A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 59
Capitulo 48


Notas iniciais do capítulo

Então gente... vamos comentar o capitulo passado porque eu amei escrever ele e vocês nem a merda me mandaram! Sim to chateada!



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Meu corpo doía, doía como nunca antes, eu queria continuar naquele maravilhoso sonho e agradecer a Hipnos por ele eternamente, mas a dor no meu corpo me puxava de volta para a vida. Venho sentindo tudo, ouvindo tudo, mas não conseguia responder por mais que eu tentasse. Foi assim por dias desde que Apolo falou comigo em um sonho, mas agora estava diferente, algo me expulsava daquele estado vegetativo.

Senti um toque quente em minha bochecha, alguém afagava meu cabelo e o local estava impregnado com o cheiro do mar salgado.

Uma luz forte pressionou meus olhos mesmo eles estando fechados. Pisquei uma vez e depois outra e assim que abri os olhos outros três pares estavam a minha frente.

– Marina! – Exclamou tia Afrodite batendo palminhas.

– Filha? Como se sente?

– Parem vocês dois, deixem que ela respire... – Apolo os afastou – Olhe para mim – disse ele – Consegue me ouvir nitidamente? – Faço que sim com a cabeça – Consegue me ver nitidamente? – faço que sim novamente – Consegue falar?

– UH S-SI...- minha voz saiu tão rouca que comecei a tossir – Preciso.... de água.

Afrodite me traz um copo de água e eu o bebo todo. Apolo não espera e começa a me examinar.

– Eu estou bem... de verdade! – eu tento tranquiliza-los.

– Marina Aaminah, onde diabos estava com a cabeça para ir ao labirinto sozinha?

– Eu tinha que ajudar Nico, mas ele quem acabou me ajudando.

– Hades quem a fez fazer isso?

– Hades propôs que eu ajudasse, e Nico é minha família e não tem mais ninguém, ele perdeu a irmã... – eu começo a explicar e meu pai me corta.

– E eu quase perdi meus dois filhos! – ele grita bravo. – Primeiro você e então Percy, os dois decidiram quase morrer na mesma semana, sou um deus mas isso é demais até para mim!

– Como assim o que aconteceu com Percy?

– Ele também estava no labirinto, foi logo depois de você, também encontrou Antaeus e depois explodiu o Monte santa helena. – explica Afrodite.

– Como? Porque ele foi para o labirinto?

– Obrigada Afrodite agora ela vai surtar de novo... Não acha que ela já teve choques demais nos últimos dias? – Apolo fala.

– O que em nome de Zeus está acontecendo?

– Você também não ajudou, Apolo! – meu pai fala zangado.

– Querida... Luke está atacando o acampamento, provavelmente chagará hoje lá.

Não espero que ninguém mais fale e pulo da cama desviando de Apolo. Estou com uma camisola super curta, com toda a certeza do universo trabalho de tia Afrodite. Olho ao redor do quarto, nenhum deles se moveu, pego uma sacola olhando somente por cima e vou para o banheiro.

– Marina você não devia... – Apolo Alerta mas eu fecho a porta igual.

– Você sabe que eu posso entrar ai mesmo com essa porta trancada não sabe? – meu pai ameaça.

– Se não quiser ver sua filha nua é melhor não entrar! – grito de volta e o escuto praguejar.

Afrodite ri e diz algo como “eu ensinei isso a ela”. Tomo um banho em menos de cinco minutos e me visto. Provavelmente eu precisava de um banho melhor que esse mas eu não tinha tempo. Estou com uma regata cinza e um short preto de brim.

– Ok, vocês me amam obviamente porque não poderiam salvar semideuses como me salvam então se me amarem muito, muito mesmo e se amarem seus filhos me darão uma armadura e minhas armas e me deixarão ir salvar minha casa.

– Marina...

– Papai, por favor...

– Você recém saiu de um coma, quer lutar uma batalha agora? – Apolo pergunta apavorado.

– Não, odeio pensar que terei que fazer isso, mas Malakai está lá, Silena está lá, Percy está lá! Minha família, minha casa! Luke me roubou muita coisa, não vai roubar isso também! Então não, eu não quero lutar uma batalha, mas não deixarei que minha casa caia enquanto eu fico sentada sob os cuidados dos deuses.

– Você não tem jeito! Vive correndo para a morte! – Afrodite fala indignada.

Meu pai passa por todos eles, vem até mim afagando meu rosto.

– O mar não pode ser contido... – Ele sussurra – Você precisa ir!

–O QUÊ? – Apolo e Afrodite gritam juntos.

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Levou uma hora até que os três parassem de discutir, Apolo e Afrodite não concordaram nem de longe, mas no final meu pai usou uma frase simples e perfeita, “Eu sou o pai dela, quem diz o que ela pode ou não fazer sou eu”, (Valeu papis Popo!)

Assim que pararam meu pai me deu uma armadura linda, a mais linda que eu havia visto na vida e Afrodite trouxe de volta minha mochila com armas. Apolo fez um ultimo checape geral e me fez mastigar ervas horrorosas que segundo ele diminuiriam minha dor que ainda estava levemente presente. Caminhamos os quatro para o salão principal onde ocorrerem as reuniões do conselho olimpiano e mais uma vez os deuses estavam todos lá.

– O que está acontecendo Poseidon?

– Nossos filhos estão em guerra, Zeus, você já deve ter percebido isso! – meu pai disse sem paciência.

– Me refiro a essa sua filha – ele aponta para mim – O que faz de armadura? A pouco estava quase morta!

– Ela irá para casa, afinal o Olimpo não é sua casa.

– No meio da guerra, você a está expulsando?

– Minha filha sabe o que é melhor para ela, e ela quer ir para casa, então que seja.

Faz-se um minuto de silencio que logo é quebrado por Ares. Enquanto eu caminho em direção a porta.

– Só eu que não entendi ainda?

– Não dessa vez eu concordo com você... – cochicha Demeter.

– Obrigada, mais uma vez, por me salvarem e me manterem aqui em segurança. Sei que talvez alguns não estejam contentes com essas mudanças, sei que não é correto que interfiram em nosso futuro e peço perdão por isso. Já causei muitas mudanças aqui mesmo que não tenham sido intencionais e sei que para Lady Afrodite e Lorde Apolo pode parecer uma afronta eu querer ir direto para uma guerra depois de todo trabalho que tiveram para me curar, mas não é, eu tenho uma dívida eterna com os dois – Pégasus então pousa na porta atrás de mim - mas preciso ir.

Viro-me para Pégasus que insiste em fazer reverencia, reverencio de volta e monto grande cavalo alado. O voo é extremamente rápido, Pégasus sabe o quão importante é para mim.

– Ei, você me deixará no acampamento e sumirá!

“Posso ser útil para a senhora na batalha, seria mais seguro!”

– Você é o grande Pégasus, não um cavalo de guerra, não deve servir a mim em uma.

“Mas eu quero! É minha satisfação acompanha-lá”

– Ok, tudo bem, mas então faremos assim... Você irá atrás dos demais pégasus inclusive os que estão com o exercito de Cronos e os ajudará a se libertarem, cada Pégasus que queira lutar pelo acampamento deve ter um arqueiro de Apolo nas costas.

“Obrigado minha senhora. Ali, o acampamento está logo a frente.”

****************************************************************************

Eu avisto a floresta em chamas e Pégasus me larga próximo aos sátiros, consigo achar Juniper e Grover que tentam apagar o fogo próximo.

– Percy! – Grover grita e então acho meu irmão.

Ele parece atordoado e tenta se concentrar para trazer água o suficiente para a floresta mas esta demorando, corro em sua direção ao mesmo tempo que algum semideus de Cronos, ele estava preste a atacar meu irmão, mas eu fui mais rápida e o empurrei para longe e ele caiu no chão inconsciente. Percy se assustou.

– Marina! – disse perdendo a concentração.

– Vamos juntos, se conscentre na água do lago. – Disse pegando sua mão.

Meu estomago deu piruetas mas a água veio e tomou toda floresta extinguindo o fogo que se alastrava.

– Marina! – gritou Juniper.

– Valeu Percy – disse Grover cuspindo água.

– Marina vamos... – Percy tentou me puxar mas eu o parei.

– Não, tenho que achar Malakai, vá com Grover e se cuide, vamos expulsar esses monstros da nossa casa!

E então corremos para direções diferente. Em meio as arvores vários filhos de Apolo estavam apostos atirando em tudo que se movia.

– KAYYYY, WILLLLL – Grito entre um e outro adversário que enfrento.

– Aqui! – Will responde e eu corro até ele.

– Onde está Malakai?

– Um Pégasus passou por aqui e ele montou e saiu atirando, aquele moleque não me escuta nunca.

– Faça o mesmo, Pégasus os está recrutando, no alto vocês tem vantage... – E um som agonizante me corta. – Droga! Will cuidado, pegue um Pégasus e atire nos lestrigões. Tenho que ajudar Percy.

Eu estava correndo para Percy, mas no caminho encontrei com muitos monstros e todos eles tentaram me parar, alguns semideuses me atacavam também e eu fazia as sombras engoli-los jogando-os o mais longe possível.

Eu vi meu irmão ser arremeçado para longe com Annabeth e vi Nico cair ao meu lado, eu joguei minha ultima concha o mais perto de Percy que consegui e espalhei o máximo de água que minhas forças ainda limitadas permitiram. A água vinha violenta derrubando todos perto de Kampe, até ela mesmo se desequilibrou por um minuto mas não o suficiente para Percy se afastar com Annabeth, a minha volta não havia água a os monstros e semideuses ali poderiam facilmente me atacar e estavam começando a perceber isso. Assim que o primeiro ia investir contra mim o semideus caiu com sua espada em mãos de costas com uma flecha em seu peito. Malakai e Will voavam a minha volta atirando em qualquer um que chegasse próximo a mim.

Com a benção dos deuses de dentro do labirinto Dédalo e Briares o marido de Cimopoleia surgiram. Rochas voaram para cima de Kampê e com o esforço de Briarem e Tyson ela foi derrotada. Não tivemos muito tempo de comemorar pois os gigantes logo investiam contra nós fiz com que a água retornasse para o lago e continuei lutando ao lado de Nico. Eu vi Quiron cair e o vi ser atacado, mas isso não aconteceu de verdade pois quando iam investir contra o centauro, Grover abriu sua boca e gritou, gritou com vontade, gritou como ninguém jamais o fez antes. Todos a minha volta taparam seus ouvidos e se abaixaram, aquele som fez com que o exercito inimigo recuasse as pressas, aquele era o som do medo, limpo e puro em sua forma mais verdadeira.

A guerra então estava acabada.

Aqueles que estavam em pé e menos feridos começaram a ajudar uns aos outros, eu me concentrei em retirar o fogo das arvores e logo nada mais havia. Então olhei para o lado e Nico estava caído, com fumaça saindo pelas suas roupas.

– Nico respire fundo, Tyson chame Percy e um dos médicos do chalé de Apolo.

– Heey, você se esforçou demais... Os poderes do submundo consomem Nico.

– Ele foi ferido? – Percy chega perguntando e conferindo Nico.

– Não, ele só se esforçou demais.

– Tragam Néctar!

– Nunca tinha convocados tantos de uma vez... Eu... Vou ficar bem.

– Vai sim... – digo afagando seus cabelos.

Por um minutos todos ficaram quietos, no outro todos observavam alguém atrás de mim. Me virei e vi um homem não muito alto e meio barrigudo.

– Dédalo! – disse Nico.

– Sim, meu rapaz... – ele fala calmo – eu cometi um horrível erro, vim corrigi-lo.

– Você é Dédalo? O inventor do labirinto?

– Sim e você deve ser a filha de Poseidon e Hades? A muito não via uma filha mulher de Poseidon e com certeza nunca vi uma semideusa com duas linhagens tão fortes e recentes no sangue. É muito, interessante.

– É sim... vou ver como estão os demais semideuses...

Eu os deixo para trás e vou para perto da floresta onde estão a maioria dos filhos de Apolo. Eu os ajudo no que posso com os feridos, Will e Malakai me instruem no que podem. Entrego néctar e ambrosia para quem precisa. E volto para ,meus irmãos que estão com Annabeth, Nico e Dédalo.

– Devemos confiar na justiça do sub mundo, é a única coisa que temos a fazer não é? – Dédalo diz a Nico.

– Sim.

– Você pode levar minha alma como compensação e trazer sua irmã de volta.

– NÃO. Te ajudarei a libertar sua alma mas Bianca morreu e deve continuar morta. É assim que deve ser.

– Você está se tornando sábio, filho de Hades.

Ele olhou para todos e por fim parou de frente para Nico que tinha sua espada em mãos.

– Sua hora chegou a muito tempo, fique livre e descanse.

Então tudo tremeu e Dédalo se desfez em pó. Eu segurei a mão de Percy e Tyson.

– Vamos – Percy disse para todos – temos muito trabalho a fazer.


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