No dia seguinte acordei com o despertador do celular que coloquei para não perdermos a hora, minha cabeça doía, resultado de ressaca com água gelada da piscina. Tomei um remédio e fui tomar um banho. Fiquei pensando na noite anterior e em como me sentia com Tobias. “Beatrice, você não pode se apaixonar por ele, é provável que vocês nunca mais se vejam depois da viagem”. Não posso!

Saí do banho, coloquei a roupa que eu tinha separado, calça jeans básica, um tomara que caia branco e uma sapatilha, acordei Christina, um grande milagre eu estar acordando ela, mas já eram 10:00 e depois do café ainda íamos arrumar nossas coisas, o voo estava marcado para 14:00.

Depois que Chris se arrumou nós descemos para tomar café e em seguida saímos dar uma última volta pela cidade e tirar mais algumas fotos.

As 13:00 o nosso ônibus chegou, não vimos os meninos até então. Quando subimos no ônibus eles já estavam lá, Tobias tinha guardado um lugar para mim ao lado dele. Nos cumprimentamos com um selinho e seguimos para o aeroporto.

Me sentei ao lado de Tobias no avião, ele estava muito nervoso, segurava forte minha mão, mas depois da decolagem ele relaxou um pouco, ouvimos música, dormimos, assistimos um filme no meu notebook.

O voo para a Irlanda foi ainda mais longo, durou 25 horas. Chegamos ao hotel no Condado de Kildare, já estava escurecendo, a Irlanda é um país lindo, tem um ar do campo, o hotel parece uma casa de campo, lá é frio. Fizemos o registro e seguimos para o nosso quarto, eu estava cansada, mas não tinha sono, só queria descansar um pouco, guardar minhas coisas e depois íamos sair para conhecer a cidade, dessa vez ficamos cada uma em um quarto, Christina adorou, já tinha planos com Will.

Ficaríamos 3 dias na Irlanda, era o nosso destino final antes de voltarmos para Chicago. Eu não tinha visto Matthew desde a festa no barco, e achei melhor assim.

Decidi cochilar um pouco, coloquei meu celular para despertar as 20:00. Acordei tomei um banho vesti uma calça jeans, uma segunda pele preta, minha jaqueta preta e uma bota cano longo. Mandei mensagem para Christina e ela disse que já estava pronta.

Encontrei com as meninas e saímos para dar uma volta, a cidade era muito bonita, rústica, tem bares de música ao vivo. Como nós não tínhamos combinado nada com os rapazes, nós saímos sem avisar, mas encontramos com eles no primeiro bar que entramos. Eles já estavam bebendo cerveja no balcão do bar quando chegamos e tinham umas menininhas tentando uma aproximação com eles. Vi uma ruiva conversando com Tobias, ele estava tão lindo, a ruiva o olhava como se quisesse devorá-lo. “Menina idiota”. Logo me lembrei de Matthew e suas inúmeras traições, mas eu não tenho nada com Tobias, não posso cobrar nada dele. “Não se apaixone Beatrice”. Mesmo assim senti uma pontada de ciúmes. Tá bom, um iceberg de ciúmes, isso é tão ridículo “Acho que você esta ficando louca Beatrice”.

Percebi que eu não fui a única a não gostar da cena, vi Christina séria, poucas vezes a vi assim. Tobias me viu, mas desviei o olhar e chamei as meninas pra dançar, Will veio falar com Christina, eles logo saíram para um canto.

–Oi – Tobias disse se aproximando.

–Oi – Respondi um pouco seca.

“O que esta acontecendo comigo?”.

–Tudo bem? Não vimos vocês no hotel – Perguntou Tobias.

–É, estamos aqui! – Respondi e ele sorriu.

–Vamos dar uma volta? – Perguntou.

–Acho que prefiro ficar aqui mesmo, pode ir se divertir – Eu disse.

–Tudo bem – Ele disse e saiu de perto de mim.

“Eu definitivamente não preciso de mais um galinha na minha vida!”

Dois minutos depois Tobias voltou com uma cerveja e estendeu para mim. Eu o encarei sem entender.

–Pegue, é pra você relaxar um pouco – Ele disse.

–E por que você acha que eu preciso relaxar? – Eu disse e ele começou a rir.

–Só de olhar pra você dá pra ver que você esta irritada Tris, só não sei o motivo – Ele disse.

–Claro que não sabe – Eu disse irônica.

Peguei a cerveja da mão dele e dei alguns goles. Ficamos ali um do lado do outro ouvindo a banda que estava tocando.

–Você fica linda com ciúmes – Ele sussurrou no meu ouvido.

–Eu não sei do que você esta falando Tobias – Eu disse tentando fazer uma cara de confusa e ele riu.

Ele me abraçou por trás e eu deixei, ficamos assim por uns minutos.

–Você não quer passar o resto da nossa viagem brava comigo né? – Ele disse.

"Esse garoto jura que consegue me amolecer".

–Tô curtindo a música agora Tobias – Eu disse tentando me manter firme.

Ele me girou de repente e me beijou. “Aíí assim ele acaba com as minhas defesas. Não posso gostar dele, não posso! Mas esse beijo me desequilibra Puta.que.pariu.viu".

Ficamos um tempo nos beijando, as meninas já estavam com os rapazes na frente do palco, a música era muito boa e até meio romântica. Voltamos para o hotel, mas ficamos sentados no gramado conversando, estava muito frio.

No dia seguinte nós andamos pela cidade, conhecemos os campos da região, estava muito florido, e dizia na previsão do tempo que era época de calor, mesmo fazendo bastante frio.

Vi Matthew com a tal garota, agora parece que estão mesmo juntos, estavam se beijando.

A noite Chris me disse que ia sair sozinha com Will, Shauna saiu com Zeke e Marlene que estava meio gripada ficou assistindo filme com Uriah, que não quis sair pra ficar com ela, eles realmente pareciam se conhecer a muito tempo.

Eu não via Tobias desde quando voltamos do nosso passeio, ele não mandou mensagem nem nada. Fiquei no meu quarto assistindo The Walking Dead no meu notebook, quando alguém bateu na porta. Abri a porta e vi uma mão segurando flores que provavelmente foram arrancadas do jardim do hotel. Era Tobias.

–Vai ficar de castigo hoje? – Ele perguntou.

–Fui excluída dos planos das minhas amigas – Eu disse pegando as flores e dando passagem para ele entrar.

–Então se arruma, você vai sair comigo – Ele disse.

–Huum, vou? Tô com preguiça de sair – Eu disse me jogando de novo na cama.

–Se você for ficar aqui eu vou ficar também – Ele disse dando um sorriso safado e deitando ao meu lado.

–Ta bom! – Eu disse me levantando.

Peguei uma roupa e fui me trocar no banheiro, vesti uma calça jeans preta, minha segunda pele branca, minha jaqueta preta e uma bota cano curto preta.

–Vamos? – Perguntei passando um batom rosa.

–Pra quê batom se eu vou borrar tudo? – Perguntou Tobias.

"Ele tá se achando hoje".

–Ha Há Tobias – Eu disse rindo dele.

Saímos do hotel e fomos a um bar próximo, ficamos bebendo vinho e conversando.

–Você sempre morou em Chicago Tris? – Ele perguntou.

–Sim, sempre – Eu respondi – Nasci e cresci, um dia pretendo voltar a morar lá, depois da faculdade. E você, é de Chicago também? – Perguntei.

–Sim, meu pai nasceu em NY, ele é de lá. Ele conheceu minha mãe em uma viagem que fez a Chicago e quando eles se casaram decidiram morar lá – Ele disse.

–E você mora com seus pais? – Perguntei.

–É... Morava com meu pai. Minha mãe saiu de casa faz muitos anos, não tenho mais notícias dela - Ele disse, claramente incomodado.

–Você não gosta de falar disso né? – Perguntei.

–É, pra falar a verdade não, digamos que meu relacionamento com meu pai não é dos melhores – Ele disse.

–Sei como é... O meu com meu pai também não é fácil – Eu disse.

Decidimos dar uma volta, andar pelas ruas da cidade, paramos várias vezes em cantinhos escuros para nos beijar. Era divertido como se estivéssemos fazendo algo errado. Rimos muito.

Estar com Tobias era diferente de tudo que eu já vivi, ele era divertido, carinhoso, tinha um beijo incrível que me deixava no céu. Eu sentia uma atração por ele que eu não sabia explicar. Cada beijo era único. O que mais me incomodava era pensar que no fim da viagem eu iria me despedir e não o veria mais, isso fazia minha urgência por ele aumentar.

Chegamos no hotel e estava muito frio, antes de entrarmos ele me encostou em um muro e me beijou. Eu ri, adorava essa sensação de liberdade e de aventura que tinha com ele. Ele beijou meu pescoço e eu senti meu corpo inteiro arrepiar e o meu desejo por ele aumentar, ele apertou minha cintura e desceu a mão para apertar minha coxa. Eu realmente estava muito atraída por ele. Coloquei minhas mãos por dentro da camisa dele e senti seu corpo quente, acariciei seu peito definido e nesse momento ele aumentou o ritmo do beijo. Eu não podia mais esperar, eu queria ele.

Parei e beijá-lo e peguei sua mão, entrando no hotel. Segui até meu quarto, fechei a porta, acendi a luz da cabeceira e deixei que ele beijasse meu pescoço enquanto tirava minha jaqueta, e logo em seguida minha blusa. Ele voltou a beijar minha boca com violência e eu o empurrei contra a parede e comecei a tirar sua camisa sem interromper o beijo. Quando terminei de desabotoar a camisa, eu abri o zíper da calça dele, ele tirou a calça e me ergueu me levando em direção a cama, e me sentou em seu colo. Em seguida beijou meu pescoço várias vezes segurando minha nuca, depois parou e me encarou.

–Você é muito linda – Ele disse e começou a descer a alça do meu sutiã enquanto beijava meu ombro.

“Eu estava mesmo doida por ele”.

Ele levou a mão até minhas costas e abriu meu sutiã. Eu puxei a boca dele e o beijei novamente e ele se levantou comigo em seu colo, me deitou na cama, tirou a minha calça e começou a beijar o meu corpo, cada lugar que ele beijava eu sentia mais e mais vontade. Meu desejo só aumentava. Ele puxou minha calcinha bem devagar, como se quisesse me torturar, segurou minha coxa e ficou mordendo e beijando ao mesmo tempo. Ele voltou a subir os beijos e parou nos meus seios, eu coloquei minhas mãos em suas costas e apertei com muita força, ele voltou a beijar meu pescoço e enquanto isso ele me penetrava devagar, senti meu corpo inteiro vibrar com a sensação. Eu definitivamente nunca tinha sentido aquilo, não daquela maneira, não de forma tão intensa. Quando ele começou a fazer movimentos mais fortes eu praticamente gritava em gemidos altos. Não importava se alguém podia ouvir. Senti quando Tobias estava quase gozando e comecei a provocá-lo, me levantei e fiquei por cima, agora eu que decidiria. Provoquei bastante ele, parando quando sentia que ele estava no fim. Até que eu mesma não aguentava mais e deixei o prazer nos dominar.

Quando recuperamos o fôlego ficamos deitados, abraçados. Até recomeçarmos, nenhum de nós sentia sono ou cansaço.

Eu não podia mais evitar, eu estava me apaixonando.