Trapaça escrita por Sara Carneles


Capítulo 2
Fúria


Notas iniciais do capítulo

E como prometido, eis aqui o segundo capítulo!
Gostaria de agradecer por todos os comentários e à todos que já estão acompanhando a fic, espero que vocês continuem aproveitando a leitura.
Beijos, beijos!



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– Ah merda.
– Felicity! – Sara me repreende, e supreendemente parece com minha mãe por uns poucos segundos.
– Desculpe, desculpe... Eu quis dizer, eu quero dizer, bom... é um prazer conhecê-lo... Senhor Oliver, digo, Queen, senhor Queen!
Meu Deus o que há de errado comigo?? Respire Felicity!
Estava indo tudo tão bem... É claro que alguma coisa tinha que dar errado, como eu não percebi isso?
A pior parte de tudo isso era que meu suposto chefe estava ali, rindo de mim como se eu fosse a melhor piada que já lhe contaram, e isso me fazia ferver de raiva internamente. Como diabos ele sabia? Porque claramente ele não estava nada surpreso por me ver ali.
– Oliver, esta é Felicity Smoak, sua nova assistente. – Sara apresentou-me adequadamente já que eu estava estarrecida demais para sequer lembrar de fazer isso.
– Sim, entendo.
Ele me avaliou da cabeça aos pés, um sorriso perverso que arrepiou minha coluna e me deixou totalmente desconfortável.
– Quando você terminar com ela, estarei na minha sala.
E então ele entrou na ampla sala ao lado, simples assim, sem nem ao menos um cumprimento decente. Aquilo deu-me a pior sensação de todas.
Bem, foi bom estar empregada por alguns minutos.
– Desculpe. Pode esperar aqui um instante? – Sara sorriu, claramente com pena da minha situação.
– Claro.
Ela entrou na sala para falar com o Senhor Arrogância. Eu não conseguia ouvir o que eles falavam, mas podia adivinhar que Sara estava tentando fazê-lo mudar de ideia sobre mim.
Imaginar que ela estava implorando para que ele me contratasse me deu nos nervos. Resolvi poupar o trabalho de Sara, e os meus ouvidos e saí dali. Peguei o elevador e apertei no botão que me levaria de volta ao início.
Eu estava me sentindo tão humilhada. Deus, eu sou formada em TI! Por que raios achei que deveria trabalhar como assistente de um bilionário filhinho de papai arrogante?
A raiva era tanta que só notei as lágrimas quando o elevador parou e um homem encarou-me com espanto, sem saber se entrava ou não. Por fim, ele decidiu entrar.
– Você está bem? – perguntou ele após alguns instantes de um silêncio constrangedor enquanto eu tentava fazer as lágrimas desaparecerem.
– Estou ótima. – respondi, ainda com raiva.
– Aqui. – ele ofereceu-me um lenço, o que definitivamente foi pior para o meu caso de lutar contra a raiva em forma líquida que eu não conseguia controlar.
Aceitei o lenço.
– Obrigada.
Ele sorriu. Foi só então que eu realmente o vi. E não era nada, nada mal. Vestia um conjunto social escuro que ficava muito bem nele, e minha nossa, tinha olhos de um tom de azul muito escuro e cativante.
– Tommy. – ele estendeu-me a mão.
– Felicity. – o cumprimentei.
– Foi demitida, Felicity?
Quase sorri.
– Não. Nem cheguei a ser contratada.
– Ah, entendo. Imaginei que nunca tinha visto você por aqui.
– E claramente não vai me ver mais. – não quis soar amargurada, mas acabei parecendo.
– Sim. O que é uma pena. – Tommy lançou-me um sorriso.
Espere. Isso foi uma cantada?
Não sabia mais o que dizer, então permaneci em silêncio. Ao menos a conversa fez a tempestade acalmar-se – não desaparecer, longe disso – e então eu já não precisava mais do lenço e o elevador chegou ao meu destino.
– Obrigada pelo lenço.
Não sabia se deveria devolver aquilo ou não.
– Pode ficar. Caso você precise para a próxima entrevista. – ele sorriu.
– Espero realmente que não. – sorri também – Obrigada.
– Disponha, Felicity.
E então o elevador fechou e seguiu para a garagem subterrânea.
Fui até a recepção para dar baixa em minha saída. Já estava atravessando o pátio cheio de pessoas indo e vindo, quando ouvi uma voz me chamar. Virei-me e encontrei Sara correndo em minha direção.
– O que diabos você pensa que está fazendo saindo desse jeito? – ela tentou gritar, mas quando finalmente chegou até mim, estava sem fôlego e apoiava-se nos próprios joelhos em busca de ar. – Ai Deus, eu preciso voltar a malhar.
Ela não parecia nada mal para mim no quesito físico, aliás, ela era muito bonita. Mas seu estado naquele momento era cômico.
– Sara, o que está fazendo?
– O que você acha? Menina você é maluca?! – ela parecia indignada – Eu saio por dois segundos e quando volto você some feito fumaça!
– Mas eu pensei que você ia me dispensar...
– E por que eu faria isso? – perguntou ela, ainda mais indignada.
– Então o Senhor Queen vai me contratar? – foi só o que consegui dizer.
– De novo, por que ele não faria isso?
– É que... Bom eu pensei... Ah deixa pra lá! – era melhor deixar aquela história enterrada.
Sara me olhou em dúvida, já deveria estar avaliando se eu era psicologicamente apta para o trabalho.
– Não se preocupe. – eu a assegurei – Foi só um mal entendido. – eu sorri.
– Certo. Então podemos voltar lá para cima? Aqui está um calor in-fer-nal e eu não consigo viver longe de um ar condicionado por muito tempo.
Eu ri.
– Com certeza!
Nem conseguia acreditar que estava realmente contratada.
Por mais que o emprego não fosse em minha área, era um emprego, um que conseguiria pagar minhas contas todo fim de mês; e por hora, me bastava.
Bastava tanto que nem Oliver Queen conseguiria estragá-lo.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Os comentários de vocês são a minha energia motivacional pra seguir com a história gente, então se vocês tem alguma crítica ou opinião, por favor, me digam.
Esse capítulo ficou mais curtinho, mas o próximo já vai vir com muito mais tensão e quem sabe um pouco de comédia.
Então... Até lá!



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