Chances escrita por Lady Nara


Capítulo 2
Amor


Notas iniciais do capítulo

Nem acredito que conseguir terminar! Precisei ficar doente para tal feito...
Espero que gostem u.u



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' Quando se ama verdadeiramente quem foi sempre é e sempre será.'


Shikamaru suspirou pesadamente antes de abrir a porta e adentrar o quarto; Gaara dissera-lhe que ela estava em seu quarto e permitiu que ele subisse; sentia como se toda a sua vida dependesse dos próximos momentos e de certo modo, dependia.


Encontrou-a de costas para a porta, ela abraçava o próprio corpo enquanto observava o pequeno movimento da rua pela janela do cômodo. Hesitou um passo prendendo mais um suspiro e por fim aproximou-se devagar para não alerta-la, não assusta-la com possíveis ruídos.


Não era como da última vez que tinha agido por impulso, ele já havia vivido aquele momento incontáveis vezes em sua mente, contudo sabia que imprevisível como ela era aquilo de nada adiantaria.


A brisa que entrava pela janela levou o perfume dos cabelos dela até ele, eram poucos os momentos em que ele tinha a oportunidade de vê-la de cabelos soltos, e ele admitiu em seu intimo, que ela ficava ainda mais linda assim.


Shikamaru interrompeu seus devaneios quando estava a dois passos de distância dela, e mais uma vez hesitou, com receio de toca-la.


Quantos meses que eles não se viam já se faziam mesmo? Três meses. Três longos, lentos e dolorosos meses sem ela, em que todas as incertezas, medos e receios dele se dissiparam e o erro que cometera o assombrava.


– Eu... - ele começou a falar, mas se deteve ao perceber que não sabia o que deveria dizer, como havia previsto, perdera as palavras perto dela. Havia planejado um discurso imenso e no entanto, agora o mesmo lhe parecia demasiadamente ridículo, no mínimo. Ele estava sem palavras.


Ela não moveu um único músculo e tampouco pareceu surpresa ao ouvir a minha de Shikamaru. Talvez o tivesse ouvido chegar, talvez tivesse percebido que ele estava atrás de si, ou talvez simplesmente soubesse que ele viria, ele pensou.


Depois de um suspiro demorado ela virou-se para ele. Os olhos levemente vermelhos denunciavam que ela havia chorado a pouco tempo, contudo a expressão dela era seria, indecifrável e a mesma arqueou uma sobrancelha, questionando-lhe sobre sua presença ali.


– Eu não sei o que dizer. - ele confessou, e mais uma vez ela não pareceu surpresa.

– Eu...


– Veio até Suna, apenas dizer-me isso? Que não sabe o que dizer? - ela perguntou com a voz firme e ele prendeu a respiração sem perceber.


A voz dela soava-lhe ainda melhor do que ele lembrava. Como havia conseguido ficar tanto tempo sem aquela mulher problemática?


– Não. - ele respondeu com convicção e antes que ela o interrompesse ele continuou. - E não sei porque demorei tanto tempo para vir. - E realmente não sabia. Sorriu para ela que franziu as sobrancelhas. - Você estava certa, eu errei e não há um dia sequer que eu não me arrependa por isso.


– Eu já disse a você. - ela voltou a ficar de costas para ele. - Não adianta mais.


Entretanto, ele notou que a última frase não saiu com a certeza que ela aprendia. Outra pessoa teria deixado aquele pequeno detalhe escapar, mas não ele. Shikamaru a conhecia mais que a si próprio.


– Eu não acredito em você. - ele foi firme. - Porque eu conheço os sentimentos que dividiamos e eles não acabariam assim.


– Assim? - Temari o interrompeu ainda de costas para ele. Sua voz carregada de raiva.


– Eu sei. - ele anuiu. - Eu só vi o tamanho dos meus erros depois de machucar você; e eu também estou sofrendo por isso.


– Você nunca vai entender o que me fez de verdade...


– Eu senti a dor de perder você. - ele a cortou. - Nada poderia ter sido pior. - ele sorriu minimamente ao ver que tinha conseguido toca-la com aquelas palavras. - Eu não quero sentir isso de novo.


Ele esperou por uma resposta, que não veio. Não sabia se significava algo bom ou ruim, mas torcia pela primeira alternativa. A verdade é que temia que ela não lhe perdoasse, sabia que não poderia ficar sem ela ao seu lado, simplesmente por que a amava demasiadamente.


– Você é definitivamente a pessoa mais problemática que existe. - ele continuou e arriscou um passo até ela. - E essa é uma das coisas que eu mais gosto em você. - ele lhe segredou. - Mas, nós dois sempre foi tão complicado.


– Nós poderíamos ter simplificado. - ela se pronunciou virando-se para ele novamente. - Foi para isso que eu fui para Konoha, mas você desistiu.


Os olhos dela começavam a ficar marejados e ela tinha o punho fechado. Ele deteve-se mais uma vez. Não queria que tudo acabasse como da última vez, com ela saindo sem olhar para trás.


– Eu sempre pensei... Na verdade todos pensaram que se um de nós fosse ter medo do passo que estávamos dando, seria você, no entanto foi eu. - admitiu. - No dia em que você chegou a vila de surpresa, eu fiquei imensamente feliz e não pensei em nada além de ficar com você.


Ele deu mais um passo em direção a ela, que recuou dois.


– Quando você foi embora no outro dia, eu entendi que não queria mais ficar sem você. Nunca mais. E então pedi a você que namorasse comigo, que ficasse mais tempo em Konoha comigo.


Ele pôs as mãos nos bolsos da calça que usava, sem saber o que mais fazer com elas; sua vontade era tocar a mulher a sua frente e provar-lhe que a amava com todo o seu ser, mas não podia, não ainda.


– E você aceitou tão rápido, tão fácil... - ele disse e sorriu fraco com a lembrança daquele dia.


– É claro que aceitei rápido. - ela respondeu-lhe. - Esse foi meu erro.


– Não diga isso amor. - ele pediu e ela franziu as sobrancelhas. - Você nunca mentiu bem. - ele brincou, ignorando a tristeza em ouvir as palavras dela.


– Na época eu não consegui entender que você já havia pensado e decidido sobre isso antes que eu lhe propusesse... E fiquei com medo de você se arrepender depois, queria dar-lhe um tempo para pensar melhor sobre nós, afinal...


– Nós somos estrategistas. - eles falaram ao mesmo tempo.


Primeiro ele achou que aquilo era um bom sinal, mas ao olhar nos olhos dela viu que estava enganado.


– Está errado Shikamaru. - as feições dela continuavam serias. - É claro que eu já havia pensado sobre isso, mas eu apenas decidi no momento em que você pediu que eu ficasse. Foi puramente pelo sentimento... E você me deixou sozinha.


– E eu nunca vou me perdoar por isso. - ele baixou os olhos. - Mas eu preciso que você me perdoe. Eu não quero ficar sem você Temari. Eu não consigo esquecer você, eu não quero esquecer você. Eu amo você, e sinto muito a sua falta. - ele levantou os olhos para ela e tentou decifrar os sentimentos por trás de seus olhos. - Diz alguma coisa, por favor.


– Eu também sinto a sua falta. - a voz dela saiu tão baixa que por um momento ele achou que estava imaginando. - Mas você me decepcionou.


– Não voltara a acontecer, eu prometo. Deixe-me provar a você que eu te amo, todos os dias.


– Você poderia pelo menos desta vez, mais uma vez parar de calcular seus passos e agir por impulso ou instinto. - o pedido soou como uma ordem, ou o contrário.
As palavras dela o pegaram de surpresa e ele entreabriu a boca para lhe responder, entretanto não disse nada. Com um passo longo encerrou a pequena distância entre os dois fitando os olhos verdes com veemência para logo depois beija-la.


Um beijo quase desesperado. As mãos dele tocaram o corpo dela numa caricia apressada, percorrendo a pele de suas coxas. Os braços dela circundaram o pescoço dele colando ainda mais seus corpos.

Quando finalmente se separaram ele encarou os olhos dela, apenas para ver neles o mesmo desejo que havia nos seus.


Voltaram a se beijar. Ela levou as mãos para os cabelos dele apenas para solta-los em seguida. Ele trilhou um caminho de beijos pelo rosto dela até chegar em seu pescoço, ouvindo-a gemer em resposta e começou a descer a alça do vestido dela enquanto descia os beijos para seu colo.


– Me desculpa Tema. - ele pediu entre os beijos.


– Está tudo bem, não importa mais. - ela respondeu, acariciando-lhe o rosto com os dedos esguios.


– Ainda não. - ele interrompeu-se e a soltou do abraço.


– O que? - ela ficou surpresa.


– É algo que eu já deveria ter feito há muito tempo atrás. - ele segurou o queixo dela envolvendo-se na intensidade de seu olhar. - Tema, você quer casar comigo?


– Você está falando sério? - ela arqueou a sobrancelha.


– É claro que estou mulher. - ele retrucou e ela abriu um largo sorriso.


– Que problemático. - ela passou as mãos pelo pescoço dele, abraçando-o novamente. - Sim. - E beijaram novamente.


Ali, no momento mais inapropriado possível, eles esqueceram quem eram, esqueceram seus problemas, sua razão, seu autocontrole, suas diferenças, apenas para entregarem-se um ao outro, desesperadamente, insanamente, loucamente, intensamente.


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Notas finais do capítulo

Tantas referências nesse capitulo u.u ~ le eu fazendo propaganda de outra fic minha kkkk
Então amores, o que acharam ?



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