Meu Primeiro Amor Impossível escrita por Carol Eiko


Capítulo 14
Casa de Noah


Notas iniciais do capítulo

s2 Mudei de ideia s2



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Acordei algumas horas depois com o som da campainha tocando. Levantei-me da cama com cuidado e desci para abrir a porta. Eram 18:00.

– Oi mãe. – Eu disse ao abrir a porta.

– Que demora filha.

– Me desculpe, eu acabei dormindo.

– Como ele está? – Ela disse enquanto entrava.

– A febre abaixou, mas ele ainda não comeu nada. – Fechei a porta.

– Comprou o que eu pedi?

– Sim, está na geladeira.

– Ele está dormindo?

– Sim.

– Então me ajude a fazer a canja. Ah, vou deixar suas roupas aqui. – Ela colocou uma mochila “média” em cima do sofá e se dirigiu para a cozinha.

– Ok, obrigada.

Eu fiz o que minha mãe me mandou fazer. Eu nunca precisei cozinhar então meu nível de culinária era muito baixo. Eu sempre dependia dela para fazer algo bom, e por mais que isso seja ruim, eu não me importava em depender dela. Em cerca de 40 minutos terminamos a canja.

– Prontinho. – Disse ela me entregando uma bandeja com um prato de canja de galinha e um copo de água. – Eu já fiz, agora você leva.

– Ei, eu também te ajudei.

– Sim, mas... – Ela sorriu. – Eu preciso lavar essa louça. Vai levando e acordando ele. Já já eu subo.

– Eu lavo a louça. Vem comigo, ele vai ficar feliz em vê-la.

– Eu já vou, agora vá logo antes que esfrie.

– Tá bom...

Subi com cuidado para não derrubar. Entrei no quarto com certa dificuldade, coloquei a bandeja em cima do criado-mudo, acendi a luz e depois me sentei ao lado de Noah. Ele estava completamente coberto, da cabeça aos pés.

– Noooah? Hora de comer. – Balancei levemente ele. Ele resmungou. Eu descobri sua cabeça, ele cobriu os olhos com o antebraço e disse com voz rouca:

– Está muito claro... Apaga a luz.

– Você não está com fome?

– Não. Estou cansado.

– Você dormiu o dia inteiro.

– Eu estou doente, não me culpe. Agora apaga logo essa luz.

–Minha mãe está lá embaixo lavando a louça, ela veio até aqui para cozinhar pra você. Vai recusar essa gentileza?

– ... – Ele descobriu os olhos e tentou se acostumar com a luz.

– Consegue se sentar?

– Sim. – Ele lentamente se sentou. Eu peguei o termômetro e o entreguei. Ele colocou embaixo do braço, esperou apitar, tirou e me entregou. – 37,8ºC. Fico feliz que sua febre tenha baixado tanto. Você se sente melhor?

– Sim, mas ainda estou quebrado.

– Você também não vai melhorar do nada. – Peguei a bandeja e coloquei em seu colo. – Coma isso, vai te fazer bem.

– Sua mãe que fez?

– Sim.

– Então eu posso comer tranquilo...

– O que você está insinuando, heeim?

– Nada, o que poderia ser? - Ele começou a comer. – Ei Lena, eu estou realmente sem fome.

– Você mesmo disse que estava doente, então você precisa comer.

– Coma o quanto você aguentar, não precisa ser forçar. – Disse minha mãe que tinha acabado de entrar no quarto.

– Oh, Sra. Clara. Me desculpe por fazê-la vir até aqui.

– Não se preocupe com isso. E então? Como está a canja?

–Uma delicia. Fico muito agradecido.

– E você?

– Estou me sentindo melhor graças aos remédios que a Helena trouxe para mim.

– Fico mais tranquila assim. Infelizmente eu não posso ficar aqui mais tempo. Preciso voltar para casa para fazer a janta de lá. Você vai ficar aqui, né Lena?

– Sim. – Respondi.

– Então é isso. – Ela foi até Noah e o abraçou. – Espero que melhore logo.

– Vou melhorar, obrigado.

Acompanhei minha mãe até a porta e nos despedimos. Quando voltei para a suíte, Noah já tinha comido e estava dormindo. Peguei a bandeja, apaguei a luz e desci para a cozinha.

Lavei a louça de Noah e depois jantei assistindo televisão. Ao acabar, deixei meu prato na pia e guardei as sobras. Eu estava cansada e precisava de um banho. Peguei minha mochila que estava em cima do sofá e a levei para o quarto em que eu iria ficar.

Separei a toalha, o sabonete, o shampoo e condicionador, o moletom para vestir, uma roupa íntima, meias e o chinelo, e fui tomar banho.

Demorei cerca de vinte minutos no banho e depois me sentia renovada. Reparei que minha mãe também havia colocado na mochila, algumas roupas “normais” para se usar de dia e a agulha e a lã, junto com o que eu já tinha costurado.

Agradeci mentalmente a ela e peguei à agulha e a lã. Eu já tinha confiança de tricotar sozinha sem errar, e também, não estaria descumprindo a minha promessa com ele, já que estávamos sob o mesmo teto. Coloquei a mochila no chão, sentei na cama e comecei a tricotar. Eram cerca de 20:30.

Quando me senti sonolenta, resolvi parar. Fui até o quarto de Noah e medi sua temperatura, que se mantinha em 37,5ºC. Mexi em seu cabelo e sussurrei “Boa Noite”. Peguei a escova de dente na mochila e fui ao banheiro. Eu fiz o que eu tinha que fazer, voltei para o quarto, deitei na cama e dormi.

Naquela noite eu havia sonhado com o Noah. Nós estávamos nos divertindo em um parque de diversões quando, na montanha russa, os trilhos sumiram e nós caímos em um abismo.


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Notas finais do capítulo

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