A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 37
Capitulo 28


Notas iniciais do capítulo

Siim estou compensando o atraso mais uma vez postando dois capitulos haha



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Em uma manhã qualquer no Olimpo acordei com alguém me cutucando animadamente, antes mesmo de abrir os olhos eu já sabia de quem se tratava, tia Afrodite. Virei para o lado querendo me esconder, Ares havia acabado comigo na tarde anterior o que me fez esgotar todas minhas energias.

– Vamos, vamos, não faça manha. – ela diz me cutucando mais uma vez – você já dormiu mais de doze horas...

– Que horas são? – Pergunto levantando.

– Quase meio-dia – diz ela indiferente.

Pulo da cama no mesmo minuto e ela sorri para mim.

– Desculpa tia Afrodite, pensei que ainda fosse mais cedo. – me desculpo lembrando que havíamos marcado um dia de meninas para hoje.

– Tudo bem... Eu só fiquei disponível agora mesmo eu soube que Ares foi duro com você ontem.

– Nossa, você não tem ideia! – exclamo.

– Bom... vá tomar um banh... – ela diz mas é interrompida pela porta que se abre lentamente.

De trás da porta aparece Apolo, radiante como sempre mas com uma expressão preocupada no rosto, quando ele me olha acontece algo que nunca havia acontecido com ele antes na minha presença, ele cora e desvia o olhar, olho para mim mesma e percebo que estou com uma camisola de seda branca que mais parece uma blusa transparente. Obra de tia Afrodite é claro. Enquanto ele continua com o olhar desviado e tia Afrodite continua trocando o olhar de mim para ele e dele para mim corro para o banheiro e me tranco lá. Planejando morrer, desta vez de vergonha.

– Horas Apolo – escuto titia falar – Esqueceu as boas maneiras, onde já se viu entrar no quarto de uma dama sem antes bater na porta?

– Eu... Não tenho culpa. Estava preocupado. Quando cheguei me disseram que Marina ainda estava na cama e não tinha dado sinal de vida, Ares foi duro demais no treinamento de ontem.

– Ela está bem! – repreende Afrodite – Só precisava descansar. Agora, saia daqui. Hoje não levarás ela a lugar algum, dia de meninas!

– Posso ao menos falar com ela?

– Morrendo de vergonha como ela está agora? Não! – ela fala e ri maleficamente – você pode ter outro dia com ela, pode deixar eu cuido da segurança dela hoje, vamos fazer muitas coisas divertidas.

– Mas...

– Ande logo! Vá! – ela diz claramente enxotando-o – Ou você prefere que eu conte a Poseidon que você invadiu o quarto da filha dele para vê-la de roupa intima?

– Não foi assim... eu vim ver se...

Tia Afrodite deve ter feito algo que o fez desistir. Escutei a porta se fechar e então tomei um banho rápido. Vinte minutos e eu estava pronta para sair.

– Que rápida...

– Obrigado... Por fazer Apolo ir... Eu não conseguiria olhar para ele sem virar um tomate.

– Seria engraçado... Adoro a confusão entre vocês dois é revigorante, mas hoje você é minha!

– Então o que faremos primeiro?

– Compras! – ela fala pegando uma bolsa que surge do nada – Eu vivo te trazendo coisas mas hoje quero fazer compras como os mortais!

Passamos cerca de três horas fazendo compra, tia Afrodite e eu andávamos em uma limusine de loja em loja por Nova Iorque. Compramos bolsa, sapatos, vestidos, saias, casacos, joias, tudo que se pode imaginar. Tomamos um belo café juntas na suíte do hotel mais chique da cidade e quando a noite começava a se instalar, Zeus pediu para que voltássemos ao Olimpo.

– Troca de turno... Acabou a brincadeira. – anunciou Atena.

– O que? – perguntou Afrodite confusa.

– Marina e eu vamos estudar.

– Sério?

– Sim! Já vi você treinando o físico e o espiritual por três meses inteiros. Agora vamos treinar seu cérebro. História, estratégia de batalha, línguas... Tudo que uma boa heroína deve saber.

– Legal! – exclamo.

– Esqueci que você é uma mistura de muitas personalidades... Para meu azar o lado nerdizinha também existe! – Afrodite choraminga – Pois bem, vão! As suas coisas já estão no seu quarto! Bom estudo para as duas!

– Pronta? – pergunta Atena me desafiando.

– Sim! – concordo movendo os ombros em animação.

Atena me levou para a biblioteca do Olimpo. Tudo que você vive no mundo mortal, é meramente ilustrativo, você só conhece algo de verdade quando pertence, é feito ou fica no Olimpo. Se você conhece todo tipo de festa e acha que tem uma que nenhuma outra irá superar vá a uma festa no olimpo se tiver oportunidade, e sua vida mudará. Com a biblioteca é igual. Sempre adorei livros por influencia de Quiron e Apolo, e agora entrando aqui com Atena, me pergunto porque eu não estive aqui mais vezes nos últimos quase quatro meses.

– Aqui é incrível... – sussurro mais para mim mesma, porem Atena ouve.

– Sim, meu lugar favorito no Olimpo, sempre vazio.

– O que vamos estudar?

– Vamos começar com grego, ver o quão afiada na língua você é, depois vamos mudando o idioma.

– Você vai me ensinar latim?

– Posso, você se interessa? – ela pergunta um pouco surpresa.

– Sim... Meu Latim é muito fraco.

– Pois bem...

E começamos com os ensinamentos.

Atena é uma professora severa, daquelas que incentivaria os castigos em sala de aula por mal comportamentos ou erros. Estudamos primeiramente o grego, que para mim é deveras fácil até mesmo o grego antigo arcaico. Depois mudamos para o latim como eu havia pedido, aprendi em duas horas o que não consegui aprender em um ano estudando sozinha. Agora o Latim me parecia bem mais fácil.

Atena mudou das línguas para cultura antiga do povo grego, e as leis das cidades antigas, contribuição de heróis e monstros dos mais aos menos conhecidos. E então passamos a conflitos famosos.

– Quando os romanos adotaram a doutrina dos deuses ele lhe chamaram de Minerva, certo?

– Sim... – responde ela nada confortável.

– E como Minerva você não era a deusa da estratégia em batalha.

– Exato...

– O titulo era somente de Ares então?

– Não, Belona. – ela fala e logo explica – Romanos são estranhos. Excluíram alguns deuses porque tinham que cortar custos, e criaram outros tirando alguns dos tributos que uns de nós possuíamos.

– Que confuso. Até hoje vemos histórias sobre a civilização romana, mas o que realmente aconteceu? Porque, sempre vemos os deuses com a forma Grega, vocês abdicaram da forma romana ou ela se extinguiu?

– Nem um nem outro... Mantemos a forma grega porque é a nossa forma original, depois de nossa forma divina é claro, mas como mortais não podem ver nossa forma divina sem serem consumidos em fogo, mantemos a grega.

– E nunca mudam? Tido eu sou filha de Poseidon, cresci com as tradições gregas, mas se eu quiser posso também dizer que sou filha de Neturno ou isso seria errado.

– Nossos filhos nascem de acordo com a forma que conhecemos o mortal ou ser mágico, se seu pai tivesse conhecido sua mãe na forma de Neturno e tivesse conhecido a mãe de Percy na forma de Poseidon, e sim as vezes quando saímos mundo a fora usamos a forma romana é raro mas acontece, então você seria filha de Neturno e Percy filho de Poseidon, o mesmo Deus com duas personalidades diferente, mas neste caso provavelmente seriam inimigos e nem chegariam a se conhecer... – ela explica, mas para por algum motivo.

– Porque exatament... – tento perguntas mas ela me corta.

– Chega. – ela fala severa – Terminamos nossa aula. Tenho meus afazeres.

Assim, se vira e me deixa sem minha ultima respostas, “Porque não nos conheceríamos se fossemos filhos de personalidades diferentes do mesmo deus?”. A saída dramática de Atena só instigou mais a curiosidade, o que me fez passar horas na biblioteca, onde pesquisando em livros antigos encontrei um mapa que tenho certeza que não devia ter encontrado, agora era tarde demais, mais um segredo que eu deveria guardar, mais peso para mim carregar.


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