Uma esposa para Itachi Uchiha escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
A responsabilidade do herdeiro


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, eu sou meio velha aqui no Nyah e depois de ler algumas coisas em inglês decidi fazer essa fic. Dez capítulos já foram escritos e serão postados semanalmente. Espero que gostem.



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Uma esposa para Itachi Uchiha

Capítulo I - A responsabilidade do herdeiro

Estava sentado no deck que dava para o lago na propriedade Uchiha pensando sobre o assunto da última reunião do conselho de anciãos, por um momento teve vontade de rir, era meio cômico no fim das contas. Após seus recém-completados 34 anos, todos achavam que estava na hora de pensar em casamento, em um futuro próximo, na verdade, pelo tom deles Itachi entendeu que quanto mais próximo melhor.


Não é como se nunca tivesse pensado assunto antes. Só que esses planos estavam sempre muito longe, podia dizer que eram um borrão no futuro. Como próximo líder sabia muito bem que teria que constituir família, só que com seu pai muito saudável e nem pensando em aposentadoria esses planos podiam ficar para depois.


Bem, era isso o que pensava, mas aquela reunião mostrou que não. Ele era um homem muito ocupado com a ANBU e as obrigações no clã, nunca houve muito tempo para lazer e quando havia gostava de paz e tranquilidade para descansar. As fases da vida do Uchiha mais velho passarm muito rápido com um infância demasiado curta, uma adolescencia em campos de batalha e uma vida adulta também em missões.


Aconteceu de namorar algumas garotas, nada que tivesse sido de grande marca, o que o levava ao dia de hoje. Sem relacionamento e sem previsão de ter um.


Não tinha vontade de sair por aí a caça de uma esposa, isso parecia uma perda de tempo sem tamanho, sempre esperou que os pais cuidassem disso e lhe arrnjassem um bom casamento quando fosse o tempo. Era assim que as coisas aconteciam geralmente em grandes clãs, principalmente com pessoas de destaque dentro deles, afinal, casamentos ainda eram ligados a acordos políticos e afins.


Pensando bem muito estranho era que os pais ainda não o tivessem casado, certamente não foi por falta de pressão, já que desde os dezoito anos todos os pais com filhas a volta de sua idade do clã faziam brincadeiras sobre ser o sogro. E certamente era mais fácil que se casasse com alguém dali, não era consenso geral, mas acontecia com frequência.


Hum... Precisava de uma boa mulher, honesta, agradável e seria bom que fosse bonita, não precisava de nada extraordinário, mas bem... filhos bonitos não era uma má ideia. Por Kami, no que estava pensando? Seu pensamento a respeito de uma esposa era tão raso que chegava a ser ridículo, isso que dava ter vivido a vida toda em prol de missões e mais missões.


Nunca houve tempo para amadurecer essa parte de sua vida e os relacionamentos foram tão curtos e esporádicos que não dava para tirar grandes coisas deles. Estar com uma mulher um período curto de tempo era uma coisa, viver e fazer uma vida com ela mudava totalmente as variáveis. Era extremamente pesado pensar que tinha uma chance de escolher a pessoa que passaria o resto da vida. Como futuro líder tinha que ter um imagem sólida e não podia se dar o luxo de escolher errado.


Itachi Uchiha foi criado para ser um ninja e um líder, todo o resto ficou em segundo plano. E também alguém que vive com a vida por um fio quase todos os dias do ano não pode se dar ao luxo de fazer muitos planos para o futuro, afinal, no mundo real de missões não se importa quão bom é, sempre haverá um adversário a altura. Foi se dando conta disse que manteve-se vivo muitas vezes, podia dizer que era quase um mito suas conquistas num período muito curto, mas isso não queria dizer que lá fora não houvessem tantos ninjas tão bons.


Tsk... Estava perdendo o foco.


O assunto era o tal C-A-S-A-M-E-N-T-O.


Aquilo lhe soava que seria mais exaustivo que qualquer missão feita e uma na qual não podia falhar. Afinal, a mulher escolhida não seria só sua esposa, seria a proxima matriarca Uchiha...


Como se ser simplesmente um Uchiha não fosse difícil o suficiente.


---


Caminhava pela trilha estreita mal conseguindo segurar o sorriso, era tão bom reconhecer aquele caminho e saber que o lar estava tão próximo, ao alcance dos dedos. Os amigos, os pais, as ruas cheias, a feira com cheiro de bolinho de lula... Fazia tanto tempo.


Cinco anos para ser exata nas contas e nas saudades. Puxou os cabelos médios para cima num rabo meio desajeitado, depois de anos com cabelos curtos era difícil se habituar a tê-los um pouco mais compridos. Riu levemente pensando em como foi tolinha naquele tempo.


Cortou os cabelos num momento de auto-afirmação e depois eles meio que se tornaram um símbolo meio como se deixasse crescer voltaria a ser a mesma de antes. Só que no fim era só cabelo e grande ou curto o que valia eram seus ideiais e estar disposta a mantê-los.


Esticou os braços em direção ao céu, a mochila estava bastante pesada, tinha que aprender a andar com menos coisas. Pensava em Naruto e em como ele estaria agora tanto tempo depois, E Sasuke também, Kakashi sensei... A porquinha. Tinha trocado alguma correspondência ao longo dos anos, mas assim como ela eles tinham muito o que fazer... E um treinamento com a Sannin não foi nem perto de ser fácil, na verdade, difícil foi só o começo de seus problemas.


Olhando as costas de sua mentora alguns passos a frente a Haruno sentiu uma gratidão que não tinha tamanho, ela e Shizune haviam lhe abertos os olhos e mostrado o quão boba era anos atrás. Naquele tempo, com 19 anos, Haruno Sakura estava perto de se tornar uma jounin. A última de seu time, e praticamente uma das últimas entre os amigos num geral, mas isso não a incomodava. Estava satisfeita com quem tinha se tornado.


Uma garotinha de família comum e sem aparentemente nada de especial em sua maioria não passaria da academia e com sorte não seria mais que uma chunnin. Ser uma jounnin então estava muito além do que qualquer esperado que seus pais podiam ter. E também, mesmo sem ter uma destaque muito grande não levava a mal, afinal somente sendo excepcional para ter algum destaque naquele time.


Tudo estava correndo tranquilamente naquela primavera e com muita paciência e ajuda de Naruto tinha conseguido levar Sasuke ao festival das Cerejeiras. Mesmo reclamando e resmungando sabia que no fundo ele estava se divertindo ali com eles. Tudo ia muito bem até um homem, que até hoje não sabe o nome, se meteu em uma briga e acabou com uma faca na coxa bem na frente deles.


Tudo aconteceu tão rápido, praticamente um borrão. Não era ainda uma ninja médica, tinha algum conhecimento de primeiros socorros por conta de um curso que um membro de cada time tinha que fazer, ordens do quarto hokage. Muito curiosa, estudou por fora algo mais, não o suficiente para aprender sozinha como ser médica, mas certamente mais que a grande maioria.


E aquele homem não ia chegar ao hospital com uma quantidade decente de sangue no corpo se o mesmo não parasse de jorrar. Bem, nunca tinha tentato antes, mas era melhor que o assistir morrer bem ali. Tentou lembrar de tudo o que aprendeu lendo e depois praticando cuidando dos garotos, foi muito difícil, mas conseguiu conter a hemorragia e foi então que do meio da multidão surgiu aquela moça de cabelos pretos que facilmente conseguiu terminar de cuidar daquele homem desconhecido.


Shizune lhe sorriu e se surprendeu quando soube que não tinha nenhum conhecimento de medicia ninja, falou que aquela pequena regeneração salvou o homem, se sentiu feliz, mas ali ficou só nisso. Somente dias depois algo aconteceu.
Encontrou as duas no mercado, Tsunade não lhe deu realmente alguma atenção, mas Shizune parecia ter gostado e ficaram conversando durante algum tempo sentadas a mesa de um quiosque pequeno. Ficou muito surpresa quando soube quem eram e adorou conversar com a morena. Contou várias coisas de sua vida e por fim Tsunade entrou no meio tendo aquela conversa que mudaria sua vida.


Flashback on


- Então é isso, garota? - Tsunade finalmente depois de todo tempo ali bebendo tinha dado alguma atenção a menina - Vai se tornar uma jounin e talvez ser professora da academia?


Aquela pergunta a pegou de surpresa, não sabia o que mais esperar da vida que levava. Toda criança que conhecia sonhava em ser ninja e um dia chegar a jounnin, poucos em realidade conseguiam, e adultos a Haruno sabia que a vida de ninja era mais dor que glória.


- Como? Desculpe...


- Tsk... - a loira bebeu mais uma dose - Eu perguntei se sua vida vai ser só isso? Já acabou? Não tem outro objetivo? Konoha já criou kunoichis melhores...


Naquele momento a rosada se sentiu levemente ofendida e esteve prestes a se levantar da mesa e sair. Tsunade era de fato uma grande ninja e gostaria de conversar com ela, mas isso não lhe dava o direito de tratá-la daquela maneira. Falar aquelas coisas. Nem todo mundo seria uma referência como ela.


- Desculpe, Sakura, desculpe... Tsunade-sama já bebeu demais.


- Shizune!! Não peça desculpas por mim, eu não falando nada errado. Essa garota... Sakura, não é mesmo? Que seja, você não é da minha conta, mas vou te falar o que ninguém parece ter dito ainda: Você não tem que se contentar com pouco só porque acha que já chegou longe o suficiente.


- Tsunade... - Shizune choramingou, a mulher podia ser bem ferina as vezes e Sakura não tinha nada a ver com isso -


- Se quiser pode levantar e sair, mas se aguentar essa raiva que eu estou vendo que tem, me ouça até o final. Não quero te ofender, vai ser uma jounnin e isso é realmente uma excelente coisa, mas não tem que ser o fim. Eu te ouvi falar e falar dos seus colegas de time, do seu sensei, dos seus amigos e de como eles são ótimos e toda essa rasgação de seda... Mas sabe o que eu não ouvi? Você falando de você mesma. Não tem se sentir inferior porque tem colegas excepcionais e nem achar que já chegou onde precisa.


Sakura esteve a dois segundos de levantar e sair, mas por algum motivo ficou. Mesmo sendo aparentemente grosseira, Tsunade parecia estar falando o que ninguém tinha até ali pensado em dizer.


- Não precisa ser um talento raro como muitos desses seus amigos aí, muitos deles incluse com uma grande ajuda da genética. Sabe o que fez naquele festival? Eu já gente que se preparou vida toda não conseguir fazer aquilo, não sei porque ninguém lhe indicou isso, mas deveria tentar ser uma iryounin.


- Eu? - a rosada quase pulou para trás -


- Sim, eu sei ver quando alguém é pode e muitos poucos podem, com o esforço e orientação certos você pode chegar longe, mas não com esse seu pensamentinho acomodado de eu já cheguei longe e fico feliz pelos meus amigos que se sobressaem. É cômodo, garota, mas só se vive uma vez.


Flashback off


A Haruno ficou passada e sem saber o que pensar algum tempo, mesmo depois que foi embora. Seria mesmo que estava acomodada? E isso martelou em sua mente até que decidiu que se alguém como ela e Shizune estavam dizendo que ela tinha o talento, então podia fazer. Mas não ia se contentar com pouco e foi atrás delas. Algum esforço precisou ser feito, mas Tsunade acabou a aceitando como pupila e menos de um mês depois estava indo embora.


Ver os portões da vida encheu seu coração de alegria, e apesar de todas as dificuldades e saudades não podia dizer que se arrependia. O mundo se abriu diante dos olhos muito além do que algum dia chegou a sonhar, se tornou uma ninja muito além do que podia imaginar e devia muito disso aquela mulher.


Sabia o que custava a ela estar de volta a Konoha e gostaria de um dia ter metade da força que Tsunade tinha. Sua Shishou era muito mais que uma sannin lendária, era o tipo de mulher que merecia reconhecimento por sua força interior, mesmo que em certos momentos ela se achasse fraca.


- Chegamos. - a loira parou com sua malinha e olhou para trás - Preparada, Sakura?


- Eu nunca estive mais preparada. - a rosada sorriu de lado -


- Essa é a garota que eu treinei.


Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem pessoas, então o primeiro capítulo é esse e espero que gostem, lembrando que essa fic se passa num universo alternativo e sem massacre.

Kisskiss



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