Sarada, Tadaima. escrita por Mrs Fox


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Estou trazendo uma one pra compensar a falta de capítulo de Naruto Gaiden de ontem. Como estamos no suspense, usei uma das teorias (uma das mais lógicas pra mim) que foram feitas para os mistérios por trás do Sasuke e da Sarada.

Que dedicar este capítulo para meus leitores da minha outra fic, A Nova Uchiha, especialmente para a Lee Cruz, que é pra ela colocar um sorriso no rosto! :D

é isso, desculpa pelos erros e boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/613362/chapter/1

Depois de 12 longos anos ele estava de volta, assim que colocou os pés dentro da vila os dois ninjas que estava na guarda da entrada lhe interromperam o caminho, mas bastou lhes dizer o nome para que eles lhe permitissem passar sem grandes problemas, com as expressões mais chocadas que se podia existir. Porém só foi andar pelas ruas da vila para saber que tinha se enganado, poderiam ter expressões muito piores, algumas curiosas com a falta de reconhecimento, outras surpresas com a sua volta depois de tanto tempo longe. Ao passar em frente a churrascaria avistou um de seus antigos colegas de classe do tempo da Academia Ninja, este estava acompanhado por uma garota de pele do tom do café e possuía olhos muito dourados, o homem pareceu surpreso no começo, mas logo em seguida acenou com uma alegria serena que ele não compreendia de onde podia vim. Se limitou a responder com um aceno com a cabeça, naquele momento não tinha tempo para conversas, algo que nunca foi muito inclinado a fazer, então continuou seu caminho ouvindo a voz curiosa da garota.

- Otou-san, quem é esse?

- Esse é o pai da Sarada-chan, ChouChou.

- O QUE?

Sarada. Ele sentiu suas pernas aumentarem o ritmo, mas sabia que não tinha motivo concreto para toda aquela ansiedade, não quando tudo estava tão perto. Mesmo com as mudanças ocorridas na vila sabia exatamente onde estava sua casa, ainda se lembrava de como sua mulher ficou dias lhe atormentando com a aparência casa, semanas antes de se casarem, falando sobre divisão de cômodos, materiais e outras coisa que ele não entendia. Com o objetivo de se livrar do assunto que nada conhecia, deixou a tarefa na mão da noiva pedindo somente que a casa fosse espaçosa e discreta a olhares exteriores, no final ela pediu ajuda para o antigo capitão de seu time que parecia gostar muito do assunto e lhe auxiliou em todos planejamento. No final até mesmo ele se agradou do resultado, principalmente por conta das arvores que circulavam todo o terreno, dando-lhe a sensação de privacidade quando em casa.

Porém quando chegou ao destino, se surpreendeu que a maior casa da rua estivesse completamente desmoronada, restando somente pilhas de madeira e concreto. Não planejava ir ter com ele antes de ver ambas, mesmo que fosse sua obrigação se reportar assim que chegasse de uma missão, - principalmente uma importante como esta - mas a estranheza da situação só poderia ser explicada por aquele que devia cuidar de tudo e todos. Não quis saber de uma caminha sossegada pelo lugar, saiu saltando por entre os telhados, sendo nada mais que um vulto para todos aquele que foram capazes de lhe acompanhar com a visão. Dispensou portas e escadas, indo diretamente para janela da grande sala, porém chegando lá teve de esperar alguns minutos até que um trio de garotos saisse sendo guiado pelo sensei.

- Sasuke, não me diga que está se escondendo.

- Estava dando tempo para tratar de seus assuntos, Naruto.

Sasuke entrou na sala, sendo recebido por um forte abraço vindo do loiro sorridente, ele próprio não pude deixar de sorrir ao encontrar seu grande amigo após tantos anos longe de todos.

- A quanto tempo chegou? Como foram as coisas?

- Alguns minutos. - porém ele não estava interessado em contar-lhe qualquer coisa. - Naruto, porque minha casa está destruída?

- Ah, isso. - ele falou mais calmo. - Pelo que Shizune me contou, a Sakura-chan não segurou seu gênio e acabou golpeando o chão com mais força que precisava, - Naruto passou a mão na cabeça se lembrando de quando aquela fúria o atingia - depois disso ela desmaiou.

- Desmaiou? - Sasuke sentiu sua garganta se fechar. - Aonde ela está?

- No hospital, Sarada-chan levou ela para lá, - sentiu um calafrio ao ouvir seu nome, mas ignorou.

- Como ela está? - perguntou apressado.

- Estou com um Bushin lá, já que não posso sair dessa sala por hoje, mas só vou saber te informar se desfizer o jutsu.

- Eu vou para lá.

Chegando no hospital foi diretamente para recepção, ao chamar a atenção da recepcionista, sentiu que essa o olhou admirada, mas deu pouca importância aquilo, como já fizera tantas outras vezes.

- Qual quarto Uchiha Sakura está? - perguntou sem rodeios.

- Não posso passar informações sem saber seu grau de parentes com a paciente.

- Sou marido dela. - ele observou as expressões da mulher se tornarem espantadas antes que essa começasse a falar.

- Uchiha Sasuke-sama? Oh, um momento. - observou os dedos frenéticos da mulher correr pelo teclado. - Sakura-senpai está no 4° andar, quarto 413.

Não se preocupou em dar qualquer agradecimento, simplesmente se virou e saiu pelos corredores a procura do quarto, quando finalmente chegou no corredor certo viu uma enfermeira conversando com Naruto na porta do quarto, essa saiu assim que percebeu sua aproximação lhe lançando um olhar desconfiado, o clone de Naruto teve praticamente a mesma reação que o original quando lhe viu, correu e o abraçou com uma força desnecessária.

- Naruto, eu já vi seu eu original. - falou me soltando.

- Ora Sasuke, deixe de ser um baka e não estrague o momento.

Mas não era Naruto que ele queria ver naquele momento, e sim a mulher de cabelos rosas que dormia tranquilamente na cama do hospital. Tocou na sua pele, se recordando de todas as sensações maravilhosas que ela havia lhe proporcionado anos antes de partir, afastou uns fios de cabelo da testa suada e pousou dois dedos alí, como tinha se tornado um costume.

- O que aconteceu com ela?

- Shizune-san disse que foi um colapso nervoso, provavelmente por ela ter destruído a casa sem querer, mas ela vai ficar bem.

- Quem é você?

Ambos ouviram a voz jovem, porém forte, e se viraram para porta. Vinha de uma garota de pele clara, cabelo curto e escuro, de olhos negros acompanhados por óculos. Apesar da roupa própria para combate, Sasuke não viu nenhuma bandana, deduzindo que a menina devia estar na academia. Mas o que lhe chamou a atenção foi os olhos da garota, além de familiares eram frios e inteligentes, como se fossem capazes de guarda uma grande quantidade de informações e analisar situações com facilidade, naquele momento ela devia o ter considerado uma ameaça, já que tomou uma posição defensiva, segurando um papel fortemente na mão.

- Sarada-chan, você não está reconhecendo o seu Otou-san? - Naruto falou despreocupadamente. - Bom, vou deixar você sozinhos. - e sumiu numa nuvem de fumaça.

O choque passou entre ambos em expressões forçadamente contidas. Aquela era sua filha, o bebê que anos atrás ele foi obrigado a se separar estava na sua frente, andando, falando, e provavelmente, se formando na academia. Foi aí que o choque do quão grave foi a separação caiu sobre si, ele não tinha visto nada, nenhuma palavra, nenhum passo, nenhum questionamento, treinamento, ou ensinado algum jutsu. Coisas que antes de partir não tinham tanta relevância quanto garantir seu bem estar, se tornaram extremamente dolorosas e importantes sem ao menos pedir permissão. E ele sofreu por aquilo.

Por outro lado Sarada não sabia o que fazer com tantos sentimentos confusos dentro de si. Ao mesmo tempo que se sentia feliz por saber que seu pai existia, que era mais que uma figura mitológica, se sentia desolada por sentir que estava na frente de um estranho qualquer. Se por um lado ela queria correr e abraça-lo, por outro não conseguia ter o mínimo conforto por sua presença ali, afinal, por que voltar após tanto tempo? Aquele homem era alto e imponente, o olho que não estava coberto pela franja era tão negro quanto o seu, por mais que Sarada tentasse negar, sabia que a semelhança entre ambos era muito grande para não ser notada, sua mãe tinha razão ao dizer que ele era um homem bonito, isso se ela fosse realmente sua mãe. E no meio daquele tornado de sentimentos no seu peito, na confusão da sua cabeça, ela se lembrou da foto em sua mão e escolheu a raiva como guia de suas ações.

- O que você veio fazer aqui?

Sasuke se surpreendeu com o tom gélido da voz, a raiva que ela sentia era quase que palpável, lembrando muito a si mesmo.

- Tenho certeza que Sakura não lhe ensinou a tratar os outros dessa maneira.

- E como você pode ter certeza disto se nunca esteve por perto?

- Tsc. Você é petulante. - ele soltou depois de um tempo sem saber o que dizer.

- Você não tem o direito de dizer o que eu sou ou deixo de ser, não depois de tanto tempo. - ela fechou a mão em punhos, sentindo uma grande dor percorrer seu corpo.

- Sarada, eu tinha coisas a fazer.

- Coisas como abandonar sua família por doze anos? - ela sentiu um forte aperto na garganta, sabia que era o choro que estava vindo, mas não iria ceder, não na frente dele.

- Sarada, o que eu fiz foi necessário. - ele tentou usar o tom calmo - Não teria deixado vocês se não acreditasse que sua Okaa-san não fosse capaz de proteger vocês.

- OKAA-SAN? - ela não tinha mais o controle sobre si, porém não se importou - QUE MÃE? - Sasuke se espantou com aquilo - UCHIHA SAKURA OU ESSA QUE TAMBÉM USA ÓCULOS COMO EU?

Sarada jogou a foto amassada no chão, Sasuke observou a foto do antigo Time Taka, entendendo o motivo de dúvida da filha, afinal nem ele nem Sakura usavam óculos. Quando olhou para cima viu um olhar feroz no seu rosto em fúria, aquilo o atingiu de uma forma que não imaginava ser possível, entretanto, antes que pudesse falar alguma coisa, a menina saiu correndo.

- Sarada!

Sua voz trovejou pelo corredor fazendo muitos rosto se virarem assustados, a menina continuou a correr enquanto ele avançava em passos largos. Quando atingiram a saida do hospital, Sarada pulou para uns dos telhados tentando colocar o máximo de distância entre si e aquele que se dizia seu pai. Sasuke cogitava deixar de brincadeira de lado e alcança-la com facilidade, usando seu jutsu de substituição do Rinnegan, porém sentiu que a filha tinha de descarregar toda raiva antes de tentar uma aproximação, preferindo deixar as coisas daquele jeito. Quando percebeu que a velocidade habitual não seria o suficiente, usou umas das técnicas que tinha aprendido com Sakura, e canalizando o chakra nos pés acelerou a velocidade, mas não foi o suficiente já que Sasuke percebendo sua técnica, tratou de aumentar a velocidade. Ela puxou algumas kunais, e atirou em sua direção, porém ele desviou o percusso de todas usando a espada com uma facilidade que a surpreendeu.

Ao atingirem um dos campos de treinamento Sarada entendeu que não conseguiria fugir, e mudando de tática, resolveu atacá-lo, porém não obteve muito sucesso na tarefa já que todo golpe era facilmente desviado pelo seu pai, não importava o quão rápido ela tentasse o atingir, ele não se dava o trabalho sequer de bloquear seus movimentos. Sasuke sabia que devia parar aquela luta antes que ela se machucasse, todavia, a vontade de ver o desenvolvimento da filha não lhe permitiu tal coisa, com certeza era habilidosa, seu taijutsu era simples, mas era tão bem aplicado que faria mais efeito em uma luta do que se utilizasse movimentos complexos, ele não pode deixar um breve sorriso escapar. Talvez não fosse a melhor situação, mas se sentiu orgulhoso.

Por outro lado isso deixou Sarada ainda mais irritada, ela se colocou a uma distância antes de avançar, primeiro colocando chakra nos pés para aumentar sua velocidade, depois para aumentar a força do golpe. Vendo o esforço da garota, ele escolheu ser golpeado, talvez aquilo a acalmasse, cruzou os braços na frente do rosto quando a voadora veio, o golpe o arrastou quase dois metros para trás, mas fora o ardor na pele nenhum dano foi causado. ainda assim ficou admirado com o controle de chakra da garota, com certeza ela havia treinado muito com a mãe. Com um grunhido de frustação, Sarada aproveitou o apoio do braço e saltou para trás, ela tinha gastado mais chakra do que o necessário para o chute, a superioridade que ele tinha sobre ela era tremenda, o que só serviu para a deixar ainda mais irritada; foi então que começou a fazer a sequencia de selos, utilizando do estilo Katon para tentar vence-lo.

Não havia dúvidas que aquele era o jutsu estilo Katon exclusivo do Clã Uchiha, o alcance era menor, e a intensidade também, mas o fez desviar das chamas curioso para saber como a filha tinha aprendido um jutsu que era passado verbalmente para as gerações.

- Sarada, como você...

Porém a frase não pode ser concluída. Ela estava com raiva, nem mesmo seu jutsu mais poderoso surgira efeito sobre ele, foi quando ela sentiu algo crescer dentro de si, como se seu chakra fosse multiplicado e expandido para fora de seu corpo. Antes que fosse capaz de perceber, um chakra rosa em forma de caveira brilhava a sua volta, a figura ia somente até o dorso, porém ainda era bastante imponente. Sasuke se amaldiçoou por deixar as coisas chegarem aquele ponto, era obvio que caso ela não fosse capaz de conter a raiva que sentia dele seu Sussanoo se tornaria mais forte que o selamento do óculos. Deu uns passos a frente, não sabia como fazer aquilo nem como ela reagiria, mas pela primeira vez ele teria de usar a autoridade que lhe foi concedida pela paternidade.

- Sarada, desative o jutsu.

- Vai embora! – suspirou, ela com certeza era tão teimosa quanto a mãe poderia ter lhe ensinado a ser.

- Não me obrigue a subjuga-la.

- Tsc. Não seja convencido, Shannaro.

O punho da caveira desceu em direção a Sasuke, porém antes que pudesse atingi-lo uma mão roxa envolveu um punho rosa detendo o movimento, Sarada observou que o estilo da figura era semelhante a sua, mas, mesmo que estivesse somente até o dorso, a diferença de capacidades era altíssima, foi quando uma forte dor lhe atingiu atrás dos olhos, ela sentiu a proteção de chakra se desfazer e caiu de joelhos no chão com fortes dores e sangue escorrendo.

- Você está bem? - Sasuke perguntou, sabia que tipo de dor a garota sentiu.

- Se eu estou bem? Você por acaso tem ideia do que é não ter um pai há 12 anos? - ela jogou todo rancor e tristeza naquela. - Sabe o quanto eu me senti sozinha?

- Seus avós foram assassinados quando eu tinha 8 anos, junto com todo o resto do nosso clã. Eu sei bem o que é solidão Sarada.

Ela olhou para cima, encarando aquele rosto sério, já tinha ouvido falar do massacre do Clã Uchiha a mais de vinte anos atrás, mas nunca tinha dado a devida importância para aquilo, ou como afetava a sua vida. Foi ouvindo as palavras daquele que era seu pai que finalmente percebeu os efeitos daquilo sobre si, seus avós morreram, junto com tantos outros parentes, talvez ela tivesse tios ou primos como alguns colegas da Academia, e seu pai era a ligação que tinha com todos resto do seu clã. Oito anos, pensou, era muito cedo pra se perder alguém, claro que vindo de uma família ninja a morte era uma ideia constante, mas todos de uma só vez?

- Então o problema foi comigo? - ao ver a parcela de dúvida no rosto masculino, resolveu explicar. - Okaa-san disse que você foi embora um tempo depois que eu nasci.

- Sarada, - ele ando até ela, se abaixando para ficar em sua altura. - eu nunca me senti tão completo quanto no dia em que você nasceu, você e sua mãe me trouxeram tudo aquilo que e perdi um dia, família.

- Então por que? - aquela resposta a aqueceu, mas ainda precisava dos motivos.

- Por conta do seu tipo Sharingan.

- M-meu Sharingan? - ela perguntou assustada com a revelação.

Sasuke se levantou e andou até um tronco de arvore caído no chão, ao perceber que a garota continuava no mesmo lugar, fez um breve sinal com a mão chamando para junto de si, ela se levantou a foi até Sasuke, parando em pé em sua frente, este pegou um pequeno de atadura branca do bolso e estendeu para a menina.

- Limpe isso. - pegou o pano murmurando um pequeno obrigada.

- Sua okaa-san lhe ensinou o que é o Sharingan?

- O doujutsu do Clã Uchiha que permite ver o fluxo de chakra e analise maior de genjutsus, ninjutsus e taijutsus. - sorriu ao ver que assim como a mãe, a menina era praticamente um livro ambulante.

- Correto, mas isso no primeiro estágio. - ele pegou um graveto e desenhou uma bola com as três vírgulas dentro, ao lado fez os padrões do seu próprio Mangekyou Sharingan, e Magekyou Sharingan Eterno. - O Sharingan pode se desenvolver em condições especiais, mas você Sarada nasceu com o segundo estágio, o Mangekyou Sharingan, você não tinha nem seis meses quando ativou o Sussanno pela primeira vez depois que caiu do berço, era só um brilho rosa. Sua mãe acha que foi um feito do Rinnegan que ganhei lutando na Quarta Guerra Ninja, mas se você continuasse usando o jutsu involutariamente toda vez que fosse ameaçada, iria ficar cega.

- C-cega? - o choque no rosto de Sarada era evidente, Sasuke acentiu a cabeça sério.

- Sakura criou um jutsu de selamento e colocou no seu óculos, mas conforme você crescesse seu chakra iria aumentar e você iria acabar usando os jutsus do Mangekyou. Foi a primeira vez que você ativou o Sharingan? - ela balançou a cabeça que sim. - Não é de se espantar que Sakura tenha desmaiado tão fácil, ela deve ter refeito o jutsu recentemente para conter seu chakra, mas isso deve estar cada vez mais difícil já que você usou Sussano mesmo com o óculos. Foi por isso que eu resolvi partir, pra achar alguma cura, não poderia condenar Sakura a uma eterna exaustão nem você a cegueira por minha culpa. Na época Kakashi era o Hokage, ele me deu uma missão de anos que me permitisse buscar a cura, porém as coisas ficaram muito mais complicadas e pela segurança da vila eu só pude voltar agora. Eu sei que deve de sido difícil pra vocês duas, mas tinha que ser feito.

- Então… - Sarada sentiu toda sua raiva sumir, aquele homem podia ser sério, e pratico demais, e até mesmo distante em suas ações, mas ele havia se condenado a ficar anos longe da vila por causa dela. - Minha Okaa-san é realmente minha mãe?

- Sim, Sakura sempre foi a única que conseguiu se aproximar de mim. Eu já estive muito vazio Sarada, mas sua okaa-san me encheu com todo seu amor.

Sarada não se conteve, ante que percebesse estava abraçando seu pai com lágrimas caindo nos olhos. Ele estava alí, finalmente ele estava alí, por ela e sua mãe ele havia partido, mas também por elas tinha voltado. Sasuke retribuiu o abraço, ela era sua filha, a concretização de sua família, tudo aquilo a muito tempo ele tinha perdido, e não deixaria que nada aconteceusse, não agora que finalmente tinha recuperado algo que tinha se provado mais importante que seu próprio ser.

- Sarada, Tadaima. - ele sussurou no ouvido da menina.

- Okaeri, otou-san.

Ele sorriu, tinha acalmado a filha.

- Sarada, como você aprendeu a técnica do Katon do Clã? - Sasuke perguntou depois que a menina lhe soltou.

- Eu achei em um pergaminho. - ela respondeu afastando as lágrimas das bochechas.

- Venha cá, vou te ensinar a fazer o jutsu corretamente.

Sasuke foi até o centro da clareira, e fez os sinais necessários e soltando o foto pela boca, Sarada ficou admirado com o tamanho, o poder das chamas e duração, sua mãe tinha lhe dito que seu pai ela um ninja extremamente habilidoso, mas só de olhar percebia que o nivel era completamente diferente do esperado, quando ele finalizou ela resolveu se aproxima para o lado do pai considerando que agora era seguro.

- Seu ojii-san que me ensinou este jutsu, os seus selos estão corretos, mas você deve segurar mais ar dentro do pulmão para produzir mais chamas e de maior alcance, e o chakra tem que ser liberado no exato momento em que liberar o ar, assim o fogo se torna mais poderosos e dura mais tempo. Entendeu?

- Claro, eu já tenho 12 anos otou-san.

Sasuke sorriu, apesar de ter chorando a poucos minutos a postura segura da menina tinha voltado juntamente com sua língua afiada, bastou meia hora repetindo o jutsu que ela conseguiu dominá-lo com perfeição. Quando fizeram o caminho de volta para o hospital, ambos mal falavam, Sasuke fazia algumas perguntas e Sarada respondia de maneira prática. Apesar da pouca proximidade física, ela sentiu como se estivesse em um casulo com seu pai, ele dedicava atenção total a ela, a fazendo se sentir amada. Ao chegarem no hospital foram informados que Sakura tinha acordado e aguardava ambos no quarto, seu pai não pensou duas vezes em ir diretamente para o corredor, quando percebeu que a garota não o seguia olhou para trás questionando com alhar, o por quê dela ficar alí parada.

- Pode ir na frente, eu vou no banheiro primeiro.

Sasuke assentiu, ambos sabiam que ela estava fazendo aqui com o intuito de deixá-lo um pouco a sós com sua esposa, e com um discreto sorriso agradeceu por isso. Ao entrar no quarto viu Sakura sentada na cama, esta sorriu de forma tão bela quando o viu que se perguntou como por tanto tempo preferiu se manter afastado daquilo. Atravessou o cômodo e a beijou, tentando acalentar todos estes anos de saudade que ambos sofreram, ela o puxou fazendo-o se sentar do seu lado, Sakura se aliou no peito do marido sentindo seus braços envolver seus ombros.

- Eu achei.


Ela ouviu a voz grossa no seu ouvido, nunca uma frase tinha a tranquilizado de tal forma. Puxou o rosto do marido com a mão lhe dando mais um beijo, depositando todo agradecimento pelo o sacrifício que ele tinha feito, quando ia perguntar pela filha, ouviu batidas discretas na porta, quando Sarada se aproximou da cama sentiu dois dedos do seu pai lhe atingir na testa, ela levou a mão automaticamente ao local tentando entender o motivo do gesto, sua okaa-san sorriu ao ver sua cara, desviou -os olhos para o pai, perguntando silenciosamente o motivo daquilo, este por sua vez somente sorriu, mesmo sem entender direito, ela também se sentiu livre para rir.

FIM!

(Apesar do fim, ainda continua.)


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, acho que é uma boa maneira de imaginar o encontro deles. Acho que no mangá vai ser algo bem mais desastroso que isso, mas creio que também vai ser emocionante. Ainda mais porque a Sarada tem uma personalidade maravilhosa, vai incrível ela se relacionando com o Sasuke.
beijos!