A Herdeira dos Black II escrita por Akanny Reedus


Capítulo 30
Dragões


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tudo bem?

Não, isso não é um trote, não é um sonho ou algo do tipo... eu realmente estou att em menos de duas semanas. ♥ E será assim por um bom tempo, pois estou entrando de férias e isso quer dizer que vou ter tempo o suficiente para escrever AHB2. Como havia dito no capítulo anterior, vou tentar postar a cada três dias... ainda não é certo, pois eu tenho outra fic então tenho que separar um tempinho para escreve-la. Mesmo assim vou tentar dar uma atenção maior aqui para recompensar a longa espera dos capítulos. :D

Enfim, agora deixo vocês lerem esse capítulo que eu AMEI muito-muito escrever. ♥

Até as notas finais!

— Obs: Estou um pouco tristinha com vocês. Porque de 167 leitores apenas 3 comentam... humm... acho que está tendo mais fantasma do que já tem em Hogwarts. Não acham? :/



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— Como assim você deixou o Cedrico sozinho no Três Vassouras?

— Deixando — disse em um tom obvio. — Levantei da cadeira e fui embora.

Hermione revirou os olhos.

— Você não deveria ter feito isso com ele — falou Hermione, batendo o pé no chão e andando e um lado para o outro.

— Hermione, a Susana fez a coisa certa — dizia Gina acariciando Taran no seu colo. — Já parou para pensar o inferno que seria ela ter continuado?

— Gigi eu te amo — disse, dando um beijo na testa dela. — Obrigada por me entender.

Gina riu.

— Susana, eu te entendo, mas mesmo assim, você parou para pensar como Cedrico deve ter ficado? — indagou Hermione se sentando na minha cama.

— Eu penso nisso desde a hora que levantei da cadeira no Três Vassouras — respondi um tanto cabisbaixa.

Já fazia um tempinho que havia voltado do Três Vassouras, acredito que fui a primeira voltar dos alunos e chegando fui direto para o dormitório. Gina foi quem apareceu primeiro que Hermione com Taran no colo que havia se enfiado na cama do Rony, o mesmo foi quem pediu para a irmã me devolver. Hermione não demorou para surgi no quarto. Assim contei as duas sobre meu fracasso encontro.

— Mione, eu não me sinto bem pelo que fiz com ele, porém, não ia conseguir ficar mais um minuto ao lado do Cedrico — digo.

— Só por causa da declaração dele que deve ter sido maravilhoso — disse Hermione.

— Sim, sai de lá só por causa da declaração e por causa do... beijo — disse a ultima palavra bem baixo.

Fazendo as duas ficarem de boca aberta.

— Mentira? — exclamou Hermione espantada.

— Ele realmente te beijou? — perguntou Gina surpresa.

— Um selinho apenas — sorri sem graça.

— Mesmo assim você foi embora? Su!

Agora era eu que revirava os olhos.

— Quê? Affe, Mione, eu já te disse que não ia conseguir ficar um minuto a mais com ele — falei irritada e bufando.

Levantei na cama, respirando fundo e bufando.

— Cedrico não deveria ter dito aquilo! Foi um grande erro da parte dele.

— Erro? — repetiu Hermione. — Susana, o que ele não foi erro nenhum.

— Foi sim!

Passei a mão no cabelo nervosa.

— Se ele não tivesse dito que me amava eu não teria ido embora.

— Su... Não foi só por causa disso que você foi embora.

— Que seria o — Gina olhou melhor o quarto e disse baixinho: — Malfoy.

Cocei o mais rápido meus olhos que começaram a lacrimejar. Merlin, eu não posso chorar sempre que pensar naquele imbecil. Não posso me sentir mal por isso. Ele não merece nada naquilo. E eu também não posso ser uma chorona.

Susana Black não chora por bobagens.

— Vou tomar banho — isso foi a única coisa que consegui dizer.

Um banho bem demorado, bem quente, era o melhor remédio depois do que passei hoje. Só não ia dormir cedo, pois ia ficar esperando meu pai na comunal enquanto Harry ia ver Hagrid. Hermione havia me contado que Hagrid esteve em Hogsmeade e pediu para Harry o encontrar a meia-noite. Quase que no mesmo horário que o meu pai combinou com ele: uma hora.

Então dei a ideia do Harry ir com Hagrid, enquanto isso eu ficaria esperando ele, na verdade já ia ficar esperando, mas dessa vez avisaria meu pai caso Harry demorasse para aparecer.

Meu pai.

Ele seria a salvação para o meu dia não acabar como uma merda.

Queria muito vê-lo, falar e ouvir até mesmo a voz dele. Por mais que ame conversa com ele pelas cartas. Conversar com ele cara-a-cara é outra coisa. Até porque fazia muito tempo que não a via.

Depois do banho, vesti meu pijama e fiquei na minha cama esperando as horas passarem: li um dos livros que Hermione havia me dado de aniversário para distrair minha mente. Quando Hermione voltou do jantar, ficamos conversando sobre o livro, eu não queria e nem seria uma boa ideia conversa sobre Cedrico e talvez do Malfoy porque as garotas já estavam no quarto.

Assim que o relógio marcou onze e cinquenta, desci para a sala comunal encontrando Harry se preparando para sair.

— Não se preocupe eu fico esperando por ele — disse a Harry, entregando o Mapa do Maroto em suas mãos. — Vá tranquilo.

— Até mais.

Harry vestiu a capa de invisibilidade e saiu pela passagem da Mulher-Gorda.

— Agora é só esperar — comentei mais a mim mesma.

Deitei no sofá perto da lareira, pois eu imagino que ele irá aparecer na lareira. Essa seria a única forma “segura” dele conversa com a gente sem problemas. A não ser que ele esteja perto dos arredores de Hogwarts, entre na Dedosdemel e vem pela passagem de lá. Só que seria muito perigoso. Além de estranho que um cachorro entra a essa hora da noite na loja de doces. Por isso que o contato pela Rede de Flu seria o menos arriscado.

Enquanto meu pai não aparecia, fiquei observando Bichento que me veio fazer companhia e subiu no sofá que estava. Nesse meio tempo soltei um gemido ao sentir o peso de Bicheto na minha barriga.

— Credo, Bichento — reclamei passando a mão na barriga. — Como você está gordo!

Bichento me olhou com uma cara.

— É sério, você está bem cheinho para o meu gosto — observei melhor ele, reparando que ele de fato estava mais gordo que o normal. — Hermione andou te dando bastante comida, ein? Ou você andou roubando a comida do Crabbe e Goyle?

Bichento apenas resmungou, afofou na minha barriga e deitou.

— Folgado.

Tenho a leve sensação que minha barriga vai estar lotada de pontinhos vermelhos por causa das unhas ­— nenhum pouco pequenas — do Bichento, pensei.

— Já sei o que dar de presente no Natal para Mione — digo, acariciando a cabeça do gato. — Cortado de unha para Gato.

Os minutos foram se passando, me mantive a todo custo acordada, mas Bichento não ajudou muito porque acabou cochilando na minha barriga. Fui me mexer para tentar colocar o gato ao lado da minha perna, só que nesse tempo senti um desconforto nas costas e decidi ver o que era. Apalpei no local do desconforto. Conseguindo achar o responsável.

— Que merda... — Era um dos distintivos que Malfoy fez para provocar o Harry.

Eles ainda brilhavam bastante, ainda diziam “Apoie CEDRICO DIGGORY”, mas agora ao invés de dizer só “POTTER FEDE” tinha um REALMENTE entre essas duas palavras.

— Francamente — bufei nervosa, jogando o distintivo com tudo na lareira sem olhar.

No mesmo instante que joguei, ouvi alguém dizer um “ai”, vindo da própria lareira que me fez olhar.

— Pai!

A cabeça do meu pai flutuava sobre as chamas.

— Que ótima forma de receber seu pai — falou ele irônico.

Levantei do sofá em um pulo, me agachando para ficar bem perto da lareira e sorrindo.

— Pai, me perdoe por isso, não foi minha intenção — disse rindo da situação que cometi.

Ele mesmo acabou também rindo.

— Normal — dizia ele ainda no tom irônico. — Não é a primeira vez que me tacam algo na cara.

Ri.

— O que me tacou?

— Era um distintivo que fizeram para diminuir o Harry por causa do torneio — respondi.

Meu pai apenas balançou a cabeça.

— Falando no Harry — ele olhava melhor para a comunal. — Aonde ele está?

— Foi se encontrar com o Hagrid — disse em voz baixa. — Mas acho que daqui a pouco ele aparece.

— Entendo — ele sorriu. — E você, filha, como está?

Ouvindo ele me chamar de filha foi a melhor sensação do mundo.

— Ótima — falei sorrindo. — Melhor agora. Estava com muitas saudades.

— Sinto muito por não estar mantendo o contato com tanta frequência — diz ele.

— Eu quero te ver...

— Ora, mas você já está me vendo — brincou ele.

Revirei os olhos.

— Affe... você entendeu.

Meu pai voltou a rir.

— Até certo ponto o Remus tem razão em dizer que você lembra sua mãe — dizia ele com um semblante carinhoso. — Sua mãe odiava quando eu a contrariava. Já levei muito xingamento por isso.

— E mesmo assim você continuava?

— Eu amava vê-la nervosinha — respondeu meu pai. — E ela sabia muito bem disso.

Sorri. É tão gostoso ouvir meu pai falar com tanto carinho, lembrar da minha mãe com tanto amor, isso só me faz ter mais certeza do quanto eles se amavam.

Meu pai ia voltar a falar, só que parou ao ouvir um barulho que me fez olhar assustada para trás. O barulho tinha vindo da entrada da Grifinória, esperei um pouco para comprovar que era o Harry e vendo que ninguém aparecia, antes mesmo da entrada se fechar eu disse:

— Harry?

Ele retirou a capa de invisibilidade.

— Foi mal a demora, Hagrid me segurou mais o que imaginava... Sirius! — exclamou Harry surpreso ao chegar perto da lareira e ver meu pai.

— Olá Harry — disse meu pai simplesmente.

Harry olhava cada canto da comunal para comprovar se não tinha ninguém. Se agachou ao meu lado, olhando Sirius um tanto surpreso, acho que ele nunca presenciou algo do gênero.

— Como é que... como?

— Depois eu te explico melhor o como — disse impaciente. — Agora o importante é saber como você foi com o Hagrid.

— Com o Hagrid foi até que tranquilo — comentou Harry.

— O que ele queria com você? — perguntou meu pai.

— Queria me mostrar qual será a primeira tarefa do torneio — respondeu Harry.

— E qual seria?

— Dragões.

— Dragões!? — Harry no mesmo momento tampo minha boca com tudo.

— Xiu! Não fala alto — pediu ele entre os dentes. — É para ser segredo.

Mesmo depois dele ter tirado a mão da minha boca, foi impossível tirar a cara de surpresa, não havia conseguindo ingerir direito o que ele disse.

— Não se preocupe — ouvi meu pai dizer. — Dragões não é o pior dos problemas.... Não posso demorar muito aqui... Arrombei uma cada de bruxos para usar a lareira, mas eles podem voltar a qualquer momento. Me diga como vão as coisas por aqui.

Harry começou a narrar todos os acontecimentos dos últimos dias. Incluindo o caso de ninguém estar acreditando nele, sobre as mentiras que Skeeter publicara no Profeta Diário, e sobre a briguinha infantil dele com o Rony.

— Nesse caso com o Rony, os dois tem culpa, por não falarem um com o outro — digo.

Harry emburrou a cara para mim. Ganhando meu melhor sorriso sínico.

— É sobre Karkaroff — meu pai voltou a dizer.

Ganhando um olhar sem entender meu.

— Como assim o Karkaroff? — disse com um tom de duvida.

— Karkaroff era um dos Comensais da Morte. Era não, ele é... ninguém deixa de ser um.

Meu queixo caiu naquele mesmo instante.

— Vocês sabem o que é isso, não sabe?

— Sabemos, ele... Quê?

— Pai, como assim o Karkaroff era um Comensal da Morte? — indaguei chocada com a revelação. — Então o que ele está fazendo aqui?

— Ele fez um acordo com o Ministério da Magia — disse meu pai amargurado. — Ele fez uma declaração admitindo que errara e então revelou nomes... E mandou uma porção de outras pessoas para Azkaban no lugar dele... Ele não é muito popular por lá, isso eu posso afirmar. E desde que saiu, pelo que sei, tem ensinado Artes das Trevas a cada estudante que passa pela escola dele. Por isso tenha cuidado com o campeão de Durmstrang também.

 — Explicado o motivo da Durmstrang ter uma fama ruim — comentei.

 — Aposto o que quiser que foi essa a razão de Dumbledore querer um auror em Hogwarts este ano, para ficar de olho nele — disse meu pai. — Moody foi quem pegou Karkaroff. Foi o primeiro que trancafiou em Azkaban.

 — Sirius — Harry disse a primeira vez desde a revelação. — Você por acaso está dizendo que Karkaroff pôs meu nome no Cálice? Porque se fez isso, ele é realmente um bom ator. Parecia furioso com o acontecimento. Queria me impedir de competir.

— Eu sempre achei Karkarrof muito estranho — disse ao meu pai com o cenho franzido. — Ele sempre me foi estranho. Na verdade, acho todos da Durmstrang suspeitos, eles não passam confiança nenhuma.

— Eles têm feito algo de suspeito? — perguntou meu pai, curioso.

— Para dizer a verdade, pai, eles têm feito nada de suspeito — respondi. — Acontece que eles passam essa imagem. Nem mesmo o Snape passa essa imagem com tanta nitidez. Diferente do Karkarrof que eu tinha lá minhas suspeitas de que foi ele quem colocou o nome do Harry no Cálice.

— Fico muito orgulhoso da minha filha ter um raciocínio tão bom — falou meu pai orgulhoso.

Sorri um pouco sem graça.

— De qualquer forma sabemos que Karkarrof é um bom ator — dizia meu pai — porque convenceu o Ministério da Magia a libertá-lo, não é? Agora, tenho acompanhado o Profeta Diário...

— Você e o resto do mundo — disse o garoto com amargura.

—... E lendo nas entrelinhas do artigo que aquela tal de Skeeter publicou no mês passado. Moody foi atacado na véspera de se apresentar para trabalhar em Hogwarts. É, sei que ela diz que foi mais um alarme falso — acrescentou meu pai depressa, ao ver Harry fazer menção de falar — mas tenho a impressão de que não foi. Acho que alguém tentou impedi-lo de chegar a Hogwarts. Acho que alguém sabia que seria muito mais difícil agir com ele por perto. E ninguém vai investigar muito. Olho-Tonto andou ouvindo estranhos, vezes demais. Mas isto não significa que tenha se tornado incapaz de identificar a coisa verdadeira. Moody foi o melhor auror que o Ministério já teve.

Já sabia aonde meu pai queria chegar com aquilo tudo.

— Pai, você está querendo dizer que o Karkaroff vai tentar matar o Harry?

Harry trocamos olhares.

Ele parecia mais preocupado ainda.

— Karkaroff tentar me matar? — indagou Harry hesitante. — Mas... Por quê?

Meu pai hesitou.

— Tenho ouvido coisas muito estranhas — disse meu pai pausadamente. — Os Comensais da Morte parecem andar um pouco mais ativos do que o normal ultimamente. Mostraram-se publicamente na Copa Mundial de Quadribol, não foi? Alguém projetou a Marca Negra no céu... E, além disso, vocês ouviram falar na bruxa do Ministério da Magia que está desaparecida?

— Berta Jorkins? — diz Harry.

— Exatamente... Ela desapareceu na Albânia, e sem dúvida foi lá que diziam ter visto Voldemort pela última vez... E ela saberia que ia haver um Torneio Tribruxo, não é?

— É, mas... Não é muito provável que ela tivesse dado de cara com Voldemort, ou é?

— Ouça, eu conheci Berta Jorkins — disse meu pai sério. — Esteve em Hogwarts no meu tempo, alguns anos mais adiantada do que seu pai e eu. E era uma idiota. Muito bisbilhoteira, mas completamente desmiolada. Não é uma boa combinação, Harry. Eu diria que ela poderia ser facilmente atraída para uma carapuça.

— Então... Então Voldemort poderia ter descoberto tudo sobre o torneio? É isso que você quer dizer? Você acha que Karkaroff poderia estar aqui por ordem dele?

— Não sei — disse meu pai lentamente. — Não sei... Karkaroff não me parece o tipo que voltaria para Voldemort a não ser que soubesse que o lorde teria poder suficiente para protege-lo. Mas quem pôs o seu nome do Cálice de Fogo fez isso de caso pensado, e não posso deixar de achar que o torneio seria uma ocasião para atacar você e fazer parecer que foi um acidente.

— O que não é um plano nada ruim — disse, suspirando cansada.

— Não mesmo — disse Harry, desolado. — Só precisam sentar-se e esperar que os dragões façam o serviço por eles.

— Certo... Esses dragões — disse meu pai, falando agora muito rapidamente. — Tem um jeito, Harry. Não ceda à tentação de usar um Feitiço Estuporante, os dragões são fortes, e têm demasiado poder mágico para serem nocauteados por um único feitiço. É preciso meia dúzia de bruxos para dominar um dragão...

— É, eu sei, acabei de ver — disse Harry.

— Mas você pode dar conta sozinho — disse meu pai. — Tem um jeito e só precisa de um feitiço simples. Basta...

Mas Harry ergueu a mão para silenciá-lo, por um segundo não entendi, mas logo meu coração disparara subitamente como se quisesse explodir. Ouvia passos que desciam a escada circular às nossas costas.

— Vão! — sibilou meu pai. — Vão! Tem alguém chegando!

Harry levantou-se depressa, escondendo as chamas com o corpo, levantei em seguida para fazer o mesmo — se alguém visse o rosto do meu pai entre as paredes de Hogwarts, faria um estardalhaço dos diabos — o Ministério seria chamado, nós, Harry e eu, seriamos interrogados sobre o paradeiro do meu pai...

Olhei por trás do ombro e meu pai desapareceu. Voltei a olhar a escada circular um tanto nervosa. Mesmo que eu tivesse medo de alguém poder ver meu pai, fiquei com raiva por ter atrapalhado a conversa com ele. Juro que azaro o culpado amanhã, não faço isso agora, pois estou sem varinha.

— Rony — disse ao ver meu amigo ruivo só de pijama — o que está fazendo acordado a essa hora?

— Eu que pergunto com quem estavam falando? — perguntou.

— E isso é da sua conta? — rosnou Harry. — Que é que você está fazendo aqui embaixo a essa hora da noite?

Se queria dar um chute no meu querido amigo Harry? Claro que sim.

— Fiquei imaginando onde você... Su, eu não sabia que estava aqui... — E parou, encolhendo os ombros. — Nada, vou voltar para a cama.

— Achou que poderia vir bisbilhotar, não foi? — gritou Harry.

— Harry! — exclamei em tom de reprovação.

— Sinto muito — disse Rony, ficando vermelho de raiva. — Eu devia ter percebido que você não queria ser perturbado. Vou deixar você continuar praticando em paz para a próxima entrevista.

Harry se afastou, indo até um dos sofás e pegando um dos distintivos “POTTER REALMENTE FEDE” e atirou-o com toda a força na direção do Rony. O distintivo acertou Rony na testa e ele cambaleou.

— Toma — disse Harry. — Uma coisa para você usar na terça-feira. Quem sabe você até arranja uma cicatriz agora, se tiver sorte... É o que você quer, não é?

Juro que eu queria dar um tapão no Harry.

Ele atravessou a sala, decidido, em direção à escadas, me deu boa noite só que recebendo um olhar de reprovação e não um outro boa noite. Rony nem se quer se mexeu, ficou parado ali naquele pijama demasiado pequeno — conseguia ver o pedaço de seus tornozelos — e Harry, passou reto.

Atravessei a sala indo até o ruivo, tocando seu ombro e dizendo:

— Eu sei que você não fez por maldade.

Rony apenas suspirou e balançou a cabeça, tirando minha mão do ombro.

— Se você me esperar aqui, vou pegar uma pomada que a Hermione tem para hematomas e posso passar na sua testa para não ficar vermelho.

— Está tudo bem — diz Rony retirando o meu dedo da sua testa.

— Então eu passo amanhã.

— Susana! Não precisa me passar nada.

— Rony...

— Eu estou muito bem, ok?

Levantei a sobrancelha um pouco apreensiva.

Sei que não ia conseguir nada com aquele homem complicado, então apenas lhe dei um beijo na testa, no mesmo local que o distintivo acertou e disse:

— Boa noite, Rony.

— Noite, Su.

Eu amo muito meus amigos; principalmente o Harry e Rony que são meus melhores amigos. E nisso deles não se falando sinto uma mistura de raiva e tristeza por não ser mais como era antes.

— Merlin, eu juro pelo Taran que se você iluminar a mente desses dois teimosos, idiotas e orgulhosos... não vou te xingar mais por eu sempre pegar você nos sapos de chocolate — supliquei para Merlin quando cheguei em frente a porta do dormitório feminino.

Harry e Rony precisam voltar a se falar.

O quarteto precisa voltar ao que era antes.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?

Quase tive um treco enquanto escrevia esse capítulo por causa do meu Sirius Lindo-Gostoso-PedaçoDeMalCaminho Black... serio, eu amo esse personagem e parecia uma bobona sorrindo na hora de escrever. Parece até que não o vi a muito tempo... hahaha

Espero que tenham gostado muito desse capítulo... não teve Draco porque precisei deixar o meu Maroto pegar esse capítulo só pra ele. Até uma próxima, ainda essa semana sai capítulo novinho e fantasminhas apareçam... byebye ♥



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