...

— VOCÊ! - Regina saiu dos braços de sua mãe ao ver o pirata. A prefeita correu e começou a bater em Hook, o pirata não fazia nada, apenas recebia os golpes - VOCÊ DESTRUIU MINHA VIDA, PIRATA! VOCÊ ME DESTRUIU - Regina chorava enquanto continuava a golpear o homem, no rosto, nos braços, em qualquer lugar. Hook se sentia culpado demais para parar a mulher - EU ATÉ PERDOU SNOW PELO O QUE FEZ, DANIEL TER MORRIDO TALVEZ TENHA SIDO UMA DAS MELHORES COISAS QUE ME ACONTECEU, MAS VOCÊ, EU JAMAIS SEREI CAPAZ DE PERDOÁ-LO! - Cora segurou o braço da filha impedindo-a de continuar a agredir o homem - VOCÊ TIROU O AMOR DE MIM, VOCÊ TIROU TUDO O QUE EU TINHA... ESTÁ FELIZ AGORA?!

— Regina... Eu só, eu só não queria que Emma se machucasse - defendeu-se Hook sentindo-se a pior pessoa do mundo ao ver Regina naquele estado.

— ADIVINHA? ELA NÃO SAIU DAQUI FELIZ! O QUE FAÇO AGORA?! EMMA NÃO VAI ME PERDOAR... - Regina levou suas mãos aos cabelos, sem saber o que fazer. Cora tentou se aproximar da filha, mas ela havia desaparecido em sua fumaça roxa, deixando sua mãe aflita.

— Cora... Eu... Eu achei que estava fazendo a coisa certa... - Hook tentava se desculpar, mas até Cora estava chateada com o noivo pela sua atitude.

— Você não tinha o direito de fazer isso Killian! Não tinha! - Cora estava começando a se desesperar, não queria imaginar o que Regina iria fazer - Isso era um assunto delas duas, essa foi a primeira vez que vi Regina realmente feliz, Henry e Emma só fizeram bem a minha filha e agora isso... Céus! O que minha filha fez para sofrer tanto assim?! - Se perguntou Cora sentando no sofá com as mãos em sua cabeça, tinha que ajudar sua filha, mas não tinha ideia de como.

— Me perdoe meu amor, por favor, minha intenção não era fazer mal a nenhuma das duas, eu só fiz o que juguei certo - respondeu Hook sentando ao lado da mulher, estava completamente arrependido por ter arruinado tantas vidas com apenas uma confissão.

...

— Olha, lá vem a Em - Elsa disse ao ver a garota a frente, já estava se preparando para começar o show quando Henry segurou sua mão, impedindo-a de fazer qualquer coisa.

— Não Elsa, tem alguma coisa errada. Era para minha mãe está com ela, mas ela está sozinha, aconteceu alguma coisa - respondeu Henry com medo de que algo tivesse acontecido, foi então que Ruby e Charming perceberam a mesma coisa.

— Isso não é bom... - comentou Ruby vendo a amiga se aproximar, Henry estava certo, algo havia acontecido. Emma se aproximou ainda mais e então conseguiram ver as lágrimas da xerife - Em... O que aconteceu?! - perguntou Ruby segurando o braço da garota, fazendo-a parar. Emma olhou para a amiga e não falou absolutamente nada, os olhos mostravam fúria, mas a garçonete pôde enxergar tristeza neles. Emma soltou-se e continuou andando sem dar atenção aos demais.

— Isso não é bom, não é nada bom... - comentou Henry observando sua mãe desaparecer entre as ruas de Storybrooke.

— Não me leve a mal Henry, mas vou dar uma surra na prefeita! - Ruby começou a andar em direção a mansão, sendo acompanhada por Elsa e Henry.

— Eu vou falar com ela - respondeu Charming correndo para alcançar a filha.

...

— Regina?!

— Eu preciso da sua ajuda... - respondeu a prefeita aos prantos, abraçou a amiga como se dependesse daquele abraço para sobreviver.

— Oh querida, o que aconteceu?! - perguntou Maleficent direcionando-as até o sofá - O que houve, Regina? - perguntou novamente. A mulher sentou no sofá e deitou Regina no mesmo, fazendo sua cabeça descansar sobre as pernas dela.

— Emma terminou tudo comigo, foi isso que aconteceu - Maleficent deu um beijo na testa de sua amiga, e começou a brincar com os cabelos da amiga - Eu a amo, Mal...

— Querida, eu sei o quanto você a ama e sei que a xerife é louca por você, o que houve para isso acontecer? - perguntou achando que provavelmente seria algum drama de Regina.

— Aquele pirata foi o que houve. Úrsula deveria ter o matado quando ele ainda estava navegando pelos mares! - Maleficent sorriu e esperou a amiga continuar com a estória - Daniel me beijou e ele viu, eu iria contar, eu iria, mas ele abriu aquela boca imprestável e disse para Emma que EU havia beijado Daniel, Emma ficou furiosa e acabou tudo - Regina já estava para começar a chorar novamente, quando Maleficent voltou a confortá-la.

— Minha querida, estamos falando de Emma, ela ama você... Dê um tempo para ela digerir essa notícia e volte a procurá-la quando ambas estiverem de cabeça fria.

— Ela quebrou minha maldição Mal, não posso perdê-la, não posso perder o amor da minha vida - Maleficent não podia acreditar no que ouvira, Regina realmente amava a xerife, nunca havia presenciado sua amiga tão vulnerável como estava naquele momento, nem mesmo na morte Daniel ela havia mostrando tanta vulnerabilidade como estava agora.

— Achei que a maldição só poderia ser quebrada quando Facilier morresse, como isso foi possível Regina?! - perguntou surpresa com o que a amiga havia lhe confidenciado.

— Eu disse que a amava, depois de anos guardando dentro de mim, eu finalmente disse que a amava, foi quando essa estranha luz branca de repente apareceu entre nós e pousou em meu abdômen, a maldição foi quebrada - respondeu ao se lembrar da noite do acontecimento - Foi quebrada por um ato de amor verdadeiro – concluiu.

— Nossa! Quem diria que eu estaria viva para presenciar um amor verdadeiro entre a Rainha Má e a Salvadora, filha de Snow White. É, o destino gosta mesmo de nos surpreender - Maleficent levantou-se deixando Regina ainda deitada no sofá - Vamos resolver seu problema querida, não vou deixar minha amiga perder seu grande amor e quanto a Hook, acho que ainda dar tempo de Úrsula dar um jeito nele - respondeu a mulher piscando para Regina, Maleficent saiu por alguns momentos deixando a prefeita sozinha com seus pensamentos.

Regina voltou a pensar em Emma, em como ela estaria, com quem estaria, voltou a lembrar de suas ultimas palavras, e como cortaram Regina mais fundo do que qualquer outra arma. Sua vida estava perfeita, ela iria contar Emma sua novidade e de repente tudo havia tornado um pesadelo, e tudo por causa de um mal entendido, não sabia exatamente o que fazer, mas não poderia ficar longe de Emma, principalmente agora.

— Isso vai te ajudar - Maleficent trouxe uma garrafa de whisky e dois copos, Regina olhou para garrafa e depois para a amiga, não tinha feito nenhum exame que comprovasse que estava grávida, mas sua mãe havia lhe convencido de que estava, e quando sua mãe dizia algo, sempre, sempre estava certa.

— Não posso beber - respondeu Regina sentando-se.

— E por que não, querida?

— Porque estou grávida - respondeu Regina olhando para a amiga que parecia mais branca do que o normal ao ouvir a declaração.

—- Gra... Grávida Regina?! - Maleficent sentou ao lado da amiga para não cair, estava um pouco tonta com a notícia ou por conta dos drinks que havia tomado mais cedo, ou provavelmente a mistura dos dois - Não me diga... Não! Regina! Você está grávida da... - Maleficent só havia presenciado a gravidez por magia uma única vez há muito tempo.

— Sim, Emma - respondeu deixando sua cabeça cair sobre as pernas da amiga novamente.

— Querida vamos resolver isso, não se preocupe. Meu sobrinho ou sobrinha não irá nascer sem a salvadora por perto - respondeu Maleficent trazendo um conforto maior para sua amiga.

...

— Filha? O que houve?! - Snow abriu a porta e levou um susto ao ver sua filha naquele estado - Emma?! - Emma não falou nada, apenas abraçou sua mãe, sentindo-se segura nos braços da mulher - Eu estou aqui meu amor, estou aqui... - respondeu Snow ainda abraçada à filha.

— Emma?! – Charming chegou desesperado em seu apartamento, mas sentiu-se mais aliviado ao ver Snow com a filha - Não se preocupe meu amor, estamos aqui - Charming se aproximou e entrou naquele abraço, segurando sua esposa e filha.

— Dói tanto papai, dói tanto... - confessou Emma ainda abraçada aos pais, Snow olhou para seu marido em busca de respostas para a declaração da filha.

— Meu amor - Charming desfez o abraço e levou suas mãos ao rosto da filha, enxugando suas lágrimas - O que houve, filha? - perguntou preocupado.

— Emma, você está me assustando... O que aconteceu? - perguntou Snow, estava agradecendo ao céus por seu filho já está dormindo, pois aquela conversa iria demorar.

— Eu terminei com Regina, está tudo acabado - confessou voltando a chorar, Charming a segurou, queria tirar toda dor de sua filha naquele momento, Snow deveria está feliz com a confissão de Emma, mas vê-la naquele estado, só a deixava triste.

— Mas Emma... O que houve? Você saiu daqui para pedi-la em casamento, o que mudou?!

— CASAMENTO?! - comentou Snow um pouco alto, o que se arrependeu ao lembrar que seu filho dormia a alguns metros dali.

— Snow, essa não é uma boa hora para julgamentos - respondeu Charming soando um pouco rude. O homem levou sua filha até o sofá e mais uma vez enxugou suas lágrimas - Emma... - chamou o homem.

— Eu iria pedi-la em casamento sim mamãe, eu a amo. - disse Emma olhando para sua mãe, Snow não falou nada e sentou ao lado da filha no sofá – Porém quando cheguei a sua casa, Hook me falou que a viu beijando Daniel... E eu terminei tudo, achei que poderia seguir com esse homem em nossas vidas, mas é difícil, e quando Hook me contou isso, foi o fim da linha... - explicou Emma segurando suas lágrimas, já havia usado todas suas cotas de lágrimas.

— EU SABIA! SABIA QUE REGINA IRIA TE MAGOAR, EMMA! EU DISSE! MAS QUER SABER? ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM! - Snow levantou e pegou seu casaco - ELA NÃO VAI ESCAPAR DESSA VEZ! - a mulher saiu da casa batendo a porta com força, sem receio de acordar o filho.

— Não se preocupe com ela, meu amor. - Charming pegou as mãos da filha e segurou firme, o que fez Emma fixar seus olhos nos do pai - Eu conheço Regina, apesar de não sermos melhores amigos, eu a conheço muito bem, ela te ama... Provavelmente Hook deve ter interpretado mal, o imbecil do Daniel que deve ter a beijado. O que vocês têm é poderoso, é mágico, amor verdadeiro não é um título que qualquer casal pode sair por aí usando, amor verdadeiro é o que você tem quando tem um relacionamento onde o amor predomina, óbvio que é uma longa estrada e que pelo caminho haverá diversos empecilhos e emboscadas, mas não se desiste com o primeiro tombo, principalmente quando esse tombo foi planejado para cima de você - Emma voltou a chorar com as palavras do pai e Charming apenas a abraçou - Você tem o direito de está chateada, mas não pode pôr a culpa em Regina quando você não sabe realmente o que aconteceu - Charming plantou um beijo nos cabelos da filha - Ela ama você, não esqueça disso.

...

— Henry abre a porta por que não quero perder meu tempo batendo! - disse Ruby enquanto observava o garoto usar sua chave para entrar em casa.

— Querido! - Cora abraçou o neto assim que o viu - Você viu sua mãe?! - perguntou a mulher preocupada. Henry balançou a cabeça negando, Cora já não estava aguentando tanta angustia, olhou para as pessoas que havia entrando com o neto - O que estão fazendo aqui?! - perguntou para Ruby e Elsa.

— Olha Cora, eu amo você, mesmo. Mas vou matar sua filha, cadê a Regina?! - perguntou Ruby andando pela casa - REGINA! REGINA! - a garçonete começou a gritar esperando que a prefeita aparecesse.

— RUBY! O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?! - perguntou Cora elevando sua voz.

— Preciso falar com Regina, Cora. Quero saber o que ela fez para Emma! - respondeu Ruby voltando a gritar pela prefeita - SE VOCÊ NÃO APARECER, MINHA NAMORADA VAI TONAR SUA MANSÃO EM UMA PISTA DE GELO! – ameaçou.

— Do que vocês estão falando?! - perguntou a mais velha, já se irritando com a gritaria da garçonete.

— Encontramos com Emma e ela estava devastada, ela tinha planos para hoje e deveria voltar feliz da vida e não como se tivessem esmagado seu coração - explicou Elsa cruzando os braços enquanto olhava para Cora.

— Planos? Que planos?! – perguntou.

— Ela iria pedir mamãe em casamento - respondeu Henry. No mesmo momento Cora levou sua mão ao coração, Hook havia não só destruído a chance de Regina dizer que estava grávida como o pedido de Emma - Ela veio aqui para isso, ela deveria aparecer com mamãe ao seu lado, usando um sorriso enorme, mas tudo o que vimos foram lágrimas em seu rosto, o que aconteceu?! - perguntou Henry.

— REGINA! SE VOCÊ NÃO APARECER AQUI EM UM MINUTO, IREMOS TODOS PATINAR EM SUA SALA CANTANDO LET IT GO. ELSA PREPARA-SE PARA TRANSFORMAR ESSA MANSÃO EM GELO - Ruby continuava suas ameaças quando Cora com um movimento de sua mão trouxe a garçonete para seu lado.

— Emma iria pedir a mão de Regina?! - perguntou Cora recebendo afirmação dos três ali - Céus! Regina iria dizer que estava grávida... - disse Cora sem perceber que havia falado de mais.

— REGINA ESTÁ GRÁVIDA?! OKAY. AGORA EU A MATO. REGINA, ESTOU INDO ATRÁS DE VOCÊ! - Ruby levantou-se e correu para as escadas, porém Cora a parou, trazendo-a novamente para seu lado.

— Foi por isso que Emma desistiu?! Regina está grávida?! - perguntou Elsa sentindo ódio pela prefeita por ter traído sua amiga.

— Ela está grávida do Daniel?! Como ela pôde fazer isso com Emma? - Henry estava tão furioso quanto às outras.

— NÃO! - disse Cora elevando a voz - Regina está grávida de Emma! Facilier pôs uma maldição em Regina anos atrás, tirando sua capacidade de ter filhos, e Emma quebrou essa maldição, no momento em que Regina confessou que a amava a maldição quebrou e como consequência trouxe a gravidez - explicou Cora.

— Ato que amor verdadeiro... - disse Ruby mais calma - Que se dane dama de honra, eu quero ser é madrinha desse filho - respondeu a mulher animada.

— Mas o que aconteceu Cora? Regina contou e Emma se apavorou foi isso? - perguntou Elsa ainda não entendo o motivo de Emma está naquele estado.

— Não querida, Regina não chegou a contar nada e Emma não chegou a pedir nada. - Cora fez seu caminho até o sofá e chamou todos para acompanhá-la - Daniel aprontou novamente, ele pegou Regina desprevenida e a beijou, Hook viu tudo e pensou que Regina havia iniciado o beijo. Ele disse para Emma tudo o que viu e ela enlouqueceu, terminou tudo com Regina e foi embora e depois Regina desapareceu.

— HOOK! - Ruby levantou e saiu da sala, a procura do homem.

— Então foi tudo um mal entendido? - perguntou Elsa - O que faremos? Por que do jeito que Emma estava, parecia que não queria ninguém por perto.

— EU VOU TE MATAR, PIRATA DESGRAÇADO! - Ruby apareceu na sala segurando Hook pela blusa - O QUÊ? VOCÊ AGORA É A VERSÃO “SNOW 2.0”? VOCÊ DESTRUIU A VIDA DE DUAS PESSOAS, UMA IRIA FAZER O PEDIDO E OUTRA IRIA DIZER QUE ESTAVA GRÁVIDA - Hook olhou assustado para Ruby, não sabia nada sobre a gravidez - CORA, SEI QUE VOCÊ ESTÁ NOIVA, MAS VOU MATAR ELE. PROMETO ENCONTRAR OUTRO PIRATA PARA VOCÊ! - respondeu Ruby pronta para dar um soco no homem, mas Hook desviou, saindo dos braços da mulher.

— Regina está grávida? Está grávida de Emma?! - perguntou. Não tinha ideia disso.

— Sim Hook, a maldição de Regina foi quebrada quando ela confessou que amava Emma, e pelo que parece engravidou, ato de amor verdadeiro, querido - explicou Cora.

— O que eu fiz? O que fiz com Regina? - todos olhavam para o pirata que parecia enlouquecer a qualquer momento - Eu vou consertar isso, eu vou consertar o que fiz! - disse o homem correndo e saindo da mansão sem dar muitos detalhes.

— Okay, se ele conseguir consertar, eu prometo não matá-lo Cora - disse Ruby voltando a sentar no sofá.

...

— Cadê ela?! Eu sei que ela está aqui - Snow não esperou nenhum convite para entrar na casa de Maleficent.

— Por favor, entre, a casa é sua - respondeu ironicamente enquanto fechava a porta.

— Ótimo! Esse dia não pode piorar mais - respondeu Regina vendo a mulher andando em sua direção, Snow não falou nada, apenas deu uma tapa na cara de Regina.

— Ei! Quem você pensa que é?! - Maleficent segurou Snow impedindo que ela continuasse a agredir sua amiga.

— EU AVISEI REGINA, AVISEI QUE SE VOCÊ MAGOASSE EMMA, IRIA PAGAR! VOCÊ TEM IDEIA DO QUANTO DOEU VER MINHA FILHA AOS PRANTOS?! NÃO, NÃO TEM IDEIA. PORQUE VOCÊ NÃO PASSA DE UMA VADIA SEM CORAÇÃO - e dessa vez foi a vez de Regina revidar a tapa em Snow.

— VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE FALAR ASSIM COMIGO! - respondeu sentindo uma vontade enorme de continuar atacando Snow.

— Por que Regina... Por quê?! Ela ama você, ela ama você até mais do que os próprios pais, por que você teve que magoá-la?! - Snow falava com lágrimas nos olhos ao lembrar-se de sua filha chorando pela a prefeita.

— Não é culpa dela, Snow. Daniel a beijou, e Hook interpretou tudo errado - explicou Maleficent, porém Snow não comprou a explicação.

— Não, Regina não a ama... Quer saber? Você não vale a pena, não vale a pena eu perder meu tempo com você, só não se aproxima de Emma novamente. Se for preciso eu faço um castelo e coloco um feitiço nele com Emma junto, mas você não chegará perto da minha filha novamente - respondeu furiosa já fazendo seu caminho para saída.

— Eu a amo, Snow - Snow parou ao ouvir a declaração, porém não se virou - Eu a amo como jamais amei outro alguém, eu me enganei achando que Daniel era meu amor verdadeiro, ou até mesmo Robin, eu estava completamente enganada, Emma é meu amor verdadeiro. Você pode não acreditar, mas o que sinto por ela vai muito além das palavras que posso formar aqui para fazer com que você acredite em mim - Snow virou-se e viu o quão destruída Regina estava, olhou nos olhos da prefeita e descobriu. - Eu não traí Emma, jamais faria isso, Daniel me beijou e no mesmo instante eu o joguei contra o chão, Hook entendeu tudo errado e disse para Emma, eu não jogaria minha felicidade, não quando eu finalmente encontrei - concluiu Regina, pedindo aos céus que a mulher acreditasse.

— Você a ama - disse Snow se aproximando de Rainha - Você realmente a ama... - e pela primeira vez na vida, Snow sorriu feliz pela a prefeita.

— Por favor, conta a novidade Regina - pediu Maleficent querendo ver a reação da mulher.

— Que novidade? - perguntou Snow olhando para Regina e depois para Maleficent.

— Não acho que é uma boa hora - respondeu Regina. Havia acabado de levantar bandeira branca com Snow, não queria começar outra guerra.

— Snow, você lembra-se daquele caso de bebê mágico? Que nasceu por um ato de amor verdadeiro entre duas princesas? - Snow confirmou com a cabeça - Regina? - chamou a mulher.

— Snow... Eu estou grávida, e Emma é a outra mãe... Legítima – disse Regina. Snow havia perdido todo sangue de seu sistema, estava ainda mais branca, deu alguns passos para trás e colidiu com o sofá, viu a garrafa de whisky e tirou a tampa levando todo o líquido para sua boca.

— Adoro essa família - respondeu Maleficent gargalhando com a reação estranha de Snow.

...

— Achei você encrenqueiro dos infernos! – Hook pôs seu gancho na blusa de Daniel e o puxou.

— Me solta! - pediu Daniel tentando se soltar de Hook, o pirata o soltou jogando-o no chão.

— Você vai comigo até a Swan e vai dizer a ela a verdade, que aquele beijo com Regina foi você quem a forçou! – disse Hook ameaçadoramente, tinha que consertar o que havia feito.

— Enlouqueceu? Agora com Regina e Emma separadas eu vou poder finalmente ter Regina de volta – respondeu Daniel sorrindo enquanto se levantava do chão frio.

— Está vendo aqueles dois homens ali atrás? Eles são meus marujos, estão esperando eu dar apenas um "Okay" para eles pegarem você, e colocar no meu barco com rumo a Terra do Nunca, e lá querido defunto, lá é muito pior do que o inferno, você cairá nas mãos de Pan e ficará prezo pela eternidade. - respondeu o pirata fazendo sinal para seus marujos se aproximarem, Daniel olhou para os homens e se afastou - Você tem duas opções, vai falar com a Swan ou vai para Terra do Nunca, decida! - Hook viu que Daniel não se manifestava e deu ordem para os marujos pegarem o homem.

— Okay, Okay, eu falo com a xerife – respondeu Daniel se aproximando do pirata.

...

— Maleficent me mandou uma mensagem, disse que mamãe está em sua casa - respondeu Henry acalmando sua avó que parecia a mais angustiada com toda a situação.

— Vamos para lá, Regina precisa do nosso apoio, e pelo o que conheço de Emma ela não deixará ninguém se aproximar dela, pelo menos por enquanto - disse Ruby levantando do sofá decidida a encontrar com a prefeita.

— Não, iremos permanecer aqui e se a xerife aparecer? Alguém precisa ficar aqui - respondeu Cora, não queria mais outro mal entendido naquela noite, ou no caso, madrugada - E Henry, já passou da hora de você dormir.

— Só vou dormir quando tudo isso se resolver, preciso saber que elas estão bem, que elas vão ficar bem! - respondeu Henry em um tom firme, surpreendendo as mulheres que estavam ali.

— Teimoso como Emma - comentou Elsa sorrindo.

— Então ficaremos aqui, sem fazer nada, esperando... - lamentou Ruby voltando a sentar ao lado da mais velha.

...

— Deixa que atendo - disse Charming ao ouvir a campainha, provavelmente seria Snow, saiu tão apressada que havia esquecido a chave. Assim que abriu a porta deu de cara com Hook e Daniel – Exatamente quem eu queria encontrar – disse Charming, logo após deu um soco em Daniel, fazendo-o dar alguns passos para trás, Hook olhou para o homem desconfiado, e Charming acertou o pirata exatamente como fez com Daniel – Se vocês voltarem a aparecer vai ser bem pior – respondeu já fechando a porta, porém Hook pôs seu ganho impedindo que ele fechasse.

— Espera! Por favor, temos algo para dizer - Hook voltou a puxar Daniel pelo gancho, não queria que ele fugisse. Charming olhou bem para o pirata e percebeu que ele não estava em busca de confusão, deu espaço e os dois entraram.

— O que eles estão fazendo aqui?! O quê?! Não foi o bastante? - Emma estava furiosa ao ver os dois homens a sua frente, levantou para confrontar Daniel, porém Charming interviu, segurando a filha.

— Swan, foi tudo um mal entendido... Regina não o beijou, esse desgraçado dos infernos agarrou-a e quando eu cheguei vi toda a cena e imaginei coisas, me perdoe - pediu Hook mostrando toda sua sinceridade naquele momento, Emma olhou para o homem e depois para Daniel.

— Não! Você está falando isso para me fazer sentir melhor! Por favor, saiam daqui antes que eu acabe com vocês dois! - respondeu Emma saindo dos braços de seu pai e dando as costas para os homens. Hook olhou para Daniel mostrando que essa era a deixa para ele confessar, mas o homem parecia não querer abrir o jogo para xerife.

— Vocês sabiam que o outro nome para Terra do Nunca é O Pior dos Infernos? - comentou Hook recebendo olhares confusos de Emma e Charming, Daniel por outro lado sentiu um leve desconforto no estômago com as palavras do pirata.

— Okay, xerife. Eu beijei Regina, eu estava querendo-a de volta e achei que se a beijasse ela iria perceber o quanto me ama e voltaríamos a ser um casal, mas ela me jogou e me ameaçou depois do beijo, dizendo que eu não voltasse a procurá-la – disse Daniel em um folego só, sabia que Facilier iria ficar furioso com a sua confissão à xerife, mas não queria arriscar ser mandado para Terra do Nunca, depois ele iria se redimir com o bruxo - Pronto, confessei, só não me manda para Terra do - Daniel não pôde terminar a frase, pois foi atingido por Emma, já estava ficando algo frequente a xerife lhe acertar.

— O que você fez?! Eu vou matar você! – Emma já estava para agredir o homem novamente quando Hook e Charming a seguraram.

— Eu sabia que era algum mal entendido - respondeu Charming para filha sorrindo.

— Ela não traiu você Sw - Emma virou e atingiu o pirata no rosto, fazendo-o cambalear para trás - Tudo bem... Eu mereci - respondeu o pirata passando a mão no queixo, Emma definitivamente tinha uma força invejável.

— O que eu fiz? Eu duvidei dela, duvidei de seus sentimentos, mesmo depois dela ter confessado que me ama - Emma levou as mãos ao cabelo em desespero, Regina provavelmente não queria vê-la nunca mais - Ela não vai me perdoar, o que eu fiz?! Idiota! Idiota! – Charming segurou a filha e olhou em seus olhos, fazendo-a parar com os pensamentos negativos.

— Você tem que ir atrás dela, tem que se desculpar Emma... – disse Charming pegando a caixinha da jaqueta da filha e mostrando-a – Ainda está em tempo - respondeu entregando o objeto para filha, Emma sorriu e abraçou o homem.

— Regina e você têm muito o que conversarem - respondeu Hook tocando o braço da xerife, chamando sua atenção - E por favor, não desconfie dela novamente, sei que errei, mas ela ama você Swan, isso é uma certeza e dessa vez não estou errado – disse Hook mais aliviado por ter conseguido convencer tão facilmente Emma.

— Eu tenho que encontrá-la - disse Emma sorrindo e saindo em busca de Regina.

— É parece que o legado dos Charmings continua, estamos destinados a sempre encontrar nosso único amor - respondeu o homem orgulhoso de sua filha, Hook olhou para o homem questionando seu pensamento – Tire esse homem daqui antes que eu quebre a cara dele - respondeu Charming apontando para Daniel.

— Você está livre, agora vai embora e não volte a atormentar nossas filhas! - disse Hook empurrando o homem para fora da casa de Charming - Ei, vamos... Tenho certeza de que você não vai querer perder o reencontro daquelas duas - comentou o pirata para o outro homem, Charming sorriu e acompanhou Hook até a casa das Mills.

...

— Então quer dizer que eu, Snow White - Snow já deixava o álcool falar por ela, Maleficent olhava para a mulher com um sorriso nos lábios, Snow estava até suportável depois de doses de álcool - Serei avó do filho ou filha da minha madrasta? - Regina concordou pela terceira vez com a pergunta da mulher, estava aliviada por Snow não querer travar uma nova guerra com ela por causa disso – Isso tudo é tão cômico – confessou gargalhando com seu pensamento.

— Okay Snow, já chega de whisky. Quando você estiver sóbria com certeza vai querer me matar por isso – disse Regina tirando a garrafa da mão da mulher.

— Não Regina, Snow bêbada é a melhor - respondeu Maleficent sorrindo com a mulher ao seu lado.

— Eu não estou bêbada, só estou celebrando a grande notícia, espera! – disse Snow levantando depressa, sentindo uma leve tontura com a ação – Emma precisa saber, você precisa dizer a ela! – Snow correu para porta, mas caiu no degrau que antecede a saída – Estou bem, estou bem! – respondeu levantando-se e arrumando sua blusa, Regina se permitiu sorrir pela primeira vez depois do acontecido - Agora seremos obrigadas a nos tolerar Regina, e vou ajudar você com minha filh... - Snow não conseguiu concluir seu discurso, sentiu uma sensação nauseante e vomitou ali mesmo.

— NÃO ACREDITO! VOCÊ VAI LIMPAR ISSO! - gritou Maleficent vendo seu chão sujo com aquele líquido desagradável.

— Okay, vamos Snow, vou fazer um café para você –- disse Regina ajudando a mulher ir até a cozinha, naquele momento elas poderiam dar uma trégua para os insultos e implicância.

...

— REGINA! REGINA! - Emma entrou na casa gritando pela a mulher, assustando todos que estavam ali.

— Emma, finalmente! - Cora foi até Emma que parecia desesperada – Você tem que acreditar em Regina, ela não traiu você - Cora falava sem deixar Emma dizer alguma coisa.

— Eu sei, eu errei em duvidar de suas palavras. Céus! O que eu estava pensando?! – Emma então percebeu a presença dos demais ali – O que estão fazendo aqui?!

— Nós viemos tirar satisfação com Regina, mas Cora contou tudo o que aconteceu e o que Hook disse. Emma, foi tudo um mal entendido – explicou Elsa para a amiga.

— Eu sei, Hook fez Daniel confessar tudo. Eu deveria ter acreditado nela, será que ela vai me perdoar? – perguntou Emma parando seu olhar em Cora, estava nervosa com o que pudesse acontecer, não culparia Regina se ela não quisesse ver sua cara.

— Tenho certeza de que ela vai perdoar você Emma, Regina está – Ruby não conseguiu terminar sua frase, pois foi bombardeada por olhares desaprovadores – Está apaixonada por você, ela te ama, é claro que vai perdoar – respondeu a garçonete mordendo a língua, estava para dizer que Regina estava grávida.

— Preciso encontrá-la, preciso falar com ela. Onde ela está?!

— Ela está na casa de Maleficent – respondeu Henry. No mesmo momento Emma saiu correndo em busca do seu perdão. Henry olhou para as mulheres ali e deu de ombros – Não podemos perder isso! – disse o garoto, Ruby concordou e ficou de pé chamando os outros para acompanhá-la.

— Chegamos tarde?! Regina e Emma já conversaram?! – perguntou Charming ofegante pela a corrida até a mansão.

— Ela está indo encontrá-la, vamos – respondeu Cora chamando os demais, precisavam ver com os próprios olhos o que iria acontecer, se elas ficariam realmente bem.

...

Emma já estava cansando de tanto correr, sem seus poderes era impossível ela desparecer quando quisesse, desacelerou os passos ao ver que estava próxima a casa da amiga de Regina, enquanto andava se lembrava dos acontecimentos que a levaram até onde ela estava, a briga, a angústia nos olhos de Regina e a dor sufocante em seu peito, era uma dor que ela jamais queria sentir novamente e nem desejaria isso a Regina. Estava a algumas casas de Maleficent, seu coração acelerava a cada passo que dava, Regina provavelmente não iria querer vê-la depois de ter duvidado de sua palavra, duvidado de seu amor, mas ela tinha que tentar, pediria perdão quantas vezes fosse preciso.

— O que está fazendo aqui?! – quando Emma estava para tocar a campainha, Maleficent apareceu, fechando a porta atrás de si.

— Preciso falar com Regina.

— Emma eu entendo o que deve está sentindo, mas se veio aqui para gritar com Regina ou enlouquecer por algo que ela não fez, sugiro que vá embora. Ela não precisa de mais dor do que a já está sentindo – respondeu. Maleficent queria que aquelas duas conversassem, mas se Emma estivesse ali para causar mais dor em sua amiga, ela não iria permitir.

— Eu sei que pisei na bola, pisei feio, Regina provavelmente não irá me perdoar, mas tenho que dizer a ela, dizer que eu fui uma estúpida por ter duvidado dos seus sentim

— Emma?! – Emma já havia parado de falar assim que viu a porta atrás de Maleficent sendo aberta e mostrando Regina.

— Vou deixar vocês a sós – respondeu entrando em casa e deixando Regina e Emma sozinhas na rua. Alguém precisava ficar de olho em Snow.

As duas estavam paradas, olhando-se fixamente, queriam dizer tanta coisa que não sabiam ao certo como começar, o silêncio nunca havia sido tão constrangedor para as duas. Regina abaixou seu olhar quando ficou doloroso de olhar naquele par de esmeraldas e lembrar-se da dor que tinha visto anteriormente.

— Achei que não a veria tão cedo... – confessou Regina para si mesma, porém alto o suficiente para a mulher a sua frente entender.

— Regina... – Emma não sabia como organizar todas as palavras que corriam pela sua mente, queria falar tanta coisa que acabou não falando nada, apenas falou o nome que mais martelava em sua mente.

— Emma eu não traí você, eu jamais poderia fazer isso... – disse Regina voltando a olhar para Emma, esperava que a loira começasse a argumentar, porém estava errada, Emma segurou a mão da prefeita e ela parou de falar.

— De todos os erros que eu cometi nesses mais de trinta anos, o maior foi eu ter duvidado de você em relação aos seus sentimentos por mim – Regina deveria está acostumada com todas as sensações que aquela mulher lhe causava, mas parecia que a cada encontro, a cada toque, a cada palavra era uma sensação nova. – Eu perdi a cabeça quando Hook me falou do beijo, só de imaginar você com outra pessoa já me deixa furiosa, eu não tenho direito de descontar minha fúria em você, e o mais importante, não posso ser injusta com você – Regina sentiu um alívio ao perceber que Emma já sabia de toda verdade, estava tão feliz por isso, que não culpava a mulher por não ter acreditado nela, naquele momento ela só queria ouvir de Emma um "estamos bem" – Você acha que pode me perdoar? – perguntou a xerife nervosa com a possível resposta da prefeita, não sabia ao certo se queria ouvir a resposta para sua pergunta. Regina se aproximou mais de Emma e pôs seus braços em volta do pescoço da mulher, enquanto Emma levava suas mãos à cintura da prefeita, Emma podia jurar que estava ouvindo as batidas do coração de Regina, ou era apenas as dela mesmo. Regina colou sua testa com a da mulher e ficaram assim por alguns segundos, encontravam diversas maneiras de se comunicarem, palavras eram apenas uma alternativa.

— Eu perdoo você, mas se realmente queremos que isso dê certo, confiança será essencial nessa jornada, Emma. – Emma fechou os olhos ao ouvir as palavras da prefeita, provavelmente ela iria querer um tempo, Emma não poderia obrigá-la a nada. Regina levantou sua cabeça na altura certa para poder olhar nos olhos de Emma – Eu confio em você, ninguém nunca chegou tão longe comigo assim, você me conhece e me tem de uma forma que eu sinceramente, tenho medo, porque se um dia você soltar minha mão, eu provavelmente não serei capaz de me erguer novamente, às vezes pensar nisso me apavora – Regina terminou de falar esperando por alguma ação de Emma, esperava que a xerife entendesse seu recado. A Salvadora soltou a cintura de Regina apenas para levar suas mãos ao rosto da mulher, seus lábios se encontraram e Emma pôde finalmente ficar aliviada, Regina e ela estavam bem. Regina aprofundou o beijo, explorando a boca de Emma com sua língua necessitada para sentir o beijo.

— Você não precisa ter medo, eu jamais soltarei sua mão – disse Emma ainda sem abrir os olhos, gostava da sensação que o beijo de Regina lhe causava, era como chocolate quente em um dia frio, essencial. – Estamos bem? – perguntou já com os olhos na mulher a sua frente. Regina sorriu e concordou. A xerife soltou-se da mulher e deu alguns passos para trás, o que causou uma desconfiança em Regina. – Você consegue Emma! – sussurrou Emma.

— Emma? – Regina chamou a atenção da mulher, não sabia o motivo, mas as borboletas do seu estômago já estavam alvoroçadas.

— Lembra quando eu levei você até Boston e mostrei você sobre minha vida? – Regina afirmou – Eu nunca mostrei aquilo para ninguém, sempre quando eu tinha um novo casinho eu inventava uma linda história para minha vida, era mais fácil e eu não me importava com isso – Regina não pôde deixar de sentir uma leve onda de ciúmes com a menção de casinhos de Emma, balançou a cabeça tirando as perguntas desnecessárias e voltou sua atenção para a loira – Em nenhum momento eu estava realmente feliz, nem com a minha profissão dos sonhos, nem com o dinheiro e todas as facilidades que vinham com ele, eu só estava esperando o momento para aquilo tudo acabar, não me importava como. Henry me mostrou que eu poderia ter outra chance, uma chance de acertar dessa vez, na primeira vez que eu pisei em Storybrooke senti que estava no lugar certo, e quando eu encontrei você realmente pensei que poderia ser mais uma para minha lista de mulheres atraentes que eu iria dormir – Regina cruzou os braços com o comentário, o que fez Emma dar um leve sorriso – Mas então eu percebi que com você era muito mais do que uma noite, eu me vi apaixonada por você e só o que eu queria era poder ter você na minha vida de algum modo, nem que fosse como amiga e então você resolveu me dar uma chance, e nos seus braços eu finalmente entendi o significado de lar. Quando eu abri minha vida para você, foi porque eu entendi que seria a única em minha vida, quem eu queria compartilhar até os mínimos detalhes. – Regina deixava suas lágrimas caírem involuntariamente, não se dava o trabalho de enxugá-las, pois estava muito atenta a cada gesto e palavra da mulher a sua frente. Há alguns metros das duas, Hook e Ruby choravam feito bebês que acabaram de perder seu melhor brinquedo, os dois não aguentaram e caíram em lágrimas com as palavras de Emma. O resto da turma mantinha atenção nas duas mulheres à frente – Apesar de muito tempo duvidar do destino, foi ele que nos trouxe uma para outra, passei a acreditar que em algum lugar nossa história está toda escrita, eu sei, clichê e patético quando se fala alto, mas é o que penso. Sei que nosso relacionamento não será mágico, cheio de flores e pássaros cantando em nossa volta, vai ser difícil Regina, mas sempre que parecer impossível de se continuar, sei que ao olhar em seus olhos posso ver os motivos pelo qual estamos juntas, em cada sorriso que você esconder por algo estúpido que eu disse, em cada beijo e suspiros, eu saberei exatamente o porquê escolhi você para ficar ao meu lado pela eternidade. – Regina já estava começando a desconfiar do que tudo aquilo se tratava, seu coração já estava tão acelerado que podia jurar que a qualquer momento ele sairia de sua caixa torácica – Eu sei que sou idiota, falo coisas idiotas e espero que você possa conviver com isso. Eu queria achar uma palavra melhor, uma frase mais romântica para realmente mostrar como eu me sinto em relação a você, mas não consigo pensar em nada melhor do que: Eu te amo, eu amo você Regina Mills, amo seu sorriso, sua gargalhada, seus diversos olhares, no qual aprendi a decifrá-los cada um, mas especialmente, eu amo seu coração, eu o conheço e sei o quão puro ele se tornou... - Regina segurou no pequeno corrimão ao seu lado quando viu o que estava acontecendo, não podia acreditar no que estava vendo, pediu aos deuses que aquilo não fosse sonho, que fosse real, quando achava que não podia se apaixonar mais por Emma Swan, ela conseguia encontrar um jeito de fazê-la cair de amores novamente. Tudo a seu redor pareceu desaparecer, só existia ela e a mulher que estava apoiada em um joelho e com uma caixa aberta em direção a Regina, mostrando um lindo anel – Regina Mills, você aceita casar comigo? – Emma tinha a sensação de que podia desmaiar a qualquer hora, não sabia como tinha conseguido dizer todo seu discurso sem tropeçar nas palavras, a cada segundo que Regina demorava era uma batida mais lenta no coração de Emma.

— Emma... O que... – Regina estava sem palavras, um turbilhão de sentimentos passeava pelo seu corpo, deixando seus sentidos desnorteados – É óbvio que eu aceito, eu aceito! Céus! Eu amo você, minha idiota! – respondeu Regina levantando Emma e a puxando para um beijo, Emma tentava segurar a caixinha para não cair, mas era difícil manter suas mãos longe da prefeita.

— Sua idiota, e agora você se comprometeu com o para sempre. Espero que esteja ciente de que isso é um longo tempo – respondeu Emma colocando o anel em Regina, finalmente pôde ficar mais aliviada.

— Não me importo, contanto que eu esteja ao seu lado – respondeu Regina capturando novamente os lábios da mulher. Todos que estavam espionando já estavam aos prantos, até mesmo Henry por mais que quisesse esconder, dava para notar as lágrimas escorrendo por aqueles olhos. De uma hora para outra começou a nevar, Regina não poderia pensar em um pedido melhor do que aquele.

— Eu estava morrendo aos poucos por dentro, achando que você não me escolheria, achando que iria dizer não – confessou Emma.

— Emma, você ainda não entendeu? Eu escolhi você, eu sempre escolherei você, Emma. – respondeu Regina olhando fixamente naqueles olhos que tanto amava, Emma sorriu envergonhada e a beijou. Regina não poderia pedir por mais em sua vida, casamento, filhos e uma promessa de para sempre, era assim que seguiria com Emma.