A Love Like Ours escrita por Sky


Capítulo 12
Welcome To Storybrooke


Notas iniciais do capítulo

Olá olá, resolvido o nome para Cora e Hook, será Captain Heart



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...

— Eu tenh – Emma calava Regina com beijos curtos, causando o sorriso nos lábios da prefeita e um conforto em seu coração – Emma! – respondeu Regina desviando dos beijos da loira – Eu tenho que ir, não quero que Snow arruíne minha noite – disse Regina levantando-se do sofá, mas Emma ainda segurava sua mão –


— Não vai... – Emma inclinou a cabeça para o lado, fazendo sua melhor expressão de tristeza – Logo agora que eu finalmente posso te beijar sem você querer me jogar uma bola de fogo, você quer ir embora... – Regina escondeu o sorriso e arqueou uma sobrancelha, vendo o rosto de Emma se tornar ainda mais adorável –

— Quem diria que você seria uma carente apaixonada? – Regina agora sorria ao ver a coloração avermelhada tomar conta do rosto de Emma –


— Não pode me culpar, fiquei há mais de trinta anos sem você, não posso perder mais nenhum minuto – e com essa frase Regina sabia que com Emma ela iria se apaixonar todos os dias, pelo resto de sua vida, com cada gesto ou palavra que Emma fizesse ou dissesse, não importando quão idiota pudesse parecer. A prefeita abaixou-se e capturou os lábios da loira, fazendo Emma suspirar com a atitude inesperada da prefeita –

— Eu realmente preciso ir – Regina se afastou novamente de Emma, mesmo contra sua vontade, porém Emma segurou seu braço, impedindo-a de sair, Regina percebeu pelo o modo como Emma a segurou que algo ainda estava incomodando-a, se perguntou se tinha sido clara o bastante em relação aos seus sentimentos – O que houve? Sei que algo está incomodando-a – comentou Regina sentando-se ao lado de Emma, a loira respirou fundo, por mais que estivesse com medo da resposta, teria que fazer a pergunta, olhou para Regina que agora parecia preocupada –

— Regina, você não sabe o quanto eu estou feliz por estarmos na mesma página do livro, mas preciso saber... – Emma abaixou sua cabeça, fixando seu olhar em uma mancha de ketchup no sofá de sua mãe, não conseguia enfrentar os olhos de Regina, não quando os seus estavam gritando medo – O que somos? – Regina levou sua mão de encontro com a de Emma e apertou levemente, em um pedido para ela levantar sua cabeça, Emma voltou a olhar para Regina – O que vai acontecer? Por que eu não posso ficar com você enquanto está com Robin... Eu não sou assim, não é certo – Regina olhava para Emma tentando buscar em sua mente o motivo daquela linda criatura diante de si ter se apaixonado por ela. A prefeita sorriu com seus devaneios e voltou à realidade para dar uma resposta sensata para a xerife –

— Não se preocupe, vou terminar tudo com Robin, ele é um bom rapaz e não seria justo eu trair sua confiança. – Regina beijou a testa de Emma e sentiu as mãos da loira em volta de sua cintura, abraçando-a, naquele momento percebeu que desde que Emma chegara a Storybrooke esse era o primeiro abraço que elas partilharam, Regina pôs seus braços em volta da nuca de Emma e segurou a loira por alguns momentos – Obrigada – respondeu Regina próxima à orelha de Emma, as duas se afastaram um pouco, mas Emma ainda a segurava na mesma posição – Obrigada por não desistir de mim – Emma tirou um fio de cabelo que insistia em atrapalhar a visão da prefeita, colocando-o atrás da orelha de Regina -

— Eu jamais poderia desistir de você, Regina. Eu escolhi você para ficar na minha vida pela eternidade, eu escolhi você e não importa o que possa acontecer nesse nosso mundo maluco, eu sempre irei te escolher – Regina deixou suas lágrimas voltarem aos olhos, mas agora com um sorriso acompanhando-as, eram lágrimas de felicidade. Emma enxugou o rosto da prefeita com suas mãos e beijou seu rosto – Espero que sejam lágrimas de felicidade – comentou a xerife –


— Você ainda tem dúvidas? – selaram mais uma vez os lábios, mas se afastaram ao ouvir passos se aproximando e a voz de Snow ficando cada vez mais audível – Preciso ir – foi tudo que Regina disse antes de desaparecer em sua fumaça, Emma tocou seus lábios ainda sentindo os de Regina contra os seus –

Snow entrou em seu apartamento junto com o marido e filho, seus olhos imediatamente foram para o sofá onde Emma estava deitada com um sorriso imenso no rosto, e um olhar distante como se estivesse pensando em algo muito bom, Snow sorriu e chamou David para olhar a filha.

— Viu? Eu disse que meu plano daria certo – sussurrou a mulher para David, o homem percebeu os lábios da filha com um tom avermelhado, como se ela estivesse acabado de dar um beijo em alguém que fosse dona de um batom vermelho. David levou seu filho para o quarto, o pequeno Neal adormecera com a caminhada até a casa – Emma?! – Emma endireitou-se no sofá assim que ouviu a voz lhe chamar, a loira parecia assustada apesar de saber que sua mãe já estava chegando – Vejo que se divertiu, não é mesmo? – Snow apontou para os lábios, o que fez Emma pensar que provavelmente o batom de Regina tinha deixado sua marca, a loira corou ao ver os olhos curiosos de sua mãe sobre si – Então, vai me contar como foi o encontro? Zelena é um amor, não é mesmo? – Snow disparava perguntas que Emma queria ao máximo evitar -


— Conversamos depois, okay? – pediu Emma levantando-se ainda envergonhada, o que fez sua mãe sorrir ainda mais –

— Tudo bem, querida – Snow levantou e abraçou sua filha – Durma bem e sonhe com Zelena – Emma olhou para sua mãe espantada, a mulher apenas piscou para a xerife. David apareceu na sala com um semblante sério, que fez Emma se perguntar se ele e sua mãe estiveram discutindo –

— Boa noite – respondeu Emma para os dois fazendo seu caminho até a porta, David acompanhou a filha na tentativa de ficar alguns segundos a sós com Emma –


— Como você pôde? Achei que fosse lutar pela Regina e não sair por aí beijando a irmã dela – sussurrou David enquanto fechava a porta atrás de si –

— O quê?! Eu não beijei Zelena, foi a Regina! Ela me beijou, pai! – David sorriu e abraçou a filha, não sabia se estava mais feliz por Regina ter beijado sua filha, ou Emma ter lhe chamado de pai –

— Charming! – chamou Snow fazendo o homem parar de rodopiar sua filha –


— Reunião amanhã, eu, você, Ruby e Henry, precisamos conversar – disse Charming dando um beijo na filha e entrando para encontrar sua esposa. Emma fechou seu casaco e foi para seu apartamento, iria dormir como um anjo naquela noite –


...


Regina apareceu na sala de sua mansão, o sorriso que insistia em permanecer em seus lábios deixava-a parecendo uma adolescente que se apaixonara pela primeira vez, fez seu caminho para o quarto, mas parou percebendo algo estranho, quando pensou em acender a luz, alguém foi mais rápido.


— Por onde você andou mocinha?! – Regina respirou aliviada ao ver sua mãe sentada na poltrona da sala, esperando-a como se fosse alguma colegial –

— O que você está fazendo acordada há essa hora? – perguntou Regina se aproximando da mãe e tirando o casaco, sentando diante da mulher –


— Por favor, não me diga que você estava até agora com aquele rapaz – Cora tentava ao máximo não mencionar o nome de Robin, não gostava nem um pouco do rapaz.

Regina tentava esconder o sorriso, mas sabia que em alguma hora sua mãe iria acabar descobrindo, então não se importou em demonstrar a felicidade na qual estava. Cora arqueou uma sobrancelha esperando uma resposta de Regina, mas de repente tudo pareceu ficar muito claro para a rainha.

— Você não estava com ele, aquele homem jamais conseguiria arrancar um sorriso como esse – Cora sorriu maliciosamente e sentou ao lado da filha – Você estava com a xerife... – Regina olhou para sua mãe e concordou com a cabeça – Oh minha querida – a mais velha abraçou sua filha sentindo a felicidade que agora se instalava no coração de Regina – Eu sabia que você acabaria percebendo que estava perdendo tempo com a pessoa errada, a filha dos Charmings é seu destino, meu amor... Eu sempre soube – Cora queria nunca mais soltar a filha, há muito tempo não a via sorrir assim, claro que sempre estava feliz com Henry, não há duvidas nisso, mas eram amores diferentes que se completavam, Henry e Emma eram exatamente o que faltavam na vida de sua filha –


— Não imaginava que iria me sentir assim, mãe. Emma é... – Regina tentava buscar alguma palavra que se encaixasse perfeitamente em Emma, mas nenhuma parecia o bastante –


— Ela é seu amor verdadeiro, sempre foi. Nunca Daniel ou Robin, você estava esperando por Emma e o destino fez seu trabalho – as palavras de Cora realmente faziam sentindo para Regina, a prefeita estava se odiando por ter demorado tanto para aceitar seus sentimentos, mas talvez todo esse tempo deva ter sido necessário – O que vai fazer com aquele ladrãozinho? – perguntou Cora –


— Amanhã terei uma conversa com ele – Regina levantou, querendo finalizar a conversa – Preciso terminar tudo, enfim, amanhã conversamos melhor, mãe. – Cora concordou e observou sua filha subir para o quarto –

....


Regina andava pelo bosque de Storybrooke, procurando por um certo fora da lei, passou os olhos pelo bando reunido, então escondeu-se atrás de uma árvore, procurou por Robin, porém não o encontrou, observou Roland gargalhar enquanto Mulan corria atrás do pequeno garoto, os outros homens estavam entretidos em uma conversa que Regina não se importou em saber, virou-se para voltar ao seu escritório já que não encontrara o homem, foi quando sentiu braços fortes segurando-a.

— Procurando por mim, meu amor? - Robin trouxe Regina para perto de si bruscamente, e capturou os lábios da mulher. Regina empurrou o homem com força, fazendo-o cair no chão - Wow, um pouco agressiva , não é? - Robin levantou-se e limpou a sujeira de sua roupa - A que devo a honra, meu amor? - perguntou por fim -

— Precisamos conversar - respondeu Regina mantendo uma expressão séria, ainda irritada por Robin ter beijado-a, o homem estudou a prefeita por alguns segundos, sabia que não iria gostar do que a mulher estava prestes a dizer - Eu prefiro que fôssemos para outro lugar - Robin concordou e se aproximou de Regina, que logo usou sua mágica para levá-la a sua casa, mas especificamente no pequeno escritório -

Robin sentou diante da prefeita que estava em sua cadeira usual, a mulher olhava para o homem enquanto parecia colocar as palavras certas em ordem para dizer ao homem que não poderia casar com ele, Robin já estava ficando impaciente com aquele silêncio perturbador, levantou e foi até a prefeita, que deslizou sua cadeira um pouco para trás, evitando uma proximidade com o homem.


— Bom, estamos aqui, o que aconteceu? - perguntou tentando encontrar algum motivo para a atitude de Regina, a prefeita parecia está evitando algum contato com o homem, o que fez Robin ficar preocupado -


— Eu não posso mais continuar com isso, Robin - Regina soltou a frase calmamente, assim como sua respiração - Estou terminando com você - Robin sorriu, na verdade gargalhou, Regina continuou a observar o homem, se perguntando se ele tinha sido atingido por algo na cabeça -


— Sempre adorei esse seu humor - Robin continuou a sorrir - Então, já que estamos aqui, eu estive pensando em fazer nossa cerimônia em sua casa, apenas com amigos mais próximos - Regina olhava incrédula para o homem, tinha certeza que havia sido clara o bastante. -

— Você não me ouviu?! - Regina levantou, sua expressão agora era de chateação e impaciência - Nós acabamos, Robin. Não haverá mais casamento, não existe eu e você, Robin e Regina felizes para sempre não irá acontecer, acabou! - respondeu sem paciência, Robin segurou os braços da prefeita, apertando sem se importar se estaria machucando-a - Está me machucando! - disse Regina sentindo dor em seus braços, o homem continuava a apertar, cravando as curtas unhas na pele delicada de Regina -

— O que você está falando, Regina? Nós vamos casar! - respondeu o homem com um sorriso assustador, Robin sabia que precisaria se casar com Regina para poder tomar seu coração, sabia que a prefeita guardava o coração em algum lugar e provavelmente só iria voltar a usá-lo quando finalmente estivesse feliz, Robin imaginou que um casamento faria a mulher feliz -


— ACABOU ROBIN! - Regina falou alto o suficiente a ponto de sua mãe poder ouvir. Conseguiu soltar-se do homem e se aproximou - Você não é meu amor verdadeiro, nunca foi e jamais será, e pensar que eu me deixei ludibriar por uma tatuagem e uma conversa barata de uma fada - Regina se afastou de Robin e esperou o homem ir embora -

— Isso é por causa daquela xerife, não é mesmo?! - o homem inflou o peito como se a atitude lhe desse algum poder sobre algo - Ela vai sofrer Regina, vou fazê-la sofrer como nunca antes, ela vai desejar nunca ter sobrevivido à maldição. - ao ouvir as palavras de Robin, Regina sentiu uma onda eletrizante percorrer por seu corpo, algo naquele sorriso aterrorizante e confiante de Robin deixou a prefeita preocupada, mas não deixou transparecer. A rainha avançou no homem, segurando seu pescoço e o tirando do chão, o sorriso nunca deixando os lábios do fora da lei -

— Se você fizer algo com Emma vai se arrepender profundamente. Eu acabo com você e com todos que você ama, inclusive seu pequeno filho! - Regina falava serrando os dentes, a raiva claramente em seu tom de voz, Regina não seria capaz de machucar Roland, mas Robin não precisava saber disso. A prefeita soltou o homem, que não se deu o trabalho de procurar por ar, parecia que nada havia acontecido a ele -

— Olho por olho, meu amor - disse Robin em uma tentativa de intimidar Regina, o homem se aproximou da porta para ir embora - Machuca meu filho e farei o mesmo com o seu! - Regina formou uma bola de fogo e jogou em Robin que desviou, por pouco não acertava o homem - Está avisada, prefeita - o homem saiu, o que fez Regina ficar mais aliviada -


Regina sentou na cadeira, descansando sua cabeça no material macio, sentiu seu braço arder e incomodar, mas ignorou, estava pensando nas palavras de Robin, nunca havia presenciado o homem daquele jeito, com raiva e cheio de ameaças, aquele sorriso aterrorizante, como se fosse algum louco deixou Regina preocupada. Fechou os olhos por alguns minutos, precisaria proteger a todos que ama, principalmente Henry e Emma, depois da clara ameaça de Robin, ela teria que ficar de olhos bem abertos de agora em diante. Sorriu ao pensar que um problema a menos estava resolvido, agora era uma pessoa livre, pelo menos por enquanto, mal esperava para encontrar Emma e contar a novidade. Nunca poderia imaginar que ficaria uma boba apaixonada como estava agora, e para ser honesta, ela não se importava com isso, perdeu muito tempo ignorando a possibilidade de ser feliz e agora que Emma estava disposta a andar ao seu lado, ela só queria que continuasse assim.


...


— BASTA! VOCÊ FALHOU, ROBIN HOOD! FALHOU! COMO VOCÊ ESPERA ME TRAZER O CORAÇÃO DA RAINHA? - a sombra do homem gritava pelo bosque, sua ira trazendo escuridão ao céu -


— Eu vou trazê-la, por favor, só preciso que espere por mais alguns dias. Eu não vou trazer só o coração de Regina, vou trazê-la a você! - a sombra parou diante de Robin, parecendo gostar da ideia - Mas como você vai trazer Marian de volta, se você não está na Floresta Encantada? - questionou Robin -


— Não questione meus métodos, insolente! - a sombra corria entre as árvores em uma velocidade impossível de acompanhar a olhos humanos, de repente uma imagem apareceu entre as árvores, parecia bastante com a loja de Gold, mas não era Storybrooke. - Não é só o Senhor das Trevas que tem sua boutique. Aqui é onde eu guardo os corpos mais importantes - Robin arregalou os olhos, pensando o quão assustador aquele homem era - Você se impressionaria ao saber quantos têm, com um pouco de magia e um coração novo, os mortos voltam à vida, meu rapaz. - a imagem desaparecia gradativamente, como uma nuvem de passagem - Mas não tema, estou pensando em ser o novo morador de Storybrooke... - e com essa última fala o homem desapareceu -

Robin olhou ao redor do bosque apenas para ter a certeza de que ninguém havia visto aquela cena, esperou alguns segundos e saiu do lugar. Uma fumaça verde apareceu no local, dando forma a uma ruiva bastante conhecida, Zelena nunca poderia imaginar que aquele homem imprestável estava planejando algo tão cruel assim. Era claro que às vezes sentia vontade de matar Regina, mas ela nunca seria capaz de fazer tal coisa, era assim que elas viviam, brigando e depois voltando à relação de amor e ódio, não poderia permitir que alguém matasse sua irmã, principalmente para trazer de volta uma pessoa insignificante, porém, não queria que sua irmã atrapalhasse o possível relacionamento que ela poderia ter com Emma.

— Pensa Zelena, pensa! - dizia Zelena enquanto andava pelo bosque - Você não pode deixar sua irmã morrer, ela é uma víbora, mas é sua irmãzinha. Porém, ela é a única coisa que está impedindo Emma de ficar com você. Pensa Zelena... - os pensamentos de Zelena pareciam correr em sua mente - CLARO! Você precisa deixar sua irmã viva, e fazer com que ela não fique com Emma. Bom, isso vai me custar uma vida, mas valerá a pena - Zelena sorriu vitoriosa, tinha o plano perfeito, só precisaria da ajuda de um velho amigo -

...


— AI MEU SANTO LOBO! - gritou Ruby agarrando Emma e rodopiando a amiga em felicidade - Não acredito que isso aconteceu! -


— Eu sabia, mãe! - Henry correu e juntou-se às mulheres, abraçando as duas -


— Como isso aconteceu? - perguntou Charming trazendo quatro copos de suco para os que estavam ali, eles estavam reunidos no apartamento de Ruby -


— Eu estava em jantar com Zelena, que por sinal foi planejado por uma certa Snow, eu não estava esperando Zelena, mas ela até que é uma ótima pessoa, engraçada, inteligente - Emma adorava dar detalhes insignificantes de suas histórias, Ruby, Henry e Charming trocaram olhares cúmplices, sabendo que iria demorar uma eternidade até Emma ir direto ao ponto -

— Okay, mãe. Tia Z é um máximo, sei disso, mas vamos para a parte importante. Mamãe e você - comentou Henry recebendo um obrigado de Charming e Ruby -


— Ei! A história é minha, gosto de dar detalhes, mas enfim, como preciso voltar ao trabalho em vinte minutos vou resumir - respondeu Emma, os três haviam insistido que a xerife contasse toda história durante seu horário de almoço, Ruby não conseguia mais esperar para ouvir a linda história - Quando Zelena foi embora, Regina apareceu, falou várias coisas que me fizeram sair de órbita, eu estava hipnotizada por aquela voz e o que ela dizia fazia meu coração saltar do peito - Ruby tinha lágrimas de emoção, Emma e Regina eram melhor que muitos casais de filmes românticos que ela assistira - Ela confessou que estava apaixonada por mim... - Emma sorriu como se estivesse revivendo o momento - E então me beijou...e ficamos assim até ela ouvir a voz de Snow, então foi embora, me prometendo que iria romper com aquele homenzinho repugnante -

— Finalmente! Achei que Regina continuaria negando os sentimentos - comentou Charming - Estou feliz por você, Emma. Conheço Regina há anos, ela se transformou em uma mulher admirável e você pode até não acreditar, mas você foi o motivo da mudança, você mesmo sem perceber acabou ajudando-a a ser uma pessoa melhor - disse Charming com orgulho de sua filha, Emma sorriu em agradecimento, não pensou que seu pai iria apoiar tão facilmente seu envolvimento com Regina -

— Charm tem razão, Em. Regina mudou desde que você veio para Storybrooke, até mesmo antes de quebrar a maldição, eu mesma via os sorrisos discretos que ela dava quando você saia, ela estava totalmente na sua, quer dizer, ainda está - completou Ruby -

— Finalmente vamos ser uma família completa - Henry abraçou sua mãe, que apenas bagunçou o cabelo do filho, para depois abraçá-lo forte - Agora vamos ao próximo passo: O primeiro encontro! - disse animado, Emma gargalhou - É sério, mãe. -

— O garoto está certo, o dia dos namorados está chegando, você deveria convidá-la para um encontro - disse Charming olhando para Ruby, como se pedisse apoio -


— Eu até pensei, mas Regina não parece muito ser uma mulher que gosta de encontros - Emma sentou diante de seu pai e ao lado de Ruby com Henry -


— Mamãe adora romantismo, ela só não admite, mas adora. Já vi diversas vezes ela chorando por algum filme bobo romântico, ela acha que nunca vi, mas acontece constantemente - respondeu Henry causando espanto nos que estavam ali - Droga! Não podem me entregar, se ela souber que eu disse isso, estou de castigo pelo resto da minha vida - pediu preocupado -

— Primeiramente, olha a linguagem. Se Regina ouvir você falando "droga" ou outras expressões minhas, ela me mata e depois que eu estiver morta, ela me mata novamente, só para ter certeza de que estou morta. - respondeu Emma, Ruby sorriu ao ver Henry concordando com o sermão - Segudamente, espera, não existe segundamente. Enfim, em segundo lugar, tudo bem, vou chamá-la para um encontro - disse Emma fazendo um hi-five com o pai -

— Depois falamos mais sobre o encontro, preciso voltar, Granny provavelmente deve está enlouquecendo com Tinker, agora ela é a nova garçonete - comentou Ruby levantando e se despedindo dos outros, Emma ainda não conseguia gostar da fada, talvez isso nunca aconteceria -

— O que acha de voltarmos ao treino com as espadas, príncipe? - perguntou Charming ao neto, Henry se despediu de sua mãe e acompanhou o avô -

— Treino? Já passamos disso, vovô - comentou Henry tirando sarro do homem, Emma acompanhou os dois até a rua, antes trancou a porta de Ruby, e depois seguiu para o trabalho -

....


— Até quando vou ter que fingir que sou seu jardineiro, meu amor? - Cora andava pelo parque da cidade acompanhada de Hook -


— Mas você não está fingindo, você é meu jardineiro, e meu caso - respondeu a mulher deixando o homem irritado -


— Cora... Eu não quero ser apenas seu caso, eu realmente gosto de você - Cora gargalhou e tocou o braço do homem, fazendo-o parar de andar -


— Tem certeza de que você é um pirata? Porque está parecendo uma mocinha indefesa apaixonada - comentou Cora, Hook bufou e fez menção em voltar a andar, mas a mulher o segurou - Eu realmente aprecio sua companhia, querido. - Hook arqueou uma sobrancelha e sorriu maliciosamente - Você sabe como minha filha não é sua maior fã, preciso de tempo para que ela se acostume com a ideia de eu começar a ver outras pessoas, principalmente essa pessoa sendo você. Dou-lhe a minha palavra que logo Storybrooke saberá do mais novo casal - Hook não gostava muito de ter que guardar segredo, mas respeitaria Cora -

— Até hoje não entendo o que fiz para receber o desprezo de Regina - comentou Hook começando a andar novamente com Cora segurando seu braço, ambos estavam confortavelmente bem naquela posição -


— Oh querido, você olhou para Emma por mais de cinco segundos, isso é o bastante para ganhar o ódio da minha filha - Hook girou os olhos, observou em volta, não havia ninguém conhecido, rapidamente capturou os lábios da mulher em um selinho que a deixou desconcertada - Você é incontrolável, capitão - disse Cora em meio a risos -


— Pode ter certeza que sim, coração - piscou o homem, continuaram a andar pelo parque até encontrar um lugar perfeito e distante de todos para um breve piquenique -


....


— Hum... Está uma linda noite para caminhar... - comentou Emma para si mesma, a xerife estava parada em frente ao trabalho de sua amada, esperando-a sair. Olhou para os lados a procura de alguém, mas a rua estava vazia, se aproximou do carro de Regina e furou os pneus dianteiros - Desculpa Regina, mas hoje vamos andando... - Emma olhou para janela do escritório de Regina e não viu nenhum movimento, correu para trás do carro e furou os pneus traseiros, guardou o objeto cortante no bolso, fechou o casaco e esperou a dama descer - Mas que coincidência - disse Emma ao ver Regina saindo - Estava passando por aqui e de repente você aparece, esse destino não cansa de nos surpreender - respondeu Emma se aproximando e roubando um selinho de Regina -

— São 18h35, exatamente o horário que saio, não é destino se é previsível - comentou Regina arqueando uma sobrancelha, sabia que a figura estava aprontando alguma -

— Nossa, só estava tentando ser romântica aqui - Emma pôs suas mãos no casaco, sentindo o frio atravessar as luvas -


— Fico feliz em encontrá-la... - Regina tirou as mãos de Emma do casaco e colocou-as em volta de sua cintura - Na verdade, estava me perguntando por que ainda não tinha visto você hoje - Emma sorriu e beijou a mulher provocante a sua frente, sabia que o movimento na rua do escritório de Regina a essa hora era quase nenhum, então aproveitou ainda mais os lábios da morena - Bom, xerife. Tive um dia cheio, preciso ir - Emma concordou com a cabeça, não hesitou nem nada, sabia que Regina não iria a lugar algum, a prefeita se despediu e entrou no carro, assim que deu partida ouviu um barulho estranho e percebeu que não estava se movendo. Emma assistia tudo colocando sua melhor expressão de surpresa, Regina saiu do carro, com as mãos na cintura e com a irritação subindo a cabeça - Eu juro que ainda mando aqueles garotos perdidos para Terra do Nunca! -


— Esses garotos nunca aprendem... - comentou Emma tentando parecer tão irritada quanto Regina - Não se preocupe, eu a acompanho até sua residência, prefeita - Regina semicerrou os olhos para Emma, tinha quase certeza de que a xerife de alguma forma estava por trás daquilo -

Regina fez uma nota mental, assim que chegasse a seu escritório amanhã checaria as câmeras de segurança que ficam capturando tudo em volta da prefeitura, iria saber quem foi o responsável pelos pneus furados. 
Andava lado a lado com Emma, ouvia a xerife contar como havia sido a reação de seu pai, Ruby e Henry, sorria ao ver o quão empolgada Emma estava, sempre sorrindo ao contar, Regina apenas se limitava a fazer curtos comentários para que a loira continuasse, logo se pegou pensando na conversa que tivera com Robin, e como a reação dele lhe causava incômodo.

— Já falei demais, agora me diz o que aconteceu com você? - perguntou Emma tocando o braço de Regina, a prefeita fez uma expressão de incômodo que não passou despercebido por Emma - Regina, o que houve? - pediu ficando preocupada -


— Dor de cabeça infernal - respondeu esperando que Emma acreditasse -

— Que eu saiba dor de cabeça é na cabeça, quando se toca no braço não dói - Emma insistiu e tocou novamente no braço de Regina -


— Não foi nada grave, caí sobre meu braço, só está um pouco dolorido - Regina explicou e continuou a caminhar com Emma. A xerife sabia que Regina estava mentindo, ela sempre sabia, mas resolveu não insistir, tinha outros meios de saber a verdade -


— Entregue, sã e salva - respondeu Emma acompanhando Regina até a porta - Não sei por que você usa o carro, caminhando em dez minutos você está em casa - Regina ignorou o comentário e abriu a porta - Espera... Eu estava pensando em, quem sabe, talvez, mas só se você não estiver mais com Robin, e se realmente quiser - Emma falava rápido o que deixava Regina perdida em alguns momentos -


— Eu aceito Emma - respondeu Regina supondo a pergunta -

— O quê? - Emma arqueou uma sobrancelha, será que Regina sabia realmente o que ela iria perguntar? - O que eu iria perguntar? - desafiou a xerife -


— Você aceita sair para um encontro comigo? - respondeu Regina, essa seria a pergunta que ela sabia que Emma iria perguntar -


— Bom, minha agenda é muito lotada, mas posso achar um horário para você, é claro que aceito sair com você - respondeu Emma como se Regina fosse quem estivesse chamando-a para sair. A prefeita girou os olhos e fechou a porta na cara de Emma - Qual é, Regina?! Foi uma brincadeira... - disse Emma batendo na porta, pedindo para a mulher abrir - Sem beijo de boa noite? - nenhuma resposta - Tudo bem, isso não muda o que sinto por você - Regina sorriu do outro lado da porta e subiu para o quarto depois de ver Emma indo embora -


...


Uma fumaça negra percorria as ruas de Storybrooke como se estivesse à procura de algo, a noite fria na cidade deixava todos seguros em casa, depois de explorar a cidade a fumaça finalmente parou, ficou parada em frente à mansão Mills, a fumaça subia como se estivesse formando alguém, aos poucos deu vida a um ser, um homem alto, com lábios carnudos, cartola e apoiando-se em uma bengala, não porque precisasse, mas começou a usar por costume de um longo tempo vivendo na antiga New Orleans, o sorriso largo aumentou ao sentir a presença de alguém ao seu lado.

— Bem vindo a Storybrooke - disse a mulher aparecendo em uma fumaça verde -

— Como poderia negar um pedido seu, minha querida - o homem beijou a mão de Zelena e deu seu braço para ela segurar - O que posso fazer por você? - perguntou enquanto caminhava com a ruiva -


— Um passarinho verde me contou de seus planos com Robin Hood, tenho algo melhor para lhe oferecer - o homem abriu mais uma vez o sorriso enquanto ouvia tudo o que Zelena explicava -


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo vocês irão descobrir a identidade deste ser, apesar de está bem na cara ;) na "realidade" ele não tem tanto poder assim, na minha fic eu dei um pouco mais de poder a ele. aaaaah, Emma vai descobrir sim a causa do incômodo no braço de Regina, estou preparando um capitulo de Valentine's Day *-* só não sei se será o próximo, provavelmente não, enfim, me contem o que acharam, o que precisa ser melhorado, o que gostariam de ver na fic...
Bjors