A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 35
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

oeeeee....



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Um mês.

É o tempo que já dura minha estada no Olimpo, tenho treinado todos os dias, sempre que algum deus tem um tempo de folga para me ensinar. Depois que papai falou comigo no rio ele me levou a uma reunião com o senhor Zeus que sugeriu que eu ficasse no Olimpo, sobe os cuidados dos deuses devido ao que eu tinha passado e aos problemas com meus poderes. Todos votaram a favor e para mim foi um alivio, não me sentia pronta para voltar para o acampamento.

Tenho falado com Kai e Will com bastante frequência. Mas eles não podem vir me visitar. Descobri que depois que fui sequestrada Thália voltou, tipo voltou a vida e deixou de ser pinheiro, imagino que se o velocino foi capaz disso me salvar deve ter sido moleza. Percy passou o verão no acampamento e gritou muito comigo quando falei com ele por mensagem de Iris, chegou a ser fofo. Agora ele já deve estar se preparando para ir para casa já que o final do verão se aproxima.

Quanto a estar no Olimpo. Isso é muito maluco. Minha mania de acordar cedo voltou assim que meu corpo se recuperou do veneno e do cansaço, todas manhãs quando acordo Apolo se quer ergueu o sol, sempre o vejo partir embora de todos os deuses ele seja o que menos passa tempo comigo. Pela manhã costumo ficar as margens do rio, converso com naiádes e ninfas e assisto as musas exibindo suas artes. Sempre almoço sozinha.

A tarde são meus treinamentos, nunca sei qual deus vai surgir a minha frente. Na primeira vez foi Hermes, toda a primeira semana treinei com ele, só o físico, usando o mínimo de meus poderes. Na segunda semana Artemis se ofereceu para me treinar por alguns dias, foi um treinamento tão calmo, tão espiritual e ao mesmo tempo voraz e selvagem. Nos treinamentos com Artemis ela tentava me ensinar auto controle, um pouco de arco e flecha, o que como quando Kai tentou não deu muito certo, e ela tentava me ajudar a usar as sombras, por isso, Apolo supervisionada de longe caso eu entrasse em colapso.

Na terceira e quarta semana cada dia treinei com um deus, Hesfesto me ajudou bastante, as pessoas tem uma visão estranha sobre ele, mas a verdade é que ele é um deus extremamente divertido. Até papai conseguiu algumas horinhas para mim. Mas foi tia Afrodite quem passou mais tempo comigo. Com ela eu não treinava, geralmente só conversava e decorava meu quarto.

Nesse momento, estou mais uma vez perambulando pelo palácio. A sala dos tronos sempre me impressiona.

– Marina! – alguém chama por mim.

– Sim? – pergunto virando e dou de cara com Ares – ahhhhh.

– Hoje é minha vez! – ele exclama.

– Ai... – é tudo que eu digo antes dele pegar minha mão e me arrastar para o lado de fora.

– Então... – começa ele – você tem tido problemas em usar as sombras que se esgotam rapidamente e você meio que entra em um conflito interno, não é?

– Sim...

– Pois bem... Aproveitando que Apolo está ali disponível para socorrê-la... – ele aponta para Apolo que acena sentado na rocha onde costumo passar horas do meu dia – Vou fazer com que você aprenda a combinar suas duas fontes de poder, fazer com que uma supra a outra ao invés de disputarem.

– Mas Artemis...

– Artemis tentou a maneira calma e espiritual... Você é filha do deus do mar, você não é alguém que se possa controlar, que goste de seguir regras e viver na linha. No seu interior tem fúria e raiva. Só conseguirá controlar isso se aceitar e aprender a usa-las a seu favor. – ele branda para mim. – Agora... Tenho um presente para você!

– O que é?

– Bom o presente não é meu na verdade, Hermes me entregou para entregar a você no treinamento de hoje. – ele faz aparecer um bastão dourado de mais ou menos um metro em sua mão. Ele é firme e liso. – Seu irmão ciclope fez isso para você. – ele diz me entregando. – Bem no meio a um botão, pode clicar.

Clico no botãosinho quase invisível e as duas pontas do bastam começam a girar e viram uma espada de duas laminas, como a que eu carregava. Esta era maravilhosa e agora após clicar o botão ela possuía cerca de um metro e meio de forma que segurando-a em pé chegava quase ao meu tamanho. Ela era mais leve também e parecia mais fácil de manusear. Só percebo a maneira como sorrio bobamente quando Ares chama minha atenção.

– Parece que você gostou... – Ele fala – Seu pai contou a Tyson o que havia acontecido e ele disse que faria um presente para você se animar, queria até vir visita-lá. – ele diz fazendo careta – Enfim... Vamos ao trabalho.

– O que vamos fazer mesmo?

– Eu vou te atacar e você tem que se defender. Simples! – ele fala com um sorriso diabólico.

– Ares... – Alerta Apolo. E o mesmo avança para cima de mim.

Ares está com um bastão parecido com minha espada mas o dele não tem lamina, desvio para o lado mas ele prevê meu movimento e me da uma rasteira. Estou caindo de costas no chão mas a água surge em baixo de mim e ameniza minha queda. Levanto-me rapidamente girando e infiro um golpe em Ares mas não chego nem perto. Ele avança novamente e dessa vez eu o atinjo com um jato de água que vem da lateral. Ele voa a uns três metros de distancia, porem se recupera rápido demais e me acerta nas costelas com o bastão e no estomago com um chute me jogando longe, estou caída no chão com uma mão encostando a margem do rio quando ele avança novamente dessa vez com uma espada real em sua mão. Ergo uma fonte de água a minha volta e sem pensar da sombra criada pela própria fonte e viajo pelas sombras caindo atrás de Ares com minha espada em seu pescoço.

Apolo comemora e da a luta por encerrada. Ares não gosta de perder, sei bem da história do que aconteceu com meu irmão, mas nesse momento ele me parabeniza e comemora junto. Sorrio satisfeita comigo mesma, fazer isso costumava me consumir e nos últimos meses me apagava a ponto de quase me matar.

Continuamos treinando mais algumas vezes, Ares me faz combinar sombras e água varias vezes, mas não arriscamos a cratera no chão, ele disse que isso faremos outro dia na terra. Algumas horas depois ele encerra.

– Muito bom Marina... – ele parabeniza.

– Como se sente? – Pergunta Apolo.

– Normal eu acho...Talvez com fome! – digo erguendo a sobrancelha.

Apolo sorri, pula da pedra e se aproxima de mim me analisando.

– Não está tonta, com frio, ou com dor? – pergunta ele.

– Bom meu tempo acabou por hoje, deixarei o casal drama e voltarei aos meus afazeres... – exclama Ares sumindo.

– Não... Quer dizer, dor eu tenho sim, Ares me acertou em cheio nas costelas, mas não é nada demais.

– Deixe-me ajudá-la. – ele fala e sem permissão coloca a mão em minhas costelas.

Ocorre um formigamento e logo a dor desaparece.

– Melhor? – pergunta.

– Muito. – digo sentindo minhas bochechas corarem.

– Então, está com fome? – pergunta de maneira divertida enquanto caminhamos de volta para o palacio.

– Sim... na verdade, bastante.

– Vá trocar de roupa... Vou leva-la a um lugar.

– Devo colocar alguma roupa especifica?

– Só vamos jantar... Mas coloque um casaco, lá em baixo está mais frio hoje.

Me arrumo rapidamente e encontro-o no corredor, o quarto dele fica próximo ao meu. Rodopio mostrando a roupa que escolhi, um vestido verde, jaquetinha Jens preta e um sapatinho estilo princesa preto que tia Afrodite comprou para mim. Ele ri me elogia e segurando minha cintura, pede para que eu feche os olhos e em segundos estamos em um beco deserto de Nova Iorque. Apolo pega minha mão de uma forma tão natural que me faz estremecer.

– É meu restaurante de comida japonesa de Nova Iorque – ele fala respondendo minha pergunta não pronunciada - Malakai me contou que você gosta, achei que ficaria feliz em sair um pouco do Olimpo, pode ser bem tedioso por lá.

– Gosto de estar lá... todos tem sido ótimo para mim. Mas é realmente bom sair um pouco.

– Vamos pedir?

Conversamos por um bom tempo antes que a comida chegasse. Apolo está extremamente de bom humor hoje. Ele me conta histórias antigas, sobre ele e Afrodite aprontando, os castigos que recebiam de Zeus, a vez em que Hefesto o pegou em uma armadilha que era para tia Afrodite. Quase nem percebemos o tempo passar.

– Queria mais tempo para conversar com você, para contar mais coisas a você, mas Ares atrasou seu treinamento e tenho que deixa-la no Olimpo antes de por o sol.

– Temos que ir agora? – pergunto tentando não transparecer que não quero deixar o momento acabar.

– Sim... Mas faremos isso mais vezes. Fico entediado por você só de pensar em passar o dia inteiro no olimpo sendo surpreendido a cada tarde por um deus diferente.

Saimos do restaurante e caminhamos até o beco novamente onde ainda segurando minha mão ele nos teleporta de volta ao olimpo. Acabamos na porta de entrada que está aberta como tem estado todos os dias.

– Você e Ares cuidaram do meu treinamento essa semana?

– Esse mês na verdade. – ele aperta gentilmente minha mão – Espero que tenha se divertido.

Sorrio, ele beija minha bochecha e com o toque dele acabo fechando os olhos e quando volto a abrir ele não está mais lá.

Caminho de volta para meu quarto sozinha. Tomo um banho quente e relaxante, o cansaço começa a aparecer. Nessa noite adormeci fácil, rápido e profundamente.


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Notas finais do capítulo

Ação e romance no mesmo capitulo... hum essa escritora maluca!