— Ai! - Emma deixou sair um murmuro de dor, sentindo seu corpo cair contra o chão e o peso da garota sobre si. Olhou para a garota sobre o seu corpo, parecia apavorada... - Olá estranha – respondeu Emma para a garota que sorria envergonhada –

— Oh céus! Perdoe-me, perdoe-me! - pediu a mulher apavorada, mas ainda por cima de Emma -

— Tudo bem, não foi nada - Emma continuava a observar a mulher sobre seu corpo, que parecia não se importar em ficar deitada sobre a xerife - Hum, será que, hum... Você pode levantar? - pediu Emma sentindo o chão incomodar suas costas, a garota levantou-se imediatamente -

— Me perdoe - a garota ajudou Emma a levantar-se. - Eu te machuquei? - perguntou passando sua mão pelo braço de Emma -

— Está tudo bem comigo, e você? Não parecia tão acostumada com a bicicleta - perguntou Emma apontando para a bicicleta no chão -

— Ah, então isso se chama bicicleta? Eu estava tentando dominar está máquina, porém ela não obedecia aos meus comandos - Emma gargalhou ao ouvir o modo tão educado de falar da garota -

— Você não é de Storybrooke, de onde você veio? - perguntou Emma levantando a bicicleta e colocando ao lado do poste -

— Não sou desse reino que vocês chamam de Storybrooke, estou aqui para um evento de família. - Emma percebeu a garota girando os olhos e fazendo uma cara de entediada, exatamente igual a uma certa pessoa que ela conhecia -

— Bom, espero que se divirta nesse evento de família. Ah, sugiro que fique longe de bicicletas ou de qualquer meio de transporte com menos de quatro rodas. - respondeu Emma, a garota sorriu com o comentário da loira. - Tenho que ir, tenha um bom dia - disse Emma, a garota lhe deu um sorriso e observou Emma ir embora -

— Espera! - gritou a mulher correndo para alcançar Emma, a xerife parou e virou-se - Eu não sei seu nome - respondeu a mulher recuperando seu fôlego com a curta corrida, não era acostumada a fazer esse tipo de esforço -

— Oh, claro, que rude da minha parte. Eu sou Emma, a xerife da cidade - respondeu Emma estendendo sua mão em educação -

— É um prazer conhecê-la, Emma. Eu sou Zelena - a ruiva estendeu sua mão, mas não para chacoalhar a de Emma e sim para que a garota beija-se sua mão, como qualquer outra pessoa fazia em seu reino -

— Você é uma princesa ou quê? - perguntou Emma vendo que a mulher ainda esperava que ela beijasse sua mão, a xerife girou os olhos e beijou a mão de Zelena, mostrando o quanto era "cavalheira" - Até mais, Zelena - respondeu Emma indo embora. A ruiva acompanhou a xerife com um certo brilho nos olhos -

— Que pessoa amável. Storybrooke não é tão desagradável assim - comentou Zelena para si, olhou ao redor e seguiu explorando a cidade -

...

Emma estava na delegacia, sentada na cadeira com os pés sobre a mesa, estava entediada. Ficou pensando na figura que havia conhecido mais cedo, se perguntando de qual família ela pertencia, não tinha semelhança física com nenhum morador de Storybrooke.

A loira tomou um susto ao ouvir o barulho do telefone em sua mesa.

— Xerife Swan - respondeu Emma -

— Emma! Você precisa vir aqui na Granny's, agora! - Ruby gritava no telefone por causa do barulho que estava a lanchonete -

— Ruby? O que está acontecendo? Que barulho é esse?! - perguntou Emma ouvindo alguns gritos do outro lado, pessoas discutindo -

— Emma! Precisamos de você aqui, você é a xerife. Uma pessoa consumiu um banquete e quer sair sem pagar, Granny não vai deixar ela ir embora! - respondeu Ruby agitada -

— Estarei ai em dez minutos - disse Emma pegando uma algema em sua gaveta -

— Não, Emma! Você tem magia, esteja aqui agora mesmo! - Emma girou os olhos e sumiu em sua fumaça azul, não se importando em desligar o telefone–

...

— O que está acontecendo? - perguntou Emma aparecendo ao lado de Ruby -

— Uma garota que nunca vi em Storybrooke antes, ela consumiu quase um banquete e quer ir embora sem pagar - respondeu Ruby apontando para uma roda de pessoas que se formou no final da lanchonete -

— OKAY! TODOS CALADOS! - ordenou Emma, as pessoas na roda pararam de falar e olharam para xerife, deram espaço mostrando Granny de frente para a garota, Emma logo reconheceu -

— Emma! - a garota correu e abraçou Emma, Ruby arqueou uma sobrancelha, não gostando do que estava presenciando - Eles querem me prender, eu não fiz nada, eu juro! - explicou-se Zelena -

— Zelena, você não pode sair sem pagar - respondeu Emma, a garota soltou-se da xerife com um olhar nervoso -

— Mas foi ela quem me ofereceu! - Zelena apontou para Ruby, a morena definitivamente não estava gostando da forasteira - Eu cheguei aqui, ela perguntou "Posso servi-la?", eu estava com fome e ela foi gentil, não me falou que eu precisaria pagar por algo, não é minha culpa, Emma! - a mulher estava nervosa, Emma não aguentou e gargalhou da situação -

— Você é louca ou quê? Só porque fui gentil não quer dizer que você não precise pagar, eu falo isso o tempo todo, é meu trabalho! - respondeu Ruby irritada, Emma pôs-se no meio das duas, a sua amiga estava bastante alterada e temia que algo físico acontecesse entre as duas - Emma, prenda essa mulher! - ordenou Ruby, Emma pôde ver o espanto no rosto da ruiva -

— Okay, foi um mal entendido. Ruby, ela não fez por mal, é uma forasteira - respondeu Emma para amiga que mantinha um olhar furioso para a ruiva - Quanto ela deve? Eu vou pagar -

— 119,00 dólares! - Emma virou-se para Ruby não acreditando no valor -

— O quê? Quantas pessoas comeram?! - Emma virou-se para Zelena que tinha seu rosto em um tom avermelhado, a loira tirou o dinheiro e deu na mão de Ruby -

— Está faltando a gorjeta - respondeu a garçonete estendendo a mão para Emma - O quê? Não pedi para você pagar por ela - Emma girou os olhos e deu mais dinheiro a Ruby -

— Tudo resolvido - respondeu Emma para todos - Você, senhorita, vem comigo - Zelena acompanhou Emma, Ruby tinha uma intuição de que a nova garota cheirava a problema, fez uma nota mental para conversar com Emma depois -

— Você é algum tipo de príncipe encantado? Já salvou minha vida duas vezes - comentou Zelena andando lado a lado com Emma, a loira deu de ombros e olhou para a garota -

— Acho que está no meu DNA - respondeu a xerife, Zelena parou e tocou o braço de Emma para ela fazer o mesmo -

— Perdão? - perguntou em questionamento, não havia entendido o que Emma quis dizer -

— Oh, eu sou a filha do Príncipe Charming e da Snow White - os olhos de Zelena brilharam ao ouvir, Emma não poderia ficar mais interessante aos seus olhos - Eu sou, como todos falam, a Salvadora - Zelena levou sua mão a boca espantada -

— Wow! A filha fruto de um amor verdadeiro - Emma corou com o comentário, as duas voltaram a caminhar - Isso é raro, sabia? O amor verdadeiro, por isso meu espanto - explicou-se Zelena - Você sabia que desde o seu nascimento não há relatos de outra criança nascida de um amor verdadeiro? Algumas pessoas falam que possuem o "amor verdadeiro" apenas para dizer que existe amor em seu relacionamento, apenas para mostrar que é merecedor - Emma não pôde deixar de pensar em Regina, e em como a morena estava errada ao achar que Robin seria o certo -

— Eu tenho que ir, Zelena. Preciso voltar ao trabalho - respondeu Emma, Zelena concordou com a cabeça e abraçou a loira -

— Obrigada mais uma vez, Emma Charming - Zelena piscou para a loira -

— Swan - corrigiu a xerife - Emma Swan, não estou acostumada com o Charming - respondeu -

— Bom, mesmo sem usar o seu sobrenome, você continua encantadora - Emma sentiu suas bochechas corarem com o comentário, a mulher sorriu e desapareceu em uma fumaça verde. -

— Quem é essa mulher?! - se perguntou Emma -

...

— Alguém sentiu minha falta? - Zelena se materializou na mansão Mills, agradecendo aos céus por ter entrado na casa certa, senão estaria em problemas novamente -

— Querida! - Cora abraçou sua filha, segurando seu rosto, verificando se estava tudo bem - Quando você chegou? Por que não me contou nada? Como você está? Como está tudo em Oz? - Cora disparava perguntas, animada por sua filha está presente -

— Eu cheguei ontem, tomei um tempo para explorar Storybrooke, fiquei sabendo que minha irmãzinha iria casar, então resolvi aparecer. - Zelena fez seu caminho para o sofá da sala, descansando seu corpo no local macio - Eu estou bem, Oz está perfeitamente bem sobre meu comando - Cora sentou-se no sofá colocando os pés de sua filha sobre suas pernas. Cora conhecia suas filhas muito bem, sabia ler as suas meninas melhor do que qualquer um de seus livros de magia, apertou levemente o tornozelo da ruiva, chamando sua atenção -

— E quem é o príncipe encantado que pôs esse sorriso nos seus lábios, querida? - perguntou Cora vendo sua filha corar e levar a mão ao rosto envergonhada - Não me diga que é aquele rapaz, Walsh - perguntou a mais velha com desprezo ao mencionar o nome do rapaz -

— Não, mãe. Aquele eu transformei em um dos meus macacos voadores - Zelena viu um sorriso nos lábios de sua mãe e girou os olhos - Eu conheci uma pessoa encantadora, e tenho que mencionar que me salvou duas vezes em menos de duas horas - Cora observava a mulher falar como uma garotinha encantada - É uma mulher adorável, provavelmente a criatura mais linda de todos os reinos, cabelos dourados e olhos de esmeraldas, que ofuscam os meus - Cora levantou-se, ficou de costas, andou de uma lado para o outro - Mãe? Você está bem? - perguntou Zelena sentando-se -

— Estou ótima querida, desculpe. - Cora lhe deu um sorriso, e voltou a sentar-se, segurando as mãos de sua filha - E como se chama essa adorável criatura? - perguntou com receio da resposta -

— Emma Swan, e adivinha, ela é a Salvadora - Cora estava prevendo em sua mente uma guerra entre irmãs, já estava sentindo a dor de cabeça precoce -

— Oh, xerife Swan, encantadora não é mesmo? - Cora sorriu e Zelena sorriu ainda mais, levantou-se e seguiu para cozinha, deixando sua mãe sozinha com seus pensamentos longe - Oh céus! Essas duas vão destruir Storybrooke - comentou Cora para si, pensando o quão furiosa Regina iria ficar quando descobrisse -

...

— Henry, você é o próximo - a professora chamou o garoto para frente da sala -

— Bom, para falar sobre suas profissões eu convidei, a prefeita da cidade e a xerife, ou como eu gosto de chamar, mãe e mamãe - apresentou o garoto, Regina e Emma entraram na sala sendo recebidas por olhares curiosos -

— Bom dia, crianças - respondeu Regina educadamente, recebendo uníssono "bom dia, senhora prefeita" - Como vocês bem sabem, eu sou a prefeita da cidade. Meu trabalho exige muito de mim, eu administro a cidade, ou seja, faço cumprir as leis, faço com que os impostos e taxas sejam cobrados e, com esse dinheiro, realizo as obras e os serviços essenciais para a vida em Storybrooke, como manter a limpeza e a iluminação pública, a segurança, as ambulâncias e serviços de saúde da cidade, e as escolas. Eu também sou responsável por defender a cidade e seus moradores, buscando fontes de recursos para a melhoria das condições de vida da população - Regina sorriu internamente ao ver que estava conseguindo manter seu público entretido, olhou para Emma como se desafiasse-a a fazer melhor -

— Meu trabalho exige muito de mim também - respondeu Emma tomando conta do centro da sala, estava pensando no que dizer, ela não fazia nada, mas não era sua culpa, Storybrooke estava em perfeita paz - Eu estou diariamente salvando vidas - Regina girou os olhos e esperou quais mentiras Emma iria contar as crianças - Salvo gatos das árvores, apago incêndios, livro a população do perigo, não deixando aqueles homens fora da lei que vivem no bosque fazerem algum mal - Regina escondeu o sorriso ao ver que Emma enfatizava o "fora da lei" - Sem a minha presença, vocês viveriam em um caos. Ninguém estaria seguro - Emma sorriu ao ver uma garota levantar a mão, a xerife olhou para trás dando um sorriso para Regina - Está vendo? Parece que eu tenho uma pergunta - Regina ignorou a provocação da loira e voltou sua atenção para garota com a mão levantada -

— Não tem necessidade de uma xerife na cidade, tenho certeza que a prefeita nos protegeria sem sua presença - Emma semicerrou os olhos para a garota, se perguntou se a menina petulante era alguma filha perdida da prefeita. Emma pôde ouvir uma gargalhada atrás de si, Regina com certeza iria agradecer a garota -

— Como você se chama, garotinha irritante? - perguntou Emma se aproximando, os olhos dos alunos seguiram a xerife ir até a garota que sentava atrás de Henry -

— Eu não me chamo - corrigiu a garota. Regina gargalhou alto, estava se divertindo com a cena que estava vendo - As pessoas me chamam de Lana - respondeu a menina segurando seu olhar em Emma -

— Bom, Srta. Lana, fique sabendo que eu sou salvadora. Esqueceu que eu quebrei a maldição e trouxe as lembranças de vocês de volta?! - Henry sorriu para sua mãe orgulhoso, Regina observava entediada Emma dá seu velho discurso de "eu sou salvadora" -

— Mas a senhora prefeita é mais poderosa do que você, o que significa que ela é capaz o suficiente de nos defender sozinha - Emma estava se irritando com aquela pequena figura de Regina -

— Ela é sua filha? - perguntou Emma para Regina, a mulher lhe deu um olhar divertido dando de ombros - Não se engane, pequena Regina, eu sou a pessoa mais poderosa dessa cidade, Regina não chega aos meus pés - de repente a sala ficou em silêncio, Emma talvez tenha falado o que não devia, engoliu a seco ao ouvir o som dos saltos de Regina se aproximando, não se atreveu a olhar para trás, pôde sentir o olhar da prefeita queimando suas costas -

— O que você acabou de dizer? - perguntou Regina intimidando a xerife, com as mãos nos quadris e um olhar desafiador -

— Ooooh - fizeram os alunos ao presenciar a cena -

— Óbvio que você está errada, xerife, eu sou a mais poderosa de todos os reinos, você é apenas uma aprendiz minha, Swan. Não se engane, querida - respondeu Regina olhando desafiadoramente para Emma. Henry sabia que ninguém, em hipótese alguma, deveria dizer que Regina não era poderosa o bastante -

— Viu? Ela é a melhor de todas! - respondeu Lana animada -

— "Viu? Ela é a melhor de todas" - imitou Emma - Você é muito irritante para tão pouca idade, garota. - Emma voltou-se para a garota sentada a sua frente, Lana apenas mostrou a língua para Emma e cruzou os braços - Grande coisa, eu também tenho! - Emma mostrou a língua para a garota, Regina girou os olhos com a criancice da loira -

— Você é uma idiota! - Lana parecia bastante irritada com Emma, a loira abriu boca para falar algo, mas Regina a segurou pelo braço -

— Já chega - respondeu Regina olhando para Emma, a loira apenas grunhiu irritada - Obrigada por nos receber, Srta. Moroe, mas precisamos ir - disse Regina para professora, puxando Emma pelo braço, como se fosse uma criança malcriada -

— Ela é sua filha, não é? Garotinha irritante! - dizia Emma enquanto era puxada por Regina -

— Quantos anos você tem mesmo? Porque parece que tem cinco anos, não aguenta uma provocação de uma garotinha - Regina parecia está dando um sermão em Emma, a loira mantinha seus olhos fixados no chão enquanto recebia a reprovação -

— Ela questionou meus poderes! - respondeu Emma irritada, batendo seu pé no chão e cruzando os braços -

— Você é pior que criança, agora vai, volte ao trabalho - ordenou Regina, a loira iria argumentar, mas desistiu, fez seu caminho para fora da escola. Depois que viu a loira sumir de sua visão, a prefeita deixou escapar um sorriso, o sorriso que tanto segurou, até em momentos como esse, Emma conseguia ser adorável –

....

Regina estacionou seu carro, não sabia exatamente o que era, mas estava sentindo que algo estava prestes a acontecer, antes de abrir a porta de sua mansão, ouviu gargalhadas de dentro da casa, ficou curiosa em saber quem seria, Henry com certeza não era, o garoto iria dormir com Emma naquela noite. Regina entrou não acreditando em seus olhos, Zelena estava ali, estava em Storybrooke. As duas tinham uma relação de amor e ódio, como a maioria das relações entre irmãs.

— Irmãzinha! - Zelena correu e abraçou Regina, a prefeita olhou para sua mãe como se estivesse pedindo uma explicação para a visita inesperada -

— O que você está fazendo aqui, Zelena? - perguntou Regina quebrando o abraço, a morena pôs sua bolsa no sofá e voltou sua atenção para a irmã -

— Nossa, um "estou feliz em revê-la" seria mais receptível - as duas irmãs mantiveram seus olhos fixados uns nos outros, Zelena com um sorriso nos lábios, já Regina com um olhar desconfiado -

— Regina, querida. O jantar já está pronto, suba e depois junte-se a nós - ordenou Cora, quebrando a tensão entre as irmãs. Regina sustentou por mais alguns segundos seu olhar em Zelena e subiu para seu quarto -

— Pensei que ela ficaria mais feliz em ver sua irmã mais velha - comentou Zelena ficando ao lado de sua mãe. Cora estava começando a odiar a ideia de Zelena em Storybrooke -

— Não se preocupe, querida. Você conhece sua irmã, provavelmente teve um dia difícil - Zelena não acreditou muito na desculpa que sua mãe havia inventado para cobrir a deselegância de sua irmã, mas aceitou -

As duas foram para mesa, Zelena contou como estava sua vida em Oz e como havia conseguido entrar em Storybrooke. Cora por outro lado falava de quão adorável era sua vida na pequena cidade. Vinte minutos depois, Regina apareceu em um humor mais agradável. As três mulheres começaram a conversar sobre assuntos em comum, enquanto saboreavam a deliciosa lasanha de Cora Mills.

— Você ainda não comentou o motivo da sua visita, querida - comentou Regina tomando um gole de seu vinho. Zelena olhou para sua mãe, trocando um olhar cúmplice -

— Ouvi dizer que minha irmãzinha vai casar! - comentou animada - Não poderia ficar de fora desse grande evento - Regina olhou para sua mãe, enviando um olhar furioso para a mais velha -

— Me pergunto quem lhe contou essa novidade - respondeu Regina forçando um sorriso -

— Não foi a mamãe, eu tenho meus contatos, irmã - Zelena piscou para irmã dando um sorriso malicioso - Até onde eu sei, morava um príncipe nessa casa, onde ele está? - perguntou Zelena, ainda não tinha visto seu sobrinho, nunca havia visitado Storybrooke, estava ansiosa para conhecer o pequeno príncipe de sua irmã -

— Hoje ele foi dormir na casa da sua outra mãe - respondeu Regina não querendo estender o assunto -

— Ah, claro. Lembro de você ter comentado que a mãe biológica estava morando aqui. Mas você não tem medo? Dela fugir com seu filho? - perguntou Zelena, Cora estava torcendo para que o nome "Swan" não fosse pronunciado a mesa -

— Medo? Eu? - Regina sorriu - Por favor, xerife Swan não seria capaz de deixar minha cidade - respondeu convencida do que estava dizendo, Cora respirou fundo ao ver a expressão de Zelena mudar ao ouvir o nome "Swan" -

— Espera. Swan? Xerife Swan? Emma Swan? - perguntou Zelena levantando-se da mesa, Regina não estava entendo a atitude de sua irmã - Emma Swan é a mãe do Henry? - perguntou surpresa -

— Apesar de não entender seu espanto, sim, ela a mãe do meu filho -

— Que coincidência, irmãzinha - Regina não estava gostando nada do sorriso nos lábios da ruiva. Era o mesmo sorriso que ela dava quando estava prestes a aprontar algo - Parece que Henry vai ter duas mães e uma madrasta - o sorriso nos lábios de Zelena era quase insuportável, Regina levantou-se e apoiou suas mãos sobre a mesa -

— Meninas... Respirem... - pediu Cora, as duas pareciam que estavam prestes a entrar em uma batalha por suas vidas. A única coisa que separava as duas, era a mesa -

— O que você está querendo dizer, verdinha? - o desprezo na voz de Regina era perceptível -

— Conheci Emma hoje - Zelena sorriu e fez seu caminho para sala, sendo acompanhada imediatamente por Regina e Cora - Tenho que confessar, irmãzinha. Ela é encantadora, o que estou querendo dizer é, agora tenho um motivo para estender minha estadia em Storybrooke. Eu vou casar com Emma Swan. Olha que magnífico, vamos todos ser uma grande família - Zelena percebeu a bola de fogo sendo criada na mão esquerda de sua irmã, tentou não demonstrar, mas não estava gostando nada disso -

— Você. - Regina andava em direção à sua irmã, ignorando o chamado de sua mãe - Fique. - falava pausadamente, para ter a certeza de que Zelena iria entender o recado - Longe da Emma! Eu não quero ver você perto dela, está me ouvindo, querida? - Regina estava tão próxima de Zelena que seus narizes estavam quase se tocando. A ruiva sentiu um calor próximo ao seu braço, não precisava olhar para saber que era o fogo nas mãos de sua irmã -

— Eu não tenho medo de ameaças, irmãzinha e bolas de fogo não vão me impedir - Zelena pôs um sorriso nos lábios e desapareceu, deixando a fumaça verde no ar -

— Mãe? - chamou Regina, Cora pôde jurar que sua filha a qualquer momento iria explodir, levando Storybrooke junto -

— Querida, acalme-se por favor. Você sabe como é sua irmã, ela só faz isso para tirar sua paz - Cora encostou no braço de Regina, apagando o fogo das mãos da prefeita -

— Espero que não se importe, mas você está prestes a se tornar mãe de uma filha só! - Regina estava irritada, furiosa, jamais permitiria que Zelena se aproximasse de Emma -

— Querida, mas você não pode fazer nada. Emma é uma mulher livre como sua irmã, você está prestes a casar. Por que está tão irritada? - comentou Cora em um tom sereno, que irritou ainda mais sua filha, Regina prendeu o maxilar, uma veia de irritação estava aparecendo em sua testa -

— Porque ela é minha! - respondeu Regina em um momento eufórico, nem ela mesma estava acreditando no que havia falado, as palavras simplesmente saíram sem sua permissão, claramente envergonhada, a prefeita subiu para seu quarto deixando sua mãe com um sorriso convencido -

— Bom, admitir é o primeiro passo - comentou a mulher para si -

...

— Okay, vocês dois, calados! - Ruby elevou sua voz para Emma e Henry que discutiam algo, os três estavam reunidos no apartamento de Emma - Emma, foco! Você não pode perder mais tempo -

— O que eu tenho que fazer? - perguntou Emma frustrada se jogando no sofá -

— Primeiro você tem que deixar claro que você a ama, bate na porta e diz "Regina, eu amo você!" - respondeu Henry, sua mãe girou os olhos com a inocência do garoto. Ele definitivamente precisaria aprender mais sobre relacionamentos -

— Presta atenção Ems! - Ruby levantou e ficou de frente para os dois - Você vai conquistar Regina, vai ser gentil, vai fazer surpresas, e tem que provocar também. Regina precisa se sentir ameaçada, só assim teremos a certeza se ela também sente algo por você, depois você vai levá-la a um encontro, apenas vocês duas - Emma levantou-se negando -

— Não, não, não Rubs! Qual a possibilidade da Regina aceitar sair comigo em um encontro? -

— Você não precisa dizer que é um encontro, só precisamos deixar vocês duas sozinhas em um lugar onde ninguém vai incomodá-las. Ai depois é por sua conta, mãe, não estrague tudo com seu nervosismo - Ruby sorriu para o garoto, concordando com sua ideia -

— Apesar de não demonstrar, Regina gosta de romantismo, de ser surpreendida. Você é uma Charming, Emma, encantar está no seu sangue - Ruby parou de falar, tendo uma brilhante ideia, Emma não estava gostando nada do olhar malicioso que Ruby estava lhe dando - Tive uma ideia, Emma Swan prepare-se, você irá fazer uma serenata - Henry gargalhou imaginado sua mãe fazendo tal coisa - E isso Ems, é como você vai conquistar sua garota -

— De jeito nenhum! Não, não! Nem em um bilhão de anos! Nunca em minha vida! Esquece Ruby! Isso jamais irá acontecer - respondia Emma negando-se a pagar o maior mico de sua vida -

....

— Se vocês acharem minha dignidade, por favor, me devolvam - Emma estava parada em frente a mansão, a loira segurava o violão enquanto Ruby e Henry escondiam-se atrás de uma árvore -