A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 32
Bônus 8


Notas iniciais do capítulo

O consolador inesperado... kk



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P.O.V. Hermes

Após sete dias em coma Marina acordou, eu tinha medo de que quando ela acordasse dissesse que meu filho a havia tentado matar, mas não foi assim. Assim que acordou Marina contou a alguns deuses que estavam com ela o que ocorrera enquanto eu escutava atrás da porta. A primeira coisa que pensei é que ainda havia esperança para meu filho, depois os deuses deram uma noticia a menina que acabou por abalar até a mim, uma noticia que não sei o que pode acontecer se chegar aos ouvidos do meu filho e que dessa vez quebrou Marina de uma forma que ninguém sabe como conserta-la.

De certo, não é por nada que estávamos aqui em reunião, Zeus ouvirá a história tal qual como Marina havia contado aos outros da boca de Atena e Artemis, mesmo assim ainda queria falar com a menina, que pelas novas estava chorando em seu quarto, sem comer ou tomar nada, sem dirigir a palavra a qualquer um que se aproximasse dela a mais de 30 horas.

– Alguém tem que falar com ela! – exige Zeus.

– Ela passou por um choque, de tempo a ela... – defende Afrodite.

– Marina vai se recuperar em breve, é uma garota forte e se o que ela disse é que ela era uma forma de acelerar a profecia, estando aqui sob nossos cuidados estará tudo bem e ainda temos tempo. – tenta Artemis.

– Pois bem... – resmunga ele – Apolo e Afrodite, vejam como ela está e tentem fazê-la comer algo! – ele ordena mas eu intervenho.

– Senhor Zeus, se me permite, gostaria de ir ver marina está manhã. – peço e todos se virão para mim – Talvez eu consiga conversar com ela, fazer ela comer algo ou simplesmente tirá-la da cama.

– Se acha que pode então vá em frente... – ele libera.

Peço a uma ninfa para organizar uma um belo café da manhã para Marina e sigo para o quarto dela. Quando chego bato um vez na porta antes de entrar, como não tenho resposta entro mesmo assim. Ela está sentada no parapeito da janela, observando o movimento fora do palácio do Olimpo, de onde ela está o rio fica a mostra e consegue-se enxergar alguns seres como satiros e ninfas.

– Marina? – ela nem me olha – Marina, por favor, quero conversar...

Ela vira lentamente para mim, os olhos estão vermelhos, as mãos tremem e ela está extremamente pálida. Me aproximo mais sentando-me ao lado dela pegando suas mãos.

– Sinto muito pelo o que você teve que passar... – digo prendendo a atenção dela – Ninguém tão jovem deveria ter que passar pelas coisas que você passou, tomar as decisões que você tem que tomar. Eu sei que é exigir demais de você. Mas o que aconteceu, Marina, não se culpe por isso.

– Como posso não me culpa?

– Porque você não sabia, coisas como essa acontecem todos os dias pelo mundo inteiro e nenhuma garota passa pelo o que você passou. Você tomou uma decisão pensando em um mundo inteiro, foi uma infelicidade.

– E que grande decisão tomei, não adiantou de nada os deuses me trouxeram de volta!

– Deuses cometem erros todos os dias, mas salvar você com certeza não foi um. Eu tinha esperança que você trouxesse meu filho de volta, e só não mandaram uma missão de resgate porque eu pedi que deixassem você com Luke por um tempo. Eu achei que talvez você conseguisse fazer com que ele visse a verdade, então se tiver que culpar alguém culpe a mim, fui egoísta tentando colocar em você o peso de salvar meu filho.

– Luke não é mal de verdade, foi cegado por Cronos, mas está cego demais para voltar. Jantei todas a noites nos últimos vinte dias com ele, havia momentos em que ele estava ali, o antigo Luke, o que era meu amigo, mas ele sumia tão subitamente quando aparecia.

– Luke sempre foi difícil, desde bebê. Igual a mãe, quando colocava algo na cabeça.

– Ele nunca falou dela... – ela diz baixando a cabeça – Sempre que eu perguntava, ele não falava dela.

– Entendo o porque, é uma longa história... Mas a mãe dele, não é mais a mesma, tão instável quando uma criança. As vezes quando a visito ela lembra um pouco, as vezes fica com raiva e tem vezes que só chora de saudades do filho.

– Sinto muito...

– Foi culpa minha... Eu a inspirei a fazer algo que sabia que era arriscado. Cometi um erro grave, Luke me culpa por isso e foi o grande estopim de sua raiva pelos deuses.

Ela finalmente retribui o aperto em minha mão e eu a puxo para um abraço enquanto ela deixa mais uma vez as lagrimas escorrerem.

– Tudo bem querida... – afago os cabelos da menina – você fez tudo que podia, não se culpe por coisas que você não pode controlar e não sinta que sua vida tem que ser dada em troca da nossa, eu vivemos por três mil anos, sempre conseguimos nos virar.

– É tudo tão confuso... – ela choraminga – Eu queria só não ter nada haver com isso, é egoísta com meu irmão, mas eu gostaria de não ter nada haver com a profecia.

Uma batida na porta e eu mando que entre, a ninfa aparece com a bandeja de café da manhã de Marina.

– Pode ir – digo a ela me volto para Marina – Que tal você se arrumar e comer alguma coisa, até Zeus está preocupado com o fato de você não comer nada a oito dias. – sorrio e ela retribui o sorriso – Vou esperar você em uma hora lá no riacho... – digo saindo.

– Para que? – pergunta ela.

– Você precisa de uma caminhada... Está com os poderes explodindo eu consigo sentir e seu amigo Will falou sobre o conflito entre a parte de Poseidon e de Hades e você precisa de treinamento.

Fecho a porta e fico escutando do outro lado da porta, ela parece não se mover e de repente grita.

– Juro que vou me arrumar e comer. Não precisa ficar perto da porta. – diz ela e posso sentir o sorriso em sua voz.


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Notas finais do capítulo

Eai... mereço um comentário agora né?