Trapaça escrita por Sara Carneles


Capítulo 27
Invasão


Notas iniciais do capítulo

Hey gente!
Como eu havia dito, mais um capítulo hoje. Desculpem pela demora, tive um bloqueio tremendo nesses dois dias e sofri um pouco pra terminar esse capítulo, e não acho que ele ficou muito bom não, mas prometo compensar no próximo.
A fic está acabando, mas isso não é sinônimo de poucas novidades. Nesse cap teremos a introdução de mais um personagem da série. E ah, o pov é do Oliver! Espero que vocês gostem.
Beijos e boa leitura! ❤
ps: Maaaaay sua linda! Sorry it took me so long, quase esqueci de deixar aqui registrada a minha imensa gratidão e alegria por você ter recomendado a fic. Mas aqui está, MUITO OBRIGADA! Sem palavras pra agradecer por você ter me colocado no seu grupo Olicity no Wpp e ter me feito conhecer tantas pessoas maravilhosas. Thank you! ❤❤



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Meus ouvidos estavam zunindo, um barulho incessante que tirava minha mente do foco.

Tudo no que eu conseguia pensar era que a verdade estava ali, bem debaixo do meu nariz e eu não vi. Estava tão claro agora, depois desse vídeo, que eu estava me sentindo a pessoa mais idiota e ingênua do mundo.

– Oliver... – ouvi Felicity sussurrar ao meu lado, tocando em meu braço.

Olhei para ela, vi a preocupação em sua expressão e tentei amenizar a minha.

– Está tudo bem – menti – Eu só... preciso de um tempo para processar isso. – indiquei para o tablet dela, ainda em minha mãos.

Sim, eu precisava assimilar tudo o que meu pai tinha acabado de revelar em vídeo. Mas eu nem sabia por onde começar.

Malcolm.

Era ele quem havia recebido o dinheiro desviado das Indústrias Queen. E isso nem era o pior. Meu pai é quem havia feito o arrombo nos caixas da empresa. Ele sabia, ele sempre soube e por anos não se importou.

Ao que parecia, o dinheiro era um "investimento" bilionário de um grupo empreendedor, liderado por Malcolm, com o intuito de "Salvar Starling City da ruína", como meu pai citou no vídeo.

Mas as coisas saíram do controle, alguns membros do empreendimento começaram a se questionar, e logo em seguida, misteriosamente começaram a desaparecer sem sequer deixar uma mínima pista para trás. Abandonaram suas famílias, suas contas bancárias e nunca mais foram vistos. Outros apenas morreram brutalmente.

O vídeo não explicava ao certo o que era esse empreendimento, apenas dizia que todos os nomes no livro eram de membros diretos e indiretos do projeto.

Eu ainda estava em choque, mas aos poucos alguns sentimentos confusos se sobressaíam entre outros.

Entreguei o tablet para Felicity, fechando meus punhos e tentando suprimir mentalmente a raiva que começava a se apoderar de cada batida do meu coração.

– Ligue para o Diggle. – falei, meus olhos ainda sem foco.

– Já estou fazendo isso. – respondeu ela.

Olhei para Felicity, que já estava com o celular pressionado em sua orelha, sorri levemente, ela sempre sabia a hora certa de agir.

Percebi que só de olhar para seus pacíficos olhos azuis, meu corpo já se sentia mais calmo. Me permiti pensar na noite que tivemos enquanto olhava-a falar ao telefone concentradamente.

Eu ainda não conseguia acreditar que realmente tinha acordado ao lado de Felicity. Ela era simplesmente perfeita, em absolutamente tudo, eu tinha total certeza agora.

A forma como seu corpo completou o meu durante toda a noite, como se fôssemos duas peças de um quebra-cabeça único...

– Ele está a caminho. – Felicity respondeu, tirando minha mente do passado e me colocando de volta ao presente.

– Ótimo. – disse.

Ficamos em silêncio por um tempo.

– Você está bem? – perguntou ela, se aproximando, peguei sua mão na minha.

– Agora estou.

Ela sorriu e lentamente se aproximou mais, abraçando-me ternamente. Eu precisava disso, realmente precisava tê-la o mais perto possível. Fechei meus olhos e pousei meu queixo sob sua cabeça. Ela suspirou, senti seu corpo tremer com um riso.

Um pigarrear alto nos interrompeu.

– Diggle! Oi. – falei falou assim que nos separamos, suas bochechas adquirindo um adorável tom de rosa.

Diggle observava-nos com um olhar divertido. Eu não pude deixar de sorrir também. Vi o olhar dele pousar em nossas mãos, que ainda estavam entrelaçadas. Felicity olhou para mim, uma pequena interrogação em seu olhar, perguntando-me se eu realmente estava querendo deixar claro que estávamos mais íntimos. Levantei minha sobrancelha para ela, numa expressão de divertimento. Ela por fim sorriu e apertou minha mão mais forte, depois a soltou.

– O que houve? – Diggle perguntou, aproximando-se ainda com um sorriso animado no rosto.

Pude ver de relance o olhar preocupado que Felicity me lançou. Suspirei e peguei o tablet que estava pousado em cima da mesa.

– Isso aconteceu. – falei, entregando o dispositivo para Diggle.

Observamos a expressão séria que tomou o rosto de John enquanto ele ouvia atentamente o que meu pai dizia no vídeo. Internamente eu tentava ignorar o fato de que estava ouvindo a voz de meu pai novamente, e na pior das hipóteses, pois estava descobrindo um lado negro que eu nunca imaginei existir.

– O que vamos fazer agora? – perguntou ele.

– Bem, é um avanço e tanto. – falei, dando de ombros enquanto os dois me encaravam – Pelo menos agora não estamos mais no escuro. Sabemos quem está por trás disso.

– Oliver, acho que devemos contatar as autoridades. – Diggle falou – Já conseguimos reunir o suficiente para incriminar toda essa gente, e agora com esse vídeo do seu pai...

– As autoridades já estão cientes.

Todos nos viramos para ver de quem era a voz.

– Lyla? – Diggle pareceu surpreso ao ver sua esposa ali. Todos estávamos.
– Desculpe Johnny.

Não houve tempo para que algum de nós conseguisse processar o motivo pelo qual Lyla estava pedindo desculpas.

Pareceu uma cena de filme. Uma leva de agentes devidamente preparados para enfrentar uma guerra, equipados com armas de longo alcance, capacetes, coletes à prova de balas. Parecia que a equipe da S.W.A.T. tinha surgido do nada e caído no porão da Verdant.

Só o que nos restou foi erguer as mãos em sinal de rendição.

Ninguém falou nada por um instante. Lyla tentava encontrar o olhar de Diggle, mas ele parecia incrédulo e furioso.

– Para quê tudo isso, Waller? – John perguntou, a voz mais alta.

Eu não sabia para quem exatamente ele estava falando aquilo, mas assim que uma mulher morena e alta apareceu entre a fileira de agentes que nos cercava, soube que era ela o alvo da pergunta.

– Desculpe pelo alarde. – disse ela, um sorriso irônico nos lábios – É um prazer revê-lo novamente Senhor Diggle.

John a encarava com raiva, mas não falou nada.

– E é claro, é muito bom finalmente conhecê-lo Senhor Queen, Senhorita Smoak. Eu sou a Agente Amanda Waller.

– O que você quer? – perguntei, a voz controlada.

– Estou ciente da investigação que vocês três estão fazendo há alguns meses. – falou ela – E achei que estava na hora de nos conhecermos.

– Me desculpe mas... para quem você trabalha? – Felicity perguntou.

– Para uma agência secreta do Governo chamada A.R.G.U.S. – explicou ela calmamente – Assim como a Senhora Diggle. – ela apontou levemente para Lyla.
John suspirou.

– Não estou aqui para prender nenhum de vocês, se é o que pensam. – Waller esclareceu – Mas meus superiores concordaram que era chagado o momento de assumirmos a sua investigação a partir daqui.

– De jeito nenhum! – falei, quase que interrompendo-a – Eu não vou deixar.

Era ridículo achar que eu conseguiria impedir uma agência do governo de fazer o que bem quisesse conosco e com tudo o que havíamos descoberto ao longo de todo esse tempo.

Para minha surpresa, Waller pareceu gostar de minha afronta.

– Muito bem. Era isso o que eu queria ouvir. Abaixem as armas.

Em um movimento quase sincronizado, todos desfizeram suas posições de ataque.

– Eu sabia que o senhor iria tomar a decisão certa, Senhor Queen, assim como o seu pai tomou.

Franzi minha expressão.

– O que quer dizer? – perguntei.

– O seu pai estava trabalhando conosco, dando-nos informações sobre o Empreendimento.

– E agora você quer que eu te dê informações também. – afirmei.

Waller sorriu, mas não pareceu que ela estava realmente "feliz".

– Não, Senhor Queen. A sua contribuição será muito mais ativa do que nos passar simples informações.

Vi de relance a expressão confusa no rosto de Felicity.

– O que quer dizer? – perguntou ela.

– Simples. – disse ela, olhando de Felicity para mim – O senhor vai confrontar Malcolm Merlyn pessoalmente.


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Notas finais do capítulo

Hmmmm e agora? Vocês acham que o Oliver vai aceitar a oferta? E a Felicity, será que vai reagir bem com isso?
As respostas estão mais próximas do que vocês imaginam! hahahahah