Os descendentes escrita por Evil Maknae


Capítulo 5
Mau humor.


Notas iniciais do capítulo

Oin, gemt :3

Desculpe a demora, mas eu estava seca de inspiração...

Esse capítulo é de Rebecca Smith Boudreax (õ(
(É muito divertido escrever no POV dela, eu sou mau humorada igualmente e-e)

Boa leitura



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Acordei de mau-humor.

Mal me levantei e já derrubei o celular e ainda chutei o pé da escrivaninha. Quando fui me trocar, me dei conta de que minha calça favorita estava rasgada. O Psp sem bateria. Atrasada. Tem alguma coisa que pode ajudar a piorar meu dia?!

Desci as escadas com passos raivosos, quase quebrando o chão. Deparei-me com meus pais rindo e conversando felizes. Apenas lancei um olhar de “COMO VOCÊS CONSEGUEM?” e fui para fora, esperar algum dos dois ter a boa alma de comer o café da manhã logo e me levar pra maldita escola.

Meu pai entrou no carro rindo da minha cara má. Eu percebo quando uma pessoa tenta se aproximar sem levar uma patada, mas naquele dia estava inevitável dar uns tapas verbais em todos.

– Poxa, que dia lindo. Nossa, adoro essa luz... – Mentiu ele descaradamente.

– Você odeia luz solar, cara.

– Mas... Ok. Vamos começar de novo. Olá Rebecca, como está indo seu dia?

– Uma – BOSTA – Porcaria.

– Tem algum motivo?

– TODOS.

– Quer citar um...?

– NÃO. TCHAU. EU VOU PRO INFERNO. DIGO, ESCOLA.

– Tchau filha... – Ele riu mais um pouco, o que contribuiu com a vontade de meter o pé no toba do primeiro que aparecesse na minha frente.

– Ok, Rebecca, mantenha a calma. Não mate ninguém hoje. Talvez amanhã, mas hoje não. – Fui dizendo para mim mesma até esbarrar na prostituta menor de idade da escola.

– Olha por onde anda, alien! – Apelidou momentaneamente Barbara, a loira, de olhos azuis mais falsos do mundo. Por causa do impacto, eu estava no chão.

– Alien é seu cu.

Ela me lançou um olhar de nojo e preparou o vocabulário idiota de patricinha para me dizer várias gírias cor-de-rosa enquanto estalava os dedos na minha cara. Pelo menos foi isso que vi nos filmes.

– Ok, acho que já chega, Barbara. – Grace apareceu e lançou o mesmo olhar de nojo para ela.

– Ah, Grace. Parece que você vai pro mau caminho com essa aí. Se soubesse o quão meus pais são importantes para essa cidade não andaria com pessoas desse tipo.

– Barbara. Eu realmente estou pouco me fodendo para você e seus pais.

– Você pode ter certeza que vai se arrepender! Eu vou conseguir te reverter!– Barbara saiu rebolando.

– Você acabou com ela sem perder a classe... Só soltou um palavrão...– Comentei.

– Prefiro não partir para o nível da agressão...

– Você luta muay thai...

– Quero dar uma chance á ela de se redimir. – Brincou. – Afinal, ela apanharia muito...

– Imagino... – Ergui a sobrancelha.

– Está atrasada...

– Passei um tempo brigando com os móveis...

–... Ok. Eu finjo que entendo e nós vamos para a aula, certo?

– Tudo bem.

Saímos andando até as salas.

Eu soube que na época de nossos pais a escola era interna. Os alunos moravam lá... Imagine que horrível! Não aguento nem 5 horas na escola, quanto mais o dia todo.

– A aula é de quem? – Grace perguntou ao chegar à porta da sala.

– Ciências. Professora Rose.

– Ai nossa, me deu uma dor de estomago. Preciso ir pra casa. Não posso ter aula. Socorro, Rebecca, chama a ambulância.

– Dessa vez não vai adiantar...

– Ah. – Ela se recompôs. – Nunca deu...

– Precisa de um pouco mais de emoção...

– Talvez na próxima...

Abri a porta cuidadosamente para não levar uma bronca. Íamos andando de fininho até nossos lugares, enquanto a professora escrevia no quadro, mas ela acabou virando e nos vendo.

– GRACE GRIGORI LANGE. REBECCA SMITH BOUDR... BOUDRE… REBECCA SMITH! – Ninguém sabia pronunciar meu nome… – VOCÊS CHEGARAM ATRASADAS! VÃO SER PUNIDAS!

– Mas... Mas foi só hoje... – Justificou Grace.

– APOSTO QUE DIZ ISSO Á TODOS OS PROFESSORES! VÃO SENTAR! AGORA.

Abaixamos a cabeça, um pouco envergonhadas e fomos para nossos lugares. E nos preparamos para ficar 100 minutos com ela.

___

Em meio ao meu sono e a voz tediosa da professora, recebi uma bolinha de papel na cabeça. Ao me virar para ver quem havia tido a ousadia de ME acertar com um pedaço de papel embolado acabei me surpreendendo. Era Jason.

– Abra... – Sussurrou baixo o bastante para somente eu ouvir.

Abri o papel, meio irritada por causa do acerto.

O que aconteceu? Barbara chegou um pouco antes de vocês... Pensei que estivessem matando aula... Logan chegou antes, por que Grace e você se atrasaram?

Resolvi não escrever respostas. Se escrevesse, alguém ia sair chorando. Não ia ser eu.

Aguardei a troca de aulas para me virar e explicar á Jason o que havia acontecido. Obviamente, não expliquei na boa vontade.

– Você parece mal hoje... O que aconteceu? – Perguntou, forçando a barra incrivelmente.

– Não vai querer saber. Apenas não me irrite. Não vai querer sair sem um braço.

– Mas... Você vai ficar pior se ficar sozinha...

– Cale a boca, por favor. – Pedi quase educadamente.

A professora chegou. Era aula de geografia.

Entenda, eu gosto da professora, ela é legal e explica bem, mas... Não tem controle absoluto sob a sala. Todos fazem o que bem entendem nessa parte do dia.

– Ok, alunos... – Ela tentava falar. – ALUNOS! – Tentou gritar. – Ah meu Deus...

– CALEM A BOCA, CARAL... CARAMBA! – Ajudei. Foi funcional, todos se calaram.

– Obrigada Rebecca... – No momento em que acabou a frase, todos começaram a conversar de novo.

Gemi baixinho, dor de cabeça atacava sem misericórdia. Pelo jeito, atacava meus amigos também. Todos estavam debruçados nas carteiras, como se quisessem morrer. Eu entendo. Também queria.

Finalmente, 5 minutos depois, o sinal do recreio finalmente tocou. Como animais, todos saíram correndo para o pátio. Fui a última. Meu pé ainda doía por causa da maldita escrivaninha, consequentemente, não andava direito. Eu queria me jogar da janela.

No pátio, para variar, não mudou nada em minha vida.

Só encontrei Barbara. Barbara coincidentemente me esperando na porta do banheiro feminino.

Fechei os olhos e respirei fundo.

– Me dê licença, por favor? – Pedi, enquanto ela bloqueava a entrada.

– É... Acho que hoje não, querida.

– Barbara, por favor, me deixa mijar em paz.

– Já disse que não, meu amor.

– Seu sarcasmo me dá nojo...

– Problema todo seu, amore.

Respirei fundo mais uma vez. Deus, me dê paciência. Não me dê força, se fizer isso, eu arranco um olho dessa garota.

– Barbara, minha querida colega, eu preciso muito entrar nessa passagem que está bloqueando.

– Que pena, não?

Eu não resisti e a puxei pelos cabelos, a tirando do meu caminho. Quando soltei, uma porção de fios loiros saiu. Ela me olhou indignada e partiu para cima.

Por sorte – a única coisa que não tive no dia – a diretora passeava pelos corredores. Na hora em que andava, viu Barbara me atacando.

Gritos aqui. Gritos ali. Barbara na diretoria.

Consegui saber o sobrenome dela. Barbara Voltolini. Já ouvi isso em algum lugar...


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Notas finais do capítulo

TAN TAN TAN ~Piano dramático~

DE ONDE SERÁ? O-O

Obrigada por ler a té o próximo :3



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