A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 65
Capitulo 55


Notas iniciais do capítulo

Temos uma coisa para conversar... essa semana vai ter capitulos todos os dias, mesmo eu estando cheia de provas na faculdade, mas quero comentários ein... se não só volto em 2016



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– Marina!

– Onde você está?

– Marina!

Tem sido assim a dias, ando meio afastada dos outros, faço minhas tarefas, dou minhas aulas e me escondo no fundo do lago, quando alguém precisa de alguma coisa ou quando surge alguma novidade enviam Malakai e Will para me achar. A parte ruim que faz com que eu queira me afastar é que sempre são noticias ruins.

O Dionisio não voltou, chamem a Marina.

Um semideus se perdeu, chamem a Marina.

Os Stolls estão aprontando, chamem a Marina.

Há monstros no lado de fora da Barreira, Luke mandou mais um recado, Os deuses estão demorando...

Não sei como acham que posso ajudar em tudo isso, mas esse ultimo mês tem sido assim. Na ausência de Dionisio e de Quiron tudo recai sobre mim. Eles sabem que farei de tudo para ajudar, procurarei uma forma de concertar o que quer que seja, o problema é que nos últimos dias eu própria não tenho tido respostas dos deuses. Nem Afrodite, nem Apolo, nem meu pai. Todos tem ignorado, todos tem seus próprios problemas e esperam que resolvemos o nosso sozinho, mas o nosso problema envolve todo o mundo. Por isso passo a maior parte do meu tempo livre aqui no fundo do lago. As vezes é como se eu me abrisse pro futuro, é a única forma que encontrei para concertar os problemas de todos e deixar os meus de lado.

Caminho lentamente na direção da luz que tenho certeza que vem das mãos de Malakai.

As vezes demoro demais, nem percebo o sol se por aqui do fundo e quando os meninos veem atrás de mim já é noite. Hoje é um desses dias. Assim que os avisto eles sorriem.

– Ficamos preocupados, você perdeu o jantar. – falou Will.

– É tava tudo uma bagunça, mas os Stolls estavam de mal humos hoje e acabaram com a bagunça, todo mundo ficou tipo OOOOH e começou a limpar tudo. – Fala Malakai gesticulando animado.

– Pegamos algumas coisas pra você comer. – Will me entrega uma bandeja.

– Obrigada. – digo pegando a bandeja. – Algum problema mais?

– Não, por incrível que pareça, não há nenhum. – diz Will aliviado – você vai pra fogueira? Está recém começado.

– Acho que não, melhor eu ir para meu chalé, estou um pouco cansada.

Ele me olha meio triste, mas logo remexe em sua bolsa e me entrega um frasco de remédios.

– Toma uma amarelo e um azul antes de dormir. Vai afastar os pesadelos e te dar uma boa noite de sono. Michel só tem conseguido dormir assim.

– Obrigado meninos. – eu digo abraçando-os – Agora vão cantar e dançar um pouco, mas nada de ir tarde para cama ein!

– Certo! – Eles dizem juntos.

Malakai retribui o abraço e Will beija o topo da minha cabeça e então os dois se vão.

No meu chalé, como as frutas que Will trouxe para mim e todo os comprimidos diluídos em um chá de camomila. Não sei ao certo quanto tempo levei para dormir, mas sei que foi rápido e não lembro de ter apagado. Quando acordei na manhã seguinte estava disposta de uma forma que não me sentia desde a batalha do labirinto. Pulei da cama e corri para o banheiro, tomei um banho rápido, escovei os dente, vesti uma legging preta e uma regata laranja do acampamento, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo bem alto e calcei meus coturnos. Quando retornei ao quarto a porta janela que dava para o píer estava encharcada. Caminhei devagar e quando espirros de água me atingiram no rosto.

– Desculpe-me senhora, estava tentando chamar a sua atenção... – uma nereida se desculpa.

– Acho que conseguiu... – digo rindo.

– Perdão... – ela tenta se desculpar novamente.

– Tudo bem, pare de se desculpa, como se eu fosse te punir por me jogar água. Esqueceu de quem sou filha, eu adoro água.

Ela sorri em agradecimento mas seu rosto fica firme novamente.

– Vim a mando de seu pai, o senhor Poseidon. Ele a espera no palácio submarino.

– Meu pai quer que eu vá?

– Sim senhora.

– Mas, aconteceu alguma coisa? Você sabe o motivo?

– São tempos difíceis. Monstros antigos atacam o território de seu pai e Oceanidas se voltou contra os deuses, tem dado trabalho ao seu pai. Ele manda dizer que escuta suas preses e pede para que não sinta raiva por não atende-las.

– Ele sabe que no fundo não sinto raiva, pelo o que ele passa no fundo do mar eu passo aqui no acampamento, entendo a situação.

– Cá entre nós, senhora, seu pai sabe disse e na verdade sente sua falta. Ele também está preocupado, como filha do mar, o mar sente quando você está esgotada. Todos os seres sentem sua presença cada vez que entra na água e sentimos sua aura cansada. Senhor Poseidon quer vir vê-la a dias, mas sabe que se deixar seu palácio tudo se perderá por lá, foi ideia da rainha Anfitrite leva-la até lá.

– Ela está me convidando então?

– Não fique tão surpresa, sei que recebeu um presente da rainha, ela tem muito apresso pela senhora.

– Não estou surpresa, só agradecida. Quando devo ir?

– Agora, sugiro que avise Quiron e seus amigos mais próximos e eu a levarei já.

– Certo, espere aqui.

Corri para a casa grande, mas lembrei que Quiron não estava no acampamento somente quando cheguei lá. Para minha surpresa ele estava lá sim, sentado em seu cadeira de rodas conversando com Charlie. Avisei a ele o que estava acontecendo e que eu iria sair por uns dias e ele só afirmou que tudo ficaria bem na minha ausência e que ele não sairia mais do acampamento. Voltei correndo e avisei a Malakai e Will no pavilhão de refeição. No meu chalé arrumei uma mochila e troquei de roupa. Coloquei uma saia longa azul céu, um cropped branco e sapatilhas também azuis. Deixei meu cabelo cair sobre meus ombros com cachos na ponta, como ele sempre fica quando está revoltado e coloquei minha capa azul marinho por cima. Em minha mochila preta estava um pouco de néctar e ambrosia, minha espada e algumas peças a mais de roupa. Caminhei até o deque onde a nereida me esperava. Ela estendeu a mão e eu também, quando chegamos próxima algo nos impulsionou e quando dei por mim estávamos no fundo do oceano onde dois golfinhos e um hipocampo nos esperavam. Montei o hipo e partimos, não demorou muito para começarmos a avistar o palácio de Poseidon. Mas ele não era exatamente o que eu esperava. A brutalidade da guerra já recaia sobre ele, haviam coisas quebradas caindo, mesmo assim tudo era lindo, brilhante e colorido.

Por onde eu passava, peixes, tubarões, sereias e diversos seres acenavam e reverenciavam.

– Todos aqui aguardavam ansiosos pelo dia em que viria ao palácio, Marina.

– Porque?

– Não é obvio? Só peço para que tenha paciência com seus irmãos, principalmente com Tritão, ele pode ser um pouco, ciumento.

– Ah, tudo bem...

– Chegamos! – anunciou um dos golfinhos.

– Onde papai está?

– No salão principal do palácio, ele a espera.

– Achei que estivesse ocupado.

– Até os deuses dão pausas em suas batalhas, não por eles, mas por seus exércitos, precisamos de um descanso ou somente os deuses irão sobrar no final. – ele fala como se fosse uma piada.

Paramos em frente as portas principais e antes que eu possa me sentir pronta elas se abrem. No final em seu trono está meu pai em uma forma mais envelhecida, ao lado dele Anfitriate está em pé e no outro lado um pouco mais ao fundo o homem sereia que deduzo ser Tritão.

Caminho até metade do salão onde me ajoelho como de costume diante de meu pai.

– Minha filha, aproxime-se.

– Rainha Anfitriate, agradeço o convite, foi muita gentileza.

– Não foi nada seu pai estava ficando nervoso. – ela diz sorridente.

– Marina, esse é seu irmão, Tritão.

– O herdeiro. – ele diz de maneira arrogante.

Ergo uma sobrancelha para ele e acabo por não reverenciar, ele é tão herdeiro quanto eu uma vez que nosso pai jamais morrerá e ninguém assumirá seu trono. Ele tenta desafiar-me com um olhar, mas somos atingidos por alguma coisa e o palácio treme, papai acena para Tritão que bufa e sai da sala.

– Receio que temos pouco tempo agora, conversaremos mais tarde, Anfitriate lhe fará companhia porr hora.

– É claro, eu compreendo. – digo calmamente.

Ela sorri e estende o braço indicando o caminho. Ela me leva em silencio até um quarto enorme de paredes brancas revestido de pérolas negras que formam ondas nas paredes. O piso de mármore branco com falhas cinzas da a claridade que o quarto precisa os moveis são azuis celeste como a minha saia e a cama é grande e branca. Estou deslumbrada de maneira que nem consigo falar.

– É lindo não é? – ela pergunta.

– Divino. Todos os quartos são lindos assim? Se eu ficar muito tempo aqui vou acabar ficando mal acostumada.

Ela ri gentilmente.

– Não, cada quarto tem o jeito de seu dono, o meu é colorido com muito corais, me sinto como se estivesse do lado de fora. O de Tritão é como uma boate, já ordenei que ele desse um jeito naquilo mas cada vez que ele muda fica pior. O do seu pai é meio difícil de explicar, talvez ele mostre a você mais tarde.

– Então isso tudo...?

– Foi feito especialmente para você, seu pai tratou de tudo e eu ajudei a escolher algumas coisas. Todas a pérolas nas paredes e moveis foram de um dote muito grande que seu pai recebeu a muitos anos atrás. Ele achou perfeito para você devido a sua ligação a Hades.

– Eu realmente amei. Obrigada.

–Seus irmãos também tem um quarto, cada um de um lado, mas o de Perseus ainda não está pronto. Acho que você poderia cuidar disso certo?

– Eu adoraria.

– Vou deixar você absorver tudo. Tenho que ajudar na batalha.

– Claro, claro, não quero fazer você perder tempo. Eu peço ajuda a alguém se eu me perder ou precisar de algo do tipo.

Ela acena com a cabeça e antes que saia eu a chamo.

– Eu só não tive a oportunidade antes, mas obrigada pelo presente, nosso chalé ficou mais vido com os corais.

– Achei que gostaria.

E então ela se vai.


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