Maktub escrita por Sany


Capítulo 10
Capitulo 09:


Notas iniciais do capítulo

Olá ... Primeiramente estava com muita saudade de escrever e compartilhar isso com vocês. Bom quero pedir desculpa pela demora em postar, mas nos últimos meses minha vida deu uma volta de 360ª graus o que me fez ficar longe por um tempo, quero agradecer as pessoas que me procuraram por MP para saber o que estava acontecendo e se a fic iria continuar. Bom é isso 2016 começou e se tudo sair como planejado pretendo estar mais presente aqui no Nyah não apenas como escritora, mas como leitora também.



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A sorte definitivamente parecia estar ao meu favor dessa vez eu havia conseguido colocar o básico para mim e para Prim em uma mochila sem que ninguém notasse e para completar meu avô tinha ligado dizendo que não voltaria àquela noite devido a alguns problemas, saber que Seneca não estaria por perto me deixava muito mais confiante já que de todos os empregados da casa eu sabia que ele era o mais leal ao meu avô e o mais atento a tudo também se ele percebesse qualquer coisa antes da hora eu estaria perdida.

A única coisa que me preocupava em fugir na ausência do meu avô era Mags já que sem nenhuma duvida ele a culparia, eu não queria prejudicar a única figura materna que tive nos últimos anos, mas aquela era minha única chance e de todas as pessoas que conheço Mags é a que melhor sabe lidar com o velho Coriolanus Snow afinal ela trabalhava naquela casa a muitos anos e acima de tudo não temia meu avô.

Segui toda a rotina normalmente e fiquei feliz por meu avô não estar, o clima durante o jantar foi extremamente tranquilo mantivemos uma conversa tranquila e depois ficamos na cozinha conversando amenidades enquanto Mags e Lavinia limpavam tudo, observei a Sra. que me acolheu de braços abertos quando entrei naquela casa anos atrás. Lembro tão nitidamente daquele dia que as vezes não parece ter se passado tanto tempo. A dor da perda era tão recente Prim era tão pequena e eu me sentia tão sozinha, havíamos ficado na casa de um dos vizinhos por quase duas semanas depois do enterro do meu pai sem qualquer noticia da minha mãe então com toda pompa de bom homem Coriolanus Snow foi nos buscar e assim que entrei pela porta desejei sair, tudo era tão grande, escuro e silencioso tão diferente da pequena casa onde vivíamos antes ele havia ditado tantas regras embora a única coisa que me lembrava era que não devíamos fazer bagunça ou barulho.

Foi quando ela surgiu um olhar tão doce e bondoso e assim que ficamos sozinhas me abraçou e disse que tudo ficaria bem, e embora eu não a conhecesse me deixei abraçar porque era algo que eu precisava urgentemente, Mags fez dos dias naquela casa algo suportável, a cada aula de etiqueta, a cada norma a ser seguida por meu avô ela esteve pronta para me ajudar e apoiar mesmo que de uma maneira discreta, foi ela que me ajudou o tempo todo com Prim. Confesso que sentiria saudades não apenas de Mags como de Lavinia também que embora fosse apenas alguns anos mais velha que eu já tinha tantas responsabilidades e cuidava dela mesma sozinha, pensar em ser sozinha como ela me deixava triste afinal eu sempre teria Prim enquanto ela não tinha mais ninguém, ironicamente Lavinia via a vida de uma maneira singular trabalhava naquela casa desde os quinze anos e por trás de todo o medo que tinha do patrão e de trabalhar duro dia após dia sorria com mais frequência do que muitas pessoas.

– Boa noite Mags – disse antes de subir para meu quarto, Prim já havia subido a alguns minutos.

– Já vai se deitar? – confirmei com a cabeça e ela sorriu – Certo tenha uma boa noite – assim que cheguei na porta parei por alguns segundos

– Mags – senti um nó na garganta ao olha-la - Obrigada – ela me olhou com um sorriso sincero e antes que ela pudesse perguntar qualquer coisa continuei meu caminho em direção ao meu quarto.

Chequei mais uma vez a mochila, guardando cuidadosamente as joias usadas na noite anterior, olhei atentamente o anel que Peeta havia escolhido ele era lindo e sem duvida custava uma quantia considerável, eu sabia que precisaríamos de dinheiro então leva-lo para vender seria o mais inteligente a se fazer, mas não parecia o certo eu não o conhecia bem e ele havia sido simpático e respeitoso comigo então mesmo não sendo a atitude mais inteligente retirei o anel do dedo e o coloquei em cima da mesa de cabeceira. Mags entenderia e se encarregaria de devolver a joia a ele.

Pouco antes das onze fiz meu caminho até o quarto da minha irmã fazendo o mínimo de barulho possível, como era de se esperar ela já estava dormindo, deixei a mochila na porta e suavemente a acordei.

– Aconteceu alguma coisa? – ela perguntou ainda sonolenta

– Não esta tudo bem – eu não sabia como dizer a ela – Você disse que confiava em mim mais cedo, então eu preciso que você confie agora e venha comigo – disse entregando uma roupa para ela se trocar.

– Katniss o que esta acontecendo?

– Só confia em mim, por favor – ela me olhou por alguns segundos antes de começar a se trocar – Prim preciso que faça o mínimo de barulho possível – pedi antes de sairmos do quarto dela e pegando a mochila na porta.

– Estamos fugindo?

– Só confia em mim e vem – ela estava assustada e era visível, e eu me senti muito mau por deixa-la sem saber de nada, mas não havia mais tempo para explicações .

A casa estava completamente silenciosa e escura, descemos as escadas sem problemas, o barulho que a porta fez ao ser aberta naquele silencio fez meu coração acelerar mais do que o esperado e confesso que senti um alivio enorme quando saímos pelo portão e rapidamente seguimos pelas ruas em direção a estação de trem. Por sorte morávamos próximo a estação e a uma distancia razoável do centro que com certeza teria uma movimentação razoável a essa hora por ser sábado. Prim segurava minha mão com força, chegamos a estação as onze e vinte e cinco e procurei rapidamente por Gale, mas não o vi então fui me sentar em um banco afastado das poucas pessoas que se encontravam próximas aos trilhos.

– Katniss, estamos indo pra onde? Por que estamos indo?

– Prim, eu vou explicar tudo eu juro, mas não agora pode não parecer, mas eu estou fazendo o melhor para gente – falei ajeitando com carinho a touca dela cobrindo um pouco mais do rosto assustado da minha irmã, e em seguida fiz o mesmo com a minha, por mais que houvesse poucas pessoas ali não queria ser reconhecida.

– E a mamãe? E o vovô?

– Eles vão ficar bem, vem aqui – abracei ela em uma tentativa frustrada de passar uma calma que eu não sentia, eu sabia que só ficaria calma quando o trem estivesse em movimento e nada mais pudesse dar errado, cada barulho me dava a sensação que a qualquer momento um dos empregados do meu avô apareceria, eu sentia uma sensação horrível só de pensar nessa possibilidade, se fossemos pegas eu não tinha a menor ideia do que meu avô faria, mas eu sabia que não seria algo bom.

Olhei mais uma vez para o relógio e minha angustia pela demora do meu namorado aumentava ainda mais, ele estava atrasado e por mais que eu soubesse que ele morava mais longe o medo estava me consumindo, Prim parecia sentir meus temores e não falou mais nada apenas se manteve ao meu lado enquanto os minutos passavam. O trem chegou as onze e cinquenta e durante os minutos que ele ficou parado senti o aperto em meu peito aumentar a cada passageiro que embarcava e desembarcava do mesmo.

– Katniss – ouvi a voz da minha irmã, mas nada disse – Não vamos embarcar? – aquela simples pergunta quase fez com que meu mundo desmoronasse enquanto olhava para a entrada da estação esperando que Gale viesse correndo.

As portas do trem começaram a se fechar e o som do apito indicando a saída do mesmo foi como um tiro certeiro em meu peito, sem dizer nenhuma palavra observei o trem partir até que não conseguia mais vê-lo. Eu não conseguia dizer uma única palavra a minha irmã sentada ao meu lado com um olhar perdido, minha cabeça estava trabalhando rapidamente agora em busca de motivos que tivessem impedido Gale de chegar a tempo de pegar o trem, então eu esperei sentada naquele banco afastado da velha estação de trem do Distrito que ele aparecesse com uma explicação pelo atraso e com um plano novo para irmos embora daquele lugar, talvez se esconder na floresta por um tempo, arriscar ir de carro, qualquer coisa que indicasse que estávamos juntos nessa, mas ele não apareceu.

– Prim acorda – por mais que eu precisasse de uma explicação eu sabia que não podia continuar ali com minha irmã já adormecida durante o resto da madrugada – Temos que ir.

– Ir pra onde?

– Para casa do vovô – eu sabia que não havia nenhum lugar seguro no Distrito Doze onde pudesse me esconder com Prim sem ser descoberta pelo meu avô e por mais que odiasse a ideia de voltar era o certo a fazer, as ultimas horas tinham sido um verdadeiro inferno e durante o trajeto de volta a única coisa que eu pensava era que algo muito ruim tinha acontecido com Gale.

Entramos em casa um pouco antes das quatro da manhã, Prim não me fez perguntas embora eu soubesse que uma hora ela as faria, entrei no meu quarto e jogando a mochila dentro do guarda roupa com força e me jogando na cama em seguida segurando as lagrimas e tentando evitar sem sucesso os pensamentos ruins de que Gale estivesse em perigo.


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Notas finais do capítulo

Bom é isso... Eu fiquei tanto tempo sem escrever essa fic que estou ansiosa pela opinião de vocês sobre o capitulo que alias é um dos capítulos mais importantes da fic.
Eu postei hoje uma outra fic Jogos Vorazes que esta na minha cabeça a um tempo e eu tinha o prólogo escrito. Então quem quiser dar uma olhada ela se chama
In Love With My Best Friend. Se vocês gostarem vai ser muito bom ver vocês lá também.
https://fanfiction.com.br/historia/669383/In_Love_With_My_Best_Friend/
Pra quem acompanha Amor Por Contrato o bônus do Nathan esta quase pronto vou tentar terminar e postar hoje ainda ou no mais tardar até quarta feira.
É isso espero que gostem. Comentem. Beijos