Lamentar... - Crying and Pain escrita por Little Vit


Capítulo 1
Forgiveness




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Dor, meu peito dói, cada vez mais.

Angustia, ele algum dia vai me perdoar?

Medo, não posso perdê-lo.

Sei que fiz tudo o que um bom namorado não faria, eu menti, desconfiei, trai, e tentei matar meu namorado.

Mais fiz tudo por amor, por medo de perdê-lo, para a morte, a minha morte no caso, não conseguir suportar a idéia de Magnus nunca envelhecer e eu sim.

Queria passar toda a minha vida com ele, mais agora não posso mais, tudo acabou ele acabou mais ele teve razão, eu conspirei contra a sua imortalidade, em outras palavras, procurei como matá-lo.

Ele nunca vai me perdoar.

– Alec – Isabelle me tirou dos meus pensamentos – Alec quando isso vai acabar? – Ela murmura, noto tristeza e raiva em seu olhar.

Não a condeno, deve ser difícil para ela ver seu irmão sofrer.

– Acabar o que Izzy? – Eu murmuro de volta. Sei do que ela esta falando, mais prefiro fazer rodeios.

– Alec – ela diz cansada – Por favor, estou cansada de te ver aqui chorar, não sai mais do quarto, não treina, não vive – ela aumenta a voz – Alec vale realmente a pena?

– Me deixe Izzy, quero ficar sozinho – Eu digo, não quero brigar, não com ela.

Ela me olha como se fosse me dar um chute na bunda, mais se contem e sai do quarto pisando forte e batendo a porta com toda a sua força, que não é pouca.

Quando penso que finalmente terei um pouco de paz, Jace entra no meu quarto, já falando.

– Vamos levante – Jace diz me puxando da cama.

– Hey – eu reclamo – Ficou maluco?

– Não, ainda não – Jace diz sarcástico – Só estou cansado de te ver chorar por conta de Magnus, e cansado de ver Isabelle chorar por sua conta, Alec será que não vê que esta acabando com sua vida aos poucos? – Jace fala sem levantar a voz.

– E o que isso importa? – Eu indago com raiva. Por que todos querem se meter em minha vida.

– O que importa? – Jace repete sem acreditar – Importa muito, você é meu irmão e Parabatai, eu me importo com você, Izzy se importa com você, Clary, Simon, seus pais todos nós, nos importamos com você. – Ele diz, agora levantando a voz – Alec não pode continuar assim, nem treina mais, Sebastian está chegando, e você nem esta se preparando.

– O que vai adiantar, Sebastian vai ganhar – Eu digo.

Jace me olha como se fosse me bater, e é isso que ele faz.

Recebo um soco bem no meio da cara.

– O Alec que eu conheci, o Alec que eu cresci nunca falaria isso, ele lutaria ate o fim, não se entregaria, e principalmente não ficaria tristonho só por que o namorado terminou com ele. – Jace diz – O que Magnus fez com você?

– Não foi Magnus, foi o amor – Eu digo.

– Talvez Valentim estivesse certo – Jace Murmura indo em direção a porta do meu quarto – Amar é destruir e ser amado é ser destruído – ele diz e sai do quarto, fechando a porta atrás de si com um estrondo.

Então eu fico só. Mais uma vez, não importo mais.

Logo a noite chegou, trazendo a escuridão.

Pensei tanto sobre minha relação com Magnus, não posso continuar deste jeito, eu tenho que falar com ele.

Desço as escadas e encontro, Izzy, Simon, Clary e Jace jantando.

Quando eles me notam, vejo surpresa em seus olhares, e depois alegria.

Izzy é a primeira a falar:

– Finalmente – ela fala vindo em minha direção – Resolveu viver?

– Vou sair – Eu digo.

– Sair? Pra onde? – Jace indaga curioso.

– Vou resolver minha vida – Eu digo, pego meu casaco e saiu, sem nem olhar para trás.

Chego ao apartamento de Magnus, tantas lembranças, Pelo anjo eu tenho que conseguir.

Uso minha estela, e faço uma runa de abertura, antes eu não precisava disto, eu tinha a chave.

Chego à sala e agora posso ver como o apartamento esta acabado, parece que não fora a ser arrumado há dias, se Jace visse isso, surtaria.

Dou mais uns passos e vejo presidente miau, vindo correndo do quarto de Magnus, logo atrás do gato, ele aparece.

Magnus, por Raziel, ele esta acabado, barba a ser feita, cabelo bagunçado, será que ele também estava sofrendo? Sofrendo por mim?

Ele me olha, primeiro surpreso, por alguns segundos, chego a pensar que ele ficou feliz, mais logo o sorriso, que eu achei que vi em sua face, desapareceu.

– O que faz aqui? – ele indaga.

– Pre... Preciso falar com você – Eu digo, tento parecer confiante, mais não consigo, não tão perto dele.

– Não temos mais nada a falar – Ele fala, com sua voz grave – Vá embora, antes que ache alguma forma de me matar – ele ironiza.

Sinto meu sangue borbulhar, como ele pode brincar assim?

– Não vou embora – Eu digo – não ate você me escutar.

Ele me observa por alguns segundos, suspira e respira fundo, senta-se no sofá e diz: - Fale não me importa, não preciso escutar.

Eu o olho por alguns segundos, tenho tanta vontade de beijá-lo, Deus, como eu quero beijá-lo.

– Sei que tem motivos para me odiar – Eu começo – mas precisa me ouvir.

– Quem disse que eu te odeio? – Magnus indaga confuso.

– Você. Não. Me. Odeia? – Eu pergunto pausadamente.

Magnus se levanta, para a centímetros de mim e fala:

– Alexander, como eu poderia te odiar? – Ele diz – Eu. Eu te amo.

Ouvir isso faz meu coração bater para forte.

– Então por que não me perdoa? – Eu pergunto.

Ele respira fundo pega meu rosto entre suas mãos, me deixando cada vez mais perto de sua boca e diz:

– Por que eu não posso – Ele fala e se afasta, quando ele faz isso, seguro seu braço o obrigando a ficar perto de mim e me olhar nos olhos.

– Por que não?

– Sei que não queria me matar, sei que não fez de propósito – Ele fala – Mais eu ainda sou imortal, e você mortal, você vai morrer um dia, e eu não. – Ele diz – Já namorei muitas pessoas, já vi alguns morrer, nunca fiquei mal por isso, mais com você é diferente, não consigo suportar a idéia de te ver morrer, de ficar sem você – Magnus diz olhando em meus olhos – Pode ser egoísmo meu, mais eu não quero te perder para nada nem ninguém, nem pra morte – ele fala e desta vez eu o deixo se afastar.

Sigo-o ate seu quarto em silencio.

– Não precisamos nos importar com isso agora – Eu digo, eu suplico – por favor, só diga que me quer, e que ficara comigo, que me ama, que me perdoa, e eu não ligarei para imortalidade – Eu falo sentindo as lagrimas quentes rolarem por minha face.

– Alexander, eu te quero, quero ficar com você, eu te amo, e sim eu te perdoo – Ele diz também chorando – Mais eu me importo com imortalidade, por que seria eu que te perderia para a morte, seria eu que sofreria.

– Mais você não vê que estamos os dois sofrendo agora? – Eu digo.

– Vá embora Alexander, vai ser melhor – acredite – ele diz e vira o rosto.

Chega, eu não posso continuar assim.

Vou ate ele, viro seu rosto, pego sua face em minhas mãos e o beijo, o beijo começa duro e hostil, mais logo vai dando espaço a calmaria, ao amor, nossos beijos se tornam necessidade naquele momento, só nos separamos, por que infelizmente o ar é necessário.

– Alexander o que você fez comigo? – Magnus indaga rindo. Como eu amo esse sorriso.

– O que você fez comigo – Eu repito.

– Por que eu não consigo deixar você ir? – Magnus me pergunta.

– Por que você me ama? – Eu pergunto.

– Esta ficando metido – Magnus fala – Eu gosto disso.

Ele diz e me beija de novo, só que desta vez o nosso beijo é mais selvagem, nossas línguas entram em uma dança sensual, como eu o amo.

– Então você me perdoa? – Eu indago.

– Eu te perdoei há muito tempo – Ele fala.

– Então eu voltei a ser seu namorado? – Eu indago receoso.

Ele me olha, suspira e fala:

– Você nunca deixou de ser – ele diz.

Voltamos a nos beijar, desta vez os beijos de Magnus se tornam mais precisos, seus lábios vão descendo por meu pescoço, sinto ele tirar meu casaco e minha camisa me deixando só de calça, faço o mesmo com ele.

– Como sentir sua falta, Alexander querido – Magnus murmura em meu ouvido.

– Pare de me chamar de Alexander, sabe que eu não gosto – Eu murmuro de volta eu seu ouvido e escuto sua risada abafada.

Logo depois sinto seus dedos irem para minha calça, faço o mesmo com ele, minutos depois estamos só de cueca, posso sentir sua ereção, por cima da cueca.

– É isso que você faz comigo Alexander – Ele sussurra.

Nossas ereções se encontram e uma explosão de sentimentos e reações passam por meu corpo.

Minutos depois estamos nos amando na cama de Magnus, da primeira vez que fizemos isso foi estranho para mim, mais hoje sei exatamente o que fazer, que partes do corpo de Magnus tocar.

Seus movimentos são rápidos e lentos ao mesmo tempo, fazemos tudo em harmonia, temos tempo, não precisamos ter pressa.

Mais tarde naquela mesma noite, Magnus e eu estamos em sua cama deitados, exaustos, o suor ainda escorrendo por nosso corpo, eu estou com minha cabeça repousando em seu peito, quando resolvo quebrar o silencio.

– Como ficaremos a partir de agora? – Eu indago exausto.

– Do mesmo jeito que antes, só que agora sem segredos e mentiras – ele responde.

– Não te incomoda a questão da imortalidade? – Eu indago receoso.

– Vou dar um jeito nisso, afinal eu sou o alto feiticeiro do Brooklin, tem que ter algo que eu posso fazer – Ele diz.

Fico curioso, viro minha cabeça e o olho, noto que ele também me olha.

– Vai procurar uma forma de me tornar imortal? – eu indago.

– Você aceitaria? – ele pergunta.

– Se for para ficar com você para sempre, sim – eu respondo.

– Não vamos nos preocupar com isso agora, temos tempo - Magnus diz e me beija. Sinto que sua ereção esta voltando.

– Pronto para o segundo round? – Ele pergunta malicioso.

– Estou pronto para tudo, desde que seja com você – Eu respondo e o beijo.

Assim aquela noite terminou não me importo com o que vai acontecer amanha, só me importa que ele esta comigo, aqui, agora, e por enquanto é só isso que importa.


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