Em busca de uma nova vida escrita por Kaah


Capítulo 40
Capítulo 40


Notas iniciais do capítulo

Oiii flores do meu coração!
Eu estou mega feliz!!!!!
Recebi minha primeira recomendação e isso me deixou enlouquecida, adorei, amei...
Eu nunca pedi a vocês para favoritarem ou recomendarem, mas foi por que essa é minha primeira fic e eu queria sentir se vocês estavam gostando mesmo, por isso deixei vocês bem a vontade.
Fiquei muito feliz mesmo Stelena Hudson Eaton Grey, muito obrigada, me emocionei de verdade!



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Senti meu corpo balançar e meus sentidos voltarem devagar, eu estava sendo carregada por Peter. Fingi que estava dormindo ainda enquanto ele me colocava no carro no banco de trás e foi para o banco do motorista.

Abri um pouco os olhos e ele estava dirigindo por uma estrada escura, não sabia se estávamos em Stanford ainda ou se ele havia me levado para outro lugar, senti meu corpo amolecer de novo e adormeci. Acordei ouvindo vozes, eu não sei se eu estava dormindo a muito tempo e nem onde estávamos, mas aos poucos fui despertando e pude perceber que Clarice estava no banco da frente, eles discutiam.


–Peter, se você continuar aqui eles vão encontrar ela. O Tobias foi no meu apartamento, ele ficou me vigiando.


–O que você quer que eu faça? Como você acha que eu vou sair da cidade de carro com ela? E se a gente for para outra cidade onde eu vou me esconder com ela? Ela vai acabar fugindo!


–Arrume uma casa em outro lugar, sua mãe não tem uma casa no Kentucky?


–Tem, em um bairro residencial, onde podem ouvir os gritos que ela dará assim que perceber que pode ser ouvida!


–Que droga Peter! Eu não deveria ter escutado você, eu devia ter acabado com ela e sumido com a criança, seria bem mais fácil.


–É claro! Assassinato é bem melhor mesmo!


–Se vira, suma com ela, por que ficar aqui é muito arriscado, além disso, você tem que dar um jeito de mandar outra foto pro Tobias, ele não acreditou na outra e acha que ela foi sequestrada e ele tem que achar que ela foi por que quis.

Então é esse o plano deles? Foto? Eles devem ter feito Tobias pensar que eu o traí, mas pelo visto ele não acreditou e continua me procurando, eu preciso sair daqui, preciso voltar para casa.

Não pensei, me levantei no banco e apertei o pescoço da Clarice, passei o braço como uma gravata e apertei o máximo que eu podia, queria fazer ela desmaiar, ela se debateu e arranhou meu braço, mas eu não a soltei. Peter começou a gritar me mandando parar, eu continuei e ele tirou uma das mãos do volante, tentando tirar meu braço da Clarice, mas eu estava fora de mim, dei um soco nele, ignorando o fato dele estar dirigindo. O carro balançou e Peter saindo um pouco da estrada, mas logo se recuperou e puxou meu cabelo tentando libertar Clarice, mas naquele momento eu não me importava com nada, aguentei a dor e continuei apertando o pescoço dela até que eu senti o corpo dela pesar, tirei meu braço e soquei Peter de novo, dessa vez ele perdeu o controle do carro e eu ia morrer, com certeza eu morreria, mas não me importava mais.

Fechei os olhos e senti um enorme impacto, e o carro capotando várias vezes.

Tobias

Ainda espero notícias do detetive, conversei com ele hoje cedo e ele já esta seguindo Clarice. Meu celular tocou, era o agente Parks.


–Sr. Eaton?


–Sim!


–Agente Parks. Preciso que venha até a delegacia!


–Alguma novidade da minha noiva?


–Aqui conversamos.

Ele desligou e eu peguei o carro e fui até a delegacia. Quando cheguei encontrei o agente conversando com outros policiais, eles estavam com uma expressão estranha.


–Sr. Eaton, que bom que chegou – Ele disse apertando minha mão – Por favor, me acompanhe – Seguimos até uma sala e ele fechou a porta atrás de nós.


–Alguma novidade da Tris?


–Sim... – Ele fez uma pausa – Nós encontramos um carro registrado em nome de Peter Hayes. Ele estava em uma estrada próximo a São Francisco.


–Encontraram o carro? Só o carro?


–Não... Houve um acidente Sr. Eaton, o carro capotou e em seguida explodiu... Eu sinto muito, mas não houve sobreviventes.


–Como assim? Fale de uma vez!


–Haviam duas pessoas no carro, o que nos leva a acreditar que se tratava do Sr. Hayes e a Srta. Prior. Perto do local do acidente encontramos uma bolsa com os documentos dela dentro.

Parei de ouvir no exato momento que ele disse que ela estava no carro que explodiu. Não era verdade, não podia ser.

Me sentei na cadeira atrás de mim e enterrei a cabeça nas mãos.


–Sr. Eaton? Preciso que o Sr. reconheça os pertences que encontramos.

Eu não respondi, olhei para a mesa e vi a bolsa da Tris, me levantei para observar melhor e dentro da bolsa estava a carteira dela, a maquiagem e o celular.

Apenas assenti com a cabeça, meus olhos ardiam, as lágrimas escorriam.

Saí da sala sem dizer nada, eu só queria chorar, um abismo se abriu diante dos meus pés, não conseguia pensar em nada. Eu não podia acreditar que perdi a Tris, minha Tris. Comecei a ver seu rosto na minha cabeça, seu sorriso...

Entrei no carro e dirigi até o apartamento de Caleb, precisava ver minha filha, encontrar um traço da Tris, eu precisava me agarrar a qualquer esperança de que aquilo era só um pesadelo, que eu ia acordar.

Assim que Susan abriu a porta eu vi Caleb com a Sophia no colo, sentado no sofá, chorando muito, ele já devia ter recebido a notícia, ele olhava Sophia, devia estar pensando o mesmo que eu, em procurar a Tris naquele rostinho. Susan também chorava e pegou a Sophia dos braços de Caleb, eu o abracei e choramos juntos.


–Minha irmã – Ele soluçava – Eu não posso acreditar...

Eu não conseguia dizer nada, minha voz estava sufocada pela dor, ainda que uma parte dentro de mim se negasse a acreditar.


–Eu avisei o pessoal – Disse Susan – Eles estão vindo pra cá.

Algum tempo depois a campainha tocou e meus amigos chegaram, todos nervosos esperando alguma explicação e eu nem me mexi, deixei Caleb explicar tudo e só via cabeças balançando em sinal de negação. Christina e Shauna se abraçaram, depois Shauna veio em minha direção e me abraçou junto com Zeke.


–Como aconteceu? – Perguntou Marlene – Eles têm certeza que é ela?


–Não sabemos muita coisa ainda – Disse Caleb – Eles vão investigar.


–Investigar? Eles nem deram ouvidos quando a Tris sumiu! – Disse Christina com a voz exaltada misturada com um choro desesperado – Nem você acreditou – Ela apontou para mim – Minha amiga não merecia isso!


–Chris – Will a chamou – Calma, não devemos brigarnesse momento, o Tobias esta sofrendo também.


–A Tris é a minha melhor amiga, isso não pode ser verdade – Christina estava destruída, como eu, mas eu não consegui dizer nada para eles.

Meu celular começou a tocar, era o detetive que eu contratei, não estava em condições de atender, então deixei tocar, chamou muitas vezes, mas eu não atendi.

Depois de um tempo eu peguei Sophia e as coisas dela e me despedi de todos, queria ir pra casa e ficar um tempo sozinho.

Cheguei em casa e cuidei de Sophia, dei mamadeira, banho e depois ela dormiu. Eu olhava pra ela e sentia mais tristeza ainda, como eu iria cuidar dela sem a Tris? Como eu poderia explicar para ela como a mãe morreu? Chorei, extravasei toda minha dor, só consegui desabafar para ela, contar o quanto eu estava sofrendo, como se ela pudesse entender como eu estava sofrendo. Como posso viver sem meu grande amor? Não sei se serei capaz de suportar, nunca mais vê-la, sentir seu cheiro, seus beijos, isso me destrói só de pensar.

Adormeci sentado na cadeira do quarto da Sophia, vencido pelo cansaço e pelas lágrimas, por dentro eu desejava morrer também. Só estive em pé hoje por causa da minha filha.

No dia seguinte eu vi várias ligações do detetive e resolvi retornar. Marcamos um encontro, deixei Sophia com Caleb e Susan e fui encontrar o detetive.


–Sr. Eaton, que bom que veio, precisamos conversar – Ele disse – Eu fui até o endereço que o Sr. me passou e eu fiquei lá por muito tempo e não vi a moça sair, depois de muito tempo esperando eu fui perguntar dela para o porteiro e ele me disse que ela saiu faz 2 dias e ainda não havia retornado.


–Ela deve ter ido embora, deve ter percebido que eu estava de olho nela – Falei – Não se preocupe, não é mais necessário investiga-la.

Me levantei e acertei com o detetive, depois saí do escritório dele. Não tinha mais o que descobrir, se Clarice tinha ou não alguma coisa no sumiço da Tris eu não conseguiria provar mais nada agora e ela provavelmente sumiu por que soube do acidente.


**


3 dias depois eu fui até o crematório buscar as cinzas da Tris, ainda não sabia o que eu ia fazer com elas. Meu pai veio até a cidade com a minha tia, mãe do Peter, não quis receber eles em casa e na verdade eu evitei ao máximo vê-los, somente no crematório eu os vi. Minha tia Johanna estava muito arrasada e apesar de nunca ter tido problemas com ela, eu não quis consolá-la, pois foi por culpa do Peter que eu perdi a Tris e minha filha crescerá sem mãe, não lamento a morte dele.


**


Um mês se passou desde a morte da Tris. Tenho recebido muita ajuda dos meus amigos, principalmente para cuidar da Sophia, mas não tem sido nada fácil viver sem ela e cuidar da Sophia sozinha. Eu vivo pra cuidar da minha filha, não desejo mais nada.

As aulas voltam em uma semana e eu terei que contratar uma babá para olhar a Sophia enquanto eu estou na faculdade, não pretendo continuar com meu estágio para dedicar mais tempo a ela, quero dar todo meu tempo a ela, tentar minimizar a ausência da Tris e de uma certa forma estar com minha pequena me conforta um pouco, foi por ela que eu ainda não desabei e meu sofrimento se tornou suportável.


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Notas finais do capítulo

Não me matem ok? Sei que ta tenso, mas esse capítulo é necessário para o desenrolar de umas ideias que eu tive!

Quero que vocês comentem se desejam que eu estenda um pouco mais a história ou se preferem que eu resolva tudo logo. Se eu for estender eu irei colocar algumas ideias em prática e vai demorar um pouquinho pra td se encaixar de novo...

Me digam o que vocês acham que vai acontecer nos próximos, adorei a participação de vocês no último.

Conto com a opinião de vocês!

Até amanhã... :*