A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 29
Capitulo 23


Notas iniciais do capítulo

Bom gente... ultimo capitulo de hoje... espero que tenham gostado amanha tem um capitulo meio confuso com varios pontos de vista diferente...



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– Nãooooo – Grito quando Malakai cai na água. Hyam, filho de Ares, me segura impedindo-me de pular atrás dele – Você – falo me debatendo tentando acerta-lo. – Foi culpa sua... Você o jogou! Seu imbecil, idiota. Ele não sabia nadar! Deixe-me pegá-lo.

Greta uma indeterminada pula na água, mas volta em menos de dois minutos.

– O menino afundou, nem consigo mais vê-lo.

– Bom, uma infelicidade, estava começando a gostar dele. – Diz Luke aparecendo do nada. – Hora de voltar para seus aposentos Marina.

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Sete dias haviam se passado, sem meus poderes e sem a presença de Malakai aqui Luke largou um pouco do meu pé, agora me permitia vagar pelo navio sem ter sempre alguém atrás de mim e foi assim, vagando pelas entranhas do Princesa Andrômeda que encontrei a sala onde Luke guardava o caixão de Cronos e algumas coisas mais, como armas antigas e venenos, tal como o de Píton que ele usou na arvore de Thália.

Naquele dia, Luke não voltou para o navio, almocei com os demais semideuses e logo fui para minha cabine dormir, estava exausta e já havia passado muito mal durante a tarde. Logo que dormir sonhei com o acampamento. Malakai e eu passamos oito meses viajando e voltamos algumas semanas antes de começar as férias de verão que agora já estão no primeiro mês. Não percebi que havia parado de contar o tempo até esse sonho, onde o acampamento estava recheado de campistas, veteranos e novos, porém eu sentia algo diferente, algo estava errado.

O cenário mudou e Luke surgiu, estava no lugar escuro, aquele lugar onde eu costumava não ver nada e só ouvir a voz que sussurrava meu nome. Desta vez eu via Luke, e voz que costumava ser um sussurro era nítida e igualmente fria.

– Meu Lorde... Estamos quase prontos. Só precisamos de mais alguns dias com Marina para que ela comece a cooperar.

– Não seja tolo garoto, ela nunca cooperará totalmente, apresse-se e a force para que faça.

– Marina irá ver a razão, se unirá verdadeiramente a mim...- cronos o corta.

– Porque ela o ama? – ele ri – Não seja tolo já lhe disse, o coração da garota não pertence a você, não com Apolo no caminho! Ela jamais terá os mesmos sentimos que você tem por ela, Marina é leal demais aos deuses e a família, só vê você como o amigo traidor!

– Ela... não. Ela verá! Vou trazê-la para nosso lado! – responde Luke com raiva e vai embora.

Nenhum deles percebeu minha presença, nem Luke quando saiu quase passando por cima de mim. Cronos por sua vez continuou falando sozinho.

– Semideus idiota. Está cego pela menina – ele ri alto – Mal sabe ele quais são meus verdadeiros planos para ela. Quero ver como ele e Poseidon vão ficar enquanto assistem a sua preciosa Marina compartilhar seu sangue comigo para me trazer de volta, tornar-se minha esposa e aprisionar o próprio pai.

Entro em choque. Corri sem rumo pela escuridão unindo todas forças para acordar, eu estava suada e chorando, provavelmente Cronos me ouvirá quando sai correndo, mas eu não me importava, só o que eu queria era ir para bem longe dali, para bem longe dele. Cronos queria que eu o trouxesse de volta, com o meu sangue, agora eu entendia, ele queria minhas forças. O que eu não conseguia entender era porque ele queria fazer de mim sua esposa. Acordei de repente presa nos braços de alguém, eu não conseguia ver, estava escuro demais.

– Ei, calma! – dizia a voz – Foi só um sonho – reconheci a voz de Luke.

– Não... Me largue! – eu grito me afastando dele e acabo batendo a cabeça na parede.

– O que aconteceu Marina? Ninguém tocou em você!

– Você... Seu traidor! Não se aproxime de mim. Vai me entregar a Cronos, eu só sou uma forma rápida de traze-lo de volta.

– Marina não é assim... Eu a quero aqui, foi minha ideia. Quero que confie em mim, que o que estou fazendo vale a pena e é o certo.

– Matar seus amigos, sua família e pessoas inocentes nunca é o certo Luke!

– Não faça assim Marina, não sabe o que está dizendo, só teve um sonho e acordou totalmente contra, pensei que você estivesse finalmente começando a entender.

– Eu nunca vou entender Luke, eu estava protegendo Kai! – grito. Quase falo, e agora que ele está em segurança. – E agora ele está morto!

– Nunca quis ferir a ele ou a você, mas entenda que se você não estiver por bem em nosso lado ele irá matá-la, assim como ele pretende matar seu irmão! – Luke sussurra segurando minhas mãos. Ele limpa a garganta engole seu tom de desespero. – Sua cabeça está sangrando. Me deixa limpar isso.

– Ele vai nos matar porque somos perigosos para ele? – pergunto cedendo.

Luke não responde. Ele pega minha mão me ajudando a levantar da cama, mas logo que fico em pé minha cabeça começa a girar e fico tonta. O sangue quente escorre por minha temporã. Ele me pega rapidamente fala alguma coisa, porém não escuto nada. Tudo a minha volta gira só o sinto me carregar para algum lugar e então apago.

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Na manhã seguinte acordei na cama de Luke e ele dormia ao meu lado. Levantei calmamente sem fazer barulho algum, ainda estava com minha camisola de seda azul marinho que havia colocado na noite anterior. Peguei um sobretudo de Luke que em mim era quase um vestido longo e corri de volta para a minha cabine. Eu lembrava de tudo que acontecerá na noite anterior inclusive o sonho com Cronos. Todos esses anos torcendo para que eu não fosse o semideus da profecia e agora aqui estou eu sendo exatamente o que não queria. Me sinto tão culpada por não ter contado antes, por não ter permanecido com os deuses. Começo a soluçar e lagrimas rolam livres.

Desviei do caminho para minha cabine e corri para sala onde estava o caixão de Cronos, não topei com ninguém no caminho, ainda era muito cedo. Da sala peguei o veneno de Píton e corri para o deque.

O sol ainda não havia aparecido, eram cinco da manhã. Sentei-me no deque inferior do navio com os pés na água. Naquele momento com o veneno apertado em minha mão pensava em meus irmãos, em Quiron, Meu pai, Malakai e Apolo. Peço desculpas mentalmente a todos eles, dessa vez partirei sem deixar nada para trás, sem cartas, despedidas, nada. Não serei eu a semideusa da profecia, não serei eu a trazer Cronos de volta. Lagrimas continuam escorrendo e enquanto ingiro todo o conteúdo do vidrinho e me atiro na água.


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Notas finais do capítulo

Então espero que tenham gostado e adoraria saber a opinião de voces!!!