“ Querido Quiron,

Entre muitos que cuidaram de mim, você é o que mais tenho que agradecer, de um treinador de heróis a um pai de uma menininha enxerida, é um grande mudança não é?

Posso sim dizer que o considero um pai, creio que Poseidon, depois de tudo que você fez sem saber quem eu era, antes mesmo do pedido de Apolo para que tomasse conta de mim, não ficará com ciúmes mas sim agradecido.

Estou partindo hoje mas este lugar é o meu lar e é onde pretendo permanecer até as parcas decidam cortar a minha linha da vida...

Deixo essa carta para que saiba o carinho que tenho para com você e que tenha plena certeza que voltarei. O fato de estar saindo agora não é só por mim, e não é por culpa sua e sim graças a você e tudo que me ensinou.”

P.O.V. Quiron

Mais uma vez relendo está carta.

Como pude ser tão tolo de tirar meus olhos dela com tudo que anda acontecendo.

Quatro dias se passaram desde que Marina e Malakai sumiram, desta vez, sem deixar cartas nem nada além de marcar de resistência. Os deuses ainda não se manifestaram com o assunto, devido a volta de Thalia, mas sei, que logo logo, explodirá em tempestade, já sinto só de tocar o lago a revolta de Poseidon que não pode interceder por sua filha e logo os demais deuses também se voltaram para esse assunto.

ALGUNS DIAS DEPOIS...

– Era sua obrigação cuidar da segurança dela, é sua obrigação cuidar de todos nossos filhos, você pediu por essa obrigação e agora meu filho e Marina estão desaparecidos, com marcas de batalha em suas portas! – grita Apolo.

– Sei muito bem de minhas obrigações senhor Apolo. Mas foram semideuses que os capturaram, não haveria como saber.

– Devia haver! Ainda podem haver traidores entre os do acampamento e o que você fez para descobrir isso? – branda novamente.

– Não há como saber assim... – tento mas ele me interrompe.

– Vai mandar seus três melhores guerreiros em busca de Marina e Malakai ainda hoje! – ele caminha para a porta – Ou eu mesmo tomarei providencia e nem Zeus me impedirá! – quando ele vai abrir a porta alguém o faz por ele.

– Quíron! – grita Will sem fôlego e então percebe o pai – Pai?

– Oi Will... O que está acontecendo?

– É Malakai... – ele toma fôlego – Ele chegou montado no Pégasus, tipo o grande Pégasus.

– Como assim explique... – Incentivo ele a falar.

– Ele tipo chegou, disse que Marina o ajudou a escapar com a ajuda dos animais marinhos e o Pégasus...

– Apolo não espera que Will termine de falar e corre para fora sem se preocupar com os campistas.

P.O.V. Malakai

Quando cheguei ao acampamento todos me cercaram, eu tentei explicar resumidamente pelo menos aos meus irmãos o que havia acontecido mas as perguntas estavam me confundindo. Will Foi buscar Quiron e me deixou com Michel, meus irmãos tentavam afastar os outros campistas e me darem espaço para pelo menos respiras.

Alguns minutos depois vindo da Casa grande vejo meu pai.

Todos se afastam assim que percebem ser ele e começam a se disperçar.

– Você está bem? – ele fala me analisando – Venha... – ele diz me puxando para a área de refeição.

Ninguém nos acompanha exceto Will e Quiron. Papai para na mesa do nosso chalé onde Will e eu sentamos.

– Você está fraco... o que fizeram com você e onde está Marina?

– Eu... Ela... me salvou, mas disse que tinha que ficar para trás.

– Explique melhor a história. Com calma – fala Quiron.

– Luke e alguns semideuses nos capturaram. Eles nos levaram para o Princesa Andrômeda, não sei exatamente onde estávamos, mas estávamos longe da costa.

– Se estavam em um navio porque não fizeram nada, Marina é mais forte no mar. – questiona Will.

– Por causa disso... – mostro a corrente em meu pé. – Suga nossos poderes. Passavamos o dia inteiro em cabines separadas e depois do jantar horas depois do sol se por Luke permitia que ficássemos alguns minutos ao ar livre, porque Marina fica muito fraca se fica trancada tempo demais. Ele disse que precisava dela forte.

Meu pai analisa a corrente e a segura com as duas mãos. Ela fica quente e logo sede. Sinto-me melhor na hora.

– É mágico, suga toda energia e seus poderes, se Marina também está com uma dessas ela não tem como se defender. Porque ela não veio com você? – ele pergunta.

– Luke precisa confiar nela para que conte a ela o que pretende fazer. Ele precisa dela para alguma coisa.

– Mas você fugiu com a ... – começa Will.

– Eles não perceberam que ela me ajudou. Na verdade eu puxei briga com um dos semideuses e escorreguei, ou pelo menos fingi e cai no mar. No fundo do mar um hipocampo me levou para longe e então quando estávamos longe e eu não conseguia mais trancar a respiração Pégasus me pegou e me trouxe.

– Ela armou tudo isso? – pergunta Will.

– Bom, é bem a cara de Marina ela é muito inteligente.

– Sim fingiu que não sabia o que estava acontecendo, tentou me segurar e me afastar do indeterminado. – falo baixando a cabeça – e eu com um covarde fiz tudo que ela mandou e a deixei para trás.

Surpreendendo a todos ali o único que reage a me consolar é meu pai.

– Você fez o certo. Confiou em Marina e ela estava fazendo o melhor para você. – ele senta ao meu lado – quando Marina tem algo em mente ninguém é capaz de segura-lá.