Sonhando Acordada (Interativa) escrita por CassyDeschamps
Notas iniciais do capítulo
Olá! Desculpem a demora pra atualizar. Tive alguns problemas de criatividade. Sério. Nunca passei tanta dificuldade pra escrever, simplesmente não vinha nada. (A primeira semana foi culpa dos exames finais da faculdade, mas as outras duas foi por conta do bloqueio mesmo). Espero que gostem do capitulo, e dessa vez espero realmente não demorar pra postar (até porque só tenho mais uma semana de férias e quero aproveitar pra escrever o máximo possível).
Quando Charlotte finalmente estava acordando, ela podia ouvir alguém conversando. Ao abrir os olhos, ela percebeu que o lugar era pequeno, era uma sala de estar, e mais ao longe podia-se ver a entrada para outro cômodo. As vozes vinham de lá. Ela se levantou, se arrependendo depois, por conta da tontura. Estava deitada em uma espécie de sofá, bem confortável.
– Ei! Mãe, ela acordou! –Charlotte se virou para a voz, assustada. Uma garota de longos cabelos loiros a encarava, sorrindo.- Como se sente?
– Um pouco tonta. – ela admitiu, um pouco assustada com a animação da garota. – Onde estou?
– Está na minha casa. Meu nome é Ashley. Encontrei você desmaiada na floresta.
Nesse instante uma mulher entrou na sala. Charlotte julgou ser a mãe de Ashley, pela aparência idêntica. Cabelos loiros e longos, olhos claros, e sorrisos enormes.
– É muito bom ver que você já acordou! – a mulher exclamou, sorrindo. – Eu sou a Claire, mãe da Ashley. Qual o seu nome, querida?
– Charlotte. – ela respondeu, se ajeitando no sofá.
Claire colocou uma bandeja a frente dela, com um bule e algumas xícaras. – Aqui, você deve estar com sede.
– Obrigada. – Charlotte agradeceu, bebendo tudo rapidamente, ela realmente sentia muita sede. – Há quanto tempo eu estava desacordada?
– Bom, não sei exatamente. Eu te encontrei há umas duas horas atrás. – Ashley respondeu- Não sabia o que fazer, então te trouxe para cá. Minha mãe ia saber como te ajudar.
– Bom, eu agradeço a ajuda. Mas eu preciso ir. – Charlotte colocou sua xícara de volta na mesa, e se levantou. Sem tonturas, ótimo.
– Mas já? Você tem onde ficar? – Claire perguntou, preocupada.
– Estou só de passagem. Estava indo atrás de um lugar para passar a noite por aqui, antes de continuar minha viagem. – ela inventou, se esquivando- mas então eu passei mal no caminho, e vocês me socorreram. Agora acho que já posso seguir viagem.
Charlotte só pensava em descobrir logo o que deveria fazer naquela história, e sair logo dali, e seguir para a próxima. Ela não via a hora de voltar logo para a casa. Ashley olhava para ela, desconfiada de algo. Charlotte nunca soube esconder a verdade muito bem. Todos sabiam quando ela estava mentindo, e ela detestava isso.
– Tudo bem, para onde você vai agora? – Ashley perguntou, se levantando, animada.
– Depende, onde eu já estou? – perguntou Charlotte, com seus pensamentos a mil, tentando não ser descoberta.
– Você está na nossa fazendo, próxima da cidade. – Claire respondeu.
– Tudo bem, então acho que primeiro eu devo ir até a cidade. – ela concluiu.- Para que lado devo ir.
– Não se preocupe, eu te acompanho até lá. Estava mesmo precisando ir até a cidade. – Ashley comentou, com seu grande sorriso. – Podemos ir agora mesmo, se quiser.
– Quero sim. – Charlotte respondeu, sorrindo, e em seguida virou-se para Claire- Obrigada por me receber aqui. Vai saber o que poderia ter acontecido comigo ontem à noite.
– Não há de que. – ela sorriu para a garota. – Ashley, não volte muito tarde.
Ashley concordou. As duas então foram para porta, com intenção de sair, mas Charlotte acabou esbarrando em alguém ao passar pela porta, e caiu com tudo no chão.
– Não posso mais nem entrar na minha própria casa direito! – reclamou a pessoa em quem Charlotte esbarrou. – Mas não é possível, você de novo?
– Delicada como uma mula, como sempre, não é, Rose? – uma voz masculina comentou, mais distante.
Charlotte finalmente levantou a cabeça, e percebeu ser a mesma garota que ela havia esbarrado na noite passada, pouco antes de desmaiar.
– Além de desastrada e surda, ainda é espiã? Está me seguindo por acaso? – Rosalie ironizou, finalmente entrando em casa. O garoto entrou logo atrás, e estendeu a mão para ajudar Charlotte a levantar. Ela aceitou.
– Obrigada. – ela agradeceu, se ajeitando. O garoto retribuiu o sorriso e foi se sentar no sofá.
– Para a sua informação, Rose, quem trouxe ela para cá fui eu. – Ashley retrucou, encarando a irmã- Ela nem sabia que você morava aqui.
– Tenha modos, Rose. – repreendeu Claire. – Ela é visita.
Rosalie revirou os olhos, e sentou ao lado do garoto no sofá. Ashley ignorou o comportamento da irmã, e levou Charlotte para fora da casa. A garota pegou uma cesta de flores no canto da casa, e elas seguiram pela estrada que levava a cidade.
*
Charlotte e Ashley seguiam pela estrada. Para Ashley o caminho era curto, já estava acostumada com a distancia que percorria todos os dias. Para Charlotte as coisas estavam complicadas, ela nunca foi de praticar exercícios, e andava muito pouco em sua rotina, ela sempre teve tudo perto de casa, e quando não tinha, ia de ônibus, ou de carro.
– O que você tem para fazer na cidade? – Charlotte perguntou, curiosa.
– Minha mãe tem uma floricultura que também é armazém. Ela me pediu para levar algumas flores para uma cliente da cidade, que não pode ir até a floricultura por estar com a perna quebrada. Então eu vou até lá uma vez por semana levar alguma coisa que ela pediu. Minha mãe vende coisas que ela planta na fazenda, frutas, verduras, flores, mudas de plantas.
– Eu vi o quintal de vocês cheio de flores, muito bonitas por sinal.
– Minha mãe adora elas. Eu também. Mas cuido bastante quando mexo com as flores, se acontecer qualquer coisa, minha mãe tem um ataque. A Rose nem chega perto delas, não gosta muito de mexer com terra. Kill ajuda de vez enquanto.
– Kill? – Charlotte perguntou, sem entender.
– É, Killian. O garoto que ajudou você a levantar. – ela esclareceu. Charlotte entendeu.
– Ele é irmão de vocês?
– Não. É nosso tio. Irmão da minha mãe.
– Nossa, que diferença de idade entre eles. – Charlotte se surpreendeu.
– Os meus avós morreram quando Kill era bem novo, então minha mãe, como irmã mais velha, ficou cuidando dele.
A conversa das duas garotas foi interrompida pelo barulho de cascos de cavalo. Um grupo de cinco cavaleiros vinha pela estrada, em direção as duas. Eles pararam a alguns metros das garotas, e o que estava mais a frente começou a falar.
– Ei! Vocês duas! Pra que lado fica a fazenda de Claire Buscher?
– Seguindo para o norte, é a primeira fazenda. Tem muitas flores plantadas lá. – Ashley respondeu, sorrindo para os cavaleiros. – O que querem com ela? Comprar flores? Talvez eu possa ajudar, sou a filha dela.
– Você é filha de Claire Buscher? – o soldado perguntou, a garota confirmou, sorrindo novamente. Ele então olha para seus companheiros, que concordam. – Encontramos elas. Peguem as duas e vamos logo embora.
As duas garotas até tentaram fugir, mas foram pegas rapidamente. As vendaram e amordaçaram, e logo após colocar as duas em cima dos cavalos, o grupo de ladrões saiu em disparada do local.
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