Marcadas pelas Sombras escrita por KarolCullen, KarolCullen02


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Bom, os posts serão todos nos domingos.
Espero que gostem...
Boa Leitura!!!



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Capítulo Um

 

23 de Março de 2009

 

 

Eu estava andando em meio a uma floresta. Havia um lago ao redor. As árvores pareciam falar umas com as outras. Era de noite, somente a luz da lua clareava aquele lugar.

 

O vento soprava forte e as nuvens pareciam querer chorar. O lugar era completamente estranho, mas ao mesmo tempo eu me sentia em casa.

 

- Isabella. – ouvi alguém chamar-me.

 

Olhei ao redor e nada havia.

 

 - Você é a minha MARCADA. – Ouvi novamente a voz.

 

- Quem está aí? – Perguntei.

 

Ninguém respondeu.

 

Senti que alguém me observava. O medo me assustava, então comecei a correr... Correr para bem longe.

 

Senti que o estranho me seguia. Eu podia jurar que ele estava rindo. Comecei a correr mais rápido, mas logo tropecei na primeira pedra que apareceu a minha frente.

 

- Estás bem? – Ouvi o estranho perguntar. Olhei ao meu redor e ali, na minha frente, coberto pelas sombras das árvores e pela escuridão da noite estava ele.

 

- Não me mate. – Pedi.

 

- Não irei matá-la. Somente quero uma coisa, que me pertence. – O homem respondeu.

 

- O que? – Perguntei.

 

- Um beijo. – Respondeu.

 

- Um beijo? – Perguntei tremendo.

 

- Exatamente. – O homem respondeu. Ele começou a se aproximar, porém ainda não conseguia ver seu rosto.

 

Ele chegou bem perto de mim e se ajoelhou. Estava usando um capuz, que não me permitia olhá-lo. Aproximou sua boca de minha orelha e disse:

 

- Não se preocupe, só doerá um pouco e logo estaremos juntos pela eternidade. – Dito isso, ele se afastou para me olhar e então eu vi as suas presas. Ele sorriu para mim e as cravou em meu pescoço. A dor foi horrível, mas ao mesmo tempo prazerosa.

 

Logo uma tremenda escuridão se apoderou de mim, meus olhos começaram a se fechar lentamente, mas antes de perder a consciência eu pude ouvi-lo dizer.

 

Finalmente te encontrei!

Abri meus olhos e sequei o suor que grudava em minha pele, há algum tempo que esse sonho me acordava a noite. Um pesadelo na verdade, ser a marcada de um vampiro não parecia ser muito divertido, seja lá o que isso fosse.

 

Eu ainda não virá um vampiro pessoalmente, mais esse fato iria mudar hoje. Em minha nova escola havia alguns, afinal Forks era o lugar perfeito para um vampiro, já que nunca fazia sol.

 

Não que eles queimassem ao se exporem ao sol, só ficavam diferentes, mas eu não sabia como, minha mãe não me falara muito sobre eles.

 

Levantei da cama e segui para o banheiro que tinha no meu novo quarto. Fazia só dois dias que estava em Forks e ainda tinha algumas caixas espalhadas pelo meu pequeno cômodo.

 

Era um quarto bom. As paredes eram pintadas de roxo, minha cor favorita, e com uma cama regularmente grande, ok era de solteiro, mas para mim estava ótimo. Como se eu fosse chamar alguém para dividi-la comigo.

 

Tinha uma cômoda com minhas roupas, que não eram muitas, só o suficiente para mim, do outro lado havia a minha escrivaninha com um computador razoavelmente bom. Não era grande coisa, mas dava para o gasto, e algumas prateleiras que meu pai tinha colocado para eu depositar meus livros, quando os tirasse das caixas.

 

Também tinha meu próprio banheiro, mas isso não compensava a falta de sol. Minha antiga cidade, Phoenix, era ótima, sol todos os dias, e nenhum vampiro a vista. Não que eles fossem maus, para estudar com os humanos eles deviam ser legais, eu acho.

 

Liguei o chuveiro e deixei a água quente cair sobre minha pele, respirei fundo, senti uma ardência em meu sinal de nascença. As duas estrelas estranhas em meu pulso coçavam. Elas estavam geladas. Cocei-as e logo a coceira passara, deixando apenas o vermelho em minha pele, por onde minhas unhas cruzaram.

 

Terminei meu banho, e vesti uma calça jeans e uma camiseta baby look. Ainda tinha tempo até a aula, mas do jeito que eu estava, dormir era a última coisa que faria.

 

Penteei meus cabelos e fiz uma trança folgada, para logo depois descer a escada em direção a sala, sentei no sofá e abracei meus joelhos.

 

Não era a primeira vez que tinha esse sonho, afinal o que era uma marcada? E por que ele me chamava de sua?

 

E quem era ele?

 

- Bella? – virei meu rosto e vi minha mãe, descendo as escadas com seu robe verde escuro e os cabelos bagunçados.

 

- Bom dia mãe.

 

- Já acordada meu bem. – murmurou, e enquanto soltava um bocejo dei um sorriso em sua direção. Renée tinha a mania de acordar antes de todos para preparar o café do meu pai.

 

Afinal era por causa dele que estávamos em Forks.

 

Charlie, meu pai, era policial em Phoenix, mas recebeu um convite para ser chefe de polícia aqui em Forks, e como uma boa família ficamos felizes por ele, e mudamos juntos.

 

-Perdi o sono. – disse simplesmente e fui ajudá-la a preparar o café. Assim que acabamos meu pai desceu a escada, terminando de arrumar seu novo uniforme.

 

- Uh chefe Swan. – ele riu envergonhado e eu e minha mãe rimos.

 

- Está lindo, amor. – minha mãe falou dando um selinho em meu pai.

 

- Verdade pai, está show. – rolou os olhos e sentou-se à mesa.

 

- Chega, meninas, vão me fazer corar. – eu minha mãe rimos.

 

- Pronta para o primeiro dia, querida? – fiz uma cara de mais ou menos e minha mãe riu.

 

- É por causa dos... – meu pai soltou um pigarro e minha mãe ficou quieta.

 

- Não é por causa dos vampiros. – eles se olharam e deram de ombros.

 

- Eles nunca fizeram mal a ninguém da cidade.

 

- Dizem que essa é a cidade mais segura do mundo.

 

- Então, para que precisam de um chefe de polícia? – meu pai olhou para minha mãe, depois para mim.

 

- Eu não sei, querida. Mas não espalhe por ai, gosto do novo emprego. – eu e minha mãe rimos.

 

Meu pai terminou seu café e levantou me dando um beijo na testa.

 

- Carona pra escola?

 

- Claro. – limpei a boca e corri para pegar minha mochila e meu casaco de chuva. Dei um beijo em minha mãe e corri para fora, onde meu pai já me esperava.

 

- Terei que comprar um carro para você.

 

- Não precisa, pai. Posso ir e vir a pé, duvido que as coisas sejam longe nesta cidade. – ele riu.

 

- Pode ter razão, mas seu aniversário está chegando, e você merece.

 

- Claro, como o senhor quiser. – não que eu não quisesse um carro, mas parecia bobagem fazer meu pai gastar dinheiro em uma coisa tão banal.

 

Ele parou o carro, e olhei pela janela.

 

- Já? – ele riu.

 

- Sim. Talvez você tenha razão sobre o carro. – eu ri e dei um beijo na bochecha dele.

 

- Boa sorte, chefe Swan. – fiz sinal de jóia e sai do carro. Ele sorriu e acenou enquanto se distanciava.

 

Respirei fundo e me pus a caminhar para a minha nova escola.

 

O colégio era muito diferente do que eu estava acostumada.

 

Forks High School era um conjunto de casas iguais, construídas com tijolos marrons, havia várias árvores e arbustos, que pela entrada, não se percebia o tamanho.

 

Caminhei ate um dos prédios que tinha uma placa anunciando SECRETÁRIA. O estacionamento estava vazio.

 

Entrei na secretária, o ambiente era bem iluminado e quente, era um escritório pequeno, uma sala de espera com cadeiras dobráveis, e um carpete marrom.

 

A era sala dividida ao meio por um balcão comprido e abarrotado de cestos e arames cheios de papéis. Havia três mesas atrás do balcão, e uma senhora gordinha e ruiva me olhou com curiosidade, deixando seu computador de lado.

 

- Posso ajudá-la?

 

- Claro, sou Isabella Swan. – ela sorriu.

 

- Oh sim, a filha do novo chefe de polícia.

 

- Eu mesma. – ela sorriu e me entregou alguns papéis.

 

- Hummm, deixe me ver. - ela olhava os papéis e falava. – Esse é seu mapa, esse aqui você pede para os professores assinarem, e me traz no fim das aulas. – assenti e quando comecei a caminhar para fora, a senhora segurou meu pulso.

 

- Aqui. – ela apontou uma parte do mapa. – É a parte sul do colégio, humanos são proibidos de ir lá.

 

- Como assim? – ela abaixou o tom de voz e se aproximou de mim.

 

- Bem, você sabe, é a parte que eles estudam, não gostamos de misturar, embora o almoço seja junto.

 

- Ok. – mordi meu lábio e me afastei dela.

 

Assim que sai da secretária o ar frio soprou em minha pele, olhei ao redor e o estacionamento estava cheio, com vários veículos estacionados.

 

Muitos carros eram novos e bonitos. Peguei meu mapa, e vasculhei pelos prédios, prédio seis, educação cívica. Fiz uma careta e me pus a caminhar.

 

- Oi. – virei para a voz e me espantei, era uma menina, ela era pequena, até mais do que eu, tinha a pele pálida como a minha, seus cabelos eram negros e compridos, seus olhos eram verdes e sua feição era miúda, como uma pequena fada.

 

- Olá. – cumprimentei e ela sorriu animada.

 

- Sou Alice Masen.

 

- Isabella Swan, mas pode me chamar de Bella.

 

- Seu primeiro dia? – ela perguntou.

 

- Sim. Está muito na cara? – ela riu baixinho.

 

- É o meu também. Você já foi à secretária?

 

- Sim, foi meio estranho.

 

- Oh, ela falou pra você também. Sobre a parte sul... Ou era a norte?

 

- Acho que era sul. – nós sorrimos cúmplices.

 

- Qual sua primeira aula?

 

- Educação cívica.

 

- Ai que legal! É a minha também. Deixe-me ver seus horários. – pediu, arrancando os papéis da minha mão.

 

- Que tudo! Temos todas as aulas juntas. Será que tem algum vampiro na nossa sala? Serio tenho medo deles, meu tio disse...

 

- Alice!

 

- Desculpa meu tio sempre diz que eu falo demais. Sabe qual o jogo favorito da minha tia...

 

- Quem fica mais tempo em silêncio?

 

-Nossa você é vidente. Meu tio sempre disse que eu tenho um dom e eu sempre adivinho quando o telefone vai tocar, ou se tem alguém na porta.

 

- Alice!

 

- Desculpa.

 

- Tudo bem, vamos para a aula.

 

- Claro. Se eu desembestar a falar pode me dar um chacoalhão, é o que meus tios fazem. – ri. Alice era divertida.

 

- Vou me lembrar.

 

Caminhamos em direção ao prédio seis, quando ouvi um uivo, estranho, e um garoto de pele moreno avermelhada, e cabelos negros olhava-me.

 

- CARNE FRESCA! – gritou, e alguns garotos que pareciam com ele, riram.

Voltei meu olhar para Alice e ela rolou os olhos, assim como eu.

 

Achar a sala não foi difícil, logo estávamos sentadas juntas, e conversando.

Podia sentir que eu e ela seriamos melhores amigas.

 

As outras aulas seguiram calmas, não vi o rapaz estranho. Olhei meu próximo horário, antes almoço, duas vezes.

 

- Você viu qual é nossa próxima aula? – perguntei a Alice, enquanto procurava o prédio certo.

 

- Vi sim. – ela parecia nervosa.

 

- Nunca vi essa matéria.

 

- Deve ser por causa dos nossos... Er... Colegas. – falou baixinho e eu ri.

 

- Sim, deve ser. – achamos à sala, e vários alunos já estavam sentados.

 

- Bom dia, classe. Eu sou o senhor Corvin. – um homem, de cabelos negros e pele pálida, entrou na sala já se apresentando. Era jovem e bonito.

 

Ele foi ate a lousa e escreveu seu nome.

 

MICHEL CORVIN.

 

Ele sentou na beirada de sua mesa e pediu silêncio.

 

- Bem, todos devem estranhar a matéria, mas nós, da Forks High School, achamos essencial que vocês se familiarizem com seus colegas... Diferentes.

 

- Aberrações! – alguém gritou e alguns soltaram risinhos, eu rolei os olhos e sorri ao ver Alice fazer o mesmo.

 

- Humrum.  – o senhor Corvin, chamou atenção e os alunos se calaram.

 

- Bem, a nossa aula vai consistir em mitos, não teremos provas, mas é essencial que vocês estejam a par do assunto, já que a realidade dos seres místicos bate a nossa porta.

 

- Sem provas Aewwwwww. – alguém gritou e vários risinhos de novo.

 

- Sim, sem provas, mas perguntas serão bem vindas, e quanto mais vocês conhecerem sobre seus colegas, será melhor para todos. – todos ficaram em silêncio.

 

- Bem, voltando ao tema. Vamos ter vários assuntos esse ano. Mas eu queria falar do meu favorito: A marcada.

 

Senti o ar faltar.

 

- Bem, esse é um dos assuntos místicos que mais se misturam com os humanos. A marcada seria a alma gêmea de um ser místico. Tanto faz lobisomem ou o vampiro. Claro que só os vampiros ou lobos que nasceram, ou seja, sangues puros são os que possuem a marca. Assim como o humano, ou humana que seria sua respectiva alma gêmea.

 

- A marca parecesse com um sinal de nascença e pode ter qualquer forma, uma lua, um sol, uma estrela, um triângulo, pode estar em qualquer parte do corpo. – me mexi desconfortável na cadeira e Alice fez o mesmo.

 

- Os vampiros ou lobos como vocês sabem são imortais, e às vezes esperam séculos até sua marcada nascer e poder encontrá-la... – levantei a mão.

 

- Sim, senhorita...

 

- Bella.

 

- Diga.

 

- Er... Bem, o que o vampiro faz quando encontra sua marcada? – ele sorriu sombrio

 

- Ele a transforma. – OMG! Eu arregalei os olhos e ele riu. –Mais ela tem que querer é claro.

 

Soltei o ar, que nem reparei que estava prendendo.

 

-Bem vamos ver o que mais... A marca que o humano e seu vampiro ou lobo respectivo leva, será igual, e ela se manifestará quando eles tiverem contato. Muitos seres místicos esperam séculos por sua marcada e às vezes nunca encontram, ou se para seu azar ela ou ele decidem não se juntar ao ser mundo.

 

- O que acontece? – olhei para Alice que parecia pensar o mesmo que eu.

 

- Ele morre. – ofeguei e vi Alice fazer o mesmo.

 

- Por quê? – dessa vez quem perguntou fui eu.

 

- De tristeza acho, é como se sua única razão de viver te rejeitasse.

 

Todos ficaram em silêncio, e antes que o Sr. Corvin falasse outra vez o sinal tocou. Alice se levantou e eu a acompanhei. A ida para o almoço foi silenciosa.

 

Pegamos nosso almoço e procuramos uma mesa, quando meus olhos se encontraram com os dele pela primeira vez.

 

Eu nunca vira nada tão bonito e tão assustador ao mesmo tempo. Sua pele era pálida como giz e seus cabelos, cor de bronze, estavam bagunçados, seus traços eram perfeitos e angulosos. E seus olhos, negros como a noite, olhavam diretamente para mim. Engoli em seco e tentei desviar o olhar, mas era como se ele me prendesse em um tipo de hipnose. Sentia-me sem forças para lutar e ao mesmo tempo eu não queria.

 

Algo me atraia para ele.

 

Atração?

Medo?

Desejo?

Ou dor?

 

Era como se ele precisasse de mim e eu dele.

 

- Bella, vamos nos sentar lá. – a voz de Alice, quebrou o contato que fazíamos e respirei aliviada. Seu olhar, mais do que tudo, me assustava.

 

Sentei-me à mesa ao lado de Alice, e vi que ela olhava para algum lugar. Olhei para onde observava e percebi que um homem a prendia com o olho fazendo-a ficar hipnotizada. Tão hipnotiza quanto eu estava há poucos minutos.

 

O homem que olhava para ela tinha a mesma pele pálida como giz e os mesmos traços perfeitos e angulosos, e seus cabelos loiros mel batiam na bochecha. Mas os olhos eram tão negros quanto os do outro.

 

E ao mesmo tempo em que ele era lindo ele era terrivelmente assustador o modo como ele olhava para Alice, como se ele a hipnotizasse. Ao seu lado estava o homem que me prendera com seu olhar.

 

E só uma palavra passava pela minha mente nesse momento.

 

- Vampiro.

 

Continua

 


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam do primeiro cap?
Reviews???
Espero q tenham gostado...
Beijos e até domingo q vem...