Logo depois que Apolo partiu decidi que não ficaria parada esperando, já tinha ido longe demais, estava cansada de seguir ordens, odeio que me deem ordens, até mesmo meu pai. Chamei pégasus que não demorou muito a aparecer e levantamos voo em direção ao acampamento meio sangue. Levamos dois dias de viagem, Pégasus é excepicional voando, nenhum pégasus é tão forte quanto ele poderia fazer esse percurso em um dia, mas não queria cansá-lo tanto tinha grandes planos para nós... No acampamento Percy estava de volta, estavam festejando, quando cheguei era noite e todos celebravam na fogueira.

Eu podia ouvir a musica vinda do chalé dos campistas de Apolo quando Pégasus me deixou na praia e voou em direção a colina para descansar antes da nossa viagem ele teria a noite inteira.

Corri em direção a fogueira animada por estar de volta, não tinha certeza se Percy me mencionará ou se minha história tinha sido espalhada. Comecei a passar por eles, um por um, campistas de Atena, Afrodite, Hefestos, Ares. No meio da bagunça meu irmão, Annabeth e Grover. Do outro lado junto com seus irmãos e com uma lira em sua mão estava Malakai gritando por mim.

– MARINA. – ele gritou largando a lira – MARI, mari, você voltou! – ele começou a correr em minha direção.

– Kai – disse no exato momento em que ele pulou em meus braços me abraçando. – Oi meu pequeno.

– Você demorou, demorou mais que Percy...

– Vim por um caminho diferente.

– Eu estava preocupado – diz em tom autoritario.

– Desculpe-me senhor. – falo brincalhona.

– Hora, hora veja quem voltou. – pigarreia Dionísio atrás de mim. – A menina que gosta de fugir.

– Não diria que gosto de fugir Sr.D eu só fui dar um passeio pela primeira vez na vida conhecer o mundo lá fora.

– Causou uma bela bagunça. – contratacou.

– Não vamos nos aborrecer agora, - cortou Quiron – Amanhã conversaremos sobre isso... – ele ia falar mais alguma coisa quando começou a dar um passo após o outro para trás.

Malakai deu leves puxões em meu vestido e consegui ver refletido em seus olhos um brilho verde vindo de mim. Poseidon estava me reclamando como sua. Um tridente verde azulado brilhava em cima da minha cabeça e ao redor do meu corpo como se fosse minha aura mais um brilho verde. Todos a minha volta pareciam surpresos.

– Então você pertence ao velho cabeça de alga? – Perguntou Dionísio.

– Sim. – respondi mesmo sem necessidade.

Percy veio ao meu lado e falou:

– Minha irmã Marina Aaminah também fez parte dessa missão. O tempo todo ela nos seguiu a mando de nosso pai nos protegendo.

– Então você já sabia e conhece Poseidon? – Perguntou Quiron.

– Já sei há muito tempo, mas Poseidon só veio a mim quando Percy chegou, ele não me reclamou porque não era a hora certa, porque não era necessário, mas agora está feito.

Mais uma vez todos me encararam cochichando.

– Marina porque ao invés de desaparecer ficou vermelho e...?

– Eu sou filha de Poseidon e neta de Hades. Foi por isso que ele me abençoou há algum tempo atrás.

A festa não foi à mesma depois disso, todos continuaram a comemoração com Quiron mandou mas somente Kai e Percy não se importavam de verdade com a descoberta, talvez porque eles já soubessem, os outros se mantinham meio afastados olhando-me de canto e cochichando entre si, mesmo assim Will, Annabeth, Luke e os gêmeos do chalé de Hermes estavam comigo conversando, o mais estranho do grupo era Luke, talvez se sentisse magoado por não ter lhe contado antes. Mas isso não me abalava, eles se acostumariam, Apolo tinha razão, agora eu estava sendo eu mesma, eu tinha minha família, meu irmão, meu pai, meus amigos logo entenderiam que ainda sou a mesma e eu tinha Kai, meu pequeno guerreiro, não deixaria que ele crescesse achando que não tem uma família, Malakai era minha responsabilidade, não porque seu pai pediu, mas porque ele era como eu, ele não teve um inicio de vida convencional, crescer sem uma mão ou pai não é fácil, mas eu tinha grandes planos para nós e tudo começaria com nosso “Ano conhecendo o mundo”.

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Na manhã seguinte acordei cedo como de costume, Percy era agora meu único companheiro de quarto e estava babando sem piedade, sentei-me em uma escrivaninha de madeira envelhecida negra e escrevi três carta, uma endereçada a Percy, uma para Quiron e uma para Luke. Juntei minha mochila de suprimentos e espero que Kai já tenha arrumado a dele. Peguei minha espada e fui até o chalé de Apolo, Kai já estava nos fundos me esperando.

– Vamos mesmo?

– Você quer ir?

– Com você, sim.

– Pegou tudo? Arco, lira, roupas...

– Sim – ele fala sorrindo – Você parece uma mãe... é como as mães cabras com os bebes satiros.

– Isso é ruim?

– Não, gosto que você pareça com uma mãe... Mas mari, o pessoal não vai ficar bravo? Ou preocupado?

– Deixei cartas... – ele suaviza o rosto – Pronto?

– Pronto.

Assovio e Pégasus aparece.

– Kai esse é Pégasus!