Meu Primeiro Amor Impossível escrita por Carol Eiko


Capítulo 19
Misterioso, Ele


Notas iniciais do capítulo

As coisas vão ficar interessantes. Espero que gostem :3

P.S.:Relevem alguns "não acentos". Meu editor inútil (s2) não fez a correção de erros ortográficos dessa vez.
P.S²: Eu acabei de colocar todos os acentos '-' Não aguentei ler sem acento. Se vc me entende... Bate ai o/



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Dentro de algum sonho, ouvi uma árvore com a voz da Juuh dizer: “Você precisa ser punida”. Sem nem esperar meu “Eu” se preparar, meu mundo ficou gelado.

— AAAAA AAAAA AAA – Gritei enquanto me debatia contra coisas geladas espalhadas pela cama.- OQQQQQQQQQ? HÃA? – Eram saquinhos de gelos.

Depois de chutar uma boa parte dos saquinhos no chão e me levantar rapidamente da cama, encarei a Juuh que sorria de forma maldosa.

— É por isso que eu sempre digo: nunca me deixe esperando. – Disse ela.

— Você é sádica, certeza!

— Nem fui tão má assim. – Ela, ainda sorrindo, se direcionou para a porta do quarto - Troque-se logo, vou estar te esperando na sala.

Ela saiu do quarto e eu fiquei olhando para a porta agora fechada. Respirei fundo e soltei o ar, deixando que toda a raiva instantânea que eu senti dela se esvairasse.

— E eu nunca pensei que isso fosse acontecer... – Disse baixinho.

Me troquei rapidamente e dei uma checada no whatsapp, para ver se o Noah havia falado algo, porém não havia nada além de “visualizado”... E não respondido. Ele deveria estar ocupado, então deixei de lado e logo me encontrei com a Juuh.

Ela, minha mãe e a Alice estavam sentadas na mesa tomando café da manhã.

— Quer comer algo, Lena? – perguntou minha mãe.

— Ah, não. Não estou com fome. – Respondi.

— Seria bom para você tomar algo quente – Disse a Juuh se fazendo parecer preocupada – Se não você pode ficar resfriada.

— Se eu ficar resfriada será por outro motivo...

Mesmo tendo recusado inicialmente, me sentei à mesa e tomei meio copo de leite quente com bolo de chocolate. Após ambas terminarmos o breve café, nos despedimos da minha mãe e da Alice e fomos para a escola.

Caminhamos com um pouco de pressa, já que aquele café tinha nos tirado alguns minutos. Percebi, então, que eu nem havia me atrasado.

— Eu preveni que o atraso acontecesse. – Disse ela - Graças a isso saímos no horário certo.

— E como você sabia que eu ia me atrasar?

— Magia negra.

— ... ... ... – Eu fiquei encarando-a.

— O quê? – Perguntou ela.

— Acho que o primeiro livro que eu lançar depois que eu me formar, vai ter você como protagonista.

— Acho que o gelo fez mal para sua cabeça. Você está bem?

— Oh, sério. Pensa comigo. Seria muito interessante. Uma bruxa bipolar que vive atormentando as pessoas a sua volta enquanto se diverte, mas ao mesmo tempo se arrepende do que faz...

— Com certeza essa bruxa não sou eu. – Disse ela me interrompendo. – Mas, conte-me mais sobre isso.

Criei um monte de historias aleatórias que tinham haver com a Juuh até que chegamos à escola. Como o sinal havia acabado de tocar, fomos direto para a sala e eu comecei a escrever, em uma folha, as ideias que eu tive para não esquecê-las depois.

Na segunda aula, o professor deixou os alunos um modo “livre”, então chequei o celular novamente para ver ser tinha alguma mensagem do Noah. Me decepcionei ao ver que não havia nada e desliguei o celular, para que eu não ficasse tentada a pegá-lo de novo.

Noah era da sala do lado, então eu não conseguiria vê-lo até o intervalo da manhã. Mas mesmo no intervalo da manhã, não consegui encontrá-lo e decidi não procurar demais, já que pareceria perseguição.

No final das aulas, Juuh e eu nos dirigimos para o portão da escola, já que iriamos para a casa dela. Infelizmente, ou felizmente, ela esqueceu uma pasta de lições na sala e voltou para buscar, e eu que fiquei esperando, tive a chance de ver Noah.

— Hey – Acenei.

— Finalmente a sumida, aparece.

— Eu? Sumida? É você que desapareceu do nada.

— Estava resolvendo umas coisas. – Disse ele mexendo no cabelo. – Mas e você? Vai ir para a casa da Julia hoje de novo?

— Sim, vamos treinar a apresentação do trabalho.

— Boa Sorte, então. – Disse ele com um sorriso discreto – Agora, eu preciso ir.

— Ahm, tá. É... Vai terminar o trabalho?

— O trabalho já está pronto – Disse ele enquanto ajeitava a mochila em um dos ombros – Vou ir ver um parente hoje.

— Ah, que legal. Então, até mais.

— Até mais.

Nos despedimos com um aceno e depois de uns dois minutos a Juuh chegou. Nós fomos para a casa dela e treinamos a apresentação a tarde inteira. Eu estava um pouco incomodada com o Noah já que ele parecia um pouco diferente, mas provavelmente era minha imaginação.

Depois que a Juuh se satisfez com a nossa apresentação, nos despedimos e fui para casa. Por algum acaso, o horário coincidiu com o do dia anterior e eu pude ver o céu alaranjado. Aquele crepúsculo estava tão bonito que acabei parando no meio do caminho para apreciá-lo.

Sentei em uma calçada e me inclinei para trás, me apoiando com os braços.  Eu me sentia cansada e acreditava que conseguiria relaxar se eu ficasse ali. Olhando para aquele céu hipnotizador, me sentia inspirada e um pouquinho mais renovada.

— Eu queria parar no tempo. – Disse para o céu.

— Você tem certeza disso? - Guiada por aquela voz, me virei e encontrei um rapaz moreno apoiado no muro de uma casa atrás de mim.   

— Não, eu falei no impulso. – Respondi voltando para minha posição confortável.

— E agora? Você tem certeza?

— Sim. Eu não quero parar no tempo.

— Por quê?

— Porque a noite também é bela. – Observando o sol partir e a escuridão dominar o céu, me levantei e andei até aquele rapaz, que parecia ser alguns anos mais velho que eu.

— Eu... – Fazendo um gesto com a mão, ele me interrompeu.

— Não me diga, eu sei. Você também sabe.

— Como você sabe? - Perguntei curiosa.

— Eu escrevo histórias.

— Então você pode ser quem eu quiser que você seja? 

— Se nossas historias forem iguais, poderemos fazer delas realidade.

— E quem eu sou na sua história? 

— Alguém.

— Quem?

— Não sei. – Disse ele – Ainda não escrevi a sua história.

— Isso é meio ruim – Eu sorri. – Então, se algum dia nós nos encontrarmos novamente... Me diga quem sou eu. Eu também direi quem você é. – Ele concordou com a cabeça.

— Estarei esperando. - Com uma última troca de olhares, nos despedimos sob a lua que acabara de nascer.

Passei todo o caminho que restava pensando no que tinha acabado de acontecer. Aquele rapaz era excêntrico. Eu esperava ter a chance de encontrá-lo novamente, já que algo me dizia que ele era alguém que valia a pena conhecer.

Cheguei em casa, tomei um bom banho e passei o resto da noite com minha família, como sempre. Porém desta vez, diferente das outras, eu estava pensando na história dele.

Quando o relógio marcou 23hrs, fui para meu quarto e comecei a pensar em um nome para ele. Ficar chamando ele de “ele” era irritante, então decidi chamá-lo de Chris.

Peguei meu celular que estava na mochila, coloquei o despertador e fui me deitar. Quase instantaneamente, minha consciência foi “sumindo”. Me lembrei, então, que eu não havia dado boa noite para o Noah, mas decidi ignorar isso e, ai sim, apaguei de vez.

Acordei com alguém me ligando. Pela música que tocava, era a Juuh. Peguei o celular sem jeito, vi o horário, 6:37. Atendi.

— O que você quer comigo as 6:37? Ainda não estou atrasada.

— Só me diz uma coisa: Você viu ou não viu? 

— Vi o que? Eu não me lembro de ter visto nada.

— Então veja. É melhor ver agora do que ser surpreendida depois. - Ela desligou.

Não entendi o que aconteceu, mas logo depois dela desligar, chegou uma mensagem no whatsapp. Tinham me colocado em um grupo cujo nome era “Noah e a loira”.


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Notas finais do capítulo

TchãTchãTchã... TCHÃÃÃÃ...



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