A Love Like Ours escrita por Sky


Capítulo 10
You Are My True Love


Notas iniciais do capítulo

Olá olá, quero agradecer as duas pessoas que fizeram incríveis recomendações nessa fic, muito obrigada SoyMuyFan e JovemDelRey, adorei! Enfim, eu sinceramente queria ter feito algo melhor no final do capítulo, mas irei compensar nos próximos.
Boa leitura!



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...

— Srta. Boyd, qual a parte do "não incomode", você não entendeu? – Regina levantou seu olhar para a porta, um olhar furioso que fez Ashley se arrepender de ter entrado na sala –

— Desculpe senhora prefeita, mas o Sr. Hood está aqui, achei que talvez a senhora abrisse uma exceção para recebê-lo – respondeu Ashley olhando para seus pés, Regina respirou fundo, não estava disposta a receber Emma, muito menos Robin –

— Srta. Boyd, eu não lhe pago para "achar" algo, eu fui bem clara ao dizer que não queria receber ninguém – Ashley engoliu a seco sentindo os olhos da prefeita analisando-a, Regina levou suas mãos as têmporas, sentindo um leve incômodo – Mande-o entrar, e que essa seja a ultima vez que você "acha" alguma coisa quando eu lhe dou uma ordem, Srta. Boyd – Ashley concordou com a cabeça, sentindo um frio na espinha ao ser repreendida pela prefeita–

— Meu amor – Robin sorriu e foi em direção à Regina, a prefeita estava muito cansada para sequer forçar um sorriso – Parece que não a vejo há anos, estava com saudades – Robin estava com as costas apoiada na mesa de Regina e de frente para a mesma, o homem abaixou um pouco para juntar seus lábios com os da prefeita, mas Regina virou o rosto, parecia que depois de ter tocado os lábios de Emma, todos os outros pareciam errados, sem importância –

— Robin, se não se importa, pode ir direto ao ponto? Preciso resolver alguns assuntos de extrema importância – Regina não fazia questão de olhar para o homem a sua frente, Robin analisou sua noiva por alguns segundos, percebendo algo diferente, não se deu o trabalho de questioná-la sobre isso, passou sua mão no rosto de Regina, acariciando a pele macia –

— Eu estava pensando sobre o nosso casamento... – Regina automaticamente pensou em Emma, no beijo em que partilharam, estava perdida em pensamentos quando Robin voltou a chamar sua atenção – Deveríamos adiantá-lo, já não aguento mais ficar longe de você, meu amor. – Regina estava um pouco tonta, o que passou completamente despercebido pelo o homem – Não vejo a hora de voltarmos para Floresta Encantada – Robin tinha um sorriso largo nos lábios, Regina não entendia a insistência do rapaz em querer voltar para Floresta Encantada –

— Robin, já não acho uma boa ideia voltar para meu Reino, aqui em Storybrooke podemos viver tranquilamente, além do mais, Emma mora aqui, Henry jamais iria concordar em morar na Floresta Encantada sem ela – Robin apertava suas mãos contra o vidro da mesa, Regina podia notar os nós se formando nos dedos do homem, Robin bateu na mesa furioso, deixando a prefeita confusa –


— Não, Regina! – respondeu com uma voz firme, Regina jamais vira o homem nervoso assim – Vamos morar no nosso Reino, Henry não tem escolha, você é a mãe dele, Emma é apenas uma hipócrita que abandonou o filho e agora acha que tem algum direito sobre ele! – ao ouvir o homem falar de modo grosseiro em relação à Salvadora, Regina sentiu uma onda de raiva percorrer pelo seu corpo, levantou-se e ficou a centímetros do rosto do homem, que por sua vez mantinha uma postura defensiva –

— Você não tem direito algum de falar assim da mãe do meu filho, Emma teve seus motivos para abrir mão de Henry, e jamais ouse falar do meu filho com se ele fosse um garoto qualquer, ele é a pessoa que mais tem importância na minha vida! – respondeu Regina se segurando para não agredir de alguma forma o homem a sua frente –


— Perdoe-me... – Robin segurou a mulher em seus braços de uma forma delicada – Eu só quero ter uma vida tranquila com você, meu amor. Já que Henry não gosta da ideia de uma vida alternativa, ele pode ficar com Emma aqui. Será apenas eu, você e Roland... – Robin pôs um sorriso nos lábios, Regina se perguntou se ele realmente estava sugerindo que ela deixasse seu filho, a prefeita soltou-se do homem e foi até a porta –


— Eu jamais deixaria meu filho. Se não se importa... – Regina abriu a porta mostrando à saída para o homem – Tenho trabalho a fazer – o homem se aproximou de Regina e a beijou, não recebendo ação alguma por parte da mulher, a prefeita fechou a porta passando sua mão nos lábios, em uma tentativa de desfazer o beijo que acabara de receber –


Robin saiu do escritório de Regina furioso, passou ao lado da mesa de Ashley jogando o delicado vaso no chão, as mãos da secretária foram à boca em espanto. Regina ouviu o barulho estranho, mas não se moveu de sua cadeira, não precisava de mais preocupações para aquele dia.

— Regina... – Robin andava ainda sentindo a fúria tomar conta de seu corpo – Você não vai atrapalhar meus planos! – o homem andou de volta para seu bando, pensando em outra maneira de realizar seu plano. –

...


~~~ Em algum lugar no passado ~~~~

— Por favor, você é o único que poderá me ajudar, eu faço o que for preciso para ter Marian de volta. Por favor... –


— Tudo? – o homem com olhar assustador sorriu - Eu posso trazer sua amada de volta ao reino dos vivos, porém, tudo tem sua consequência. – Robin prestava atenção nas palavras do homem, faria o que fosse preciso para trazer Marian de volta, para tê-la em seus braços novamente – Uma vida por uma vida, meu rapaz. Você terá que me trazer o coração da mais poderosa rainha de todos os reinos, eu usarei o coração dela para trazer sua amada de volta, a consequência, bom, se sua amada voltar a viver, a rainha morrerá –

— Snow White? – perguntou Robin sentindo um calafrio, Snow era conhecida como a mais generosa rainha de todos os reinos, não queria fazer mal a mulher, porém se fosse necessário não iria hesitar – Mas Snow White não está mais nesse reino – lembrou –


— Não seja tolo, meu rapaz. Você me trará a Rainha Má, a mais bela e poderosa criatura. – Robin poucas vezes ouvira falar da Rainha Má, mas sabia o principal, era uma pessoa que não faria falta se morresse –

— Mas... Aonde vou encontrá-la? Houve uma maldição e ela já não pertence mais a esse reino – respondeu Robin preocupado –


— Eu posso levá-lo a esse mundo sem mágica. Contanto que a traga para mim – o sorriso assustador do homem deixou, de alguma forma, Robin seguro de que sua amada voltaria a viver –


— Eu vou, mas quero que meu bando me acompanhe nessa jornada – o homem girou os olhos enquanto parecia preparar alguma poção – Lembre-se meu rapaz, a Rainha é esperta, ela vai descobrir seu plano em um piscar de olhos, sugiro que a conquiste, faça que ela o ame, se for preciso até case-se com ela, depois venha até mim, traga-me aquele coração e eu lhe darei a vida de sua amada – o homem entregou um frasco com um líquido preto – Isso vai leva-lo até Rainha – o homem pegou um colar, que Robin conhecia bem – Isso é de sua amada, não é mesmo? Quando quiser comunicar-se comigo, é só me chamar por esse colar, eu aparecerei –


— Eu voltarei... – Robin pegou os objetos que o homem havia lhe dado e foi em direção à saída –

— Espere! – o homem chamou, fazendo Robin se aproximar novamente. – Quase estava esquecendo... – o homem pegou o braço de Robin e passou sua mão por ali, fazendo aparecer uma estranha imagem de um leão – Isso vai te ajudar, ah, faça com que a Rainha veja essa imagem – Robin assentiu, mesmo sem saber o porquê. Desapareceu da vista do poderoso homem para seguir a missão mais importante de sua vida - Onde fica esse lugar chamado New Orleans? Hum, será meu novo lar... - o homem fez uma expressão pensativa, logo sorrindo - Ah querida Regina, será que terei que lembrar a você? – o homem passou sua mão pelo caldeirão, que agora mostrava imagens de Regina encontrando uma mulher loira de jaqueta vermelha – Vilões não têm finais felizes – uma gargalhada ecoou pelo lugar fechado e assombroso –

...


— Oh não! O que Emma aprontou dessa vez? - Regina perguntou ao ver que em sua casa estava Charming, Ruby e Henry reunidos - Quer saber? Não estou disposta a limpar as sujeiras da xerife - respondeu Regina se aproximando de todos, Charming levantou do sofá, uma expressão séria que fez Regina ficar nervosa -


— Por que você acha que Emma fez alguma coisa? - perguntou Ruby ainda sentada -

— A última vez que vocês três estavam reunidos na minha sala foi para pedir ajuda porque sua filha, Charming, tinha transformado Leroy em sapo - respondeu a prefeita, Henry escondeu o sorriso, estava prestes a entrar em um assunto delicado, não poderia demostrar amabilidade -

— Querida, sente-se. Precisamos ter uma conversa com você - Cora apareceu descendo as escadas, seu tom de voz era firme, Regina abriu a boca para argumentar, mas sua mãe continuou - Não tente argumentar, pelo menos não agora - Cora se aproximou de todos na sala e alternou seu olhar para os convidados - Bom, quem quer começar? - perguntou. Regina sentou-se na poltrona de frente para todos, estava se sentindo em um tribunal onde todos ali estavam prestes a acusá-la. Ruby levantou a mão com a pergunta da matriarca da casa, logo se levantando - Srta. Lucas, você tem a palavra -

— Primeiro um comentário - disse Ruby ficando de pé em frente à prefeita, que apesar de impaciente, estava curiosa para saber o porquê daquela intervenção - Você deve ser a única pessoa no planeta que foge depois de beijar Emma! Céus! Você já viu aquela garota? Ela é a criatura mais linda, sexy, engraçada - Regina estava extremamente incomodada com as palavras que Ruby estava usando para descrever a xerife -

— Ruby! Você está desviando do foco - interviu Charming ao ver que sua amiga estava ficando empolgada demais -

— Desculpe, enfim... Por que raios você fugiu de Emma?! Você a beijou Regina! O que pretende fazer agora?! - perguntou Ruby elevando sua voz, Cora fez uma nota mental de não convidar a garçonete para uma próxima intervenção, ela era muito... Alarmante -

— Isso é algum tipo de brincadeira?! - Regina levantou e olhou para cada um, parando seu olhar em Ruby - Minha vida particular não é da sua conta, por gentileza, façam o caminho da saída - Regina estava com uma postura defensiva, estava confusa demais para pensar no beijo, não precisava de mais pressão psicológica sobre o acontecido -

— Você está certa, eu não tenho direito de opinar sobre sua vida – Ruby segurou o braço de Regina impedindo-a de sair, os olhares das morenas se cruzaram, Regina estava prestes a jogar uma bola de fogo naquele "cão sarnento", no qual ela estava chamando mentalmente Ruby – Mas Emma é minha amiga, eu não me importo se você é uma rainha poderosa ou uma prefeita influente, ou qualquer outra coisa. Você não tem o direito de machucar Emma, eu juro que acabo com você se você fizer isso, Regina. – Regina gargalhou ao ouvir as palavras ingênuas de Ruby, a garçonete estava prestes a machucar Regina, quando percebeu Charming ao seu lado –

— Tenho certeza de que a xerife deve apreciar sua lealdade, mas ela já é grande o suficiente para se cuidar sozinha – Regina estava morrendo de ciúmes ao ver como Ruby se erguia para proteger a amiga –

— Regina, só queremos entender o que está acontecendo com você... – Regina jamais imaginou que ouviria aquelas palavras vindo de Charming, apesar da surpresa, manteve uma expressão indecifrável –


— Mamãe... Não estamos aqui contra você, pelo contrário, queremos ajudá-la – respondeu Henry se aproximando da mãe –

Regina sabia que eles estavam com boas intenções, mas não era como se ela fosse concordar com aquela ajuda, era orgulhosa demais para confessar seus sentimentos para os outros, principalmente se tratando dos que estavam ali.

— Querida, você sabe muito bem que a xerife nutre sentimentos por você... E sabemos que é reciproco... – respondeu Cora, Regina tentava não olhar diretamente para sua mãe, Henry tinha uma expressão esperançosa que quebrou o coração da rainha –


— Regina, não se pode fugir do seu destino, do seu amor verdadeiro... – comentou Charming –


— Eu não estou fugindo do meu amor verdadeiro, aliás, se não sabem, vou casar com ele – respondeu referindo-se a Robin, Charming respirou fundo e apertou o braço de Ruby, como se estivesse pedindo para desistir –

— ELE NÃO É SEU AMOR VERDADEIRO! – gritou Henry, os olhares de todos caíram sobre o pequeno rapaz, Henry estava chateado, a prefeita jamais havia presenciado tal atitude de seu filho –


— Você sabe que se realmente casar com Robin, Emma vai desistir definitivamente de você não é? – Ruby agora tinha uma voz calma, apesar da raiva que gritava em seus olhos – E sua irmã vai ser a primeira a querer consolar o coração partido dela, até quando você vai fingir Regina? Seria tão ruim assim admitir que esteja apaixonada por Emma? – Regina ficou calada, as palavras de todos estavam martelando em sua cabeça, a prefeita deixou escapar um suspiro em frustração –


— Vocês não entendem... – a prefeita pela primeira vez estava abaixando a guarda na frente das pessoas ali presentes, Cora percebeu que sua filha estava quebrando em pedaços por dentro, Charming e Ruby prestavam atenção em cada ação da rainha, já Henry olhava para sua mãe com a esperança de que ela finalmente admitisse o que todos já sabiam – Trevas não foram feitas para harmonizar com a luz, nós jamais daríamos certo... Eu não posso ficar no caminho de sua felicidade – Cora se aproximou de Regina erguendo sua cabeça, fazendo com que a prefeita olhasse diretamente em seus olhos -

— Minha querida, trevas e luz são uma só coisa, elas precisam uma da outra, senão haverá um caos no mundo. Emma e você são perfeitas uma para outra, você só precisa de coragem para lutar contra si mesma, porque você é a única que está impedindo de que algo lindo aconteça – Cora falou tudo o que Charming tinha preparado para dizer, sorriu pensando que finalmente Regina iria ceder -


— Preciso subir, meu dia não foi dos melhores... - Regina destruiu todas as expectativas dos que estavam ali, Ruby fez menção para falar algo, mas Charming a impediu, segurando seu braço. Regina subiu enquanto pedia para que aquele dia acabasse logo -

— Bom, tentamos... - respondeu Cora trazendo seu neto, ainda chateado, para seu lado -


— Você acha que ela realmente casa com Robin? - perguntou Charming apreensivo -

— Acredito que sim, a não ser que Emma apareça em um cavalo branco e a leve para longe - respondeu Cora sorrindo, pensando seriamente na possibilidade -


— Emma ficará devastada... - concluiu Ruby -

— Bom, o lado bom é que possivelmente Emma entrará para a família Mills, se não for por Regina, provavelmente será por Zelena - Cora gargalhou com seu próprio comentário, Henry grunhiu algo e subiu para o quarto -

— Não me entenda mal, mas... Zelena é uma megera - comentou Ruby fazendo uma careta ao falar o nome da bruxa -

— Oh querida, você até que foi gentil... Geralmente as palavras que usam para descrever Zelena são bem piores - piscou Cora deixando Charming desconfiado - Mas não se preocupe, ela não seria capaz de machucar sua filha, querido. - respondeu a mais velha acalmando o homem -

— Enfim, é melhor irmos Ruby. Até mais Cora - Charming fez seu caminho para saída com Ruby, Cora acompanhou os dois até a saída -

....

Robin andava pelo bosque desesperado, estava a mais de meia hora tentando se comunicar com o homem das sombras, mas nada acontecia.

— Por favor, apareça! - pediu Robin segurando o colar e pensando na figura do homem -


— Há quanto tempo, meu rapaz... - a imagem do homem apareceu o que fez Robin dar alguns passos para trás - Até tinha esquecido de você... Já está com o coração da rainha? - perguntou já sabendo a resposta -


— Regina não pretende voltar para Floresta Encantada, como vou fazer para levá-la até você? - o homem estava começando a se arrepender de ter dado tal missão para um mísero bandido -


— Você é um imprestável, alguém já falou isso? - o homem andava em volta de Robin, enquanto pensava se ainda iria deixar o homem continuar com sua missão - A Rainha está presa a essa cidade, alguém a está segurando. Livre-se desse empecilho - ordenou. Robin engoliu a seco, não poderia fazer nada contra Henry, não gostava do garoto, mas não poderia matá-lo - Seu tempo está se esgotando, você tem dois meses para me trazer Regina, senão, você jamais terá Marian de volta, nem o Senhor das Trevas conseguirá trazê-la de volta -

— Eu não posso matar Henry, não posso matar o filho da Regina! - concluiu Robin fraquejando -


— Pelas maldades das trevas! - praguejou o homem - Você é um, como se chama hoje em dia? Idiota, meu rapaz! Henry não está impedindo Regina, e sim uma certa Salvadora! - o homem começou a se formar em fumaça aos poucos, mas antes concluiu - Dois meses, Robin Hood, dois meses... - e assim o homem despareceu, deixando Robin determinado em concluir sua missão -

— Emma Swan, eu estou indo atrás de você! - Robin correu para de encontro com seu bando, precisaria de ajuda -


...

— Ora, ora, ora... Se não é a Salvadora - Emma levantou seu olhar, encontrando três figuras conhecidas, a loira estava no parque da cidade tomando um tempo longe de tudo e de todos para acalmar seu coração e sua cabeça -

— Por que vocês só andam juntas? - perguntou Emma arqueando uma sobrancelha e dando espaço no banco para sentarem -

— O que você está querendo insinuar, queridinha? - Cruella sorriu maliciosamente e sentou-se ao lado esquerdo de Emma, Maleficent do lado direito e Úrsula ficou em pé, prestando atenção em todo movimento de sua namorada para com a salvadora -


— O que você está fazendo aqui sozinha? Não sabe que as rainhas das trevas estão soltas por aí? Podem fazer algum mal a você - comentou Maleficent, de todas as amigas de Regina, Maleficent era a que Emma mais detestava, sempre desconfiou que aquele dragão pudesse sentir algo por sua rainha -


— Você já falou para Regina que a ama? - todas olharam para Úrsula espantadas - O quê? Gosto de ser direta - respondeu cruzando os braços, Emma tentava falar algo, mas parecia que sua língua estava presa -


— Querida, sabemos que você é devotamente apaixonada pela Regina, não desperdice sua respiração argumentando contra - respondeu Maleficent fechando seu casaco e voltando sua atenção para a salvadora -


— Ela me beijou - confessou Emma deixando sua cabeça cair sobre o ombro de Cruella, Úrsula estava para jogar a xerife no lago atrás de si ao ver a proximidade das duas -


— Oh queridinha, Regina fugiu, não é mesmo? - perguntou Cruella passando sua mão pelo rosto que estava descansando no seu ombro -

— Regina está em conflito com seus sentimentos, Emma. - Maleficent tocou no braço de Emma chamando sua atenção - Quer um conselho? Coloque suas cartas na mesa, diga a Regina tudo o que está sentindo, todos os seus medos, todo o amor que você nutre... Deixe Regina saber de tudo, assim ela terá a certeza de que você não é como os outros. Regina pode ser aquela rocha que você ver, mas é apenas uma garotinha insegura por dentro... - Emma deu um leve sorriso para a mulher, já mudando sua opinião sobre Maleficent, Cruella puxou Emma tentando trazê-la de volta para seus braços, mas a loira se recusou -

— Okay, Cruella, já estou bem... - respondeu Emma levantando, em todo momento Úrsula olhava para a salvadora. - Obrigada, vou fazer isso agora mesmo. Regina precisa saber de tudo! - Emma sorriu e em um momento de entusiasmo, abraçou Maleficent, depois Cruella, que a segurou por mais tempo que o necessário. Olhou para Úrsula e desistiu de tocar na mulher, ela parecia não gostar muito da salvadora -

— Deixa de ser ciumenta, minha amada! - Cruella abraçou Úrsula e beijou seu rosto. A morena viu Emma andando bem perto do lago, fez um movimento com a mão e boa parte da água do lago foi em direção de Emma, deixando-a encharcada - Úrsula! - bronqueou Cruella batendo no ombro da mulher, Maleficent gargalhou e levantou-se -


— QUAL É?! ISSO NÃO FOI ENGRAÇADO! - gritou Emma virando para trás, sabia que havia sido Úrsula. As três caíram na gargalhada enquanto assistia Emma enxugar-se com magia e depois desaparecer em uma fumaça -

— Bom, fizemos nossa boa ação do dia. Acho que estamos perdendo o jeito das trevas... - comentou Maleficent andando ao lado do casal -

....


Regina estava sentada no chão com suas costas apoiadas na porta de seu quarto, abraçava os joelhos enquanto escondia seu rosto. Desde o beijo com Emma, não conseguia pensar direito, parecia que a todo momento voltava para os lábios de Emma e isso estava atrapalhando tudo o que fazia. Se perguntou o que havia dado nela para beijar a xerife, havia arriscado tanta coisa, e provavelmente teria magoado Emma ao parecer que estava dando alguma esperança com o beijo. Sabia que precisaria encará-la em algum momento, teria que conversar com ela e precisaria ser forte o suficiente para negar tudo o que Emma pudesse questionar sobre seus sentimentos. Por que ninguém conseguia entender que ela estava abrindo mão de Emma, para que a salvadora fosse feliz? Parecia que todos de repente estavam preocupados com sua felicidade.


— Regina! - Regina levantou seu rosto, enxugou as indesejáveis lágrimas, podia jurar que ouviu alguém chamando seu nome. Esperou mais alguns instantes e ouviu um barulho vindo de sua janela - Regina! - a voz vinha do lado de fora. De repente uma mão apareceu na janela, a morena deu um passo para trás, já se preparando para o que pudesse lhe atingir - REGINA! - a voz ficou mais desesperada e logo o rosto exausto de uma certa xerife apareceu na janela - Por favor, abre! Eu vou cair daqui! - pediu Emma tentando não olhar para baixo. Regina hesitou por um momento, não poderia adiar essa conversa para sempre. A prefeita se aproximou e destravou sua janela -


— O que você está fazendo aqui?! Sabe que horas são? E por que não usou a porta? - Regina disparava perguntas esperando que Emma não percebesse os fragmentos das lágrimas. Emma conseguiu colocar todo seu corpo para dentro do quarto, caindo exausta no chão -


— Você bem que poderia plantar uma árvore próxima a seu quarto, facilitaria muito meu trabalho - A loira levantou passando a mão sobre sua roupa, tirando as sujeiras das tentativas de subir até o quarto da prefeita - E respondendo suas perguntas, estou aqui para podermos conversar, não faço a menor ideia de que horas são e sério? Se eu tentasse a porta você iria me deixar entrar? - perguntou Emma, Regina deu de ombros o que fez Emma girar os olhos -


— Se eu bem me lembro, você disse que iria respeitar meu tempo... - lembrou Regina, a prefeita se afastou de Emma e foi para próximo da porta enquanto a xerife estava próxima da janela -


— E eu vou. Regina... - Emma se aproximou vagarosamente, ainda mantendo uma certa distância - Você precisa saber de tudo, precisa saber como eu me sinto -


— Emma... - Regina estava tremendo, estava tão nervosa que a qualquer momento poderia desmaiar -

— Não, não me interrompa. - Emma andou até Regina tocou sua mão enquanto mantinha o olhar firme na mulher - Eu preciso tirar isso do meu peito... - Emma pegou a mão de Regina e a conduziu até a cama, a prefeita sentou-se sem falar nada. A xerife estava de pé, de frente para a rainha, respirou fundo diversas vezes e pediu aos céus para que sua mente não embaralhasse as palavras - Lembra do dia que eu trouxe Henry? A primeira vez que eu pisei em Storybrooke? Quando eu bati na sua porta e vi você foi como se eu estivesse quebrando uma maldição, como se tudo ao meu redor tivesse parado, eu não fazia ideia do que era aquilo, do por que eu estava me sentindo assim, mas essa era uma das coisas que não se entende e sim aceita. - Regina estava totalmente rendida, Emma sorria ao lembrar-se dos momentos, um sorriso nostálgico que fez Regina ter mais um motivo para amar aquela figura a sua frente - Aquele foi o primeiro dia da minha vida, foi como se eu estivesse começado a viver naquele dia, ter encontrado Henry e depois você, por vinte e sete anos eu apenas sobrevivi, a cada dia que chegava ao fim eu chorava porque eu sabia que no outro dia seria tudo a mesma coisa, eu estava cansada disso. Estava cansada de não pertencer a nenhum lugar, de não ter ninguém que se importasse comigo. - Regina fechou os olhos por alguns segundos imaginando por tudo que Emma passou por sua culpa - Lembra quando eu salvei você do incêndio? Céus! Quando eu vi você no meio daquele fogo, eu senti um aperto no peito sufocante... - Emma se aproximou de Regina e ficou de joelhos segurando as mãos da prefeita - Você está entendendo o que quero dizer? - Regina levantou-se ignorando o toque de Emma, a xerife abaixou a cabeça frustrada -


— Eu destruí sua vida, destruí a vida de seus pais, privei você de ter tudo, de ter o amor de pessoas que te amam... Emma, eu destruí você de todas as formas possíveis! - Regina já deixava as lágrimas caírem sem se importar, Emma levantou e segurou o braço da prefeita -


— Pelo contrário, você me trouxe de volta a vida. Isso se chama destino, Regina, nós estávamos destinadas a passam por isso tudo. Você acha que foi por acaso você adotar Henry? Ou nossos poderes se fundirem? Você acha que foi por acaso eu me apaixonar por você? - Regina teve a sensação de que tudo em sua volta tivesse desaparecido, e que só existiam as duas no mundo. As ultimas palavras de Emma rodavam pela cabeça de Regina, fazendo seu coração perder o controle e entrar em batidas descompassadas - Eu sou apaixonada por você, Regina, lide com isso - Emma estava começando a se preocupar com Regina, estava calada demais e isso definitivamente era um péssimo sinal - Por favor, grita comigo, me bate, joga uma bola de fogo, diz que sou idiota. Mas por favor, reage... - implorou Emma soltando o braço da prefeita -

— Você não pode se apaixonar por mim - respondeu Regina voltando a realidade, a prefeita se aproximou de Emma, empurrando a loira - Você não pode! -


— Tarde demais - respondeu Emma ignorando o empurrão -

— Eu vou casar Emma! Vou casar com meu verdadeiro amor e você vai continuar com uma vida miserável, esperando por um sentimento que nunca será correspondido! - Regina havia sido completamente rude, Emma apenas observava a morena, estava tentando ao máximo segurar as lágrimas. Regina estava se amaldiçoando em pensamento -

— Você vai ignorar o que sente por mim? Vai ignorar o beijo que você me deu? Vai ignorar o que sentiu quando nos beijamos? Até quando Regina? Até quando você vai fingir que não sente algo por mim? - Regina ficou calada, pensando em uma boa resposta -

— Ele é meu amor verdadeiro, eu e ele estamos destinados a ficarmos juntos. - Emma girou os olhos com o discurso preparado de Regina e se aproximou novamente -

— E quem disse que o amor verdadeiro é aquele que uma fada qualquer diz que é? - pela primeira vez na noite os olhos das duas se encontraram, as esmeraldas fixadas nos castanhos de Regina, como se nada mais no mundo importasse, e realmente não importava. Emma só queria que Regina entendesse e aceitasse o que estava dizendo - O amor verdadeiro é aquele que nasce inesperadamente, e quando você percebe já está entregue aquele sentimento, amor verdadeiro é quando você quer ficar com a pessoa mesmo sabendo que ninguém acredita que dará certo, amor verdadeiro vai além de qualquer lógica criada por algum babaca de livros românticos, você é o meu amor verdadeiro, a questão é... Você quer que eu seja o seu? - Regina viu as lágrimas escorrerem dos olhos de Emma, ver aquilo doía mais do que qualquer dor física que ela pudesse sofrer, o silêncio parecia durar uma eternidade - Diga que não me quer, diga que não me ama e que jamais sentirá algo por mim, diga Regina! - Emma apertou o braço da prefeita com uma certa força - Diga Regina, se você disser eu me viro e saio por essa porta, e vou deixar você ir... Vou deixar você livre de mim, vou deixar você ser feliz sem mim... Apenas diga - Emma já não se importava com a voz quebrada ou as lágrimas insistentes que caíam, só queria ouvir Regina. A rainha estava tentando entrar em consenso com o coração e a mente, mas vendo Emma ler sua alma daquele jeito que os olhos esmeraldas estavam fazendo, ela não poderia negar mais -

 


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Robin esta mostrando suas garras, Emma ainda vai ter que passar por muita coisa... O que acharam dessa conversa no final? Gostaram? Não? Digam digam rsrs;)
Bjors