Trapaça escrita por Sara Carneles


Capítulo 30
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

E aqui está, the last one. :(
Okay, não vou deixar as coisas tristes, muito pelo contrário, hoje é só alegria e amor, porque sim gente, Trapaça vai ter sequência!
Já tenho grande parte do enredo planejado, inclusive o plot principal, que eu garanto, vai deixar todo mundo super curioso.
Ainda não tenho previsão para começar a escrever porque agora vou ficar em Luxúria, que é a fic "do momento", mas podem comemorar porque eu ainda não estou pronta pra dizer adeus à esse Oliver e a essa Felicity, então ainda teremos mais um pouco deles em um futuro próximo.
Enfim, vou deixar as despedidas oficiais pras notas finais. Quis deixar esse epílogo o mais perfeito possível, espero que vocês gostem.
Boa leitura!
ps: se vocês gostam de ouvir música enquanto lêem, sugiro que coloquem Kiss Me do Ed Sheeran pra tocar.



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Só o que se falava na tv, era do escândalo envolvendo Malcolm Merlyn e o empreendimento que ele e mais alguns figurões de Starling criaram para "reformular" a cidade destruindo-a quase que por completo.

Eu nem conseguia imaginar como Tommy deveria estar se sentindo ao descobrir que seu pai era um monstro como aquele. Liguei para ele assim que cheguei em casa, mas foi Sara quem atendeu. Tomei isso como um bom sinal, ela estava com ele, talvez fosse o bastante para que as coisas não ficassem tão ruins.

Mas minha preocupação maior era Oliver. Claro que era.

Depois que cheguei em casa, tomei um banho para ver se isso ajudaria na tentativa de acalmar meus nervos, mas não foi de grande ajuda. Depois, fiquei vendo tv, olhando o noticiário com o coração apertado toda vez que Oliver aparecia em cena.

Não sei quanto tempo depois adormeci, só sei que me despertei por completo quando senti algo quente cobrir meu corpo.

Abri meus olhos lentamente e encontrei os mais perfeitos e límpidos azuis me fitando na escuridão parcial.

– Oliver! – eu quase gritei enquanto corria para o abraçar, passando meus braços sob seus ombros e enterrando meu rosto em seu pescoço.

Mais uma vez, as lágrimas vieram, e eu não as impedi, precisava deixar que aquele alívio dominasse meu corpo.

– Ei, eu estou aqui. – ele acariciou minhas costas com uma das mãos – Está tudo bem, amor.

– Eu pensei... por um momento eu pensei o pior. – confessei, soltando-o e baixando o olhar, sem coragem de encará-lo – E doeu tanto, Oliver, eu nunca senti uma dor tão grande. – ergui meus olhos úmidos para os deles, que tinham uma expressão de confusão e surpresa – Isso me fez perceber o quanto eu amo você, o quanto eu preciso...

– Espere, espere... – ele me interrompeu – O que você disse? – ele sorriu, um sorriso grande e luminoso que aqueceu minhas veias – O que você percebeu?

– Que eu te amo. – falei, a convicção era tanta em minha voz, que até me assustava. – Eu te amo, Oliver Jonas Queen. Eu te...

Não tive tempo de repetir aquelas palavras mais uma vez, a boca dele calou a minha com um beijo tenro.

Passei meus dedos por seus cabelos, seus ombros, seu abdômen, e ainda assim, não era contato suficiente para tranquilizar meu coração.

Afastamos nossos lábios, dois pulmões clamando por oxigênio, e dois corpos implorando por mais contato.

Oliver tirou a jaqueta que estava vestindo sem deixar meu olhar, depois, suas mãos tiraram a minha blusa, deixando-me de shorts e sutiã. Senti os beijos macios dele em minha pele, no meu pescoço, queixo, bochecha, chegando novamente até a minha boca.

Ele me ergueu com facilidade enquanto sua língua continuava dançando com a minha. Uma chama lenta e deliciosa queimava minhas veias, acedendo meu corpo a cada toque, cada beijo, cada suspiro.

Oliver deitou-me na cama, senti o peso de seu corpo sob o meu, o calor que emanava dele era a única coisa de que eu precisava.

Ele me beijava lentamente, preenchendo minha pele com seus lábios. Mas então eu me lembrei do que ele tinha passado naquele dia, e tomei posse da situação. Ele se deixou cair no colchão enquanto eu assumia o controle.

Passei meus dedos por seu abdômen, ele parecia sentir aquela eletricidade entre nós tanto quanto eu sentia, pois seu peito subia e descia com uma rapidez descontrolada. Deixei minha mão ali, sob seu coração, sentido os batimentos fortes e rápidos que sincronizavam com o meu e desci meus lábios novamente para a sua boca. Observei o pequeno corte no canto de seu lábio inferior e beijei o machucado, desci para seu queixo quadrado, seu pescoço e então encontrei as feridas superficiais em seu peitoral, cortes não tão profundos, mas que mesmo assim deveriam ter doído, doíam em mim só de olhá-los.

Beijei cada um dos cortes, depositando muito mais do que meus lábios neles; deixando meu amor e minha promessa de que cuidaria dele, de seu corpo, de seu coração.

Oliver entendeu a mensagem, eu vi em seus olhos o brilho claro de uma lágrima de alegria antes dele sentar-se comigo em seu colo para alcançar minha boca novamente.

– Eu te amo. – ele falou.

– Eu te amo. – repliquei com um sorriso que espelhava o dele.

Não havia pressa entre nós desta vez.

Suas mãos passearam por minhas costas enquanto eu rebolava sugestivamente sob seu membro, a roupa nos separando.

Oliver deitou-me novamente, abriu meu sutiã e então seus dedos desceram até meu shorts fino, retirando-o lentamente, ergui meus quadris para que ele tirasse ambas as peças de baixo e as jogasse em algum canto escuro do quarto.

Depois foi a vez dele retirar o restante de suas roupas, e por um momento, ficamos os dois apenas admirando um ao outro.

Ele era magnífico. Cada pedacinho do seu corpo, até as recentes feridas, que só me faziam querer cuidar a amá-lo ainda mais.

Deitei-me outra vez quando ele se pôs sobre mim, seus braços em cada lado de minha cabeça, alguns centímetros de distância entre nós.

Oliver ficou parado esperando que eu encontrasse o seu olhar, e foi o que fiz. Ele sorriu, um sorriso amável e malicioso ao mesmo tempo, beijou-me suavemente, nossos olhos ainda hipnotizados um pelo outro, eu estava tão concentrada nos dele que perdi o ar que estava segurando em meus pulmões quando ele me penetrou lentamente, mas sem parar, preenchendo e encaixando-se dentro de mim como se tudo nele tivesse sido feito para completar tudo em mim.

Ao mesmo tempo que ele entrava em mim novamente, um beijo era depositado em meus lábios. A sensação ficava mais intensa a cada investida.

Tudo o que eu via era azul, o azul dos olhos dele e o azul límpido do céu que eu alcançava cada vez mais, meu coração quase machucava de tanto que batia forte e rápido, minha pulsação martelando nos ouvidos, os suspiros e gemidos de nossos corpos se misturando.

E então não havia mais como protelar, não havia mais como manter a calma, e nós começamos a nos perder no ritmo rápido e forte imposto por nossos sentimentos.

Minhas mãos puxaram-no para um beijo desesperado na tentativa de silenciar os gemidos altos que soltávamos, e não demorou muito para que o corpo dele começasse a tremer depois disso, a eletricidade passando entre nós e carregando meu sangue, fazendo tudo girar e brilhar e desmoronar só para encaixar-se novamente em um mundo completo e perfeito onde eu era de Oliver Queen, e Oliver Queen era meu.

***

Acordei na manhã seguinte com um trilha de beijos sendo depositados desde a base de minha coluna, até meu pescoço.

Sorri e gemi, protestando quando os toques cessaram.

– Bom dia. – Oliver sussurrou em meu ouvido, a voz rouca provocando um calor em meu ventre.

– Bom dia. – respondi, virando-me para ele com um sorriso sonolento.

Ele sorria tanto que chegava a me constranger. Eu ri também.

– O que foi? – perguntou, confuso porque eu ria de sua expressão.

– Nada. – falei, passando meus braços em seu pescoço – É só que eu acho que nunca te vi sorrir tanto.

Ele assentiu.

– Digamos que eu tenho um bom motivo. – falou malicioso, uma de suas mãos descendo para minha cintura.

– Mesmo? – falei inocentemente.

– Mesmo.

Eu ri e o beijei.

– Que horas são? – olhei para o relógio ao lado da cama.

– Dez e meia. – Oliver respondeu tranquilamente.

Arregalei meus olhos.

– Caramba, acho que nunca dormi tanto. – comentei.

– Faz sentido que seja tarde, afinal, nós não dormimos muito durante a noite...

Eu joguei um travesseiro nele, que riu alto e me agarrou pela cintura.

– Não! – gritei em protesto quando ele começou a me fazer cócegas – Oliver!

Eu não conseguia respirar direito, ri tanto que lágrimas saíram de meus olhos, mas finalmente ele parou.

Sentei-me na cama, podia sentir que meus cabelos estavam uma bagunça. Puxei o lençol para o lado e fiquei de pé.

– Vou tomar um banho. – falei, de costas para ele, mas sentindo todo o calor de seu olhar ao me observar completamente nua.

Andei até a porta do banheiro sem ter sua presença atrás de mim, mas logo em seguida seus braços me agarrarem por trás.

– Quer companhia, Senhorita Smoak? – sussurrou ele formalmente, eu assenti, minha memória voltando até o dia em que nos conhecemos.

Tudo voltou à mim como uma enchurrada. Lembrei-me da primeira vez que o vi, quando ele me chamou de loirinha e eu o rotulei de babaca, garantindo com toda certeza de que eu jamais me apaixonaria por um cara como aquele.

Sorri ironicamente. É claro que Oliver não era mais aquele tipo de cara, ele havia amadurecido e mudado tanto em pouco mais de um ano, que eu não reconhecia mais nenhum traço de sua antiga personalidade.

Era estranho, pensei, como a vida fazia seus próprios planos para nossos caminhos. Criando novos rumos e pregando peças em nosso destino para provar o quanto às vezes não temos controle de nada. E eu tinha caído na maior armadilha de todas, eu havia me apaixonado pelo cara que tinha certeza de que jamais conseguiria sentir algo.

Definitivamente, o amor era a maior trapaça criada pela vida.

***

"Oliver Queen é Visto com Possível Namorada"

Era a capa do principal jornal de Starling City, junto com a foto dele ao lado de uma garota loira que segurava sua mão enquanto ambos caminhavam na direção de um carro.

Mesmo com o escândalo envolvendo Malcolm Merlyn e o empreendimento, mesmo com todos os seus esforços para que todo aquele circo criado por ele e colocado silenciosamente como de Merlyn – fazendo-o parecer o responsável – afetasse o garoto diretamente, ainda assim, ele era a capa.

Ele já tinha cuidado de Malcolm.

Desde que ele irresponsavelmente – e sem o seu consentimento – tentou eliminar o garoto com aquele tiro idiota na frente de tanta gente, o observador resolveu deixá-lo por conta própria. Todo o plano tinha saído dos trilhos, e para se vingar, ele deixou que a A.R.G.U.S. e a garota hacker descobrissem tudo, expondo Merlyn e o plano que já tinha falhado muito antes de prenderem-no.

Mas de certa forma, agora o observador percebia que nem tudo tinha dado errado.

O sorriso no rosto dele e da garota ao seu lado, a alegria que ambos claramente estavam sentindo...

Finalmente, pensou o espectador ao analisar a imagem na capa do jornal. Finalmente ele estava amando alguém.

Por um bom tempo, ele nunca pensou que o garoto conseguiria realmente sentir aquilo, mas ali estava, ele a amava, e ela o amava também, o que era melhor ainda.

Um sentimento quase alegre percorreu o corpo do observador, a sensação plena de que era chegada e hora de seu verdadeiro plano ser posto em prática.
Era chegada a hora, sim, de Oliver Queen descobrir o que era perder aquela que mais se ama no mundo.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso.
Quero deixar aqui o meu imenso e incomparável muito obrigada por tudo, gente, por todos os comentários, pelas recomendações, pelas favoritadas, por me receberem tão bem. Juro que jamais esperei receber tanto carinho. Foram pouco mais de dois meses, mais de 450 comentários, 152 acompanhamentos, 37 favoritos, 10 recomendações e mais de 31.400 visualizações até o presente momento, e eu não poderia estar mais realizada ou feliz por isso.
Muito obrigada! E nos vemos em Luxúria.
Beijos, beijos e até breve. ❤