Your face is like a melody. escrita por sameoldstory


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Oi galera, espero que curtam a fanfic, assim como eu curti escrever. É algo mais leve comparado ao que eu costumo fazer, então espero que gostem.
(Lembrando que estamos em Chicago, no ano de 1922)



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- Rebekah, por favor... – Murmurei segurando em seu punho, logo sentindo o tapa contra meu rosto. Sabia que ela estava com raiva.

- Eu te odeio, Stefan. – A loira aproximou-se de meu corpo, enquanto eu ainda passava os dedos aonde havia levado o tapa, como se procurasse fazer a dor passar. Ela me encarou uma última vez, até sumir de minha frente.

Revirei os olhos, socando a parede daquele quarto de hotel. Klaus preferia que eu não me hospedasse com eles para não levantar muitas suspeitas. Agora, não possuía mais Rebekah em minha vida, já que havia contado para Klaus um plano que ela havia feito com certas bruxas para poder livrar-se do irmão mais uma vez. Sabia que por mais que estivesse em um relacionamento com a única garota Mikaelson, Klaus ainda era o melhor aliado para se ter dentro daquela família.

O tempo foi passando Os segundos tornaram-se minutos, e os minutos por sua vez tornaram-se horas. Como de costume, estava sentado num dos bancos do bar que costumávamos frequentar. Naquela noite havia optado por não utilizar paletó algum, apenas a camisa branca, o colete preto e a gravata borboleta de mesmo tom. A calça social e o sapato lustroso completavam o visual daquela noite, e os cabelos castanhos bem penteados até faziam com que eu realmente aparentasse ser um “novo rico do ramo do petróleo”.

Ambas as mãos estavam apoiadas sobre o balcão. As pontas dos dedos encostavam sutilmente no copo de conhaque que estava já pela metade do que fora servido alguns minutos antes, e o olhar perdido naquele líquido mostrava que não estava nem mesmo me importando com o que se passava ao meu redor. Pelo menos era o que parecia até notar Klaus em alguns bancos de distância do meu. Suspirei. Sabia que se fosse até ele seria encontrado eventualmente. E não havia sido eu quem tinha errado, e sim Rebekah. Revirei os olhos uma única vez, virando o líquido daquele copo e sentindo o mesmo queimar em minha garganta, fazendo com que um curto gemido rouco ecoasse de minha garganta, passando despercebido por causa música que tocava naquele âmbito.

- Achei que você sairia da cidade hoje. – Murmurei encostando a lateral do meu corpo na bancada, notando que o homem virava-se em minha direção.

- E por que exatamente eu faria isso, Salvatore? – Ele arqueou a sobrancelha, mantendo o olhar em sua dose de whisky.

- Por causa de Rebekah, e das bruxas....

- Tomei conta de tudo. – Ele sorriu, só então me olhando com o canto dos olhos. – Rebekah está descansando por algumas décadas, junto aos meus outros irmãos. E as bruxas foram encontrar seus antepassados.

- Eu esqueço que você tem esse instinto. – Sorri ao mais velho, sentando no banco ao seu lado e pedindo outra dose de conhaque.

- Não sou só eu que sinto prazer em tirar a vida alheia, não é mesmo rippah? – Seu sotaque ecoou por meus ouvidos, e não demorou para um sorriso maldoso ocupar o rosto do mais velho. O olhar psicótico em seu rosto combinava perfeitamente com sua expressão, e talvez fosse a bebida, mas estava considerando aquilo atraente.

- Então eu acho que agora você vai seguir seu caminho e eu o meu... – Murmurei bebericando do conhaque que havia sido servido.

- Agora que todos os Mikaelson estão sob meu controle é o momento em que eu mais preciso de um amigo. – Ele murmurou, virando seu corpo em minha direção, erguendo seu copo para um brinde. – Às donzelas indefesas que perambulam pela cidade de madrugada.

Não demorei para retribuir o brinde, erguendo meu copo e chocando-o contra o de Klaus, para que o som dos copos batendo fosse soado. Bebi o que faltava em meu copo, e não demorou para que mais outras doses seguissem aquela noite. Klaus já parecia um pouco alterado conforme as horas passassem, e nem mesmo nossa alta tolerância ao álcool era suficiente para as doses constantes que bebíamos constantemente naquela noite. Já passava das três da manhã quando o bar foi fechado, fazendo com que ficássemos em frente à porta de entrada, olhando para a rua vazia.

- Eu acho que vou para o meu hotel. – Olhei para o mais velho, colocando as mãos no bolso.

- Não... Não não... – Ele murmurava constantemente, segurando em meu braço, com o olhar perdido. – Não está com fome? – O sorriso surgiu em seus lábios.

- Você está bêbado, Klaus. O objetivo de presa e predador vai ser perdido quando você só estiver pensando no sangue.

- Eu soube que uma das dançarinas costuma ficar no beco fumando até amanhecer para poder voltar para a casa... – Ele falou, procurando por uma reação minha, que não surgiu. – Ok, eu vou sozinho.

Assim que o mais velho começou a direcionar seus passos para o beco que ficava na parte de trás do bar, virei os olhos, começando a pensar se cederia ou não à tentação e a aquela vontade súbita de cuidar do Mikaelson. Por mais que ele fosse mais velho que eu, sentia aquilo de uma forma... Carinhosa. Era o que eu pensava ao menos. Assim que perdi o loiro de vista saí correndo atrás dele, parando em sua frente e segurando em seus ombros, olhando para o menor e notando que ele já sorria e me encarava, como se soubesse que eu o seguiria.

- Mudou de ideia? – O canto de seus lábios possuía um sorriso maldoso.

- Alguém tem que certificar-se que você não vai chamar muita atenção. – Dei de ombros, ficando ao seu lado.

- Está preocupado comigo, rippah? – Ele sorriu, mordendo o lábio inferior.

- Vamos logo, caralho. – Praguejei.

Segui Klaus até o beco, onde ao fundo pude encontrar a tal dançarina do coreto do bar. O cabelo da garota estava preso, completamente ondulado. Um detalhe em sua faixa parecia uma borboleta prateada, e o vestido com a saia curta que era composta por várias tiras do mesmo tecido – para dar o efeito de movimento – revelavam sua cinta-liga e parte de seus trajes íntimos. Mordi o lábio inferior. Quando fomos notados pela tal garota ela sorriu, cobrindo parte de seu corpo com um casaco de pele similar à de urso, segurando um cigarro entre seus dedos e colocando-o nos lábios avermelhados pelo batom.

- Algum dos cavalheiros tem fogo? – Ela indagou, piscando para ambos. Klaus retirou uma pequena caixa de fósforos do bolso, riscando um destes e aproximando-o da ponta do cigarro da garota, que logo tragou.

- O que a senhorita ainda faz por aí? Está tarde. – Ele puxou assunto, guardando os fósforos no bolso, encarando a garota o tempo todo.

- Minha vida é entediante... Se meus pais descobrem meu trabalho noturno, vou parar nas ruas. – A mulher sorriu, tragando o cigarro e soltando-o lentamente enquanto falava, de forma que a fumaça atingisse o rosto do loiro indiretamente.

- Ironicamente a senhorita já está nas ruas... – Murmurei para ela, com um sorriso nos lábios. – Stefan. Stefan Salvatore. – A cumprimentei.

- Meu nome não é relevante, nem de peso. – Ela retrucou, levando o cigarro aos lábios e tragando-o mais uma vez. – Me conhecem por aqui como a Dama dos Corações.

- Você costuma quebrar muitos? – Klaus indagou, com um sorriso nos lábios.

- Não é proposital. – A morena sorriu, deslizando o indicador pelas maçãs do rosto, cobertas por rouge. – Eles se apaixonam facilmente. E eles não podem ter o que eles desejam... Sabem como é?

- Com certeza. – Respondi à ela, desviando o olhar pra Klaus e torcendo para que nenhum dos dois notasse o rápido suspiro que escapou por meus lábios.

- E vocês não são daqui... Nem estão com aquela garota loira. – Ela murmurou, tragando o cigarro por uma última vez, pisando na brasa do mesmo quando o jogara no chão. – Cansaram? – Ela sorriu, expelindo a fumaça para cima, revelando seu pescoço extremamente pálido, de forma que eu podia quase ver suas veias pulsando.

- Ela é minha irmã. – Klaus murmurou, parecendo sério. – Ela foi para a Europa, para estudos.

- Entendo... – A mulher manteve o sorriso, piscando mais uma vez para Klaus. – Algum dos cavalheiros gostaria de me pagar uma bebida? Tenho um tempo livre até voltar para casa.

- Não tem medo de sair com estranhos? – Klaus indagou, com um sorriso no canto dos lábios. – Eles podem ser monstros.

- Não existe monstro maior que meu pai. – Revirou os olhos, voltando a encarar Klaus. – Não serão dois garotos que vão me assustar.

- Esse é o problema... – Klaus deu alguns passos na direção da garota, com o sorriso em seus lábios e o olhar maníaco em seu rosto. Acompanhei-o lentamente, notando seu rosto começar a ter as veias mais nítidas, suas pupilas dilatarem e os dentes caninos ficarem em evidência. – Você julga o livro pela capa.

Antes mesmo da garota poder ter alguma reação, avancei contra ela junto do homem, jogando-a contra o muro. Só o impacto de seu corpo contra aquela parede gelada e fria já a deixara sem forças para gritar pela dor. Ao mesmo tempo em que avançava por um dos lados de seu pescoço, Klaus ia para o outro. As presas fincavam contra sua pele branca e macia. Seu perfume já nem era mais percebido por mim quando senti o sabor de seu sangue escorrendo por minha boca. O loiro parecia estar com um desejo ainda maior por matá-la. Sua mão avançou contra o abdômen da garota, e assim que liberei-a para que tivesse uma chance de fugir, Klaus subiu com a mão para os cabelos da garota, puxando sua cabeça com todas suas forças. A jovem já estava quase sem sangue, pois poucas foram as gotas que escorreram do espaço entre seu corpo e cabeça, agora desconjuntados.

- Precisamos montar uma cena do crime agora. – Klaus murmurou, me olhando. A expressão dele parecia mais controlada, mas o canto de sua boca ainda escorria o sangue da garota.

- Eu cuido disso... – Pisquei para ele. Peguei o corpo da garota, arrastando-a para o fundo do beco e retirando um de seus sapatos. O que havia sido retirado teve o salto quebrado, e fora lançado alguns metros à frente, para dar impressão de que ela havia corrido. Seu vestido fora rasgado em minhas mãos, e rapidamente estourei a cinta-liga, puxando para baixo parte de suas peças íntimas, para dar a impressão de um ato de estupro. – Os policiais nessa cidade já estão acostumados com isso.

- 1922 e eles ainda não descobriram como controlar índices de estupro. – Klaus murmurou, balançando a cabeça negativamente, só então notando que ainda segurava a cabeça da garota. – Ei, gênio. – Ele murmurou. – O que fazemos com isso? – O menor chacoalhou a mão, de forma que junto disso, a cabeça da garota também balançasse, o que me provocara um riso.

- Pendure-a ali. – Murmurei, apontando para uma beira saliente de ferro da estrutura do bar.

A cena do crime fora rapidamente organizada, e não demorou para voltarmos para onde estava hospedado. Klaus insistira em beber mais um pouco, e sabia que em meu quarto alugado eu possuía uma garrafa de whisky, então não demorei para oferece-la. Era uma forma de poder ficar com o mais velho por perto por algum tempo, e ironicamente, estava apreciando sua companhia. Muito mais do que até alguns tempos atrás. Abri a porta do quarto do hotel e entrei no mesmo, ligando a luz da pequena saleta.

- Fique à vontade... Não é muito grande, mas dá pro gasto. – Dei uma breve risada.

- Agora tenho mais quartos vagos lá na mansão. – Ele murmurou, dando alguns passos após fechar a porta. – Não faria mal um pouco de companhia.

- Podemos pensar... – Murmurei, servindo dois copos de whisky, colocando alguns cubos de gelo no meu. – Gelo? – Perguntei, recebendo uma resposta negativa.

Aproximei meu corpo do de Klaus, vendo que ele já havia retirado o paletó branco que trajava, ficando apenas com sua camisa e a gravata borboleta, que ele começava a desfazer o nó. Desabotoei meu colete, para poder ficar mais confortável, e logo estendi seu copo de whisky, só então notando que ele ainda estava sujo com um pouco de sangue no canto de sua boca.

- Você está sujo... – Sorri.

- Aqui? – Ele errou o lado, fazendo com que eu insistisse mais uma vez, mas novamente ele errara o lado.

- Aqui. – Deslizei o polegar contra o canto de seus lábios, mantendo o olhar fixo ali. De alguma forma senti um arrepio ao tocar sua pele. O toque de minhas mãos contra seu rosto e a sensação de poder tocá-lo me deixou sem jeito.

O polegar ainda estava parado por cima da posição onde outrora estava a mancha de sangue, e meu olhar estava perdido em seus lábios. Só então notei que alguns segundos – que pareciam minutos – haviam passado, e então encarei o loiro, que também me encarava. Seus lábios estavam semiabertos e seus olhos me encaravam. Não era aquela expressão raivosa, ou maníaca, era apenas a mesma expressão com a qual eu o encarava. Confusão. Desejo. Luxúria. Incerteza. O proibido e o errado, misturados de uma forma que era quase impossível negar aqueles impulsos que pareciam querer surgir de ambos. Afastei meu polegar de seu rosto, mas antes mesmo de poder beber um gole do whisky senti suas mãos segurarem em minha cintura, empurrando meu corpo para a parede. Ambos os copos já haviam caído ao chão, e o barulho e a sujeira eram o que menos me importava.

A mão do loiro subiu por meu peitoral, parando ali mesmo, enquanto a minha segurou no colarinho do menor. Ainda nos encarávamos. Não precisávamos falar grande coisa, apenas olhar um para o outro. Era como se ambos soubessem o que quisessem, e transmitissem esses desejos por meio do olhar. Klaus aproximou seu rosto do meu, e antes de qualquer reação minha fechei os olhos, sentindo os lábios do Mikaelson chocarem-se aos meus. Não abri os olhos. Se quer respirei. Apenas fechei as mãos em volta de sua cintura, apertando-a de forma que ele não pudesse desgrudar-se.

Meus lábios continuaram com aquele beijo, que ele mesmo provocara, e suas mãos percorriam meu peitoral, desabotoando lentamente cada botão de minha camisa, exibindo meu peitoral e parte do meu corpo. Minha gravata borboleta fora arrancada por sua mão, e não demorou muito para que minhas pernas fossem abertas, de forma que ele debruçasse ainda mais seu corpo contra o meu. Podia sentir seu peitoral – até então coberto pela camisa – caindo por cima do meu, roçando nossos corpos de forma que eu pudesse sentir o calor de seu corpo contra o meu. Abruptamente tudo aquilo parou. Quando abri os olhos ele estava do outro lado do cômodo, me encarando.

- Eu não faço isso... – Ele murmurou.

- E eu faço? – Perguntei dando uma risada, voltando a abotoar minha camisa.

- Isso é errado. – Klaus me encarou, parando em minha frente. – Mas... Parece ser algo mais forte que eu.

- Não é como se fossemos sair por aí de mãos dadas. – Retruquei seu comentário, voltando a acariciar a lateral de seu corpo, parando no cós de sua calça. Klaus parecia nervoso, e começou a ficar pensativo, me encarando após um minuto.

- Só uma noite, Salvatore. – Ele me encarou, franzindo a sobrancelha. – E não falaremos mais disso.

- Esqueceremos? – Indaguei, acariciando o queixo dele com um sorriso nos meus lábios, notando a diferença de meu corpo para o dele. Realmente eu era maior e mais musculoso, mas isso não fazia dele menos atraente.

- Exatamente. – Ele sorriu, deslizando sua mão por minha calça e abrindo o zíper da mesma, deixando que ela caísse por meus tornozelos.

- Se vamos esquecer depois... – Murmurei o encarando, começando a desabotoar sua camisa, parando por cima de sua calça e o encarando. – Nada impede de lembrarmos outra vez e esquecermos... Repetidamente.

Klaus sorriu para mim, enquanto meu olhar não saia de seus olhos. Ironicamente, o que mais me dava medo nele, também era o que mais me atraia. Mordi o lábio inferior, mantendo o sorriso nos meus lábios. Não tardou para que eu o empurrasse contra a parede mais uma vez, deslizando meus lábios por seu pescoço, de forma que sua pele fina e quente pudesse ser sentida por meus lábios, que deixavam alguns chupões ali, indo até seu peitoral. Quando sua mão me puxou pelos cabelos e me encarou apenas ouvi alguns murmúrios saírem dos lábios do mais velho. Ele estava me hipnotizando. Aquela seria nossa primeira e única noite, e jamais teria lembranças dela.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da fanfic, galera. Eu sei que foi curtinha e tal, mas foi feita para esse propósito do desafio mesmo!
Peço desculpas caso ela tenha ficado ruim. Faz tempo que vi essa parte da história de TVD e eu mesmo já parei de acompanhar a série, então ando meio enferrujado com esse universo.

Comentem, favoritem, recomendem (se acharem que essa fanfic merece isso) e não esqueçam de darem suas opiniões, certo?



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