I can't fall for you again... escrita por PunkOfPiltover


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá amados leitores :3 Devo confessar que nada me anima mais do que vir aqui e ler os comentários, vocês são uns amores, haha. Espero que aproveitem o capítulo!



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A manhã da tão esperada festa havia chego. Korra estava tão animada que até mesmo por algum milagre havia acordado cedo. Mesmo no café da manhã ela não parava de tagarelar sobre isso - por sorte meu pai não havia tomado café conosco. E eu havia acabado de descobrir uma nova característica extremamente fofa dela graças a isso. Depois do café eu fui para a biblioteca de casa ler e Korra disse que iria treinar enquanto isso. Livros eram meu fascínio, eu adorava os contos, principalmente as histórias fantasiosas de mundos espirituais e pessoas extremamente poderosas. Tentei me imaginar com algum desses poderes, porém foi em vão, não consegui me imaginar como alguém super poderoso. Porém, eu conseguia imaginar Korra perfeitamente lutando sempre com um sorriso determinado, e vencendo, é claro. E com isso, minha imaginação vagou mais um pouco no que ela disse na noite anterior de me proteger, e não consegui deixar de imaginar-me sendo salva por Korra. Eu não precisaria ser salva na vida real, sei me defender muito bem, porém, eu não reclamaria nem um pouco se Korra viesse me salvar.

Assustei-me com as batidas na porta e logo notei que era meu pai dizendo que o almoço estava servido, eu não me dei conta de que horas eram. Ele também disse para chamar Korra, pois ela sumiu sem dizer a nenhum dos empregados aonde iria. Eu concordei e fui procurá-la pela mansão. Ela disse que iria treinar, então deveria já estar ciente do lugar que papai havia pedido para ser preparado para nossos treinos, este era um antigo armazém escondido que papai usava para testar algumas peças antes de considerar utilizá-las em algo. Agora, estava equipado como uma academia completa, tendo equipamentos para musculação e áreas especiais para lutas, e era tudo subterrâneo, pois era um armazém enorme e chamaria a atenção para fora da mansão, então poderia ter sido o primeiro a ser atacado pelos nossos atuais inimigos. Quando cheguei, confirmei minhas suspeitas ouvindo o que parecia alguns esforços ofegantes de longe. Fui me aproximando devagar para não assustá-la e no fim, eu quem acabei assustada com a cena presenciada. Ali estava Korra, pendurada em uma barra de cabeça para baixo, parecia fazer abdominais e sua camisa folgada estava presa na altura dos seios, deixando sua barriga definida bem a mercê da minha visão, e se não fosse a voz curiosa de Korra totalmente alheia ao meu choque, eu com certeza teria desmaiado ali

– Oh, Asami? Que horas são? Acho que me distraí demais.

Enquanto falava, ela ia descendo da barra e ajeitava a camisa, que grudava na pele suada, e logo começou a secar o rosto com uma toalha jogada no chão e eu, enquanto isso, após respirar fortemente, limpei a garganta e fiz o melhor para parecer neutra

– É hora do almoço já, meu pai pediu para vir te chamar.

– Oh... Bom, então nesse caso vá comendo na frente, eu vou tomar um banho rápido e logo me junto a vocês.

E, com um sorriso bobo, sem esperar minha resposta, ela se afastou, e eu só pude dar de ombros e seguir o plano.

Chegando à cozinha, papai já me esperava, mas arqueou uma das sobrancelhas ao me encontrar sozinha, e eu apenas dei de ombros

– Korra estava treinando e disse que tomaria um banho antes de se juntar a nós.

Papai entendeu a situação e apenas concordou enquanto eu me sentava. Começamos a refeição com um silêncio confortável até meu pai quebrá-lo

– Então... Como vai Mako?

– Ele está... Bem, eu acho.

– O que houve, vocês brigaram?

–... Papai, eu realmente não quero falar sobre isso.

Percebendo que o assunto estava me deixando desconfortável, ele silenciou-se e voltamos a comer, agora em um silêncio um tanto desconfortável, que ele mesmo quebrou minutos depois

– Então, você está se dando bem com Korra?

Percebendo que eu sorri mas não o respondi, ele abriu um sorriso satisfeito e continuou falando

– Ela é uma boa garota, é forte e confiável, a única desse monte de besteiras que eu gosto.

Papai abominava as lutas de ringues que aconteciam aos fins de semana. Para ele, promoviam muita violência sem sentido, ainda mais para as crianças e jovens, os principais expectadores da luta. Apenas esses dias atrás eu fiquei sabendo que Korra era a campeã do ringue há anos, ninguém poderia vencê-la, e isso me fez abrir um sorrisinho bobo novamente.

Pouco depois Korra chegou e nos cumprimentou antes de começar a comer, papai saiu e ela comeu tão rápido que terminou quase ao mesmo tempo que eu, e, enquanto saíamos da sala de jantar, ela abriu-me um sorriso cheio de energia

– Ei, Asami! Não se esqueça de se arrumar para a festa, ela começa logo ao anoitecer!

E dizendo isso, ela saiu dizendo algo sobre voltar para o ginásio dizendo que levaria Naga para passear. Eu não fazia ideia de quem era Naga, mas sabia que antes de vir para a mansão, Korra morava ainda no ginásio onde treinava e também onde eram as lutas no ringue que ela participava. Eu, novamente sozinha, só pude dar de ombros e planejar o que vestiria para a festa.

Algumas horas se passaram e logo Korra já estava na mansão. Eu havia tomado banho e estava me arrumando já. Eu havia decidido usar uma roupa bem simples, jeans preto, uma blusa vinho e um casaco preto com detalhes da mesma cor da blusa por cima, além de uma maquiagem leve e o cabelo solto. Não queria algo muito extravagante, afinal, ainda era apenas uma festa com um monte de adolescentes bêbados, música alta aonde todos iriam se agarrar ou se empurrar. Satisfeita, saí de meu quarto e fui bater no de Korra para saber se ela já estava pronta e instantes depois ela abriu, revelando como visual da noite um jeans bem apertado nas partes certas de cor azul escura e uma regata de mesma cor mais folgada e uma luva sem dedos de cor mais escura que ia até os cotovelos. A regata permitia ver algo que eu nunca reparara antes: Uma tatuagem tribal de traços bem apagados pouco abaixo do ombro no braço direito. Sem dar atenção a isso no momento, me peguei admirando o visual de Korra, e ela parecia fazer o mesmo.

– Você está linda!

Acabamos por falar ao mesmo tempo e rimos em seguida, ela logo estendeu o braço para mim e eu timidamente o segurei, papai não estava em casa então não precisávamos arrumar desculpa alguma para ele não saber da festa.

Ao chegar, fora exatamente como eu imaginava: Muita gente já havia chego, era também uma casa grande e espaçosa, além de ter muitos andares e quartos para pessoas que quisessem fugir da agitação, mas ainda teria pessoas se empurrando e bebendo, por isso, logo que Korra se separou de mim, fui rapidamente ficar no sofá que por sorte estava vazio e observar as pessoas dançando ou se agarrando, realmente festas não eram um ambiente para mim, ao menos pude admirar Korra minutos depois dançando no meio das pessoas, e logo ela também me olhou, e abriu um sorriso que me fez encolher instintivamente no meu lugar enquanto ela caminhava em minha direção e estendia a mão para mim

– Eu me recuso a te deixar plantada aqui a festa inteira, vamos dançar.

– Korra, eu não sei se é...

– Vamos, eu não estava perguntando

E logo ela estava me puxando e me arrastando para o meio das pessoas, então ela parou e se aproximou mais do que minha mente poderia talvez aguentar para dançarmos. Ela parecia ter bebido um pouco, mas ainda estava extremamente enérgica e não parecia alterada, então logo entrei no ritmo e estávamos dançando e rindo. Pouco depois, decidi fazer uma pausa e ir para a varanda tomar um ar fresco, não percebi que estava sendo seguida então me assustei quando alguém agarrou meu pulso firmemente. Era Mako. E ele estava muito estranho

– Hey Asami! Bom encontrá-la aqui. Você veio tomar um ar, não é? Eu também. Que tal aproveitarmos para fazer umas coisas a mais enquanto isso?

Ele começou a me apalpar e se aproximar para me beijar. Seu hálito fedia a álcool e logo vi que ele estava bêbado. Mako nunca bebera antes, não na minha frente, ao menos. Rapidamente peguei a mão que me segurava com a mão livre e a torci, fazendo-o se ajoelhar de dor, e logo, furiosa, abri a porta para voltar para dentro, mas ele puxou meu braço e me impediu novamente, agora segurando ambas as minhas mãos, e parecia bem alterado e irritado

– Asami, qual é o seu problema? Você nunca vem a festas. Nunca me rejeita. Estava tudo bem entre nós dois antes. Agora vem aquele projeto de lutadora bombada para a faculdade e logo você fica estranha, me ignorando e se esquivando do que faço. O que foi? Está apaixonada por ela? Eu não vou permitir que ela te roube de mim!

E logo ele estava se aproximando e me apalpando de novo. Eu estava pronta para dar um chute nele quando Korra abriu a porta falando

– Ei Asami, você está fora há um tempo, está tudo...

Ela congelou ao ver a cena, rapidamente viu pelos meus olhos e atitudes de Mako que algo estava errado. E ficou furiosa ao entender a situação. Partiu rapidamente para cima dele e o afastou de mim, em seguida o empurrou com força, fazendo-o cair no chão

– Qual é a droga do seu problema!?

Ela estava irada, e mesmo Mako pareceu receoso de encará-la de volta. Ela logo virou-se para mim e pegou minha mão, sussurrando um ‘’vamos Asami’’ e saindo da casa. Eu ainda estava em completo choque e só podia me deixar ser conduzida de volta para casa por Korra. Quando chegamos e paramos na porta do meu quarto, ela me perguntou se estava tudo bem e eu logo me atirei pra cima dela, chorando, quando finalmente a realidade bateu em cima de mim

– Eu não acredito que ele tentou fazer isso a força comigo!

Enquanto eu soluçava alto ela esfregava círculos calmantes em minhas costas e me empurrava para dentro do quarto para não sermos ouvidas. Eu ainda estava assustada, não queria soltá-la naquela noite. Como se pudesse ler meus pensamentos, ela se ofereceu para dormir comigo e eu prontamente aceitei, desta vez, eu não pensava na vergonha ou mesmo no fato em si que eu estaria dormindo com Korra. Apenas precisava da proteção que Mako costumava me trazer e que agora se quebrou completamente, e Korra se ofereceu para restaurá-la e mantê-la no lugar dele. Após cada uma vestir seu pijama, ela se confortou ao meu lado na cama e me abraçou. Eu havia dormido ao lado de Mako muitas vezes. Mas nunca os braços dele haviam me acalmado tanto quanto os dela, e rapidamente, o medo foi embora e eu consegui dormir tranquilamente.


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Notas finais do capítulo

Sinto muito por transformar o Mako em um completo carrasco, mas eu prometo que eu vou tentar ser mais bondosa com ele num futuro próximo, eu também adoro-o, não posso deixar o pobre rapaz ter um destino triste! Haha. Espero que tenham gostado :)



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