Bellarke - Antes dos 100 escrita por Commander


Capítulo 11
A Comandante.


Notas iniciais do capítulo

To postando esse hoje mais rápido, porque eu tinha divido o último e enfim o próximo deve demorar um pouco. Espero que gostem de ler esse cap tanto como eu gostei de escrever :3
Boa leitura ;)



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Bellamy quebrou o pescoço de um dos terras-firme na árvore e Clarke lançou uma faca no outro.

Ele estava feliz que eles finalmente haviam alcançado aquela "sintonia", que tanto desejaram. Palavras não eram mais necessárias para dar uma ordem, apenas uma troca de olhar dava conta de explicar tudo.

Mas tudo se complicou quando grandes números de terras-firme começaram a aparecer. Pelo jeito, eles ganharam a luta contra os ceifadores, já que o exército continuava quase intacto.

Clarke os guiou até atrás de um arbusto, observando o exército se distanciar. Eles teriam que esperar ali, até que tivessem a certeza que os terras-firme deixaram o lugar.

— Isso é culpa minha. – Bellamy murmurou.

— O que quer dizer com isso? – Clarke perguntou, mantendo sua arma ao lado do corpo, pronta para disparar.

Ele deu de ombros:

— Se eu não tivesse torturado o terra-firme, talvez eles não tivessem nos atacado na semana passada. Se eu não tivesse quebrado o maldito rádio, talvez os 100 já estivessem aqui. Fui eu quem botou a gente nessa situação. Minha irmã pode descer daqui a uns dias e eu posso nunca mais vê-la depois de hoje, você pode nunca mais ver sua mãe de e seus amigos de novo... E tudo isso por minha culpa.

Clarke se esforçava para falar baixo, mas estava com medo demais para isso. Ela pedia internamente para que nenhum terra-firme os visse. Eles não estavam em condições de lutar naquele momento.

— Bellamy, eu não acho que...

— Quer saber? Devia me entregar aos terras-firme e fugir daqui, ir para a praia, ou qualquer outro lugar seguro, antes que eu estrague as coisas com você também. Parece que isso é tudo que eu sei fazer.

— Está sendo um idiota. - ela disse, se abaixando cada vez mais para que o arbusto os escondesse o suficiente. O exército não estava longe, era apenas questão de levantar a voz e eles os notariam ali.

— Clarke, você devia ir embora. – ele pediu, quase que implorou. Bellamy fez a menção de se levantar, mas Clarke foi mais rápida, se pondo sobre ele.

A loira se sentou sobre as pernas do garoto e pôs uma mão em sua boca.

— Bellamy, olha para mim... Agora eu falo e você escuta. – ela sussurrou, vendo o traço de desespero correr nos olhos do moreno. – Eu, mais do que ninguém, odeio ter que te obrigar alguém a fazer alguma coisa. Mas, são muitos ali fora, e eu não consigo dar conta de todos sozinha. Eu não te deixaria sozinho nem se eu quisesse, então esqueça essa ideia imbecil. Aqui embaixo, não é mais questão de "poder ou não". Você tem que esquecer a culpa, o medo, e tudo mais que te atormenta, entendeu? Tem que garantir que consegue fazer isso. Acha que a Arca não confia em nós? Eu confio em nós. Você disse que nós provocamos os terras-firme. Se eles acham que só porque viemos do céu, não merecemos estar aqui, vamos provar a eles que estão errados.

Bellamy assentiu, impressionado com o discurso e com a facilidade que a loira possuía de acalmá-lo. Clarke passava uma confiança única, como se, quem estivesse com ela, estaria seguro para sempre.

A garota se levantou, suas mãos envolveram o fuzil e ela proferiu:

— Atrás de mim. Quando eu der o sinal, você atira. Não olha para frente, apenas atire.

Clarke não queria nem pensar o quanto seria difícil fazer aquilo. Mais ou menos vinte pessoas armadas, com anos de treinamento, que estavam acostumados a matar sem piedade, viriam ao encontro dos dois, que só possuíam duas armas e algumas facas. Eles começaram a caminhar, sem muita vontade de morrer.

— Espera! – Bellamy disse, segurando o pulso de Clarke. – Tenho que fazer uma coisa.

— Bellamy, nós estamos sem tem...

Bellamy não a deixou terminar. Ele selou os lábios dela com os seus, puxando-a pela cintura. Enquanto as mãos de Blake foram para seu quadril, Clarke arrepiou-se, envolvendo seu pescoço com os braços.

Um grito de guerra cortou o silêncio, se estendendo por alguns segundos, e, de repente, tudo ficou um caos. Terras-firme corriam de encontro aos que vieram do céu. Embora eles tivessem a uma distância considerável um do outro, já podiam sentir a fúria no ar.

Bellamy e Clarke se entreolharam, empunhando as armas. Era como se seus corações batessem como um só, enquanto eles compartilhavam forças para continuar naquela batalha.

(x)

Os dois dividiram os caminhos, á medida que Clarke avançou para o norte e Bellamy para o oeste.

Clarke se alternava entre disparar contras os terras-firme e recarregar seu fuzil, enquanto lutava corpo a corpo com um deles. Uma das únicas vantagens que ela possuía era ter aquela arma, enquanto eles tinham apenas espadas.

Por algum milagre, Clarke conseguiu esvaziar a área e pôde parar para respirar por um tempo, mas com certeza mais deles viriam.

— Eu não quero te machucar. – uma voz feminina se sobressaiu atrás dela. – Podemos fingir uma luta.

Ela virou-se, assustada, logo encontrando uma mulher.

A desconhecida era de estatura média, e possuía um rosto jovem e bonito, apesar da pintura preta ao redor de seus olhos. Ela mantinha seu cabelo castanho fora do seu rosto, com um grande número de tranças, em camadas, como todo terra-firme

— Por que eu fingiria uma luta com você? – Clarke questionou, a faca pendendo em sua mão. – Desde quando seu povo foge de uma batalha?

— Abaixe a arma. – ela ordenou. A terra-firme olhava para trás á cada segundo, parecendo esperar por alguém. – Eu disse que não quero te machucar, mas, eu vou, se for preciso.

— Lexa! – outra voz se fez presente no lugar.

— Estou aqui, Comandante Anya. - Lexa respondeu.

A nova voz tomou a forma física. Ela tinha o cabelo loiro escuro trançado e possuía olhos castanhos. A mulher usava roupas de couro e a maquiagem escura preenchia seu rosto. Ela chegou montada em um cavalo preto, honrando seu nome de Comandante.

Aproveitando a distração de Clarke, Lexa se jogou contra ela.

Clarke desviou mas, não sabia bem o que fazer. O que estava acontecendo? Ela não havia dito que fingiriam uma luta? Ela se abaixou, para que não levasse um soco da garota, que parecia enfurecida.

Bastou apenas um minuto de descuido e, segurando em sua gola da camisa, Lexa agarrou Clarke. A terra-firme tinha as mãos firmes, as mesmas mãos que provavelmente iriam matá-la, se ela não fizesse alguma coisa.

Clarke forçou seus joelhos contra o peito de Lexa, fazendo-a perder o controle da situação. Tudo em que Clarke se concentrava naquele momento era socar e chutar o rosto da adversária diversas vezes. Anya apenas observava as duas, sem sequer descer de seu cavalo.

A morena se levantou, ignorando o sangue em seu rosto. Ela chutou Clarke para o chão novamente, forçando seu pé sobre ela e impedindo-a de tentar se levantar.

Lexa levantou um punhal e, se mais cerimônias, o fincou.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comentem :3