A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 58
P.O.V Apolo


Notas iniciais do capítulo

Gente sério esse capitulo foi um dos que eu mais amei escrever então.... quero muitos comentários ok? Beiijus! Aproveitem!



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P.O.V. Apolo

Eu não sabia o que esperar dessa vez quando fui chamado ao Olimpo, por que dessa vez eu realmente não havia feito nada de errado. Deixei minha ilha logo pela manhã após correr com o carro do sol e fui para o olimpo. Chegando lá fui recebido por Poseidon que parecia realmente muito nervoso e ao lado dele estavam Tânato e Afrodite ambos também nervoso.

– Tânato, o que faz aqui? – Perguntei sem obter uma resposta – O que aconteceu afinal?

– Apolo... – É Afrodite quem responde – É Marina, ela está muito fraca, ninguém sabe como ajuda-lá.

– O que aconteceu com Marina? – Pergunto tentando controlar meu tom de voz na presença de Poseidon.

– Apolo, por favor, eu te imploro que salve minha filha. – Poseidon fala de uma forma que nunca o vi falar antes.

– Eu vou... onde ela está? – tropeço em minhas palavras.

Afrodite então me leva até o quarto de Marina, assim que abro a porta fico chocado com o ar naquele lugar. Marina está deitada em sua cama, pálida e gelada, em seu rosto alguns hematomas assim como em seus braços. Os pulsos estão com curativos mal feitos que provavelmente Afrodite fez.

– Mas o qu... – eu não consigo nem falar e corro até ela e começo a examina-la.

– Ela estava no labirinto, Tânato disse que ela estava em uma mesa de pedra toda amarrada quando ele a encontrou e alguns semideuses e ciclopes a observavam enquanto ela sangrava. Era como se ela estivesse sendo oferecida como sacrifício.

Eu não respondo, escuto suas palavras e ignoro concentrando-me somente em Marina. Minha magia não parece fazer efeito algum, sinto algo estranho, mas não consigo definir o que é. Afrodite continua a tagarelar sobre o que aconteceu e o que Tânato contou a ela mesmo eu não respondendo.

– Cala a boca Afrodite! – eu grito – Não está ajudando em nada, ela ainda está morrendo!

Afrodite em fim para, ela parece um pouco assuntada e para piorar a situação ela começa a chorar.

– Desculpa Apolo, mas também estou preocupada com ela, Marina tem sido uma semideusa incrível, uma ótima amiga e sobrinha. Vou me calar, só me diga o que fazer para ajuda-lá.

– Tudo bem... Certo, me desculpa eu não devia ter gritado... – digo abraçando Afrodite – Me conte novamente o que aconteceu depois chame Tânato, quero saber o porquê de ele ter ido atrás dela.

– Tudo bem... Ele disse... – E Afrodite volta a falar, parando entre as frases para limpar as lagrimas.

Horas se passam sem que nenhum de nós descubra o que aconteceu, todos até Atena tentou, mas não achamos nada e Marina continuava inconsciente. Eu estava sentado ao lado de sua cama, tentando com todas as minhas forças mantê-la viva, Poseidon estava com Atena na biblioteca do Olimpo procurando por informações e Afrodite limpava os ferimentos de Marina. Olhei para cima e percebi que eu não havia curado seus pulsos, estava tão atordoada por não saber o que a mantinha adormecida que me esqueci dos ferimentos físicos. Peguei um de seus pulsos depois o outro e então estavam curados. Subi minhas mãos por seus braços fazendo com que os hematomas se curassem, eles ficaram amarelos e então desapareceram.

Afrodite olho para mim e sorriu, eu podia curar a forma física de Marina mas alguma coisa ainda a mantinha dormindo, pálida e gelada como se as parcas estivessem ruins o fio da vida dela aos poucos. Afrodite saiu do quarto em algum momento enquanto eu olhava para Marina.

– Minha bela princesa do mar... O que fizeram contigo? – sussurro em seu ouvido apoiado em sua cama – Porque não acorda e olha para mim com esses lindos olhos verdes esmeralda? Ah minha Marina, se ao menos eu pudesse ver com o que sonha agora, no que pensa...

Alguém parece cochichar do lado de fora do quarto, eu me concentro e escuto Ares, Afrodite e Ártemis.

– Ele deve pôr o sol para que eu possa fazer a lua nascer. Sei que ele teme por Marina e eu também, ela é uma garota maravilhosa, mas o mundo continua girando.

– Ártemis eu não entraria ai se fosse você, Apolo está mal, ele não consegue descobrir o que Marina têm.

– Você pode cuidar dela enquanto ele põe o sol, prometo ajudar a procurar uma solução após isso.

– Ele não vai querer sair do lado dela...

– E então teremos dias de eclipses idiotas até ela acordar?

Me canso da conversa. Levanto da cadeira e beijo Marina, ela não tem o mesmo gosto de sempre de água salgada e morangos.

– Afrodite, não saia do lado dela por um segundo sequer. Vou fazer meu trabalho e volto logo.

Saio assim sem falar mais nada, percebo três pares de olhos em mim enquanto caminho pelo corredor e vaporizo na frente dos três.

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Dias haviam se passado e tudo estava uma bagunça, os semideuses agora corriam pelo labirinto tentando impedir uma guerra, Marina ficaria louca se soubesse que o irmão dela está lá. Quanto a ela, continua adormecida, a única coisa que consegui foi um tônico feito de ervas que só tem no palácio de Poseidon que servia como fonte de energia para Marina, a mantinha vida mas não forte o bastante para acordar. Hades também estava a procura de algo e colocou até suas filhas Macária e Melione para vigiar qualquer indicio da alma de Marina caso ela cedesse ao seu sofrimento e escolhesse a morte.

Eu me sentia um fracasso como deus nem Ecléscio meu filho conseguiu descobrir o que ela tinha, pelo menos não sem vir vê-la e ele não viria porque Zeus só me permitiu falar com ele uma vez em seu exílio.

Malakai e Will rezavam todas as noite para mim a procura de notícias de Marina, Zeus permitiu que só os dois soubessem do ocorrido para que me ajudassem a descobrir o que era. Ninguém mais no acampamento sabia. Dionísio se ofereceu para ajudar, mas com marina inconsciente ficava difícil, a especialidade dele era loucuras mentais, com certeza não era o caso.

Mais uma vez eu tinha que pôr o sol, dessa vez Hestia quem ficaria com Marina. Cumprimentei-a e parti. No carro do sol fiquei repassando tudo sobre o estado de Marina e de repente algo me ocorreu. Talvez ela mesma pudesse saber o que tem, algo que a deram ou fizeram com ela. Assim que terminei minha corrida voltei direto para o Olimpo e chamei Zeus.

– O que foi Apolo? – perguntou ele com a mão na cabeça.

– Preciso que mande buscar Hipnos e traga-o para ontem.

– Por qual motivo?

– Ele tem que entrar nos sonhos de Marina.

– Certo, que seja, se você acha que vai ajudar. HERMES!

Meio segundo depois.

– Chamou senhor?

– Sim, leve Hipnos até o quarto de marina. Diga que é importante e ele não pode recusar.

– Certo senh... – Zeus desapareceu antes que ele pudesse terminar.

– Hipnos ajudará?

– Ela pode ter visto o que deram a ela. Talvez esteja relembrando ou sonhando com isto, marcas assim custam a sumir.

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– Por que em nome de Zeus demorou tanto?

– Hipnos estava lento hoje.

– Certo, certo, o que querem que eu faça? – perguntou de mal humor.

– Entre nos sonhos dela, de preferência nos mostre eles.

– Você quer tentar falar com ela?

– Eu... sim!

– Então deite e durma também... Ligarei seus sonhos. Será mais fácil se ambos ficarem calmos então imagine um lugar legal. – ele explica.

Deito e logo apago.

Estou em minha ilha no dia em que trouxe Marina aqui.

“Memorias não, imagine algo novo e não imagine-a, se ela vir a si mesma pode se assustar e ficar louca”

– Poderia ter explicado isso antes! – eu resmungo.

Mudo a paisagem para a ilha de Afrodite, no céu uma forma escura aparece, Marina na mesa de pedra sendo amarrados por várias pessoas, mandarei cada um deles para o tártaro assim que ela acordar. Seu meio irmão então corta seus pulsos e a deixa sangrando sozinha.

“Ela está repassando essa imagem a dias ela só teve outros dois sonhos”

– Com o que mais ela sonhou?

“Com o acampamento, todos os seus amigos e deuses reunidos em uma grande festa. E o outro foi a lembrança que você criou antes de mudar para a ilha de Afrodite.”

– Ela sonhou comigo?

“Todas as vezes em que você falava com ela ou a tocava ela conseguia se libertar do pesadelo.”

Sorrio com as palavras de Hipnos.

“Não consigo atrai-la do sonho, você terá que ir e observar sem que ela te veja e então poderá tirar ela com calma de lá e traze-la pro seu sonho”

– Certo.

Entro na imagem escura e ela recomeça, vejo toda a cena até o Ciclope corta-la e então somente alguns semideuses ficam na sala. Um deles não parece contente, eles discutem e então ele caminha até Marina. Ela mal consegue se manter acordada mas o olha com muita atenção. Ele pede perdão e dá a ela uma planta e a faz engolir.

– Isso diminuirá seu sofrimento. – ele fala e então a deixa.

Tânato aparece nesse momento com alguém, mas eu impeço o menino de salva-la e o faço eu mesmo tudo fica escuro, e quando abro os olhos estamos na ilha de Afrodite. Marina treme em meus braços, mas ela não está como em seu pesadelo, está como a deixei, curada fisicamente, linda como sempre, como sempre, se não estivesse tão pálida.

– Marina, você está segura agora...

– Não... Ele vai me matar, eu estou morrendo.

– Não, não deixarei que você morra, olhe para mim meu amor, só para mim. – digo pagando seu rosto entre minhas mãos.

Ela começa a controlar a respiração, parece perceber minha presença pela primeira vez.

– Apolo? – faço que sim com a cabeça – Apolo... – ela me abraça forte e chora. – Eu fiquei com tanto medo, eu te ouviu e te via mas sabia que não era real, no fim eu só conseguia sentir a dor, porque dói tanto?

– Eu te curei, curei todas suas feridas mas você não acorda.

– Ele me deu alguma coisa, disse que era para aliviar meu sofrimento, que acabaria mais rápido.

– Quem era aquele garoto?

– Não sei seu nome, eu me recusei a mata-lo na arena, eu confiei demais.

– Sua bondade é sua perdição minha princesa...

– O que era aquilo? Tinha um gosto amargo quase como o veneno que tomei da outra vez só que mais suave.

Penso por um segundo e então tudo fica claro.

– É claro... como fui idiota! Chá de valeriana!

– O remédio para insônia.

– Hoje é um chá mortal, mas antigamente folhas de valeriana banhadas em cicuta, para os mortais dá uma morte lenta em até um dia, para um semideus pode demorar semanas mas a paralisia vem logo que você ingere, você não sofre na morte, não com dor pelo menos. Mas você tinha que permanecer viva até que cada gota do seu sangue escorresse naquela maldita pedra por isso a valeriana, ela te mantem viva enquanto o veneno te mata.

– E tem como me curar?

– Sim, claro que tem, eu vou te trazer de volta meu amor! – eu a beijo novamente sentindo o gosto de água salgada novamente. – O gosto, voltou, fora do sonho quando te beijei, todas as vezes senti o gosto diferente e não percebi o que era.

– Você me beijou enquanto eu dormia?

– Você ainda está dormindo minha princesa, mas sim beijei, e irei beija-lá muito mais quando tirar esse veneno do seu corpo. Fique firme e não desista. Tenho que acordar para poder acorda-la. Tente se concentrar em mim e em seus amigos, não volte para aquele lugar. – digo já me afastando dela.

– Apolo? – ela grita.

– Sim?

– Que lugar é esse?

– A ilha de Afrodite.

– Podemos vir aqui quando eu acordar?

– Com certeza.


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Notas finais do capítulo

Esqueci de falar lá em cima que estamos entrando na reta final então acho que a fic vai terminar por volta do capz 60 então bora comentar!!!



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