Os descendentes escrita por Evil Maknae


Capítulo 2
Quem é Debrah?


Notas iniciais do capítulo

Hoy hoy hoy e-e

Beeeem, como não tenho nada a declarar, só vou dizer que esse capítulo é no POV de Jason, filho de Harriet e Lysandre :3

Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/610651/chapter/2

Logo após o acontecimento da tal Debrah, nós achamos melhor ir embora. Obviamente foi Rebecca que achou isso. Ela desconfiava da moça (ela pode ser chamada assim?) como se ela fosse uma criminosa que tivesse infernizado a vida do planeta Terra.

– Sinceramente, acho que vocês foram muito grossos. – Grace disse no caminho do condomínio.

– Mas ela não parece confiável. – Rebecca justificou.

– As aparências enganam... – Eu arrisquei, sabendo que era um erro discutir com Rebecca.

– É realmente estranha a forma de como ela sabia nossos sobrenomes e... Sentia prazer em dizê-los... – Ryan saiu de seu próprio mundo e resolveu entrar na discussão também.

– Eu não gostei dela. – Logan disse ainda irritado.

– Eu não vi nada de mais nela... Só a forma como se vestia não era muito adequada... – Ellie tentou ser mais educada possível.

– Pffff, diga logo que ela se vestia como uma prostituta. – Rebecca disse francamente.

– Qual é, nós nem sabemos quem ela é. Talvez ela seja mesmo uma amiga... – citei.

Rebecca me lançou um olhar maligno que dizia por si próprio “Cale a boca antes que eu mesma a cale”, por algum motivo, eu obedeci.

– Hum, mudando de assunto, Logan, você está com a chave? – Grace perguntou intrigada.

– Que chave...? – O irmão respondeu.

– Eita Pêga, e agora? Vamos ficar trancados para fora? – Ri da gíria vazada por Grace.

– Que horas a mãe e o pai chegam? – Logan perguntou preocupado.

– Tarde! Mas que droga, seu cabeça de vento! O que vamos fazer?

– Foi você quem se esqueceu de pegar, ela estava em cima da mesa.

– Se sabia onde estava, por que não pegou você mesmo?!

– Porque pensei que você ia pegar! – Era realmente muito engraçada uma discussão entre eles. Tentavam permanecer os mais calmos possíveis, sem dizer palavrões.

– Tudo bem. Tudo bem. Eu ligo para eles. Talvez eles tenham uma folga, ou venham no horário do almoço.

– Já viu um médico ter hora de almoço?!

– Na verdade já vi sim.

– Não é o caso dele. E agora o horário de almoço da mãe já foi.

–... Mas... MAS QUE BULUFA!

Todos estavam rindo disfarçados da pequena briga.

–... Gente...? Será que seus pais deixariam vocês ficarem na minha casa? – Rebecca ofereceu, tampando o riso com a mão.

–... Creio que vou ter que avisa-los. Seus pais não se incomodariam de receber eu e esse animal na sua casa? – Grace se referiu a Logan quando disse “animal”.

– Não, acho que não. Além do mais, eles são seus tios.

– Então obrigada, Becc’s. – Agradeceu.

– Minha casa... Tchau gente, até amanhã. – Me despedi ao chegar em frente á casa azul-claro de número 77.

Bati na porta algumas vezes. Minha mãe não me ouviu, provavelmente.

– Mãe...? – Bati levemente mais forte.

Alguns 5 minutos depois, eu resolvi usar a chave de emergência, que ficava escondida entre algumas flores de um vaso de cerâmica que ficava em frente á minha casa. Creio que Grace e Logan não devem ter esse tipo de chave... É bem útil em situações DE SER ESQUECIDO PRA FORA DE CASA POR SEUS PRÓPRIOS PAIS, COMO AGORA.

– Caramba, mãe, vocês me esqueceram... – Eu ia dizendo ao entrar em casa, sem checar se havia alguém.

Que ótimo.

Ao fechar a porta, vi que nela estava preso com fita adesiva um bilhete da caligrafia lindamente irritante de meu pai.

"Olá, Jason.

Creio que ao ler esse recado, vai pensar sobre nosso paradeiro.

Não se preocupe, criança trágica, não fomos sequestrados.

Estamos cuidando da mudança, então, consequentemente estaremos longe pelo resto da tarde, mas confiamos em você para se cuidar.

Caso precise, há números de telefone na geladeira, e se precisar, ligue para seu tio Leigh, ou vá para casa de algum de seus amigos.

Atenciosa, e carinhosamente, Pai e Mãe."

Eu não sou uma criança, muito menos trágica.

Cuidando da mudança...? Não me lembro de nenhuma mudança...

Será que havia mudança e eu esqueci?

Ou será que eles se esqueceram de me contar?

Na minha casa tudo funciona assim. Quando alguém lembra, o outro esquece.

O único jeito de passar a tarde sem morrer de tédio era pegar o violão e começar a compor. Mesmo que minha criatividade estivesse em falta, eu até que consegui algumas músicas legais, até ouvir algumas batidas na porta.

Como uma boa pessoa trágica e paranoica, eu espiei pela janela quem batia. Era Debrah.

Como ela sabia onde era minha casa? O que ela queria? Estava começando a achar tudo isso muito estranho, mas mesmo assim atendi.

– Hum... Olá?

– Olá, é... Qual é seu nome mesmo?

– Jason.

– Ah, Jason, lembra-se de mim? – Assenti – Eu queria lhe perguntar...

– Espere aí, como sabia que era aqui que eu morava?!

–... Eu... Eu o vi entrando aqui.

– Senhora, se me permite dizer, isso está muito estranho. Me diga seus objetivos.

– Bem, eu queria saber onde fica a casa daquele seu amigo bonitinho... – ELA DEVE TER UNS 40 ANOS, COMO PODE ACHAR QUE UM GAROTO DA NOSSA IDADE É “BONITINHO”?!

– Se me dissesse nomes ia ser mais fácil.

– O de olhos vermelhos...

Oh. Ela estava atrás de Ryan. Obviamente eu ia a mandar para a direção errada.

– Ah, ele não mora nesse condomínio. – Menti. – A propósito, como deixaram você entrar?

– Pode me dizer onde ele mora?

–... Descendo a rua do centro.

– Obrigada, fofo.

Ok... O que diabos acabou de acontecer aqui?

Saí correndo em direção á casa de Ryan.

– Oh, oi, Jason. – Christie, a mãe de Ryan cumprimentou-me.

– Olá, senhora Schein. Hum, sabe, eu tenho um assunto importante para falar com Ryan, e talvez com você também...

– Ah, eu vou chama-lo.

Ela disse-me para entrar e me sentar. Alguns segundos depois, ambos desciam pelas escadas. Se pareciam muito.

– Oi Jason. – Ryan disse, como um milagre.

– Sabe aquela mulher que nós encontramos hoje na praça? Ela sabe onde eu moro e – Parei para respirar – ela procura vocês.

– Que mulher...? – Christie perguntou, provavelmente achando que eu era louco.

– Uma bem... Ousada, pelas suas roupas. Ela chama-se Debrah... Disse que conhecia nossos pais.

– DEBRAH?!

Até Ryan ficou surpreso com a reação da mãe.

– É... Debrah.

– Ela ameaçou vocês?

– Não, ela foi simpática...

– AQUELA... AQUELA... Esqueçam isso, e nunca falem mais que 5 palavras com ela. Ela fez muita coisa para todos nós. Coisas ruins.

Isso ia ser fácil. Ryan NUNCA fala mais que 5 palavras.

– O que exatamente, mãe?

– Ryan, conversamos depois. Eu vou deixar vocês na casa de Rachel, ok? Eu PRECISO sair rápido. – Ela provavelmente ia sair por causa de Debrah. Aposto que não pretendia fazer isso até ouvir tal nome.

Ela nos levou apressada até a casa de Rachel, mãe de Rebecca, e com apenas um olhar e duas palavras, as duas pareciam eufóricas:

– Debrah apareceu.

– Como...? – Pareceu não acreditar, bem quando ia descobrir o que tinha de mais nessa mulher, elas nos colocaram para dentro.

Ao entrar, vimos Grace, Logan e Rebecca.

– O que aquela desgraça queria com vocês? – Perguntou Armin, pai de Rebecca e marido de Rachel, ao saber da história.

– Eu falei que ela não era confiável... – Rebecca disse.

– Ela queria saber sobre nossos pais... E ela deu uma risada maligna ao saber quem eram...

Armin olhou para a esposa preocupado e então, com tudo que aconteceu nas últimas horas, concluímos que Debrah realmente infernizou a vida no planeta Terra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Goxtaram? ;u;

Obrigada por ler e até o próximo :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os descendentes" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.