Marcadas pelas Sombras escrita por KarolCullen, KarolCullen02


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!!
Nuss amei os reviews do cap anterior.
Espero q gostem desse cap tbm.
Boa Leitura...



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Capitulo Quatro

 

- Você não deveria ter feito isso.

 

Com certeza eu já era. A loira começou a andar em minha direção com suas presas a mostra.

 

Comecei a me afastar bem devagar. Eu tentava parecer calma, mas meu coração batia descontroladamente em meu peito, dedurando-me.

 

- Sabe o que acontece com humanos frágeis? – A loira perguntou, com um sorriso diabólico.

 

Tremi dos pés a cabeça com sua frase. Neguei e me distanciei devagar.

 

- Eles morrem e a última coisa que enxergam antes da morrer são os olhos pretos da besta, com um sorriso de satisfação nos lábios.

Meus olhos arregalaram, fazendo o sorriso da loira aumentar. Tentei me distanciar mais, mas infelizmente, tropecei em meus próprios pés e fui com tudo de encontro ao chão.

 

- Acho que agora você não tem mais como fugir. Se é que alguma vez teve essa chance.

 

A loira rosnou para mim e então pulou em minha direção.  O medo me consumiu e fechei os olhos esperando pelo impacto, mas ele não veio.

 

Tremendo ainda, abri meus olhos o mais devagar possível. A cena que vi chocou-me.

 

Edward estava agarrando a loira, sua namorada, pelo pescoço. Seus olhos estavam negros como os da vampira a minha frente.

 

- Não encoste um dedo nela, Rosalie, ou quem irá conhecer a morte será você.

 

Um rosnado saiu de seu peito e a loira, que agora eu sabia que se chamava Rosalie, se encolheu de medo.

 

Ele a soltou rapidamente, deixando-a cair no chão com tudo. Ela começou a se levantar calmamente, deu uma pequena olhada em minha direção com ódio.

 

- Vá, Rosalie. – Exigiu Edward. Ela o olhou, furiosa, e saiu pisando forte no chão.

 

Eu ainda me encontrava caída no chão. Tentei me levantar, mas minhas pernas fraquejaram, me fazendo desabar no chão novamente.

 

Vi uma mão branca se estender em minha direção. Peguei sem hesitar e fui puxada para cima, dando de cara com Edward, que me olhava de uma forma estranha.

 

Senti meu corpo tremer e minhas mãos suarem. Eu estava nervosa, por estar ali de frente com ele.

 

- Por que está aqui? – Perguntou ainda com sua mão entrelaçada com a minha.

 

Eu nada respondi, apenas abaixei minha cabeça e corei até o último fio de cabelo.

 

- Não deveria estar aqui. É perigoso para humanos frágeis esse lugar. – Continuou.

 

Minhas mãos se fecharam em punho e levantei minha cabeça em sua direção. O olhei com raiva nos olhos.

 

Então era isso que ele pensava de mim. Que eu era uma humana frágil? Só por que uma vampira quase me matou?

 

Bufei irritada e me distanciei dele, recebendo um olhar triste.

- Olha, Edward. Eu não vim aqui por que quis. Eu estava fugindo de um lobisomem que estava me perseguindo, se achando o rei das carnes. Eu não tive culpa de Jacob Black se meter no meu caminho e tentar me beijar a força. E ainda mais ter a grandiosa sorte de encontrar sua namorada. – Soltei tudo de uma vez, sem ao menos respirar.

 

Olhei na direção de Edward e ele estava com os olhos vermelhos vivos. Seu maxilar estava travado. Suas mãos estavam fechadas em punho e um rosnado baixo saia de seus lábios.

 

- Eu te levo até o lado dos humanos.

 

Ele apenas disse isso e depois começou a andar na direção de onde eu havia vindo. O segui claro. Eu que não iria ficar ali, depois do que houve comigo e a namorada dele.

 

Por que será que ele agiu assim com a namorada? Será que namoram mesmo? Ele não disse nada quando eu comentei que ambos eram namorados.

 

- Você e Rosalie são namorados? – Perguntei. Assim que notei o que falara, corei violentamente.

 

Olhei na direção de Edward, ainda com o rosto corado, e pudi notar um pequeno sorriso em seus lábios.

 

- Não, ela é minha irmã... E me desculpe pela forma que lhe tratou.

 

Pouco me importei com o restante da frase, depois do, “ela é minha irmã”, fiquei totalmente surda para o resto.

 

Uma felicidade enorme me invadiu. Se eu pudesse eu pularia agora de tanta alegria que estava experimentando.

 

Senti minha maldita marca arder em meu pulso. Tentei controlar o tanto que podia para não coçá-la, pois eu sabia que iria piorar se eu o fizesse, mas a coceira era insuportável.

 

Não estava aguentando, comecei a coçá-la. Edward parou na minha frente se virou em minha direção. Olhei para ele, sem entender, mas ele não olhava para mim e sim para meu pulso, já vermelho.

 

Ele se aproximou rapidamente e pegou meu pulso com uma de suas mãos, e com a outra acariciava o local onde minha marca estava.

 

Logo a coceira desapareceu e olhei para Edward, confusa por seu ato.

 

- Por que faz isso? – Perguntei.

 

- Porque a sua dor é a minha.

 

E então ele largou meu pulso e se afastou, desaparecendo por entre os corredores da escola. Deixando-me mais confusa do que eu já estava.

Olhei para todos os lados, tentando pensar no que havia acontecido, mas nada veio em minha mente naquele momento. A não ser o toque frio de Edward em minha pele.

 

- Bella!

 

Ouvi meu nome ser chamado em algum lugar, mas não liguei muito. Meus pensamentos estavam ocupados por ele. O vampiro de pele fria, de olhos dourados e com uma bela feição em seu rosto, que faria qualquer mulher se derreter. O mesmo pelo qual meu coração e minha atenção são chamados. Como se fossemos imãs.

 

Edward.

 

Um simples nome, mas que é o suficiente para fazer meu coração acelerar.

 

O que estava acontecendo comigo? Por que ele me atrai de uma forma tão inexplicável?

 

- Planeta Terra, chamando Bella. – Ouvi alguém falar, melhor, gritar em meu ouvido.

 

Olhei assustada para a pessoa ao meu lado. Dando de cara com uma Alice nervosa e confusa.

 

- O que? – Perguntei.

 

- O que? Eu estou te chamando há uma hora e você nem deu bola para mim. E o que está fazendo parada no meio do corredor olhando para a parede? – Nossa, Alice é tão delicada.

 

- Eu me encontrei com Jacob e ele queria me beijar a força, Lice. Eu corri dele e fui parar na parte dos vampiros e quase a loira demoníaca me mata... Se o Edward não tivesse aparecido teria virado jantar...

 

- OMG, então eu estava certa. – Alice arregalou os olhos de uma forma que parecia que iriam cair da cara.

 

- Certa do que?

 

- Eu senti que algo estava errado, como um pressentimento ruim. Então pedi para professor me deixar ir ao banheiro e vim te procurar. – Alice falava, rapidamente.

 

- Eu estou bem, Alice, não me aconteceu nada, graças ao Edward.

 

Alice suspirou aliviada e me puxou pelo braço, rumo à enfermaria.

 

- Alice, por que esta me puxando?

 

- Temos que levar as coisas para o professor logo, antes que ele peça pára vir nos procurar e, além disso, quero depois saber tudo, em detalhes, do que aconteceu. – Alice me puxou em direção a enfermaria e eu somente a seguia incapaz de pensar ou agir.

 

As palavras dele martelavam na minha mente. “Porque a sua dor é a minha.”

 

O que ele queria dizer com isso? Eu não podia ter nada com um vampiro, meu pai vai surtar, minha mãe vai surtar, OMG, eu estou surtando.

 

- Até que enfim, Srta. Swan. – Senti Alice me dando uma cotovelada, e olhei para o professor Banner que me olhava interrogativamente, fazendo-me rir sem graça.

 

- Desculpe, eu me perdi. – Ele suspirou e assentiu.

 

- Tudo bem, vão se sentar. – Alice me puxou até nossa mesa, e tentei prestar a atenção na aula, o que foi praticamente impossível.

 

As aulas passaram se arrastando, e minha mente divagando nas palavras dele.

 

“Porque a sua dor é a minha”.

 

O que ele queria dizer com isso? O que ele pretendia?

 

- Bella! Bella! – Vi os dedos de Alice estalando na minha frente e pisquei confusa.

 

- Oh, desculpe. O que foi?

 

- Me dá uma carona? Meu tio disse que não pode vir me buscar e minha tia está fazendo compras em Port Angeles.

 

- Claro, Alice. – Fomos até minha picape, e Alice foi me indicando o caminho enquanto tagarelava sobre os vampiros. Eu tentava me concentrar na estrada, não sabia se contava pra ela o que havia acontecido.

 

Assim que chegamos olhei para a pequena casa. Era parecida com a minha, dois andares, pequena e aconchegante, as paredes pintadas em um branco desbotado, as janelas azuis.

 

- Obrigada, Bella. Não te convido pra entrar por que está uma bagunça. Sabe, minha tia é desleixada, mas não conta pra ela que eu te disse, ela já é meio histérica...

 

- Alice! – Gritei e ela riu sem graça.

 

- Falei demais né?

 

- Sim, eu só entendi até a parte da bagunça. – Nós rimos e ela saiu da picape me dando um aceno. Olhei ela entrar em casa, e fui direto para a minha.

 

Estacionei em frente de casa e corri para meu quarto, passei à tarde toda lá. Meus pais ficaram um pouco preocupados, mas eu disse que não era nada.

Fiz as lições que faltava e fui tomar um banho. O banho foi normal, pelo menos até no momento que minha marca começou a coçar. Tentei não coçar, mas estava difícil. A marca além de coçar fazia arder à pele.

 

Tive que coçá-la, deixando minha pele em um tom avermelhado forte. Mudei a temperatura da água para gelada, que amenizou a coceira, mas não fez com que desaparecesse, apenas ficou insignificante.

 

Troquei-me e corri para minha cama, pulando na mesma e adormeci, sendo levada para o mundo dos sonhos.

 

Eu estava na mesma floresta de antes, mas tudo parecia diferente perante meus olhos. Eu me sentia feliz por retornar ali.

Andei o mais devagar possível por aquele lugar, tentando memorizar cada detalhe.

Senti que estava sendo observada novamente e não precisei me virar para saber quem era.

- Sentiu minha falta?- Perguntou a voz do estranho.

- Talvez.


Ouvi o estranho gargalhar atrás de mim. E depois o silêncio prevaleceu. Olhei para trás e ele não estava ali. Procurei por todo o lugar, mas ele desaparecera.

- Procurando-me? – Perguntou em um sussurro, em meu ouvido, me fazendo arrepiar.

- Quem é você? – Perguntei.


- Sabe quem sou. Sou seu vampiro e você, minha marcada...

 - Não. Quero dizer, lá fora. Quem você é? Deve ter um nome e sobrenome.

Tudo ficou em silêncio, mas eu sabia que ele continuava atrás de mim, eu podia sentir sua respiração batendo contra a pele de meu pescoço.

- Me chame de Anthony.

- Esse não é seu nome real é?

- Talvez.

Tentei me virar, mas o estranho, quer dizer, Anthony não permitiu que eu o fizesse.

- Por que não me deixas vê-lo? Não queres que eu o veja?

- Isso é o que mais quero, mas não posso e não devo deixá-la me ver...

- Por quê?

- Porque ainda não é o momento e você tem que descobrir quem sou por si mesma. E nunca se esqueça, que apesar de não termos nos encontrado frente a frente eu a amo e sempre amarei.

- Mas como saberei que é?


- Só você poderá descobrir. Não posso te ajudar e me desculpe, pelo episódio de antes. Acho que lhe assustei com o sonho de quando eu lhe mordi, mas era preciso. Um dia entenderá meu ato.

- Não entendo.

- Não se preocupe, entenderá. Agora tenho que ir. Se quiseres me encontrar saberá onde estarei... Agora durma meu anjo. Saiba que é a única que já tomou meu coração.


E então ele desapareceu como fumaça. E eu estava novamente sozinha, naquela floresta que para mim era o meu refúgio agora.

Acordei toda soada. Notei que já estava de dia e que logo eu teria que ir para a escola.  

 

Tomei outro banho, para liberar todo o suor de meu corpo. Troquei-me e arrumei meu material para a aula. Hoje teríamos novamente aula com o professor Corvin e por alguma razão, eu sentia que iria acontecer algo no dia de hoje.

- Filha, venha tomar café. – Minha mãe gritou do andar de baixo.

Peguei meu material, já arrumado, e desci. Eu não estava com fome, então disse a minha mãe que comia algo depois na escola e fui direto para minha picape.

Eu estava nervosa com o dia de hoje, não entendia o porquê, mas eu sentia que hoje seria um dia diferente.

Não demorei em chegar à escola. Avistei Alice e Ângela, logo depois de estacionar a picape, conversando animadas sobre alguma coisa.

- Olá, meninas! Tudo bom? – Perguntei assim que cheguei ao lado delas.


- Oi, amiga. Estávamos te esperando para entrar. – Alice disse, animada.

- Vamos entrar então, porque o sinal vai bater. – Ângela disse sorrindo e depois me cumprimentou.

Assim que entramos na escola o sinal tocou, fazendo todas nós rirmos. Fomos direto para a aula do professor Corvin, que era a primeira do dia.

Assim que entramos, Alice se sentou comigo e Ângela atrás de nós. Não demorou muito para o professor chegar à sala. Assim que chegou já foi pedindo para todos que ainda estavam de pé para que sentassem por que tinha um comunicado para dar a todos.


- Alunos e alunas. Andei conversando com o diretor e eu e ele entramos em um acordo que nos ajudará a entender mais a minha matéria, e claro, uma maior interação entre vampiros, lobisomens e humanos...

 

- E o que isso quer dizer? Que iremos estudar com eles? – Um garoto gritou do fundo da sala, rindo do professor.

 

Babaca. Pensei


 - Exatamente, aluno. Nós iremos passar o dia de hoje na parte dos vampiros...

 

- Como assim? Na mesma sala? – Angela perguntou assustada.

 

- Sim, senhorita Weber. Cada dia será uma sala e como a de vocês é a primeira que eu daria aula hoje, foram selecionadas para começarem esse novo projeto de interação...

 

- Não acha que já há interação demais por compartilharmos o intervalo com eles? – Uma garota, sentada a minha frente, perguntou, interrompendo o que o professor iria falar.

 

- Por isso mesmo. Estávamos pensando em aderir nos próximos bimestres aulas juntas, diversificadas, claro, pois vampiros e lobos têm algumas aulas diferentes, mas há aulas iguais e achamos que seria melhor, afinal há pessoas que são marcadas de vampiros e lobos e se não houver uma maior aproximação entre esses grupos, como poderão então se encontrar...

 

De certa forma o professor estava certo. Eu não tinha idéia alguma de quem poderia ser meu vampiro e além do mais, ele disse que eu teria que descobrir quem era. Talvez eu devesse começar a procurar na escola, afinal ele não deve estar tão longe de mim.

 

- Nossos pais nunca permitiriam. Além disso, não teria que haver uma autorização, onde...

 

- Sim, senhor Newton, nós já cuidamos disso desde o dia em que seus pais fizeram sua matricula na escola, acho que já deveria saber sobre isso, já faz anos que fazemos algumas atividades com vampiros e lobos e não precisamos de autorização de seus pais. – Professor Corvin disse sério e irritado.

 

Mike corou de vergonha e se encolheu no lugar onde estava.

 

- Que atividades são essas, Angela? – Alice perguntou, interrompendo meu raciocínio.

 

- São atividades que fazemos em grupos com vampiros. De alta resistência e às vezes para que nós fiquemos mais perto deles, para que os humanos não digam que eles são perigosos. – Angela disse, sussurrando.

 

- Então, peguem seus materiais. Iremos ficar na sala correspondente a de vocês. Formem uma fila do lado de fora...

- Não estamos mais na primeira série. – Gritou alguém do fundo, fazendo alguns rirem.

 

- Não perguntei se estão. Agora façam a fila. – O professor estava visivelmente irritado hoje.

 

Fomos para a tal fila e seguimos rumo à parte dos vampiros, que era praticamente igual a nossa, apenas alguma imagens estranhas estavam, sobre as paredes.

 

- Nossa, que show. – Ouvi alguém gritar do final da fila.

 

Quem quer que tenha sido, calou a boca de imediato após o professor mandar um olhar mortífero.

 

- Vocês irão ficar na sala da professora Esme, ela dará a mesma aula que eu, mas no caso talvez aprofunde mais o assunto, por ser vampira.

 

Assim que o professor terminou de falar, alguns gritaram eufóricos, outros assustados e alguns não esboçaram nada.

Alice e Angela pareciam que iriam pular de alegria ao meu lado.

 

- Ai, será que ficaremos na sala daqueles gatinhos? – Angela murmurou animada.

 

- Que gatinhos? – Perguntei.

 

- O Edward Cullen e o Jasper Hale. – Angela disse como se fosse óbvio.


Eu e Alice nos olhamos assustadas. Afinal, eram os mesmos vampiros do outro dia. Que nos encaravam de uma forma diferente.

 

- Bella! Vamos, o professor esta chamando nosso nome. – Alice me cutucou. Olhei assustada para ela, até que notei que estava perdida entre meus pensamentos, como sempre.

 

Andamos em direção ao professor, que sorriu para nós de uma forma estranha.

 

- Bom, escolhi vocês duas para fazerem a honra de entrar na sala, onde serão mandados para seus devidos lugares, pela professora Esme. – O professor parecia um pouco animado de mais com isso.

 

Olhei meio que nervosa para Alice, que retribuiu o olhar igualmente. Já estávamos na frente da sala e eu nem notara isso.

 

O professor nos empurrou de encontro à porta da sala, onde uma bela mulher se encontrava. Ela era tão bela. Suas feições eram perfeitas, seu sorriso gentil e cheio de amor. Essa deveria ser Esme.

 

- Olá. Sou Esme e vocês são?

 

- Eu sou I-Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella e essa é minha amiga Alice Masen. – Eu disse tremendo. Alice parecia uma estátua.

 

- Prazer em conhecê-las. Irei levá-las aos lugares que ficarão. – Esme disse gentilmente, dando passagem para que entrássemos na sala.

 

Eu e Alice entramos meio que temerosas na sala. Assim que adentramos, todos que estavam lá dentro voltaram sua atenção para nós. Algo que não era nem um pouco bom. Eu odiava ser o centro das atenções.

 

Olhei para a cara de cada um, tentando encontrar Edward, por alguma razão.

 

Não demorei a achar ele, sentado quase na última carteira, olhando para mim com um sorriso torto lindo. Não conseguir evitar não retribuir. O que fez com que seu sorriso aumentasse.

 

Logo atrás estava Jasper, que olhava Alice ao meu lado, com um sorriso radiante nos lábios.

 

- Alice, acorda! – Murmurei a ela, que estava petrificada. Ela me olhou meio sem entender e depois corou de vergonha pelo que havia acontecido, recebendo alguns risos da sala.

 

- Pessoal, não riam. Senhorita Swan e senhorita Masen, iram se sentar lá atrás. – Esme disse apontando na direção de Edward e Jasper.

 

- Er... Mas iremos nos sentar juntas ou com alguém? – Alice perguntou sorrindo amarelo.

 

- Ai, que burra eu. Como me esqueci disso, se sentaram com Jasper e Edward. Alice com Jasper e Bella com Edward. Meninos levantem a mão para elas saberem quem são. Isso vale para os demais. – Esme disse sorrindo.

 

Edward e Jasper levantaram as mãos e fomos à direção deles, nem precisavam fazer isso, já sabíamos quem eram eles.

 

Novamente aquelas sensações voltaram como bomba em meu corpo.

 

Atração?

Medo?

Desejo?

Dor?

 

Não, dor não. Medo? Talvez. Atração? Desejo? Não sei ao certo. Havia algo a mais nisso. Que eu não conseguia distinguir.

 

Assim que me aproximei de Edward, notei a loira chamada Rosalie me olhando com ódio.

 

Tremi da cabeça aos meus, fazendo um sorriso aparecer na cara dela, mas logo desapareceu, assim que levou uma repreensão de um cara bem musculoso, forte e bonito que estava sentado ao seu lado.

- Me deixa, Emmett. – Ouvi a loira murmurar, irritada, ao grandão.

 

Chegamos a nossos lugares e sentamos. Notei que Alice tropeçou na cadeira e quase caiu de cara no chão. Mas Jasper a segurou a tempo. Os dois se encararam, por um bom tempo, até que notaram os olhares de todos em cima deles e se sentaram certinhos na cadeira.

 

Sorri por Alice e notei que Edward me encarava sorrindo. Corei da cabeça aos pés, fazendo o rir.

 

- Agora entrem os outros. – Esme pediu e assim foi entrando um por um. Até que chegou a vez de Angela que parecia muito nervosa.

 

- Senhorita Weber, você se sentará com Jacob Black. – Meu corpo gelou assim que ouvi esse nome. Olhei para a direção que Angela andava e notei Black me olhando com uma cara nem um pouco boa.

 

Ouvi um rosnado do meu lado e olhei para ver quem era, encontrando Edward com uma cara de pouco amigos.

 

- Você está bem? – Perguntei. Só depois notei que eu falara.


Ele olhou em minha direção e sorriu, assentindo.

 

- Já que estão todos em seus lugares. Irei começar a aula. Professor Corvin não poderá ficar hoje, pois tem alguns assuntos para tratar. Então me digam o que ele já ensinou a vocês? – Esme disse sorrindo. Amei essa professora, será que ela troca de lugar com o professor chato de Espanhol?

 

- Ele nos falou sobre os vampiros e suas marcadas e sobre os lobos e suas impressões. – Angela disse animada.

 

- Certo. Obrigada, senhorita Weber. Alguém gostaria de fazer alguma pergunta a esse respeito? – Perguntou.

 

Eu gostaria de saber como fazemos caso fossemos uma Marcada de vampiro, e quisermos encontrar nosso vampiro destinado? Pensei em perguntar, mas deixei quieto.

 

- Sim, senhorita Masen, diga. – Esme pediu. Eu não notei que Alice levantara a mão. Virei-me para trás e notei que Alice estava que nem estátua no lugar com o braço levantado. Todos estavam olhando para ela, esperando sua pergunta.

 

- Alice... Acorda! – Pedi mais ela nem se mexeu.

 

- Alice, acorda! – Pedi de novo, lhe cutucando. Fazendo ela me olhar assustada.

 

- A senhorita está bem? – Perguntou a professora.

 

- Estou. Desculpe-me. Eu queria saber como é que descobrimos quem é nosso vampiro, acaso fossemos uma marcada. - Alice disse envergonhada.

 

Oh, ela lê mentes?

 

- Excelente pergunta, senhorita Masen... Para as Marcadas descobrirem seus destinados é um pouco complicado. Pois devido às leis do mundo dos vampiros e dos lobos, eles não poderiam, em hipótese alguma, se revelar a sua marcada...

 

- Mas por que não? – Um garoto loiro perguntou lá na frente.

 

- Porque há muito tempo atrás isso provocou muito medo nos humanos, por estarem destinados a vampiros ou lobos. Muitos diziam que esses seres eram monstros que matariam suas crianças e suas mulheres. Os homens passaram a caçá-los, até que um dia os vampiros e os lobos, conseguiram sua liberdade e provar que não eram aquilo que muitos falavam ou pensavam. Mas mesmo assim ainda provocava medo nos humanos, então uma lei surgiu, onde somente as marcadas poderiam aceitar ou não seus destinados. E que somente na hora certa descobririam quem são eles. Pois assim não haveria tantos problemas...

 

- Mas se elas têm que descobrir como saberão mesmo quem são eles? – Agora eu que perguntei.

 

- O laço que une ambos é mais forte do que qualquer coisa. A Marcada saberá no momento certo, não se pode prever como ela saberá, pode ser de qualquer maneira e a qualquer momento. Ela apenas tem que esperar, pois esse dia sempre chega, mesmo que ela não queira que acontecesse. – Esme disse com um sorriso diferente nos lábios.

 

- E se ela não quiser, ele morrerá? – Perguntei num fio de voz.

 

- Infelizmente, sim. Pois é como se ele estivesse perdendo a si próprio. A sua vontade de viver. – Esme disse com um sorriso fraco.

 

Todos ficaram em silêncio. Notei o olhar de Edward pregado em mim. Ele não parara de me olhar em nenhum momento.

 

Senti minha marca coçar e novamente sua mão fria tocou em meu pulso. Ele acariciava, enquanto me olhava atentamente.

 

- Bom... Hoje a aula será para que se conheçam. Então conversaram com seus respectivos parceiros de mesa. Boa Sorte a todos. – Esme disse sorrindo e depois foi em direção a sua mesa.

 

Olhei ao meu redor e notei que todos já conversavam com seus colegas de mesa. Angela e Jacob pareciam se divertir onde estavam.

 

- Então Isabella. Conte-me um pouco de você. – Ouvi a voz de veludo de Edward, ao meu lado.

 

- Bem. Minha vida não é nem um pouco interessante. Meus pais e eu nos mudamos há algum tempo. Ele é o chefe da polícia da cidade, algo que acho que nem precise. – Eu disse rindo, fazendo o rir. Sua risada era tão gostosa de ouvir.

 

-Concordo com você nisso. Conte-me sobre você. Seus gostos. – Edward pediu.

 

- Hum... Amo músicas, apesar de algumas não valerem a pena ouvir. Bem, meu estilo preferido é o clássico. Eu amo piano, adoraria aprender a tocar e amo ler livros, é uma das coisas que mais gosto de fazer. – Eu disse sorrindo. Nunca me abri tanto com um estranho na minha vida, como agora.

 

- Interessante. Acho que temos os mesmos gostos. Amo ouvir música também, meu preferido são os clássicos. Sei tocar piano, violão, violino e amo ler também. Hum... Minha cor preferida é azul e eu amo quando você cora. – Edward disse sorrindo, me fazendo corar com essa última.

 

Edward riu e depois fez muitas perguntas ao meu respeito. Como minha cor preferida até as flores que mais gosto.

 

Ficamos conversando animados por um tempo. Alice e Jasper juntaram-se a nós na conversa. E ficamos lá, conversando por um bom tempo. Até nas aulas que passaram a seguir.

 

No intervalo sentamos todos juntos e Angela nos acompanhou. Conversávamos sobre qualquer coisa que vinha na mente. Até que o grandão Emmett chegou e começou a contar piadas. Ele era muito engraçado. Descobrimos que ele era irmão de Jasper e por incrível que pareça era casado com Rosalie. Ambos eram marcados um do outro. Algo que foi estranho, pois eles eram vampiros.

 

As aulas a seguir foram meio paradas, pois os vampiros e os lobos teriam aulas diferentes das nossas e nesse caso não poderíamos acompanhar.

 

No final da última aula nos despedimos de todos e fomos em direção a saída da escola. Angela foi embora mais cedo, pois iria sair com seus pais. Edward e Jasper já estavam do lado de fora da escola, assim que nos viram vieram em nossa direção.

 

- Foi um prazer conhecê-la, Isabella...

 

- Bella, me chame apenas de Bella. – Pedi.

 

- Então, foi um prazer conhecer-la, Bella. Espero que nos encontremos outra vez. – Edward disse sorrindo.

 

- Concordo com Edward. Será um prazer revê-la, Alice. – Jasper disse sorrindo a Alice, que estava com cara de boba.

 

- Er... O prazer foi meu. – Alice disse meio abobalhada ainda.

 

Ambos sorriram e depois sumiram entre a multidão.

 

- Esse dia foi...

 

- Perfeito – Completei a frase de Alice.

 

- Então, vamos? – Perguntei. Alice apenas assentiu e fomos para meu carro, pois hoje eu daria carona a ela. Notei de longe Rosalie me olhando com raiva; Emmett que estava ao seu lado, olhou se desculpando pela esposa.

 

Um pouco mais pro lado estava Jacob me olhando também. Ele me olhava meio nervoso e ao mesmo tempo com... Desejo? Não sei ao certo o que era, mas algo bom não poderia ser.

 

Entrei em minha picape rapidamente e dei partida em direção a casa de Alice. Não demorei a chegar lá.


Despedimos-nos e eu voltei para a estrada, indo rumo a minha casa.

 

Do nada um grande lobo apareceu na frente de minha picape, se chocando com tudo na mesma. O carro derrapou na pista, tentei virar o volante para fazê-lo voltar, mas estava emperrado.

 

O carro bateu contra uma árvore e virou com tudo. Todas as coisas a minha volta passaram se como borrão. O carro logo parou, quando bateu de encontro à outra árvore.

 

 Tudo começou a escurecer a minha volta, a única coisa que me lembro antes de tudo se escurecer por completo foi um volvo prata em alta velocidade aparecer um pouco longe. E então, tudo se apagou.

 

[...]

 

Senti algo gelado a minha volta, mas não me importei, eu me sentia bem aonde quer que eu esteja.


Abri meus olhos bem lentamente, me encontrando com dois olhos dourados me olhando com preocupação. Reconheci esses olhos, pertenciam a Edward.

 

- O que... - Tentei perguntar o que estava acontecendo, mas não consegui. A dor era horripilante.

 

- Não diga nada, Bella. Você sofreu um acidente e estou lhe levando para o hospital... Não se preocupe tudo ficará bem... Eu juro. – Edward murmurou em meu ouvido e depois... Tudo se apagou novamente.

 

Continua


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?
Reviews?? Recomendações??
Espero q tenham gostado do cap.
Até domingo q vem!
Comentem sim!!! Beijos