A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 76
Capitulo 67


Notas iniciais do capítulo

Posso ser sincera? Não gostei desse capitulo mas preciso postá-lo infelizmente espero que vcs gostem!



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Tudo que deixei para trás foi uma carta a Percy, era como um dejavu mas dessa vez eu não levaria Malakai comigo, não poderia por ele em risco e a profecia era claro eu teria que cumprir minhas três missões sozinha. Pégasus veio até mim no meio da noite, todos já deveriam estar dormindo Pégasus e eu viajamos por uma semana até chegarmos na Europa. Estávamos a sul da Grécia a antiga terra dos deuses, essa parte era clara como água. Paramos em um pequeno vilarejo que tinha uma pensão Pégasus foi para onde ele costuma ir imagino eu alguma floresta ou para o céu.

— Olá, há quartos disponíveis?

— Há sim querida é só vocês?

— Sim...

— Aqui está a chave, suba a escada até o segundo andar e vire a direita a porta no fim do corredor é sua, tem uma vista linda para o lago.

— Obrigada.

A vista realmente era linda, eu ficaria ali até que descobrisse o resto da missão. Visitaria as áreas mais sagradas da Grécia durante o dia e a noite voltaria para cá e foi exatamente isso que fiz por dias e até então não descobri nada, meus sonhos me perturbavam com imagens de Percy e do acampamento, uma sensação rui percorria sobre mim me alertando de que algo estava errado, mas eu não podia atender a nenhum chamado externo até a deusa íris me ajudou bloqueando qualquer mensagem que tentasse chegar a mim até mesmo dos deuses.

Eu estava a uma semana no mesmo lugar sem progredir, na oitava manhã que acordei na pousada Pégasus foi me buscar como de costume, ele estava ficando nervoso por eu permanecer no mesmo lugar por tanto tempo. Ele me levou a uma floresta no lado oposto do pais.

“Sabe onde estamos senhorita?”

— Na verdade, não... O que há aqui?

“A ilha dos deuses gêmeos, é bem próxima, a essa hora está cheia de turistas, mas acho que seria um bom local para passar a noite”

— Eu não posso, não sem eles lá.

“Se me permite dizer a senhora agora é noiva do senhor Apolo, aposto que ele não verá problemas. Reze para ele, deve estar preocupado e gostará de ajudar.”

— Você quer mesmo me tirar daquela pousada, não é?

“Não acho o lugar seguro.”

— Minha vida não é segura Pégasus, mas vou atender seu pedido.

“Vamos para lá então?”

— Sim, vamos tenho comida e tudo que preciso aqui, talvez me ajude a pensar. Mas antes devemos para nessa floresta por um tempo até os turistas saírem.

Fechei os olhos sentindo a brisa do ar em meu rosto, estávamos em uma clareira não muito diferente da clareira na qual me escondia no acampamento. Acendo uma fogueira e me ajoelho.

“Meu lorde Apolo e Lady Ártemis, por favor, peço abrigo em sua ilha por esta noite”

Joguei um pedaço de bolo de chocolate na fogueira e senti o cheiro do bolo queimando, não é como se tivesse realmente queimando, o cheiro é de sol e terra selvagem. As chamas brilham mais intensamente e então Pégasus fala.

“Eles atendem seu pedido de bom grado minha senhora. ”

Passamos aquela noite tranquilos sob a proteção de Ártemis e Apolo, mas acabei por acordar antes que a manhã chegasse. Ouvi barulhos perto da praia mas Pégasus não estava por perto então decidi olhar. A ilha de delfos não deveria ter ninguém, nem mesmo fantasmas já que é proibido que qualquer um nasça ou morra aqui.

Ai você se pergunta: E se algum turista tiver um infarto? Bom imagino que Apolo o curaria tempo o suficiente para que chegasse ao mar.

Como disse é proibido.

Na margem da praia estavam duas mulheres, obviamente não só mulheres pois elas irradiavam magia, na luz noturna eu conseguia ver suas auras.

— Quem está ai?

— Como ousa pernoitar na ilha dos meus filhos? – a outra gritou furiosa.

— Seus filhos? – sussurrei pra mim mesma. Leto – Lady Leto.

— Quem é você?

— Eu sou Marina... – Sai das sombras – Filha de Poseidon...

— Neta de Hades, protegida de Afrodite e noiva do Meu Filho! – ela disse a ultima parte com desgosto – Sei todos os seus títulos jovem semideusa. Você sabia que tive que descobrir por outros deuses que meu filho ficou noivo? Ele se quer lembrou que tem mãe porque agora tudo que pensa é em você semideusa.

— Eu... não sabia.

— Eu devia estar presente quando foi pedido, você teriam que pedir minha benção também.

— Sinto muito Lady Leto, mas foi uma surpresa até para mim. Não imaginava que Apolo faria isso tão logo.

— Agora ele está preso a você amaldiçoada.

— C-como sabe de minha maldição, isso não saiu do Olimpo nenhum dos meus amigos nem mesmo meus irmãos sabem.

— Pois eu sei... E não aprovo que esteja com meu filho, você não é boa para ele. – ela continua com seu desgosto e palavras venenosas.

— Eu mesma penso isso todos os dias minha senhora.

— Leto, seja gentil, a menina não tem controle sobre o amor.

— Ela é uma filha do Mar Reia, você sabe como todos eles são interesseiros como o pai.

— Você está pirando porque seu plano deu errado Leto, deixe a menina, Apolo ou Ártemis já estariam aqui se ela realmente não tivesse a permissão deles.

— Você está defendendo essa coisinha?

— Ela não fez nada de ruim ao seu filho e ela é uma heroína ajudou a mandar Cronos para o lugar dele.

— Ah por isso, você está grata por não ter que ver mais o seu Marido, nem sei porque se preocupa, ele também a queria como esposa.

Me encolho em suas palavras relembrando do meu tempo no barco de Luke.

— Hora vamos Leto, se passaram três mil anos e seu filho é um deus Olimpiano, sabe tomar as próprias decisões, você não achou mesmo que a maldição de Hecate duraria eternamente achou? Sempre há uma saída, ainda mais no amor. – respondeu Reia.

— Argh! Cale a boca sua burra.

— Calminha ai garota! – ela falou ironicamente para Leto.

— Você apoiava a maldição? Apoiava a maldição sobre seu filho?

— Era uma maneira de manter interesseiras longe, essa foi a única coisa boa que Hera fez na vida, tentar empurrar aquela bruxa pra cima do meu filho.

— O-q que?

— Acho que você falou demais Leto...

— É pois é, tchau semideusa, e fique longe do meu filho.

***************************************************************************

Aquele dia começou com uma pergunta não respondida, Pégasus veio até mim e eu o pedi que me levasse aos templos de Hera, todo lugar que fosse determinado a ela.

Mais uma vez não encontrei nada, decidi dar uma volta para pensar, mas não consegui nem mesmo sair da floresta, estava caminhando distraída quando trombei com um homem, assim que olhei para cima vi Apolo nem um pouco contente.

— Vamos... – ele disse me estendendo a mão. Não recusei, peguei sua mão e fechei os olhos.

Apolo me levou para jantar, estava com uma aparência mais velha do que costuma usar, talvez uns 26 mais ou menos o que é oito anos mais velho do que ele gosta. Ele não falou enquanto jantávamos, parecia irritado com algo e eu não sabia dizer se era eu ou alguma outra coisa. Assim que terminamos de jantas saímos do restaurante e ele nos levou para sua ilha. Estávamos na praia, bem onde Leto tinha me encontrado mais cedo.

— Então - ele desafiou - Quando pretende me contar porque fugiu do acampamento sozinha...

— Eu não fugi... – disse observando a lua – Eu deixei uma carta contando que estava em uma missão.

— Aqui?

— Sim eu precisava vir a terra antiga dos deuses.

— Do que se trata essa missão?

— De você, Apolo, de nós é a primeira missão das três.

— O que, mas...

— O oraculo ocultou isso de você não é mesmo? Você não devia ter vindo, eu não deveria ter pedido pra vir a sua ilha, eu devo completar as missões sozinha.

— Mas... como?

— Acho que é a maldição, talvez...

— Marina, você devia ter falado comigo! – ele fala meio irritado – Droga, eu sou seu noivo, deus das profecias e... – a voz dele falha – Eu jamais me perdoaria se você caísse em uma armadilha de Hecate por minha causa.

Eu balanço a cabeça em negativa e me aproximo dele.

— Apolo... – digo tocando seu rosto – Não se trata mais só de você... Hecate é minha bisavó, ela sabia disso quando me amaldiçoou, eu tenho a impressão que não é só por você, ela esconde algo sobre mim, minha linhagem, tem algo a mais. – eu o abraço, mas Apolo parece uma pedra na beira de um vulcão – Eu te amo Apolo, sempre vou amar então preciso fazer isso, porque só assim vamos poder estar juntos...

Ele por fim reage e beija meu pescoço. O deus se inclina para traz caindo na areia levando-me com ele. Caímos ambos rindo e rolamos na areia eu tento parar por cima dele mas ele impede.

— Não hoje meu bem...

— Autoritário!

— Conhecendo os demais deuses você ainda acha isso?

— Sim... você e tia Afrodite são quem tem dado mais trabalho a Annabeth pelo o que ela me contou.

— Só quero que tudo saia perfeito, você vai adorar nosso templo no Olimpo, é tão bonito quanto o daqui.

— Nosso? – pergunto com os olhos brilhando.

Apolo levanta me puxando com ele.

— Sim, minha princesa do mar, nosso. Seu pai me falou como ficou seu quarto no fundo do mar antes de ser destruído na guerra e eu disse a Annabeth para acrescentar algumas decorações com Pérolas negras no meu templo, você vai adorar as ideia dela e o seu pai mesmo providenciou as pérolas.

— Tenho certeza que vou amar.

— Sabe o que eu amaria agora?

— O que?

— Um banho... Aposto que a água está boa... – ele para no meio da frase quando percebe minha sobrancelha erguida – Como se pra você fizesse diferença.

Nós rimos e entramos na água.

*******************************************************************

Na manhã seguinte quando acordo Apolo não está mais ao meu lado... Lembro dele se despedindo logo cedo e de voltar a dormir. Há uma linda mesa de café da manhã e roupas novas no sofá.

— Seu exagerado. – digo para as paredes rezando para que ele ouça, de repente um pacote pequeno aparece em cima da cama, vou até ele e abro encontrando uma tiara dourada, provavelmente ouro puro e um bilhete “Tudo para minha princesa do mar”.

Sim, era a confirmação de que tinha ouvido. Sai do quarto depois de um banho e do café, voltei para a praia que estava vazia e chamei Pégasus que não demorou a aparecer. Dessa vez ao chegar a mim reverenciou.

— Oras, pare de fazer isso, não precisa dessa formalidade comigo, sabe disso. – ele respondeu com um tipo de risada – Eu não sei mais onde ir, andei meia Grécia e nada.

— Talvez eu possa ajudar... – disse uma mulher atrás de mim.

— Reia? – ela fez que sim com a cabeça.

— Tenho que ser breve, antes que Leto apareça, ela anda meio histérica nos últimos dias. – ela fez uma pausa e então continuou – Vi você e Apolo ontem a noite, Leto também viu, ela jurava que você contaria e tentaria virar Apolo contra ela mas acabou com a cara no chão. Ouvi também você vir recitando a profecia até aqui e acho que posso ajudar, talvez você encontre o que precisa não nos santuários mas na biblioteca principal da Grécia, é a mais antiga e há uma sessão sobre os deuses, não procure pela rainha, procure pela Bruxa é através dela que descobrirá o segredo da rainha, embora Leto já tenha lhe contado parte sem querer.

— Porque está me ajudando?

— Porque você merece.

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Foram necessários dois dias de pesquisa, mas finalmente eu achei. Em um livro sobre Hecate, um livro velho porem muito pouco usado, Hecate não era a preferida dos mortais, naquele livro falava sobre a história do casamento que não deu certo do ponto de vista de dela. Apolo como o traidor que a humilhou e o pior Hera como sua apoiadora, orquestradora do plano e de todo enredo de casamento. Hecate disse para um de seus filhos, por quem o livro foi escrito, que Hera havia planejado o casamento porque sabia que Apolo era vaidoso demais e não se casaria com Hecate, a deusa por sua vez tomou isso como um desafio, mas nem Hera, nem Hecate esperavam que Zeus apoiasse Apolo na recusa do casamento. Uma vingança de Hera havia dado inicio a maldição de Apolo, de uma forma ou de outra ela o veria sofrendo pela eternidade, mas Leto descobriu e foi atrás de Hera, mas as duas entraram em acordo, Leto também tinha vantagens sobre o filho se mulher alguma o tomasse dela.

Cheguei a ilha de Delfos mais uma vez e fui direto a praia onde sempre encontrava Leto e Reia e elas estavam lá, mas não falei com elas, entreguei uma carta a Reia e parti de volta ao Olimpo.

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Quando cheguei ao acampamento tudo parecia normal, fui para meu chalé mas Percy não estava lá, tomei um banho e troquei de roupa, sabia que minha missão não havia acabado, mas eu teria que ir ao olimpo para termina-la. Depois de me arrumar sai a procura de Quiron.

— Marina! – gritou Will.

— Will, onde está todo mundo?

— Estamos indo para a...- ele voltou e me puxou – Água será útil... venha,  dragão voltou.

Corremos poucos metros e ainda na área dos chalé um dragão de bronze e ouro surgiu. Atravessei as sombras me pondo a frente dos campistas pronta para atacar o dragão que a semanas vinha aterrorizando o acampamento.

— Parem, não atirem... Não atirem, está tudo bem! – gritava um garoto de cabelos castanhos montado no dragão.

Mesmo com o pedido dele mantive as mãos em minha espada e as sombras a minha volta estava pronta para atacar.

— MARINA! – gritou alguém perto de mim e me abraçou. Era Annabeth.

Minha guarda baixou no mesmo instante e eu retribui o abraço, Annabeth estava não só feliz em me ver, mas esperançosa.

— Tudo bem Annie?

— Graças aos deuses vocês voltaram, fiquei com tanto medo de ter acontecido algo com Percy e com você, porque fizeram isso?

— Annie do que você ta falando?

Antes que ela pudesse me responder fomos interrompidas.

— Terráqueos eu venho em missão de paz. – disse o garoto como se fosse um E.T. – Não precisam se assustar ele só está se exibindo e dizendo OI.

Alguns gritos foram trocados e um garoto loiro de olhos azuis turbulentos se aproximou de Annabeth olhando com descrença para o garoto de cabelos castanhos.

— O que você ta fazendo Léo?

— Consegui a nossa carona! – o outro disse sorridente.

— Ele está com asas? – perguntou Nyssa do chalé de Hesfesto.

— Sim... maneiro né?

A conversa entre eles continuou mas Annabeth e eu não prestamos atenção pois eu voltei a perguntar o que havia com ela.

— Marina, onde está Percy? – ela retrucou.

— Como vou saber Annie? Passei semanas na Grécia sozinha.

— Mari, eu acho que, acho que aconteceu alguma coisa com o Percy, acho que ele pode estar em perigo.

— Como assim? Ele foi em alguma missão?

— Não, ele nunca veio para o acampamento, ele simplesmente sumiu... Mari tem tanta coisa acontecendo. O Olimpo, Hera me mostrando sonhos, os novatos a nova profecia e eu só consigo pensar em Percy e o que pode ter acontec...

— Annie calma, devagar, você tem que me explicar o que está acontecendo para que eu possa ajudar, o que foi tudo isso?

— ...mas não podemos simplesmente ir...

Annabeth se virou para o garoto loiro e disse:

— Vá – provavelmente ela estava prestando atenção na conversa – Jason vocês só tem três dias, devem partir, o dragão é um bom pressagio, vão!

E então eles partiram.

*********************************************************************

Na casa grande Annabeth me contou tudo que aconteceu e até então Quiron não havia aparecido.

— Eu falei com Apolo a alguns dias, estive em sua ilha, mas ele não me contou nada disso.

— Tenho a impressão de que alguns deuses ficaram de fora e outro trancados lá dentro...

— Marina, acho que seria bom você tentar falar com  senhor Apolo, ore para ele hoje, veja se encontra alguma respostas, quanto a Annabeth deve voltar a procurar Percy. – diz Quiron entrando na sala.

— Vou com ela... – falo.

— Não. Preciso de uma líder no acampamento, os semideuses veteranos precisam de você e precisam de ajuda com os novatos que chegam todos os dias. – e assim deu a conversa por encerrada.

***********************************************************************

Os três dias no acampamento passam voado sem que os três novatos da missão deem noticias, Annabeth é a única que manda mensagens de íris e mesmo elas são limitadas. Apolo não me responde, nem mesmo papai. Vovô também está incomunicável e Nico também não manda noticias.

Estou sentada na área externa do meu chalé quando alguém pula a cerca de madeira e senta ao meu lado.

— Eu. Você. Piquenique. – fala Will sorrindo com seus dentes incrivelmente brancos – e nem pense em me dizer que não.

— Will... os semideuses, Percy...

— Você tem que desencanar um pouco, vive de uma missão para outra, cuidando de todo mundo, sem contar essa tal profecia sobre você que a gente não pode saber... Não, não, não. Piquenique comigo agora e a tarde vamos fazer um campeonato de vôlei de praia organizado pelos chalé de Apolo e Afrodite...

— E quem liberou isso?

— Você! – ele responde e me puxa em direção a colina.

Will e eu comemos e conversamos sobre assuntos aleatórios do mundo mortal que normalmente não nos interessariam, tais como um filme novo, musicas do momento, os terroristas, Ophar e sabem os deuses mais do que falamos. E então ele começa a me perguntar sobre Apolo.

— E a ilha, Will, temos que pedir a ele e a Ártemis que nos permitam ir um dia lá, você adoraria e Apolo disse que um dia me levará a ilha de Afrodite, ela era tão linda na visão que seu pai me mostrou, coberta de flores, tinha cheiro de amor, era...

— Magica?

— Sim! Mas só casais entram lá, pelo menos foi o que tia Dite me disse, casais ou pessoas por quem ela sente atração.

— Acho que nunca conhecerei essa ilha então... Eu não pareço muito o tipo de cara para quem Afrodite daria atenção.

— Quem sabe quando você arrumar um namorado eu possa mexer os pausinhos com tia Afrodite e ela deixe você passar uma semana lá, tenho certeza que seu pai me ajudaria com isso. – Digo e Will permanece em silencio. Quando olho para o lado ele está vermelho como um pimentão. – O que foi?

— Duvido que papai apoiasse qualquer relacionamento meu. – ele diz e eu entendo o que quer dizer com isso.

— Will, seu pai tem 3 mil anos, e nossa é muito estranho falar isso em voz alta considerando que ele é meu noivo, enfim, ele é velho – digo rindo e Will também ri – Mas é seu pai, vai lhe apoiar independente da sua escolha, além disso ele é um deus moderno, sem preconceitos.

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Malakai e eu corríamos a beira d’água com os Pégasus em nosso encalço, é totalmente injusto pega-pega com animais alados. Alguns metros afastado da água um campeonato de vôlei se encerrava com os filhos de Apolo vitoriosos.

A noite logo que todos se acomodaram para o jantar três semideuses surgiram no meio do pavilhão de refeição como em um passe de magica.

— Oi, estamos de volta. – disse Piper.

Naquela noite os recebemos e comemoramos a missão cumprida. Segredos foram guardados e nós os deixamos que descansassem, afinal eles mereciam. Haviam libertado Hera com sucesso e passado por maus bocados com vários monstros e espíritos assustadores.

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No dia seguinte o concelho se reuniu para que Jason, Piper e Léo contassem  que exatamente aconteceu. E eles o fizeram.

— Os deuses mantiveram os grupos separados, parece que historicamente gregos e romanos não se dão bem e a milênios se enfrentam e causam guerras. – disse Piper.

— Mesmo assim... nunca nos encontramos? Fala sério, parece meio... estranho.

— Ah sim... se encontraram e toda vez que acontece varias vidas são perdidas, nunca é bom. – disse Quiron – Os deuses fazem de tudo para manter gregos e romanos afastados.

— Mas Quiron... – indaga Will.

— Acho que devemos nos concentrar em algo além dos romanos. O Olimpo estava fechado, Gaia está despertando, Hera quer salvar o mundo, meu irmão continua desaparecido. Temos muitos pontos a tratar, não podemos focar em hipóteses sobre os romanos, se o fizermos, ficaremos em volta dessa mesa para sempre... – digo – E bom eu não sei quanto a vocês mas tenho mais assuntos a resolver, então Quiron caso queiram continuar especulando sobre os romanos peço que me libere para que eu possa tentar entrar em contato com meu noivo.

— Quem é aquela? – escuto Léo Valdez cochichando para Travis.

— Ela é Marina, Filha de Poseidon, líder do acampamento.

— Ela está noiva, mas parece tão nova... – cochicha Piper.

— Ela é noiva de Apolo. – ele responde a Piper.

Quiron também pode os ouvir por isso me olha e diz:

— Tudo bem Marina. Você pode ir. Se conseguir entrar em contato com Apolo ou qualquer um dos deuses, por favor, tente se informar melhor sobre a situação.

E assim me retiro.

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P.O.V Will

— O que ela tem? – pergunta Travis.

— Como assim o que ela tem seu idiota, o irmão sumiu, o noivo não responde assim como os demais deuses com quem ela está sempre conversando e Quiron a obrigou a ficar três dias sentada cuidando para que nós não nos matássemos. Ela está estressada. E não é bom ela ficar assim, Marina não age bem quando perde a calma. – Clarissa berra para ele e todos ficam surpresos – O que? Eu sou boa ouvinte quando quero e ontem ela estava precisando desabafar, disse que quando fica nervosa demais a parte da personalidade de Hades se libera e ela acaba um pouco sombria.

— Pera ai, mas ela não é a irmã do Percy Jackson? – pergunta Piper.

— E ele não é filho de Poseidon? – completa Léo.

— Marina também é descendente de Hades, sua mãe era filha de Hades e seu pai é Poseidon – Jason faz uma careta – Não tente entender, deuses não se relacionam  de maneira simples.

— Então ela tem tipo uma porcentagem a mais de deusa nela? – pergunta Léo curioso.

— Bem, sim. Marina é a semideusa mais forte que existe atualmente. Não é atoa que é a preferida dos deuses e logo será uma deles. – respondo por todos.

Um minuto de silencio se instala e então Quiron retoma o assunto.

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POV Marina

— Eu quero ver Hera. – digo a um sátiro na entrada do monte Olimpo.

— Não pode...

— Não me irrite sátiro, tive umas semanas bem complicadas ultimamente e não estou para brincadeiras. – grito passando por ele e entrando no grande salão, Hera está em seu trono e Zeus está próximo a uma janela na companhia de Ares e Apolo.

— Marina? – Zeus pergunta surpreso.

— Preciso falar com Hera. A sós.

— Marina... – Apolo me alerta por ter ignorado Zeus.

— Você sabe do que quero falar...

— Pode falar aqui mesmo, tive um mês bem ruim longe do meu palácio.

— Tudo bem então. Você é uma egoísta que só se importa com sua aparência, com a família perfeita, feliz e sorridente a quem todos adoram, você dramatiza tudo e é vingativa e cruel. Achei que tivesse sido bondosa ao apoiar minha união com Apolo mas você só o fez porque quer limpar seu nome e para que Apolo se acalmasse e parasse de andar entre os mortais.

— Marina, o que está acontecendo? – indaga Zeus se aproximando.

— Sua esposa aconteceu senhor Zeus.

— Escolha bem suas palavras Marina, gosto de você mas não a idolatro como os demais fazem, você é só uma mortal nascida de duas quebras de uma promessa, não é nada hoje e não será nada quando for deusa através do casamento.

— Hera.. – Zeus interveem.

— Acho que vou vazar daqui. – Ares diz desaparecendo.

Continuo confrontando Hera, expondo a Zeus o que ela fez, o plano para unir Hecate e Apolo. Conto tudo que descobri.

— Então foi você? – Apolo fala surgindo ao meu lado – minha maldição começou por sua causa?

— Há, pronto, chegou o irresponsável.

— Sua bruxa maldita, você e Hecate deveriam se isolar juntas em uma ilha, sabe quantas mortes de pessoas queridas eu presenciei, quantas pessoas morreram por causa minha? Eu me apaixonava contra minha vontade e as via morrer pelas mãos daquele maldito anjo de fraldas!

— E eu sou a culpada de tudo? Eu dei sim a ideia, eu armei todo o casamento, mas Hecate quem ditou a sentença, ela quem escolheu a te amaldiçoar quando não conseguiu o que queria.

— E por isso deve ficar tudo bem?

— Não, mas gostaria que soubesse que sua querida mamãe sabia o tempo inteiro da maldição,  ela podia ter impedido, mas conspirou para que acontecesse.

— Eu sei, e jamais a perdoarei por isso, mesmo que ela tenha se arrependido e me contado essa manhã. – ele diz e os olhos de Hera parecem a ponto de pegarem fogo.

— E o que exatamente vocês pretendiam com essa exposição tola? Não posso desfazer a maldição, a todo um processo que você tem que cumprir pelo o que entendi!

— É exatamente por isso que estou aqui, quero um pedido de desculpas. Assim como Leto fez com Apolo essa manhã, você também deve fazer.

— Vai sonhando. – ela resmunga.

— Hera, você deve desculpas a meu filho e a mim, por ter armado tudo isso.

— Não mesmo...-  ela tenta mas Zeus a corta.

— AGORA!

Hera respira fundo e então olhando para o teto diz:

— Sinto muito Apolo, por ter sido tão vingativa.

— Pronto. – Zeus se dá por satisfeito – Estamos entendidos.

Zeus sumiu mais que rápido assim como Hera. Apolo e eu ficamos parados por alguns minutos, mas logo ele tomou minha mão e partimos também.


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