Mais uma vez eu entrei no labirinto, dessa vez pela entrada que Nico me mostrou. Nessa parte não era tão escuro, o que na verdade acabava sendo um problema, pois o motivo de não ser escuro eram tochas acesas com fogo nas paredes. Perto de mim alguém gritou, pareciam varias pessoas. E então, BOOM. Algo estourou perto de mim.

Tudo ficou tremido, eu não conseguia ver nem ouvir direito. Minhas pernas e braços não funcionavam e minha consciência se esvaia de mim. Mãos nada delicadas pegaram minhas pernas e de repente eu estava nas costas de alguém, alguém muito grande, muito mesmo. Tentei focas minha visão mas nada mais funcionava e então perdi a consciência.

No meu sonho alguém tentava me sufocar, eu ouvia as vozes, sentia as mãos, entendia os gritos e a torcida, ouvia o bater de pés no chão a minha volta, sentia o cheiro estranho no ar, mas não enxergava nada, meus olhos pareciam não ter força para se abrirem e por mais que eu tentasse não funcionava. Senti meu corpo ser arrastado novamente e já começava a duvidar de que aquilo fosse um sonho, era como se minha mente não conseguisse se concentrar até que então alguém jogou água em mim. Aos poucos meu corpo foi retomando suas forças, absorvi cada miligrama de água a minha volta até que conseguisse abrir meus olhos.

E quando consegui, estava sozinha em uma cela escura com somente uma tocha em chama na parede a minha frente. Proximo as grades havia um prato com pão e um copo de água. Eu me aproximei e examinei, não havia veneno, era pão puro.

Comi o pão e bebi a água, assim que terminei alguém apareceu.

– Então, vamos começar o interrogatório. Quem é você.

– Alguém não importante.

– Não deve ser verdade já que está no labirinto, ou é uma fugitiva ou é alguém muito importante.

– Sério gênio?

– Sim... pera você ta me zuando?

– Mais ou menos.

– Qual seu NOME? – ele grita.

– Não adianta gritar, não direi!

– O que faz no Labirinto?

– Vim procurar uma pessoa.

– Quem?

– Um semideus.

– Você está atrás de Dédalo?

– O filho de Atena que viveu a 2 mil anos atrás? Acho que ele é um pouco velho para mim.

– Você é bem engraçadinha não é? Vamos ver se continua assim depois que entrar na arena!

– Que arena?

– Não é irritante quando alguém não responde suas perguntas? – ele fala enquanto me deixa sozinha.

Sento-me próximo as grades tentando achar uma forma de sair, porém estou sem minha espada e sem minha mochila, tudo que poderia me ajudar ficou lá.

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Horas se passam até que alguém aparece-se, um semideus, provavelmente, me joga minha mochila e fecha a cela novamente. Ele me olha por um tempo então fala:

– Arrume-se, fique pronta para a luta.

– Que luta?

– Você verá! É bom estar dispostas.