A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 45
Capitulo 35




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O sol já estava brilhando forte quando finalmente acordei e eu já estava atrasada para o café da manhã. Vesti-me rapidamente e corri para a área de refeição que já estava esvaziando. Peguei uma maça e voltei para meu chalé comendo-a. No meio do caminha perto da praia ouvi uns gritos femininos e uma discussão, eram as caçadoras e alguns campistas. A ruiva que parecia não gostar de mim estava prestes a atacar Trevis ou Connor, eu não consegui distinguir, com um espada. Invoquei as águas o mais rápido que consegui e envolvi cada um deles. O gêmeo gritou e tentou sair da água enquanto a caçadora continuava tentando atacar.

– O que, em nome dos deuses, está acontecendo aqui?

– Pergunte a estes indignos! – cospe ela.

– Indignos? Foi seu pior insulto?

– Travis cala a boca!

– Sou o Connor. – Ele responde.

– Connor cala a boca!

– Ok desculpa Mari... – ele diz olhando para baixo quando percebe que estou irritada.

– Eu perguntei a você, Caçadora e não a ele, espero uma resposta sua e não dele!

– Eles estavam rondando nosso chalé. – ela responde por fim.

– E...?

– Como e...? Eles estavam e não gostamos disso, eles não tem que estar lá. Por causa destes dois Pheobe não pode ir na missão.

– Isso não é motivo para ataca-o com uma espada que nem é sua, devia ter reportado a Quiron ou a Dionísio. Ou até mesmo a mim! Saiam daqui, todas vocês, vão treinar ou pentear o cabelo umas das outras – digo virando de costas para elas e indo em direção aos gêmeos resmungando – Sempre a mesma coisa... Ai meninos, ai que nojo, ai ele me tocou. Deuses! – Afasto a água de volta ao lago – Vocês também não facilitam, não é mesmo? Estão piores que os sátiros, sabem que ela não gostam de ninguém além delas mesmas então fiquem longe delas!

Eu digo e quando termino algo finca meu braço, sinto a dor do corte e olho direto para o sangue que pinga do local, raiva me invade quando vejo que é a flecha de uma caçadora, algumas delas estão murmurando algo e eu as encaro, umas tem a mão na boca e outras seguram a ruiva. Os gêmeos se afastam de mim e sinto o frio e as sombras se apoderando da minha alma. Caminho cerca de dez passos até a água, me curo e volto em direção as caçadoras. Algumas delas estão assustadas porque as ondas de repente ficaram fortes e sob meus pés a um tapete de sombras mesmo com o sol brilhando forte. Paro nariz com nariz em frente a ruiva que agora tem os olhos assustados também. As outras meninas a soltam e se afastam. Respiro fundo, uma, duas e uma terceira vez e digo:

– Espero que esteja ciente que atacar intencionalmente um campista é contra as regras de conduta e que você pode ser punida por Artemis quando ela retornar. Agora espero que você retorne a suas tarefas e não cause mais problemas. – Digo virando-me para os Stolls - Quanto a vocês, Quiron irá decidir sua punição e espero que não volte a se repetir, entenderam?

– Sim Marina... – eles dizem como duas crianças de cinco anos que acabaram de perceber que fizeram bobagem.

– Pois bem, estão atrasados para suas aula, saiam daqui!

Sigo para meu chalé a fim de trocar de roupa antes da primeira aula chegando lá Kai está na minha porta prestes a bater.

– Não tem ninguém em casa. – grito surgindo atrás dele.

– aaah. Mariiiii, você me assustou – ele ralha comigo.

– Desculpa...

– Ei o que é isso no seu braço? Vocês está sangrando? – ele pergunta preocupado começando a me examinar.

– Não doutor, estava, mas já curou.

– O que aconteceu?

– Uma caçadora me atirou uma flecha, mas me curei na praia.

– Ah, e porque ela fez isso?

– Porque eu mandei ela voltar a fazer o que quer que as caçadoras façam. – Ele ergue uma sobrancelha - Ela estava brigando com os stolls e eu interferi.

– ah como de costume.

– Sim agora... Entra tenho que trocar de roupa e ir para a aula.

– Pois sim eu vim te buscar porque não te vi no refeitório. Temos aula de primeiros socorros juntos.

– Ok... um minutinho e já vamos.

A manhã passou calma depois do ocorrido e o mesmo com o almoço. Por volta de três da tarde os filhos de Hefesto e Ares armaram uma guerra de bolas de neve, nos dividimos em equipe vermelha e equipe azul. As Crianças de Hefesto lideravam a equipe vermelha que contava com os filhos de Apolo, eu, e o chalé de Hermes. O chalé de Atena e Ares se uniu na equipe azul, contra nós e cada equipe tinha por fim cerca de 20 pessoas. As filhas de Afrodite e Demeter não quiseram brincar assim como as caçadoras e os filhos de Dionísio.

Eu corri para pedir permissão a Quiron que consentiu dizendo que precisávamos nos distrair um pouco. Nos reunimos na arena e tivemos vinte minutos para nos preparar. Minha equipe construiu um muro, a equipe azul por sua vez construiu um forte. Clhöe uma filha de Hefesto olhou para a construção deles e disse:

– Idiotas, Acham que um forte gigante vale mais que algo simples e bem feito. Aposto que mal fizeram munição.

Eu ri de seu comentário e continuei meu trabalho fazendo bolas de neve.

Quiron criou algumas regras, teríamos 15 minutos de guerra caso uma equipe não desistisse ou fosse completamente exterminada dentro desse tempo a equipe com mais participantes seria a vencedora, e para incentivar a equipe perdedora teria um ponto negativo na arrumação do chalé. Uma pessoa só poderia ser atingido por três bolas de neve e depois se retiraria do jogo ou ficaria jogado no chão como um cadáver.

O jogo começou e bolas de neves voavam precisas para todos os lados. A cada bolada que eu ganhava eu ria mais e mais e as que eu arremessava caiam mais fracas, não demorou muito para que eu fosse eliminada por Max que me atingiu com duas das três bolas de neve. Sendo que a ultima acertou meu pescoço o que me arrepiou toda. Continuei lá escorada no muro me fingindo de morta e congelando de frio. Quando o jogo terminou a equipe azul foi declarada campeã por três três jogadores sobreviventes a mais que nós, entre tanto, naquele momento ninguém estava preocupado com o ponto a menos, assim que Quiron deu o jogo por encerrado aqueles que estavam nas arquibancadas correram para o meio da arena cheia de neve e começaram atirar bolas uns nos outros. Todos estavam brincando e ninguém se preocupava. Somente as caçadoras, Quiron e Dionísio observavam. Kai tinha um bastão em mão e tentava rebater as bolas que vinham e nossa direção enquanto eu arremessava com minha mira torta.

Outra bola de neve atingiu meu pescoço mas essa vinda do lado contrário a guerra. Olhei para trás e vi Apolo sorrindo para mim. Corri em sua direção arrepiada pelo frio e por vê-lo e o abracei assim que o alcancei. Apolo beijou o topo de minha cabeça, inspirou e suspirou no instante em que seu rosto encontrou a curva do meu pescoço.

– Você está congelando! – ele exclamou.

Coloquei a mão em seus cabelos recebendo o calor que emanava de seu corpo e disse:

– Não estou mais.

– Venha... Não é bom ficarmos aqui, Zeus não vai gostar. – ele diz segurando-me pela cintura. Fecho os olhos e quando abro novamente estamos na sala da casa grande.

Apolo e eu conversamos por alguns minutos enquanto ele me contava o que havia feito e que tinha visto Percy. Ele estava visivelmente preocupado com a irmã, mas não falou muito no assunto.

– Eu tenho que ir está quase na hora de por o sol. – ele diz me abraçando.

– Não espera, Malakai está tendo problemas com seu dom. Ele me falou isso mas will contou que ele acordou todos do chalé, pouco antes de eu voltar, brilhando como o sol. Disse até que alguns que estavam mais próximos e tentando acorda-lo se queimaram. Você tem que conversar com ele.

– Isso acontece, ele tem que aprender a controlar. Há muito tempo um filho meu não tem esse tipo de poder, o ultimo não teve um destino muito sutil. Ele tem que aprender a controlar como você aprendeu. Mas eu não posso fazer nada.

– Como não pode Apolo? Eu sei o que tenho que fazer para ajuda-lo, mas ele é uma criança, está assustado e precisa do pai. Ele já sabe o que tem que fazer, já ouviu dos outros e de mim, estamos tentando ajudar, mas ele quer ouvir de você, do pai dele. Ele só quer ouvir “Tudo vai ficar bem, você só precisa praticar, seus irmão cuidaram de você”.

– Odeio quando você me faz sentir culpado.

– Os deuses odeiam muita coisa que eu falo e faço.

– Certo, falarei com ele antes de ir embora, mas fique sabendo que se Zeus descobrir e eu for punido, está punição ficará na sua consciência.

– De acordo.

Ele me beija calorosamente e comigo ainda de olhos fechados e beijando-o surgimos na praia. Malakai aparece correndo e eu me separo de Apolo no mesmo instante.

– Pai. – ele diz reverenciando.

– Viu Mari eu disse que ele vinha se você o chamasse.

– Seu pai quer falar com você, quer que eu os deixe a sós com ele?

– Não – os dois respondem juntos.

– Você pode ficar Mari. – acrescenta Kai.

– Na verdade, sim, dê-nos cinco minutos.

Eles conversam sentados em um tronco de arvore enquanto eu arremesso pedrinhas pulantes no lago, cinco minutos depois me aproximo deles e Apolo me abraça não percebendo meu constrangimento.

– Agora eu que vou dar cinco minutos a vocês, valeu pai, você vai falar pra Mari?

– Sim, enquanto isso conte a will, ela e seu irmão cuidaram de você, e eu estarei de olho também, eu prometo.

Kai parece querer abraça-lo mas se contenta com um sorriso que Apolo retribui, pisca para mim e corre para o seu chalé.

– Foi fácil, não foi? – Digo sentando ao lado dele.

– Na verdade não! Mari tenho que te contar porque tenho ignorado as preces dele, eu ouvi, todas, mas ele herdou um dom amaldiçoado e eu costumo sofrer com meus filhos que o tem.

– Como assim?

– Eu vou contar, mas não hoje, preciso partir, com Artemis capturada Zeus está de olho em todos, se eu me atrasar ele vai saber que estive aqui.

– Tudo bem... – digo com uma certa duvida.

– Voltaremos a nos ver em breve, seu irmão está atravessando terrar perigosas nesse momento e em breve precisará de você, você deve encontra-lo amanhã.

– como assim?

– Você não pode viajar para lugares muito longe de uma só vez, pelas sombras, então deve ir com o Pégasus pelo oceano para oeste, deve sair ainda hoje.

– Mas Apolo...

– Eu tenho que ir minha bela princesa do mar... – ele me beija mais uma vez e some.

Volto para meu chalé pensando em tudo que Apolo disse, tomo banho e me arrumo para a janta, coloco um vestido negro pelos joelhos na frente e comprido atrás, sem mangas e sem alças e uma meia calça da cor da minha pele e botas de salto e cano curto também pretas. Coloco também um casaco preto comprido porque afinal é inverno e como vou voar estará frio mesmo com a capa. Arrumo em minha cama minha capa preta, meu bastão espada e um cinto com ambrosia e néctar para emergências. No caminho para o jantar recebo alguns olhares hostis de alguns campistas, principalmente das filhas de Afrodite, Alguns comentários vindos da mesa delas eu consigo entender e são sobre Apolo. Alguns haviam nos visto. Os filhos dele por sua vez me tranquilizam quando vou para a fila da fogueira de oferenda e me dizem para ignorar os outros.

Mais tarde enquanto todos vão para a fogueira eu converso com Kai e Will dizendo o que Apolo me disse para fazer. Eles me dão cobertura enquanto vou para meu chalé e chamo Pégasus. Visto o cinto e a capa e vou para o píer. Logo eu estou voando com o grande cavalo alado para um lugar que nenhum de nós sabe onde fica.


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Notas finais do capítulo

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