POV BELLA

Finalmente Alice e Jasper casaram. Dentro de 2 meses o casamento já estava pronto, foi um casamento simples como Alice queria. Foi no jardim de sua casa e grande parte da cidade fora convidada. Stefan e Damon estavam lá, mas ficaram apenas até começar o almoço. Stefan estava feliz por ver Elena, mas estava muito pensativo. Damon permanecia com a mesma expressao de sempre e de vez em quando falava com sua amiga Isobel, que claramente tentava chamar a atenção dele. Ainda não conseguia tirar a cena do dia do baile de minha cabeça. Damon com sangue na boca... Stefan pode ter batido nele com muita força certo? Mas e se..

Não Bella.. que outra explicação há para aquilo? A vontade de investigar os irmãos Salvatore era enorme.

Dias depois do casamento, uma carta chega a nossas mãos. E desta vez não era dos Salvatore. Elena apenas me entregou a carta, a expressão triste. A encaro preocupada e começo a ler.

Minha querida Elena, estamos partindo e gostaríamos de agradecer pela sua adorável companhia. Estou anciosa para voltar às amigas de nossa cidade e logo pretendo chamar uma delas de irmã e Damon também está ancioso. Espero que possamos nos ver novamente algum dia. Abraços de todos nós.

Isobel.

Irmã? Stefan pretende se casar? E ela casará com Damon? Isto está confuso. Olho para Elena e ela sobe as escadas correndo e fecha a porta do quarto com força.

–Elena! Irmã, deixe-me entrar..- digo, batendo na porta e tentando abri-la. Trancada.

–Bella.. vá por favor.. – diz Elena com a voz baixa. Suspiro e me sento, encostada na porta. Se Isobel casasse com Damon e outra casasse com Stefan.. seriam parentes, ou como nós chamamos, irmã. Será que isso aconteceria? Pobre Elena.. já estava paixonada por Stefan e não parecia que Damon iria pedir Isobel em casamento.. ela está tão confiante assim?

A campainha toca e desço as escadas. Meu pai e minha mãe já estão na porta e a abrem. Nossos tios, Alaric e Jenna. Eles sorriem e eu os abraço ao mesmo tempo.

–Bells minha linda! – diz tia Jenna.

–Está linda minha sobrinha! – diz tio Alaric.

–Obrigada tio – beijo sua bochecha e os puxo para dentro de casa. Enquanto tia Jenna fala com minha mãe, uma Elena com o rosto amassado desce as escadas. Provavelmente andou chorando. Ela abraça nossos tios.

–Ah Elena, o que você tem meu bem? Está tão pra baixo – diz tia Jenna.

–Apesar do rosto amassado.. ainda está linda sobrinha – diz tio Alaric e beija a testa de Elena, que dá um pequeno sorriso. Tio Alaric se afasta e começa a falar com meu pai animadamente. Conto a tia Jenna o que aconteceu assim que Elena se afasta.

–Coitada! Oh pobre Elena.. devemos fazer alguma coisa para ajudá-la.

–Receio que será difícil minha irmã.. – minha mãe entra na conversa –Oh minha pequena Elena.. – e se põe a chorar. Eu e tia Jenna a abraçamos. Quando Elena volta, mamãe se afasta.

–Meu bem, porque você não vai conosco para a cidade grande? – tia Jenna diz a Elena, com um sorriso. Meus tios gostavam muito de viajar, havia muitos lugares belíssimos no caminho de uma cidade para outra.

–Ah tia eu não sei.. – diz Elena

–Vá Irmã.. tenho certeza de que você irá gostar. – digo com um sorriso. Ela sorri levemente para mim.

–Tudo bem.. irei arrumar minhas coisas – ela diz e sobe as escadas. Caroline e Bonnie descem correndo para cumprimentar nossos tios e Rosalie se senta ao piano e todos nos reunimos para tomar café e ouvi-la tocar.

Meus tios e Elena só foram embora no dia seguinte. Todos em frente da casa vendo Jenna, Alaric e Elena se afastando aos poucos.

–Pobre Elena.. – começa meu pai, que estava ao meu lado – acho que toda mulher merece ser rejeitada um dia na vida.. isso a dá oque falar – diz meu pai e rio um pouco – É sua vez Bells.. rejeitou Jasper, agora está na hora de sair e ser rejeitada. E o interessante senhor Hale? Acho que ele daria conta do recado – ele diz com um sorriso irônico, beija minha testa e entra em casa. Dou um sorrio e vou para meu quarto.

....

Fiquei realmente muito feliz com a carta de Alice que me pedia para fazer o favor de visitá-la.

Querida Alice,

Devo dizer que com seu casamento, a partida de Elena e a saída dos oficiais da cidade levando o interessante senhor Hale, a vista daqui para mim é bem cinzenta. Quanto ao favor que me pede não será nenhum favor. Ficarei imensamente feliz em visitá-la assim que puder me receber. Mil abraços.

Bella Cullen.

coloco a carta no correio e volto para meu quarto. Estava um belo dia e eu estava com uma idéia na cabeça a muito tempo: vasculhar a casa dos Salvatore. Eles não estão lá então..seria uma ótima hora para tentar descobrir mais sobre eles.

Pego minha capa e saio de casa, indo para a longa caminhada até a cada dos Salvatore.

...

Me sento na frente assim que chego. Estava exausta. Descanso um pouco e abro a porta. Já esperava que estivesse aberta, nunca ninguém imagina que alguém irá entrar na casa.

Os móveis estavam cobertos com panos brancos, nada havia sido retirado. Será que planejavam voltar? Caminho até a cozinha e encontro tudo coberto pelos panos brancos, mas quando abro os armários, todos os objetos estavam lá. Pego um copo e tomo um grande gole d’água. Saio da cozinha e procuro algum quarto que fosse de um dos irmãos. Todos estavam com os móveis cobertos, não dava para saber de quem eram.

Vou até o porão e me surpreendo com o lugar. Não era um porão qualquer.. era como se fosse apenas mais um andar da bela casa. Os móveis também estavam cobertos, mas havia um pequeno balcão de bar e várias bebidas. Havia uma garrafa de uísque vazia ao lado de um copo. Procuro algum criado mudo e assim que acho, abro as gavetas. Nada. A não ser a do meio, que não abria. Vejo uma porta e a abro. Dentro havia ferramentas e pego um pequeno martelo.

Volto para a gaveta fechada e a quebro. Dentro, havia alguns papéis sobre compra desta casa, fotos da casa e então acho fotos de Damon e Stefan, que atrás estava escrito seus nomes e a data.

7 de maio de 1800.

1800?! Arregalo os olhos. Estamos em 1880, Stefan e Damon deveria ter pelo menos 80 anos! E como estão.. exatamente iguais?

Guardo a foto dentro de meu vestido e acho mais duas fotos deles. Uma eles estão em frente a uma casa mil vezes maios que esta, datada de 25 de dezembro de 1800 e a outra em frente a esta casa, dias entes de terem partido. As guardo no vestido. Levo o martelo para o local das ferramentas e o deixo onde estava, perto de uma pá suja. O que me chamou a atenção, foi o fato de a terra ainda estar bem recente na pá e haver várias migalhas de areia no chão. Fecho a porta, pensativa. Vasculho mais uma vez o porão e tropeço em um tapete grosso, o tirando do lugar.

Arregalo os olhos quando vejo uma porta no chão. Tento abri-la mas em vão. Corro novamente para as ferramentas e pego um machado que não era muito grande. Faço um buraco na porta e a abro por dentro. O lugar estava escuro então pego uma lamparina que estava coberta pelo pano branco e a acendo. Entro no lugar que mais parecia o verdadeiro porão.

–por favor não me machuque– assusto quando ouço alguém falar

–quem está ai? – digo meio baixo

–ele foi embora?

–ele quem?!

–o monstro..

–do que está falando? Onde você está?

–aqui.. – a voz diz, mas quase como um sussurro. Quando viro para o lado, uma moça sangrando está jogada no chão, sangrando. Corro até ela.

–Oh meu deus você está bem?! – seguro seu rosto com as duas mãos, a lamparina do lado. Seu corpo estava sujo de sangue, mas o sangue estava em maior quantidade em seu pescoço.

–Quem fez isto a você? Qual seu nome?

–Vá..antes que.. ele volte –ela diz, fraca.

–Ele quem moça?! Não há ninguém mais aqui

–ele..se foi?

–quem?!

–O de olhos azuis... – ela tosse sangue – O vam... – ela para e fecha os olhos. Morta. Deito sua cabeça delicadamente no chão e saio correndo, fecho a porta a coloco o tapete em cima. Guardo o machado no lugar e apago a lamparina, deixando-a onde encontrei. Saio e fecho a porta do porão. Corro pela casa em direção à saída e saio correndo de volta para casa.