A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 73
Capitulo 64


Notas iniciais do capítulo

Os presentes pessoal... os presentes!!!!



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Eu permaneci sentada enquanto as Moiras vinham e levavam Luke e vi Hermes beijar a testa do filho em despedida. Percy foi o primeiro a se mover, ele pegou Annabeth pelo ombro e a garota tremeu de dor.

– Ajuda! Ela precisa de ajuda. – ele gritou.

– Aqui – gritou Apolo vindo correndo – Deus da medicina se apresentando para serviço.

Me pus de joelhos com dificuldade e senti uma mão me apoiar quando tentei levantar, se aquela mão não estivesse ali eu provavelmente teria caído novamente. Olhei para o lado encontrando Héstia em sua forma de mulher madura, ela me apoiava pela cintura de um jeito totalmente maternal e protetor.

– Você também precisa ser curada, não teve tempo suficiente nas águas do Hudson para se curar sozinha. – ela fala calmamente – e usou demais dos seus poderes.

Eu não concordei nem discordei, não tive tempo uma onda fria me atingiu e eu cai nos braços da deusa que continuava me segurando.

– Minha mãe... – eu sussurrei – Por favor...

– Mari... – escutei Malakai correndo em minha direção e Will estava ao lado dele – huuum, ah... Lady Héstia. – ele disse fazendo uma reverencia.

– Mari você está ferida.

– Will preciso achar minha mãe, você me ajuda?

– Sua? A caçadora? Eu sabia que havia algo errado. – ele veio ao meu lado tomando o lugar da deusa que sussurrou algo para ele e ele assentiu – Vamos as caçadoras estavam subindo logo atrás de nós.

Não andamos muito para achar as caçadoras, elas estavam quase na entrada da sala dos tronos quando a encontramos, algumas carregavam os corpos desfalecidos de suas companheiras que caíram em batalha. Em meio as meninas eu a encontrei, deitada no chão ao lado de sua espada de ferro demoníaco, minha mãe estava morta.

Corri até ela me desprendendo de Will e Malakai ignorando a dor que me puxava em direção ao chão. Cai ao lado de Marion.

– Não... – eu disse já em desespero – Por favor, não... não, não, não.

Eu a abracei deitando sobre seu corpo as lagrimas corriam sem controle e eu não me importava.

– Não agora que te encontrei... Mãe, por favor.

Alguém colocou a mão em meu ombro era Nico.

– Me desculpa Mari... Eu tentei protege-la mas eu estava longe, ela se colocou a frente da mãe de Percy, ninguém teve tempo de reagir.

– Foi minha culpa Nico, não sua. Eu deixei Hecate me afastar da batalha. Eu a deixei sozinha.

– Não diga isso Marina, ela escolheu lutar, sua mãe morreu como heroína ela era uma descendente dos três grandes e assim como nós ela protegia os outros.

Eu estremeci de dor mais uma vez, estava ficando zonza novamente.

– Venha você precisa ser curada, suas feridas não estão fechando mais. – ele me apoiou e olhou para Will – Eu posso cuidar dela, vou leva-la até Apolo, há vários feridos aqui.

Ambos assentiram prometendo logo me encontrar. Nico e eu entramos na sala dos tronos onde seu pai havia acabado de chegar e estava sendo parabenizado pelos parentes.

– Nico eu não consigo mais...- avisei quase desmaiando.

– Lorde Apolo! – ele gritou caindo comigo no chão.

Nico Apoiou minha cabeça em suas pernas enquanto eu respirava com dificuldade. Apolo não demorou dois segundos e já estava com as mãos em minha costela perfurada. Ele me olhou intensamente e então cantou uma benção antiga, senti meu corpo formigas como toda vez que ele me curava e voltei a escutar melhor. Ouvi Ares festejar e parabenizar sua filha Clarisse. Ela com certeza era sua preferida em anos. Apolo ainda estava ajoelhado ao meu lado e me puxou do chão deixando que eu repousasse a cabeça em seu ombro, Nico se afastou me deixando por conta dele mas antes que ele falasse algo Héstia se abaixou ao meu lado.

– Apolo eu gostaria de conversar com Marina e você deve consertar seu trono.

– Mas...

– Estou bem agora... Você me curou. – garanti a ele que por fim me ajudou a levantar e deixou Héstia me conduzir até a lareira no centro da sala.

Eu sentei lá com Héstia, enquanto pessoas corriam para todos os lados ajudando feridos e concertando o que dava para ser concertado no momento.

– Sinto muito por sua perda Marina. Você não deve se sentir culpada, seu amigos estava certo em relação a quem ela era. Você a impediria tanto de lutar quando você mesmo ficaria sentada esperando a luta acabar. – olhei estranhando a frase e então entendi – Isso mesmo – completou ela – Os filhos dos três grande tem um jeito diferente de lidar com as coisas, costumam se cobrar demais e a casos como vocês cinco os últimos três, que tem instinto de proteção, que lutam pela família e não por si mesmos. Vocês são os mais especiais, você dentre todos sabe o que isso significa mais que ninguém, não importa o quanto sofra com isso, você erguerá a cabeça para passar confiança e protegerá com unhas e dentes aqueles que você ama. Sua mãe fez isso por você até seu ultimo suspiro e ver quem você se tornou, tenho certeza que ela morreu orgulhosa da filha de tem.

Eu não sei se em algum momento eu havia parado de chorar, se minhas lagrimas tinham acabado ou se elas iam e vinham sem aviso, mas quando Héstia terminou de falar eu vi os deuses se sentando em seus tronos, vi ela sorrir para mim e secar minhas lagrimas, Kai e Will se aproximaram me erguendo do chão e me levando até os demais semideuses. Passamos lentamente por todos os deuses que já estavam acostumados com minha presença, mas não me viam nesse estado inerte desde meu quase suicídio.

Um a um os heróis daquela batalha foram parabenizados e homenageados, Grover, Tyson, Thália, Nico, Annabeth e por fim Percy e eu fomos chamados. Eu tentei me soltar de Will e Kai mas eles me seguraram.

– Você está exausta Marina, se eu te soltar irá desmaiar. – ele falou me levanto até Percy – Segure ela firme, Marina está péssima.

– O que aconteceu com você? – Percy perguntou preocupado.

– Conversamos depois, os deuses nos aguardam. – eu tentei sorrir mas acho que não fui muito convincente.

Percy envolveu minha cintura e caminhamos junto até os deuses parando em frente a Zeus e Poseidon. Eu fiz uma pequena reverencia geral já que não conseguia me ajoelhar sem cair e Percy seguiu meu ato que para ele era extremamente estranho. Esperávamos que Zeus falace mas foi Hades quem começou.

– Zeus, se me permite. – Zeus assentiu – Marina todos sabemos daria a vida por cada semideus do mundo, afinal ela já tentou isso mais de uma vez – ele falou em desaprovação – Mas nessa batalha você perdeu muitos amigos e sofreu uma outra grande perda. – ele me olhou profundamente, ele sabia é claro – Foi minha culpa que tenha tido tão pouco tempo com sua mãe minha querida, achei que era melhor para a segurança de vocês duas, minha intenção sempre foi protege-la, mas acabei negando a você o amor de uma mãe, que agora foi tão heroicamente tirada de nós. Espero que um dia possa ter seu perdão, pois não posso viver a eternidade sabendo que tem magoas comigo. Como um presente particular eu gostaria de lhe dar um dia no submundo, para se despedir de sua mão, Marion, a caçadora. E de seus demais amigos.

– Hades você está dizendo...?

– Sim minha cara Artemis, estou dizendo que a mãe de Marina era sua caçadora, minha filha mais nova.

– Então você também quebrou o pacto duas vezes? – observou Hefesto.

– Não, não, Nico nasceu antes do Pacto. Eu só o mantive parado no tempo, por muito tempo. – Nico estremeceu aos pés de Hades.

– Mas como eu não...? – questionou Artemis mas Poseidon a cortou.

– Conheci Marion quando tinha dezoito anos, ela morava em um chalé na floresta próximo ao acampamento, eu não sabia que ela era filha de Hades, muito menos ela.

– Marion nunca teve conhecimento sobre nosso mundo até Poseidon deixa-la sozinha e gravida no meio da floresta. Eu sempre cuidei dela sem que ela soubesse então depois que ela teve o bebê e a deixou no acampamento eu fui a ela e indiquei o caminho para Artemis.

– Marion me serviu bem – disse Artemis por fim – era uma brava guerreira assim como Marina, elas merecem se despedir. – todos concordaram e então foi a vez de Poseidon falar.

– Tenho certeza que todos concordam que meu filho foi um herói ao lado de minha filha Marina que como Hades falou faz tudo em prol do bem da família e é por isso que eu lhe ofereço minha filha um lugar no conselho do mar e o cargo de minha conselheira pessoal. Sempre me neguei a ter um conselheiro, nem mesmo minha esposa tomou esse lugar, mas tenho certeza que ninguém o preencheria melhor que você e estou feliz de ter esperado três mil anos para preenche-lo. E quanto a você, meu filho – ele olhou para Percy – Perseus se mostrou leal ao Olimpo e merece um presente, o melhor de todos.

– Não precisa continuar Poseidon... – interrompeu Zeus – O presente oferecido somente aos melhores e mais bravos heróis, Perseus Jackson nós lhe oferecemos a imortalidade.

– Estão oferecendo a Percy e a mim a imortalidade?

– Bem, não totalmente, Percy será um deus, imortal sob qualquer circunstância, enquanto você somente será imortal aos males do tempo, mas ainda pode cairá em batalha como minhas caçadoras. – Explica Ártemis.

Percy e eu trocamos olhares, eu observo cada deus e semideus enquanto o olhar de Percy parece repousar sobre alguns poucos rostos, no fim estamos nos encarando, seus olhos azuis refletem minha dúvida e em seu rosto sinto a mesma carga de duvida que passa pela minha mente passando pela dele. Continuamos nos encarando e eu sinto alguns deuses se mexerem impacientes como sempre. Como imas Percy e eu nos olhamos mais uma vez, não precisamos de nenhuma palavra, sabemos o que realmente queremos, nossas mãos se unem e nós nos viramos para os deuses novamente dizendo.

– Não.

Todos os deuses se reclinam de seus tronos, curiosos demais para não demonstrar. Zeus e meu pai parecem prestes a nos queimar mas ambos respiram fundo e Zeus fala:

– Você recusa um presente dos deuses?

– Me desculpa, não é minha intenção ofender, mas creio que esse não é o meu destino. – responde Percy.

– Meu senhor, - digo me dirigindo ao meu pai – Seria uma honra morar com o senhor no palácio submarino, e poder estar ao seu lado, mas... – eu olho para trás – Eu não posso... Imortalidade, títulos e riquezas não significam nada para mim sem minha família e eles são minha família e agora mais que nunca devemos estar juntos. – eu volto meu olhar para Poseidon – Espero não ter te desapontado pai, mas meu lar é o acampamento, lá eu sei quem sou e eu não sou a filha de Poseidon ou a neta de Hades, muito menos alguém que deve ser temido. Eu sou Marina, a garota que cresceu no acampamento e que ama sua família acima de tudo. – ele sorriu.

– Entre tanto, pai, senhor Zeus... – Percy arriscou – Nós não negamos o presente.

– Só queremos alterá-lo um pouquinho... – eu completo.

– Mas precisamos que jurem pelo Styx que cumpriram com meu pedido.

– Desde que esteja a nosso alcance Perseus – disse Zeus duvidoso – Eu em nome do conselho juro pelo Styx atender o pedido de Percy e Marina, filhos de Poseidon desde que esteja a nosso alcance. – Zeus esperou dois segundos e continuou – Vá em frente, peça.

– Meu pedido é que a partir de hoje, os deuses reclamem todos os seus filhos antes de completarem 13 anos, nenhum semideus será abandonado a própria sorte inclusive os filhos dos deuses menores, eles também terão seus próprios chalés e por mais hospedeiro que Hermes seja, nenhum de nós deve ficar a vida inteira indeterminado sem saber quem realmente é.

– Percy... – meu pai alerta

– Não pai, Percy está certo, o exercito de Cronos e sua volta só foi possível pela quantidade de Semideuses que se sentiam abandonados por seus pais...

– Você está nos acusando...? – Zeus ameaça.

– Sem indeterminados. – Percy implora – Vamos refazer a cultura dos deuses, estaremos mais forte o Olimpo estará. Os filhos dos doze olimpianos e dos deuses menores não devem ser deixados a própria sorte e também Calypso e outros filhos pacíficos de Titãs devem ser perdoados, não devemos pagar pelos pecados dos nossos pais e Hades...

– Porque você me incluiu na lista de deuses menores heróizinho? – Hades chiou.

– Não estou incluindo, só estou lhe citando por fim para enfaizar. – explica Percy. – Os filhos de Hades também devem ter seu lugar no acampamento, um chalé próprio e aceitação. Nico provou da exclusão que acontece indireta e diretamente, isso não deve voltar a se repetir.

– O que vocês estão pedindo é muita coisas... – papai começa mas Atena o corta.

– Não, na verdade o que eles pedem é pouco. Percy e Marina tem razão em relação aos semideuses, temos sido descuidados com nossos filhos deixando-os a própria sorte, eu voto para que a ideia do garoto seja aprovada como uma sugestão, podendo eles ainda terem direito a seu presente, já que o que pedem é nada além de um dever nosso.

Ela ergueu o braço e alguns ergueram rapidamente junto dela como Ártemis, Afrodite, Dionísio, Apolo, Hermes, Hefesto e Ares. Demeter, Poseidon e Hera demoraram um pouco mais mas ergueram as mãos também. Por fim Zeus disse:

– Muito bem, o conselho votou, será feito Perseus e quanto a seus presentes ficaram em aberto até que se decidam por algo que seja coerente e esteja ao nosso alcance já que no momento nenhum dos dois parece estar muito certo de si. – Nós sorrimos e agradecemos, os semideuses comemoram e aplaudem, Percy vira finalmente se retirando assim que Zeus permite.

– Guarda de honra – Ordena Poseidon e uma fila de ciclopes de colocam a postos.

– Um viva para Percy Jackson, herói do Olimpo e meu irmão – grita Tyson e todos gritam após ele.

Eu estava prestes a seguir Percy quando Poseidon me parou.

– Zeus, ainda temos assuntos aqui. – eles se olha como se lembrassem de uma conversa antiga.

– Todos se retirem da sala dos tronos exceto, Afrodite, Apolo e Hera... E você Marina.


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Notas finais do capítulo

Gostaria de dizer que depois desse capitulo só haverá mais um e então estará terminado o que corresponde ao ultimo livro de PJO e então que venha Os heróis do Olimpo!