A Filha do Mar escrita por A OLD ME


Capítulo 19
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Chegouu o encantado capitulo 15



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Quando as sombras nos atingiram senti minha alma fraquejar quase se desprendendo do meu corpo, havia meses que eu não usava os poderes vindos de Hades, e no momento em que mergulhamos nas sombras percebi que usá-los havia sido uma má ideia. Por mais rápida que fosse a viagem senti a mão de Malakai se soltar da minha por uma fração de segundo em que uma luz forte brilhou então uma sensação fria puxou-me de volta para as sombras separando-me dele de vez e levando consigo minha consciência.

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Acordei em meio a ruínas familiares no fundo do mar. Muros de pedra desgastados, cobertos de musgo, algas e corais. Obviamente eu não cheguei ali de propósito, mas no estado em que eu estava imagino que se não tivesse caído na água estaria morta, as sombras teriam sugado cada gota do meu ser.

Eu estava deitada em uma cama de corais alaranjados, provavelmente este era o local mais colorido dessa parte do oceano. Observando com mais atenção às construções pude perceber por fim a familiaridade estranha, estas ruínas me lembravam os domínios de meu pai, era seu antigo castelo.

– Ah que bom que finalmente acordou! – exclama uma mulher ainda fora de meu campo de visão – Já estava cansando de esperar você acordar, fazer duas horas.

– Quem é você?

– Horas, sua irmã mais velha! – a frase me pega de surpresa.

– Onde você está, apareça! – exijo.

– Escute mocinha, não está em condições de exigir nada, caiu em meus domínios quase morta, quase deixei que uns tubarões a devorassem, mas quando você começou a se curar e eles começaram a falar algo como “Sinto muito senhora, não vamos mais tentar comer a princesa” percebi que antes de fazer qualquer coisa deveria conversar com você antes. – Ela branda.

– Você é Cimopoleia!

– Ah – exclama ela saindo das sombras – Então você sabe de mim.

Ela tem aparência jovem, no Maximo vinte anos, mas tem cabelos de água-viva o que me lembra um pouco de Medusa. Não é muito normal que a conheçam geralmente deuses menores não são reconhecidos. Entre tanto, sendo filha de Poseidon e quando Luke me deu um celular com internet eu passei a pesquisar mais sobre meu pai, seus filhos, poderes, para que eu mesma pudesse aprender sem ter de perguntar a ninguém. Cimopoleia é a deusa das tempestades violentas. Muito instável, muito rancorosa. Não gosta muito de nosso pai, queria ser a princesa e participar da corte de guerra como sua mãe, mas papai a deu em casamento para Briaceu por sua ajuda na guerra, e praticamente a exilou.

– Claro que sei. Gosto de pesquisar sobre meus irmãos. Você é a única deusa e eu a única semideusa, Poseidon tem mais filhos homens.

– Certo, é verdade. Aquele velho sem graça nem para nos dar boas irmãs para que tenhamos com quem conversar. Veja só, me exilou aqui, me vendeu, se pesquisou sabe minha história. – tento entrar no jogo dela.

– Sim, que horrível, jamais perdoaria se ele fizesse algo assim comigo, me dar em casamento a um qualquer esquisito. Mas quanto ao exílio entendo perfeitamente, dezesseis anos e ele se quer me assumiu, somente quando Percy apareceu que ele se obrigou a me assumir, para que eu o protegesse, da pra acreditar? Eu de babá daquele moleque impetuoso.

– Mas é muita ousadia dele mesmo! Não é atoa que os filhos dos deuses estão se voltando contra eles, ainda não decidi meu lado e nem pretendo me envolver, só quero ver papai levar um belo pé na bunda de vovô.

– Estaremos sentadas olhando de camarote maninha. – Concordei rindo. E Leia me acompanhou.

Por horas Leia e eu conversamos, ela só sabia falar mal de Poseidon, já não havia mais respostar que eu conseguisse encontrar então somente concordava. Pedi para que ela me levasse a um passeio por seus domínios para que eu pudesse conhecer mais o mar ali e fiquei impressionada quando ela contou-me que estávamos próximas a Esparta. Não sei por quantas horas fiquei em baixo da água até que Cimopoleia me deixasse um segundo sozinha quando foi chamada por alguns tubarões, que pareciam estranhamente ser sua guarda. Minha única opção era uma viagem pelas sombras, eu sabia que seria arriscado, mas ainda era mais fácil cair no submundo do que continuar a farsa ali. Eu era devota de Poseidon, nunca trairia meu pai, mais cedo ou mais tarde a minha irmã deusa perceberia que eu só estava fingindo. Reconhecia a fama de Cimopoleia, ela não era bem vinda no reino do meu pai porque venerava o caos e a destruição.

Percebi alguns minutos depois que foi um perda de tempo os cinco minutos pensando em como ela reagiria, pois a prova viva estava por vir, o mar rugiu do fundo a superfície e a deusa apareceu em minha frente gritando.

– Traidora! Tudo que eu sempre quis e ele lhe entregará assim, você é um bebê, não sabe nada sobre o mar, nem controla seus poderes. Aquele velho, como ousa preferir uma mortal a mim!

– D-do que está falando?

– Você fingiu gostar de mim. Traidora. Achei que ficaria do meu lado, mas é sempre assim, nenhum dos meus irmãos, nunca me apoiam, todos querem se livrar de mim.

– Não é verdade leia!

– É sim. Mas dessa vez vou me vingar. Você é a preferida de vários deles, fui informada. Estão agora mesmo procurando por você aqui, bem em cima de nossas cabeças. Mas não vão encontra-la, não com vida. Vou tirar a preferida dele, vou sim!

– Leia, não...

E ela avançou para cima de mim tomando sua forma divina, só tive uma fração de segundos para reagir, formei um gêiser sob mim me impulsionando para cima de olhos fechados. Na superfície uma enorme tempestade se espalhava, ondas altas pareciam querer acertar algo no ar pareciam perseguir uma luz, mas não, não era uma luz, era Malakai, exalando o brilho do sol para iluminar o mar, ele estava montado e Pégasus, eles quem estavam procurando por mim.

Acenei para ele no mesmo momento em que uni forças fazer com o que o gêiser de água me elevasse mais acima. Pégasus continuava desviando de ondas que se erguiam no caminho dele. Malakai brilhava fortemente, nunca havia visto ele fazer algo assim, entendo que o pai dele é deus do sol, mas seus filhos saem bons arqueiros e bons curandeiros, não se vê crianças prevendo o futuro ou brilhando como o sol nem mesmo no acampamento.

– Marina! – ele gritou num misto de felicidade, surpresa, alivio e medo. Tudo bem talvez essa fosse eu.

– Malakai, Pégasus... Rápido, voem por aqui!

Os dois se lançam em um voo tão brilhante e assustadoramente rápido que eu só tenho um segundo para pensar e ...

– Puleeeeee Marina!


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Notas finais do capítulo

sei que atrasei mas ainda mereço comentários?



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