde está a minha mulher, seu merda.

–Merda é você que bate em mulher. Tu merecia é estar na cadeia.

Eu vi, de rabo de olho a expressão de surpresa e desaprovação do velho casal. Eles falavam e censuravam a besta, mas eu nem prestava a atenção na conversa. Meu foco era nos movimentos dele. Por nada eu deixaria ele passar da entrada e chegar até a mulher que eu amava.

–Onde está a minha mulher? Eu já estou ficando nervoso!

–Ela não é sua mulher. Você a perdeu quando começou com esse comportamento.

–Ela está aqui, não está?

Ele tentou passar por mim, mas lhe dei um soco que o levou ao chão. Ele era mais alto e mais forte que eu, mas não era dois.

–Tu tá querendo morrer. –ele falou e se levantou do chão.

–Ninguém vai mais brigar aqui! –Seu Rodolfo se colocou entre nós.

–Sai daí, velho. Não quero te machucar. –A besta disse.

–Seu Rodolfo, deixa que eu me...

Nem consegui terminar de falar porque aquele animal empurrou o pobre senhor para o chão. A dona Odete correu para socorrer o marido. A besta, se aproveitando do caminho livre, veio para mim como um touro furioso. Como previ, a coisa seria feia. Nos atracamos de um tirar sangue do outro. Ele tentava me jogar no chão para subir até os quartos, mas eu, mesmo já todo machucado e com dor, o segurava e nós voltávamos a nos atracar.

Não sei exatamente por quanto tempo ficamos assim, mas dei graças a deus que a polícia chegou e desapartou a briga. Mas, na confusão, eu também fui algemado. E jogado em uma viatura, mesmo com os protestos de dona Odete e seu Rodolfo.

Resultado: Todo mundo para a delegacia. Nos jogaram em celas separadas para não nos atracarmos mais. O estado dele não estava bom, estava com a roupa rasgada e a cara melada de sangue, mas acho que o meu estado devia estar pior. Acho que meu nariz foi quebrado e o meu ombro, no mínimo, deslocado, já que doía muito e eu nem conseguia me mexer direito. Mofei lá por algumas horas até um policial me chamar e eu ser liberado.

–E eu? Vão me deixar aqui? –A besta esbravejou.

–Depois que tu fez, tu vai mofar um bom tempo aí, camarada. –O policial falou.

Eu coloquei o meu sorriso vencedor e sai de lá. Na recepção a Lívia estava me esperando, banhada em lágrimas, junto ao Camilo. Assim que ela me viu, correu e me abraçou.

–Ai, menos apertado, por favor. –Pedi.

–Achei que fosse te perder.

–Eu não estou totalmente inteiro, mas estou aqui.

Camilo também vinha me abraçar, mas desistiu na metade e me olhou com uma cara que acho ser de nojo.

–Você não está inteiro não. Parece que um caminhão te passou por cima e ainda voltou de ré. Que horror! –Camilo se manifestou, mas estava tão dolorido para contestar.

Acabamos de preencher aquela papelada e toda a burocracia daquele lugar e fomos para o hospital por insistência do Camilo. Ele não queria que eu ficasse com o nariz torto depois que sarasse. Insistiu que eu tinha um nariz bonito demais para isso. Chegando lá, encontramos com dona Odete e o Jorge, que esperavam por notícias do seu Rodolfo.

–Você está péssimo! –Jorge exclamou.

–Sei que estou. Como está o seu Rodolfo? –Perguntei.

–Ele quebrou o braço, mas logo vai sarar. Obrigada, meu filho. Se não fosse por você, não sei o que o seria de mim e do meu velho. –A velha senhora me agradeceu com um abraço, pelo menos não apertou tanto quanto a criatura.

Ficamos lá algumas horas, até eu ser atendido e darem alta para o seu Rodolfo. Depois disso seguimos de volta para a pensão. Já era noite e eu estava morto de cansaço. Compramos umas pizzas, nos alimentamos e cada um foi para o seu cantinho. A Lívia, como não tinha mais o quarto dela, foi para o meu, para o nosso. O pessoal não estranhou a atitude porque, mesmo não falando que estávamos juntos, o nosso jeito carinhoso um com o outro acabou por nos entregar.

–Acho que essa cama vai ser pequena para nós dois. –Ela falou, um pouco sem graça.

–Eu tenho um colchão inflável no guarda-roupa. Espera só um pouco.

Peguei aquele treco e arrumei no chão com certa dificuldade já que só tinha um dos braços livres. Tirando o nariz, eu não tinha quebrado mais nada, mas havia deslocado o ombro e estava com vários hematomas.

–Onde estão as cobertas? –Lívia me perguntou.

–Primeira porta. –Disse, apontando para o guarda-roupa.

Ela pegou alguns lençóis e começou a arrumar no colchão no chão. Eu agradeci, mentalmente. Não conseguia nem abaixar direito. Assim que ela terminou, já ia se deitar, mas reclamei:

–Ei, você dorme na cama.

–Nem pensar. O quarto é seu e já estou invadindo. Além do mais, você está todo machucado por minha causa.

–O quarto é nosso e você vai dormir na cama. Está grávida e não pode ficar se abaixando aí.

–Nossa! Mas mal te assumi e você já está mandando em mim?

–Se você não pensa, eu sim. Tenho que proteger o bebê.

–Mas a Camila vai ter um muito bom pai.

–Ela não vai se chamar Camila! –Revirei os olhos só de imaginar.

–Não. Se for garoto vai ser Camilo. –Me disse, rindo.

–Isso, zomba mesmo. Se aproveita que eu estou dolorido demais para rebater.

–Tadinho! –Zombou de mim, de novo.

–Da próxima vez, coloque o Camilo para apanhar por você.

–Tá bom, me desculpe. Eu tenho que dar o meu braço a torcer e te agradecer. Ninguém nunca fez por mim o que você fez hoje. Segunda vez que me salvou a vida.

–E se precisar de uma terceira...Só espere eu me curar primeiro e, por favor, não se meta em nenhuma enrascada até lá. Você é muito complicada. –Falei e ela começou a rir.

–Você também é complicado. Como fui me apaixonar por você?

–Eu me pergunto o mesmo todos os dias.

Ela se aproximou de mim e me beijou. Sabia onde aquilo terminaria, mas, no meu estado deplorável de farrapo humano, não conseguiria chegar aos finalmente. Decidi parar e a deixei mais acesa como nunca. Será que me apaixonei por uma tarada ou são os hormônios da gravidez? Ouvi que elas ficam assim grávidas.

–Calma louca, olha o meu estado.

–Você começou, você vai terminar. –Ela me puxou e recomeçou seu jogo de sedução. É, não teria jeito, teria que terminar o que ela começou, mesmo sabendo que levantaria amanhã mais arrebentado do que eu já estava. Essa mulher ainda vai me matar.

Continua.


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