A Herdeira dos Black II escrita por Akanny Reedus


Capítulo 29
Madame Puddifot


Notas iniciais do capítulo

Faculdade! Faculdade! Faculdade!
Sorry! Desculpe! Perdão! Não me matem!

Gente, me desculpem pela demora, por favor, já expliquei a vocês o motivo e volto a dizer: faculdade. Isso está tomando meu tempo. Essa semana ainda fiquei sem tempo já estou com trabalho, mas separei um tempinho para escrever e tentar terminar rápido. Quis postar antes que eu entrasse na minha semana de provas, se não, vocês iam esperar mais ainda. O lado bom de entrar na semana de prova quer dizer que faltará poucos dias para as ferias e o que isso quer dizer: vários capítulos da AHB... vou tentar recompensar a grande demora das atualizações... tentarei postar dois capítulos em uma única semana. ♥ ♥

Enfim, chega de conversa, agora vou deixar vocês com esse capítulo que está até legalzinho com um momento esperado (ou não desejado).

Até as notas finais.



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— E ai, como eu estou?

Virei de costas para o espelho, encarando Hermione que me olhou dos pés à cabeça, sorrindo.

— Amiga, como sempre você está linda — disse Hermione.

— Não exagera, Mione — digo, revirando os olhos.

Voltei me olhar no espelho; acho que devo concorda que não estou nada mal.

Ontem à noite, antes de dormir, fiquei com Hermione escolhendo uma roupa para hoje. Demorou. Porém consegui encontrar algo prestável para vestir. Não me deixou com cara de “qualquer uma” como a Hermione disse. Eu fiquei simples como eu gosto e talvez elegante, não sei se essa seria a palavra certa, só sei que estava bem apresentável para um encontro.

Tinha escolhido algo que lembrava um vestido com botões na frente. Era feito pelo mesmo material do tecido para blusa social nas cores preto e vermelho: estampa xadre; a manga era comprida, mas dobrei um pouco a manga. O vestido era um pouco justo até minha cintura, abaixo era mais solto, o comprimento era acima do joelho — minhas pernas ficavam até que bem amostra. Agora o sapato, esse foi complicado, eu não queria usá-lo, mas Hermione meio que me obrigou. Hermione havia escolhido um de salto alto na cor preta. Eu achei um exagero usar salto, mas ela não achou e disse que ia ficar super bem comigo porque eu não ia ficar tão alto. Esse comentário dela me a impressão que ela me chamou de baixinha e precisava do salto porque Cedrico era bem mais alto que eu.

Sei que sou baixinha. Não tenho culpa que as chances de eu ser alto são mínimas já que eu herdei isso da minha mãe (segundo meu padrinho). Infelizmente não consegui herda um pouco a altura do meu pai, porque ele é alto, tem quase a altura do meu padrinho.

Os outros detalhes do meu visual é o colar de minha mãe, a maquiagem estava simples com um delineado contornando os meus olhos e um batom na rosa; meu cabelo deixei solto.

Mesmo sabendo que não havia nada de errado, continuei me olhando no espelho, tentando (ou teimando) procurar algo.

— Susana, você está maravilhosa, serio — Hermione apareceu do meu lado, tocando meu ombro. — Acha mesmo que ia brincar com algo tão sério?

Suspirei.

— Eu sei que não — disse, me sentando na cama dela. — Só que... affe... esquece.

— É seu primeiro encontro, não é mesmo?

— Está tão na cara?

Hermione sorriu.

— A única coisa que posso te dizer é para se acalmar — diz ela se sentando ao meu lado.

— Você também nunca teve um?

Ela balançou a cabeça.

— Para falar a verdade eu nunca beijei — disse Hermione, sorrindo sem graça. — Posso imaginar que seja bom, pois você quem o diga, não é?

Pela primeira vez desde ontem consegui rir.

— É bom — falei ainda sorrindo. — Só que é bem melhor quando você beija alguém que gosta.

A imagem de Malfoy me em mente naquele momento. Meu coração acelerou, e decidi me xingar de todos os palavrões possíveis por ter pensando nele. Eu estava tão feliz que ia conseguir ficar uma semana sem pensar naquele idiota, aí vai eu dizer isso do beijo e me vem ele em mente. Como eu me odeio por gostar tanto daquele imbecil, daquele inútil, daquela Doninha Albina. Como eu queria odiá-lo, mas parece que não consigo odiá-lo como eu gostaria.

É por isso que decidi sair com Cedrico.

Eu não posso ficar pensando naquela Doninha o tempo todo, não dá, isso dói muito. Nunca senti tanta dor ao mesmo tempo. E é uma dor completamente diferente da dor que sinto ao pensar na minha mãe, ou naquela dor em que gostaria de passar todos os meus dias com meu pai, aproveitando cada dia, cada segundo, cada momento que não pude passar ao lado dele nesses anos.

Pela primeira vez estou me sentindo uma verdadeira tapada por estar passando por isso; tudo por culpa de um garoto imprestável com nome de Draco Malfoy.

— Aproveita muito esse dia que você vai passar com o Cedrico — falou Hermione. — Sei que você ainda pensa no Malfoy. E é por causa disso que eu acho que você tem de aproveitar muito para poder distrair e tirar ele um pouco da cabeça.

Não lhe disse nada. Apenas concordei com a cabeça e me levantei para terminar de me arrumar.

Ao guarda minha varinha na minha bolsa, desci com Hermione para o hall. Encontramos o Harry no meio do caminho carregando a capa da invisibilidade.

— Vai mesmo com a capa para Hogsmeade? — perguntei com o cenho franzido.

Harry apenas resmungo.

— E tudo isso para você não se encontra com o Rony — falei, revirando os olhos e bufando. — Vocês dois são muito bobos!

Hermione não dizia nada, apenas a vi balançando a cabeça como concordância, o que acabei rindo um pouco.

— Vai mesmo se encontrar com o Digorry?

— Acho que isso é meio obvio, não concorda, Harry? — diz Hermione ao meu lado.

Ontem de noite tinha contado ao Harry sobre meu encontro com Cedrico. Ele não disse nada, diferente do Rony, mas só pela cara que ele tinha feito vi que Harry não havia aprovado esse meu encontro.

— Hum... bom, eu posso dizer que você está muito bonita, só para se encontrar com aquele cara? — falou Harry.

— Agradeço pelo elogio, Harry — disse, tocando seu ombro e voltei a dizer: — Porém, discordo um pouco com você, não acho que eu deva ir parecendo uma mendiga para ele e se acaso eu esteja exagerada: é por culpa da Mione.

— Ei! Está dizendo que tenho mal gosto? — exclamou Hermione me olhando incrédula. — Su, vou te dizer pela milésima vez. Você está maravilhosa! Não está nenhum pouco exagerada e nem vulgar, está linda e Harry não piora mais a situação.

Antes de descermos o ultimo patamar de escadas, Harry colocou a capa e junto com Hermione (imagino que ele esteja junto com ela) passaram por mim, assim que vi Cedrico no hall perto da escada me esperando.

— Boa sorte — murmurou Hermione sorrindo e se afastando.

Devo ter feito mais uma careta do que um sorriso nervoso para Hermione.

Minha mão estava tremendo, eu estava tremendo de nervosismo, não conseguia olhar o Cedrico. Até que decidi me recompor. Precisava parar de parecer uma idiota, eu não posso fazer esse papel de menininha ingênua e bobinha. Não vou fazer nada de mais, apenas vou sair com Cedrico Digorry.

— Olá Susana — disse ele já na minha frente.

— Oi.

Tentei falar o mais natural possível.

Sorri. E decidi olha-lo e devo dizer que ele estava muito bonito: usava uma calça jeans marrom escuro, camiseta polo na cor azul marinho e tênis social também azul marinho. Além de um relógio em seu pulso esquerdo. Cedrico está muito bem vestido e muito bonito.

— Uau, você está maravilhosa, Susana — falou Cedrico me analisando.

Percebi o olhar dele me olhando de cima para baixo.

— Obrigada — sorri sem graça.

Senti minhas bochechas esquentarem um pouco.

— Vamos?

— Vamos — assenti.

Foi impossível não notar alguns olhares curiosos para Cedrico e eu, principalmente de algumas garotas que soltavam umas exclamações histéricas, sem acreditar no que estavam vendo. Elas estavam com muita sorte que estava mais preocupada com esse meu encontro do que com elas.

Hogsmeade continuava a mesma coisa, movimentada como sempre por causa dos alunos, as lojas cheias e o dia estavam em uma boa temperatura. Cedrico e eu conversávamos sobre alguns assuntos diferentes, mas que logo acabava como se o assunto não nos prendia tanto para continuar. Passamos reto pelo Três Vassouras, Dedosdemel, Zonko’s — mesmo sabendo que não seria um lugar muito apropriado para um encontro — e por fim paramos em frente a uma loja que nunca tinha visto.

A loja é praticamente rosa, as portas e janelas, tudo na cor rosa pink. Acima se tinha uma placa escrito: Madame Puddifot em rosa com várias florzinhas em volta. Será que seria muita maldade eu fazer um gesto de ânsia?

Cedrico abriu a porta, me dando a passagem, eu agradeci e entrei.

Não me aguentei e fiz uma cara de desgosto, sorte que estava de costa para Cedrico e ele não viu nada. O lugar era nojento de tanto frufru, de tanto rosa, de tantas coisas fofinhas que eu não curtia nenhum pouco. Sei que posso estar sendo muito cruel com meus pensamentos, mas eu não tenho culpa de não gostar de nada daquilo.

Susana Black não gosta de frufru. E quando ela não curti algo, as palavras que vem em mente são todas com o mesmo significado de nojo: nauseante, repugnante, ascoso e por ai vai.

Contra minha vontade me sentei na cadeira almofadada. Cedrico sentou logo na minha frente, era notável a felicidade estampada na cara dele, me sentia bem mal por não demostrar o mesmo sentimento.

— Vão querer alguma coisa queridos?  — perguntou uma senhora muito corpulenta que aparentava ter uns 45 anos, não tinha menos e nem mais que 40 anos, e se tinha um coque negro e brilhante.

— Susana, vai querer algo para beber?

— Eu? É... hum... — Eu não fazia a mínima ideia do que eu ia querer.

Percebendo a minha dúvida, Cedrico pediu para Madame Puddifot um tempo.

— Tudo bem com você? — perguntou Cedrico um tanto preocupado.

— Tudo — respondi logo com um sorriso amarelo.

— Certeza?

Assenti.

Cedrico deu uma olhada no local e voltou a me olhar um tanto sem graça.

— É o lugar não é mesmo? — ele disse rindo. — Não precisa dizer nada. Sua cara diz tudo.

— Desculpa. — Foi a única coisa que consegui dizer. — É que esse tipo de lugar não é exatamente o meu tipo.

Fiquei com medo dele ficar mal por eu ter dito aquilo. Inclusive tentei dizer com as melhores palavras e da melhor maneira, no melhor tom para não ferrar com tudo.

— Você não me deve desculpas — disse Cedrico, sorrindo e balançando a cabeça. — Eu que devo pedir desculpas por te trazer aqui. Já deveria imaginar que você é diferente das outras garotas. Falo isso porque muitas garotas gostam de vim aqui, então por um momento pensei em te trazer aqui, mas vejo que errei.

— É, meus gostos são um tanto diferentes — digo.

— Aponto de preferir ter um encontro nos Três Vassouras?

— Tomando uma cerveja amanteigada.

Tanto ele como eu acabamos rindo.

— Então você topa ir tomar uma cerveja amanteigada além de café? — ele perguntou ainda rindo.

— Com certeza.

De fato, ir para o Três Vassouras era a melhor coisa a ser feita.

Eu preferia até mesmo o Cabeça de Javali do que aquela Madame Puddifot que não conseguia engolir.

Não culpo o Cedrico por ter me levado lá, ele não tem culpa que nesse mundo exista tantas garotas ridículas, ele não iria adivinhar que eu era uma exceção.

Como o esperado fomos para o Três Vassouras, que estava superlotada como sempre, inclusive encontrei com Hagrid e o Prof. Moody no caminho, que precisei dar respostas rápidas para Hagrid e dizer que depois o explicaria melhor sobre o fato de estar com Cedrico.

— Melhor? — perguntou Cedrico assim nos sentamos em uma mesa bem afastada.

— Sim, bem melhor — respondi feliz.

Por um momento me senti bem feliz. Acho que pelo fato de Cedrico ter sido tão atencioso comigo pelo o que ocorreu minutos atrás, me deixou bem tranquila e também o ver feliz.

— Bem, agora você vai querer alguma coisa?

— Cerveja Amanteigada — disse, o fazendo assentir.

Ele se levantou e foi buscar nossas bebidas.

Durante essa saída dele dei uma olhada do bar, havia vários alunos de Hogwarts como sempre, mas não consegui encontrar nenhum rosto familiar, nem mesmo alguém especifico. Balancei a cabeça no mesmo momento. Como posso pensar naquele imbecil nesse momento? Eu estou aqui em um encontro com Cedrico Diggory, justamente, para esquecer Draco Malfoy. Só que não vai adiantar de nada eu tentar esquece-lo se fico procurando.

Maldito!

Maldito, Draco Malfoy!

Maldita, doninha!

Maldita, Madame!

Maldito, seja eu e meu coração de merda!

Maldição!

— Susana?

A voz do Cedrico me despertou por completa, porém, me faz parecer uma idiota quando disse:

— Oi?

Bufei.

— Affe, foi mal, eu estava viajando — falei emburrada.

— Deveria estar pensando em algo bem importante — dizia ele, enquanto se sentava ao meu lado, colocando as canecas na mesa. — Já que estava bem dispersa.

Revirei os olhos ao ouvir a palavra importante.

— Importante? Que nada, só estava pensando em baboseira e nada mais.

Ele apenas sorriu.

— Cedrico, me desculpa se as coisas não estão andando como você queria — falei um tanto cabisbaixa. — Desculpe se estou parecendo uma idiota. É que eu não sei como me comporta em um… er….

— Encontro? — Cedrico completo me olhando bem atendo.

Respondi em um murmuro.

— Acredito que isso seja um encontro, correto?

Cedrico se ajeitou melhor na cadeira dele, ficando mais de frente comigo, pegou minha mão e se aproximou.

— Susana é tanta coisa que gostaria de falar, mas não sei por onde começar.

— Do início, talvez?

Tentei descontrair aquela tenção toda que estava sentindo. Só que não deu muito certo já que minha voz saiu tremula e minha mão estava ficando gelada. Mesmo achando que não deu certo, aquilo de alguma forma pegou Cedrico que riu.

— Ah, claro, obvio que precisa ser do início — falou ele ainda rindo.

Ele segurou mais firme minha mão, deixando entre a suas e continuando a me olhar bem atento.

— Pode parecer que não, mas naquela vez em que te vi em Bournemouth, foi a primeira vez que reparei melhor em você. Sempre ouvi falar muito sobre Susana Black, o que me deixava mais curioso para lhe conhecer. Sem querer o destino me colocou ao seu lado. Imagino que diferente de mim, você quis me esganar por tocar em um assunto tão pessoal que é sua família paterna.

Engoli em seco.

Sabia que ele mencionava sobre a família de meu pai: os Black.

— Fiquei com medo de não ter te agrado — ouvia Cedrico sem o interromper. — Porém, fiquei muito feliz quando vi que estava errado… Aos poucos, eu comecei a enxergar uma amiga em você. Com o passar dos dias, percebi que realmente eramos amigos (ou pelo menos era o que eu achava), e aos poucos, comecei a me sentir diferente quanto a você. Só passei anotar tais mudanças no momento em que te vi passando pela entrada do Salão Principal, sorrindo, de uma forma encantadora. Você foi o sol que surgiu naquele dia gelado e me aqueceu.

“A forma que a via com seus amigos, como os defendia, percebi o quanto era diferente da imagem que muitos diziam sobre você: arrogante. Você tem dignidade e honra calcadas em seu ser, você jamais abandonaria quem precisa. E se algum dia você se encontrar em situação semelhante, eu serei o primeiro ajudá-la. ”

“O tempo passava e as inúmeras perguntas e afirmações cresciam. Eu percebia que o amor que nutria por você é maior do que imaginava. E no dia que você deu a entender que mesmo se tivesse medo, iria viver a vida, não desistiria, continuaria em frente; eu perdi o fôlego. Depois disso eu me convenci. “Se um dia ela precisa-se de consolo, como os que ela sempre dá, aos amigos, o que faria!? — A abraçarei quantas vezes for preciso. ”, ou então, “Ela faz tudo da melhor forma que pode, sempre tentando beirar a perfeição, e geralmente é feito para nós, seu amigos e colegas. E o que eu faço por ela!? — Posso não ser perfeito, mas faço o meu melhor. ” Eu pensava e penso quase que inconscientemente: “Embora eu sangre, abrirei meu coração para ela. Estarei sempre ao lado dela, e, espero que ela esteja sempre ao meu lado. ” Foram tantas coisas que eu perdi, e tantas as coisas que amei… Desde o dia em que a conheci, minha vida mudou. Então antes que tudo acabe, antes que nossas vidas acabem, eu quero te dizer uma coisa…”

Algo dentro de mim queria que ele não disse-se o que pretendia dizer. Eu não queria ouvir aquilo, sentia que não tinha esse direito de ouvir as palavras, que eu não mereço.

Os olhos Cedrico brilhavam; seu tom era calmo e cheio de amor.

— Desde o dia em que a conheci, eu acabei me apaixonando por você — dizia ele com tanta firmeza. — Eu amo você. Desde o dia em que a conheci, a minha vida não mudou, ela se transformou e se afogou em música, uma sinfonia muito estranha tocando no meu coração. Eu quero que saiba que este coração, te pertence.

— Ced… Cedrico… por favor…eu não. — Minha voz saiu tremula, tentei desviar o meu olhar dele, mas ele me fez olhar novamente para seus olhos acinzentados.

— Eu te amo.

Como pode três palavras me acertarem com tanta força.

— Não diga isso… — murmurei.

Eu não mereço ouvir isso.

— Digo e repito quantas vezes for preciso — falou Cedrico, bem próximo do meu rosto. — Eu estou perdidamente apaixonado por você. Eu te amo, Susana.

Sem conseguir emboçar ou fazer algo, senti os lábios de Cedrico tocar nos meus lábios com tanta delicadeza, com tanto amor, que não sabia se retribuía ou outra coisa. Só sei que fiquei com meus olhos fechados e depois os abri, quando os lábios dele se desencostaram dos meus.

Cedrico logo soltou minha mão e se afastou, fitando a caneca com a Cerveja Amanteigada.

— Me perdoe por isso — disse ele um tanto sem graça. — Eu não tive a intenção de abusar ou algo do gênero.

— Tudo bem — foi a única coisa que consegui dizer naquele momento. — Só acho que não merecia tudo isso.

Ele me olhou.

— Eu não mereço ouvi essas palavras.

— Por que?

— Acredite, eu não sou pessoa que você imagina que sou, não sou perfeita. Sou uma pessoa cheia de defeitos. Onde inclui minha arrogância.

— Ninguém é perfeito — disse Cedrico, voltando a me olhar atento. — Eu mesmo não sou perfeito como todos dizem. Arrogância? Isso pode ser até um defeito, mas as vezes eu vejo isso como uma forma de proteção. E é o que vejo em você. Sua arrogância é seu escudo, mas isso não significa que seja uma pessoa má.

— Também não significa que eu seja boa — digo.

Eu tenho noção dos meus atos. Muitas vezes eu tenho a noção do quanto sou arrogante em certos momentos, mesmo sabendo que não é o certo, eu acabo cometendo esse ato. Nunca gostei de demostrar fraqueza na frente dos outros. Talvez ele tenha razão que a minha arrogância seja o meu escudo. Já que esse é o meu modo de me manter firme e não ser humilhada e nem nada do tipo.

Má? Posso até não ser uma pessoa cem por cento má. Só que isso não significa que seja boa por completo. A prova disso é minhas atitudes em Beauxbatons. Mesmo eu tendo a noção dos meus atos, eu continuava com eles, sem me impor com o resultado. As vezes penso que não mereço as pessoas que estão ao meu redor. É isso que eu acho sobre o amor de Cedrico. Ele é tão bom. Eu não mereço nada disso. Sem contar que não posso retribuir o mesmo que ele sente por mim.

Odeio pensar nisso, porém, o único que consigo pensar e sentir algo é pelo Malfoy.

Eu me odeio tanto por isso.

— Cedrico me desculpe — falei pegando minha bolsa —, mas eu não me vejo digna do seu amor. Me perdoe. De verdade, eu lamento por isso.

Não ia conseguir ficar mais um minuto com ele.

Eu não tinha ideia do que fazer.

Não sabia de mais nada.

Esqueci que era uma Grifinória e fugi dele.

O que precisava naquele momento era ficar sozinha, pensar e agradeci muito o Cedrico por me entender, e me deixar ir.

— Desculpe.

Essa era a única palavra que conseguia dizer a ele.

As vezes gostaria de não existir.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam? A muita coisa que gostaria de comentar com vocês sobre esse capítulo que curti até que muito escreve-lo. Foi um pouco difícil, pois fiquei um pouco travada com o encontro deles dois, não sabia o que colocar, mas depois de um tempo pensando que deu o prazo da chegada do meu box dos livros do Harry Potter que tinha comprado, eu consegui escrever.

Uma das coisas que gostaria de comentar é que achei super legal escrever e poder mostrar esse lado que muitos não conheciam da Su (eu pelo menos acho que nunca mostrei). Curti muito mostrar que a maior dificuldade dela e que acabou a deixando com muito medo foi esse encontro. O primeiro encontro da vida dela. É legal ver que mesmo parecendo não ter medo de nada, ser corajosa e tal... ela ficou com muito medo do que ia acontecer nesse encontro. *o*

Inclusive acho que alguns podem não ter curtido o final, mas achei muito a cara dela terminar o encontro dessa forma e reagir desse jeito quando o Cedrico se declarou (que tive uma grande ajuda da minha amiga Virgo). Isso não só mostra que ela tem sim coração, ela tem sim humildade(por incrível que pareça essa garota tem essa qualidade), se importa com os outros como também é a prova do quanto ela gosta do nosso Draquinho. Não sei se chega a essa ponto de provar, porém, nos sentimentos dela ela deixa isso até que claro.

Enfim, gostaria muito de saber a opinião de vocês sobre esse encontro e sobre atitude da Su. Gosto muito de saber a opiniões de vocês sobre esses atos/acontecimento da Su ou de outros personagens.

Comentem! Próximo capítulo não sei quando irei postar, talvez só depois da minha semana de provas, então até... e como disse nas notas iniciais... tenham paciência, pois minhas férias estão chegando e tentarei recompensar a todos vocês por essa atualização de um em um mês. :)

Beijão e até ♥

ps: quem curte Capitão América, curte Bucky Barnes, postei uma fic nova dele com um o.c quem quiser dar uma olhada a fic está no meu perfil e se chama: Tell Me It's Real.