Uma esposa para Itachi Uchiha escrita por Anny Taisho


Capítulo 9
Spinoff - Conselhos de Kushina


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, dando continuidade a fic aqui está mais um spinoff e eu vou falar viu... a coisa ainda vai entornar um bocado por aqui. kkkkkkkkk

Agora eu queria agradecer muito a todos os comentários tão carinhosos e a recomendação da minha adorável Bella21. Eu deveria ter agradecido semana passada, mas a postagem já estava programada e eu nem me lembrava disso, quando vi já tinha sido postado!!! Estou tão feliz com isso!!!

Esse capítulo é para você Bella querida!! Kisskiss



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Fugaku pousou levemente sobre a madeira do assoalho de seu quarto, no início daquele ano a casa em que viveria pelas próximas décadas ficou pronta e eles se mudaram. Tinha sido uma missão cansativa no país da chuva e tudo o que precisava era um banho.


Colocou as roupas sujas de barro separada das outras e tomou um banho quente, coisa que parecia não fazer a muito tempo sentindo os músculos cansados e tensos. Depois do banho vestiu sua roupa habitual e reparou no silêncio. O que era estranho, Mikoto estava sempre fazendo barulho ou recebendo gente. Ela não devia estar.


Desceu as escadas sem fazer barulho e só então ouviu o som de risadas. Leves, mas ainda sim risadas. parou um momento no corredor e discerniu facilmente o som da voz da esposa e havia outra mulher... Precisou pensar um pouco até finalmente veio a sua mente, Uzumaki Kushina. Não era de seu feitio ouvir conversas alheias, pretendia unicamente seguir a cozinha e pegar algo para comer, mas ele raramente ouvia Mikoto rir assim e uma curiosidade acabou surgindo.

– Essa casa ficou muito bonita, Mikoto, valeu a pena esperar... E como é sólida.


– Vai ser aqui a residência oficial, precisava ser uma bela casa. - disse levemente - Tem bastante espaço, será bom no futuro.


A ruiva mexeu as sobrancelhas e fez careta.


– Com aquele seu marido? Por favor... É preciso no mínimo tocar para haver bebês.
O homem ficou um pouco constrangido, Mikoto andava falando da vida deles para aquela mulher escandalosa?


– Kushina!! - a morena ralhou -


– Você não precisa falar nada para mim, okay? Eu sei que vocês não tem nada, é visível para qualquer um que olhar! E sem dizer que me mostrar o seu quarto, que é separado do dele, confirmou o que eu sempre soube.


Oh... pelo menos ela não tinha falado, mas aquela mulher parecia intrometida demais para seu gosto. A vida íntima deles não era da conta dela.


– Vamos mudar de assunto, sim? - Mikoto tentou menear -


– Sinceramente, como vocês conseguem em? Viver juntos e ser como estranhos? Eu sei que foi um casamento arranjado e tudo, mas parece que nada mudou desde o dia que se casaram.


Notou que a esposa ficou algum tempo calada, provavelmente pensando no que responder.


– Fugaku não é esse monstro que você exagera, ele não queria casar comigo e podia fazer da minha vida um inferno e não fez, ele é apenas muito reservado. Concordo que esperava que a essa altura ele não estivesse tão incomodado com a minha presença ainda, mas eu já parei de esperar alguma coisa. Pensei que pudessemos ao menos ser amigos, mas tudo bem, temos um acordo de boa convivência.


– Acordo de boa convivência? E os bebês que os velhos do conselho querem aparecem quando nisso aí?


– Não é preciso amor para ter um bebê. E não me olhe assim, somos shinobi, Kushina, e você já teve missões em que precisou dormir com alguém e isso não queria dizer nada.


– Okay. vamos tirar toda parte sentimental do assunto, ele precisa te procurar!! Por kami, será que esse homem não tem hormônios não? Tem um mulher bonita e com todas as qualidades em casa e nada? Nem uma olhadinha? Nem um interessezinho? - cruzou os braços e estreitou os olhos - Ou será que ele sai com outras?


Novamente aquele silêncio e no momento foi como uma bofetada no Uchiha. A mulher achava que ele tinha um caso? Pior que ele talvez ainda se encontrasse com Mirai? Oh Kami, aquele ruiva falava demais e se intrometia muito.


– Eu não sei, se faz, nunca nada chegou a mim.


– Pare de ser evasiva, Mikoto, o que você acha? - Kushina indagou ficando um pouco nervosa -


– Sinceramente, não. Ele se casou comigo e eu não soube dele contestar a decisão dos anciãos, então acho que ele só não esteja preparado ainda ou que eu não seja atraente a ele?


A Uzumaki bateu a mão na mesa irritada.


– Não é atraente? Você não usa aquele espelho ENORME no seu quarto? Ou repara na rua não? Eu boto minha mão no fogo que ninguém veio atrás de você ainda porque o seu marido não tem fama de piedoso com inimigos! Pare de desculpar a falta de... de... Sei lá... Humanidade dele, Mikoto!! Como você disse, ele podia ter contestado a decisão e não fez!!


– Não é tão simples. Nunca é, Kushina, não precisa ficar tão brava, eu não sou infeliz. Sabe, eu gosto de poder ajudar aqui no distrito, receber as pessoas, trabalhar um pouco na academia... Fugaku... bem, ele não faz muita diferença porque nunca está em casa. E eu faço o que posso para que seja o mais cômodo possível, ele trabalha muito por todos no clã e pela vila quando se arrisca em missões. Por que eu vou criar um ambiente hostil na casa dele quando ele todos os dias enfrenta o pior lá fora?


– Mas você não é feliz também.


– Eu imaginei que me casaria com alguém como meu pai, que gostasse como eu de ter pessoas em casa, um marido que me ouviria mesmo não gostando de falar, e que teríamos uma boa família... Só que... não é assim... Talvez com os anos minha presença deixe de incomodá-lo tanto e ele aceite ao menos minha amizade.


– Incomodar? Você limpa, cozinha, cuida das feridas, faz a social com o clã e ele se incomoda? Sinceramente, eu não sei qual dos dois é pior.


– Eu admiro o trabalho dele e como ele se esforça por todos nós. E o meu jeito de contribuir para aquela guerra lá fora, é ajudar a criar um ambiente para que cada shinobi desse clã saia de casa querendo voltar. Isso inclui o meu marido.


– E para ele você não passa da criada que limpa e cozinha. Você merecia mais, Mikoto, seu pai podia ter escolhido um marido que te merecesse.


O shinobi perdeu até a fome depois de ouvir aquilo. Ele não considerava Mikoto a criada dele, ela não tinha empregada porque não queria. Tudo o que ela fazia era porque queria fazer, nunca a obrigou a nada. Não era aquele monstro que aquela mulher ruiva pregava.


Ficou aturdido boa parte daquela tarde, nunca achou que a esposa se incomodasse tanto sobre como viviam. Assim como para ele foi algo inesperado, achou que estar sempre fora de casa era o melhor aos dois. Só que não era. Eles não estavam construindo nada.


Parando para pensar ela sabia praticamente tudo sobre ele, mas Fugaku tinha só um breve vislumbre sobre quem era a esposa dele. E agora se sentia mal sobre isso. Não a odiava como pareceu que ela achava.


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Mikoto não concordava com Kushina em tudo, mas talvez ela tivesse razão sobre forçar a barra com alguém que pouco se importava com ela. Tentava ser uma boa companhia a ele, mas se Fugaku não queria, não ia mais ficar se impondo nas pequenas coisas. E se a presença dela era tão incômoda o pouparia do sacrifício.
A comida estava sempre pronta no horário, mas agora na mesa só havia o lugar dele. E Mikoto nunca ficava no mesmo lugar que ele a não ser que houvessem outras pessoas. O acompanhava nos jantares oficiais e onde quer que precisasse ao seu lado, mas o resto do tempo sua presença era quase um vulto.


E de repente sentiu-se solitário como nunca na vida, antes ela era uma companhia silenciosa e agradável, agora era como se estivesse permanentemente sozinho. E a voz dela só era ouvida para os outros ou na presença deles.


– Quem é o bebê mais lindo da tia? - ela conversava tranquilamente sentada na varanda com o sobrinho sentindo a brisa leve de verão -


– Ela vai ser uma ótima mãe, irmão. - sentiu a mão do irmão mais novo em seu ombro um pouco mais ao longe -


– Certamente.


– Deviam providenciar isso logo, sabe... eu não quero botar pressão igual o conselho e o pai, mas vocês são jovens e a gente sabe que a qualquer momento algo pode acontecer.


– Estamos... Cuidando disso.


– Eu achei que ela não ia se integrar sabe, com aquela coisa da... - o homem parou de falar um momento - Bem, você sabe, mas Mikoto superou todas as expectativas, eu não conheço ninguém que não goste dela. E como ela cuida dessa casa e de você... Como teve sorte em, irmão? Eu amo a Aika, você sabe, ela é ótima, mas não consegue fazer metade das tarefas que a Mikoto faz como se não fosse nada. Vocês dois são a cabeça que esse clã precisava.


Viu ele se afastar e tentar pegar o filho, mas Shisui se agarrou a roupa da tia, não queria ir embora não. E o jeito com que ela ria e consolava o menino dizendo que da próxima vez fariam um bolo. Fugaku viu que ele tinha mesmo muita sorte e não fazia jus a isso.


Quando ela se levantou notou um leve mancar, foi bem rápido, mas os olhos dele não se enganavam.


– Você está machucada. - disse e viu que ela arregalou os olhos um momento -


– Eu sai com um grupo de gennin, fomos atacados e eu tive que lutar, estou meio fora de forma. Não se preocupe.


E assim ela passou indo fazer qualquer coisa.


Owari.


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