The Golden Rose - A Rosa Dourada escrita por Dandy Brandão


Capítulo 35
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, seres!

Enfim, posto o epílogo da fic. Entretanto... Ainda tenho algumas ideias aqui! Já adianto: não é uma continuação. Apesar de querer muito, não terei tempo.

Enfim, há alguns pontos da fic que eu gostaria MUITO de explorar melhor... Então, selecionei e fiz "capítulos" especias. Dois já estão em andamento e, muito provavelmente, farei um terceiro. Sei que não divulguei muito a fic, mas estou satisfeita com os comentários, visualizações e acompanhamentos. ♥ Estava apreensiva de postar esta fic aqui e fui bem recebida :)
Então... Fiquem com o epílogo e logo mais postarei o primeiro especial!

=)



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O rapazinho loiro andou para o pátio, seguindo as vibrações das auras dos guardiões. Quase não conseguia distingui-las, a não ser pela intensidade mais grave da aura de Zeenon. Os gêmeos estavam cada vez mais conectados, unidos, amando-se com toda a força que tinham.

Os dois pareciam ser um só.

Freyr chegou ao sereno e observou os irmãos sentados no mármore branco da fonte, bem ao meio do pátio externo do castelo. Zeenon abraçava Heimdall com um de seus braços, enquanto o outro encostava a cabeça no ombro do irmão. Os cabelos prateados do rei da luz, aos poucos, desbotaram para a cor negra e profunda, igual a do seu irmão. Estava em sua forma humana, e Freyr pode perceber que daquela maneira, Heimdall sentia-se bem mais próximo do irmão. E, de fato, a intensidade da aura dos gêmeos aumentava cada vez mais. Os dois permaneciam calados, apenas compartilhando sua união enquanto eram banhados pela luz prateada da lua, que reluzia o brilho dos seus cabelos negros.

Freyr não conseguia tirar os olhos dos dois. Sentiu que precisava sair dali, respeitar o momento. Mas seus olhos azuis nunca viram cena tão bela. Seu corpo nunca sentiu intensidade tão forte, tal qual era a do sentimento dos dois irmãos. Zeenon parecia mais feliz do que nunca. Amava, era amado e tinha bastante consciência disso. Amor, nunca aprendeu tantas coisas sobre tal sentimento. Nunca sentiu tanto a sua magnificência. Afinal, jamais havia permitido o amor inundá-lo daquela maneira, e arrependia-se amargamente disso. Dali em diante, precisava aproveitar o máximo de todo o infinito de seus dias.

Heimdall passou dias sonhando todos aqueles momentos. Estar mais próximo de seu irmão, sentir sua aura; Quente, intensa, carregada, inundando os seus sentimentos. Sabia que um dia aquela reconciliação aconteceria, podia sentir o amor do irmão escondido, ali, no âmago da alma dele. Sabia que fora apenas o passado amargo que ferira Zeenon, e ele havia se tornado um homem frio e rude com o tempo. Mas, seus instintos não falhavam: alguma hora seu irmão abriria os olhos. E, todos aqueles momentos incríveis, como a mais tenra infância, voltariam à tona. Por isso, as esperanças e sentimentos do rei da luz não apagaram com as investidas agressivas de seu irmão.

Os olhos verdes se encontravam, ora demoradamente, ora apenas de relance, como se comunicassem, em uma linguagem que apenas eles poderiam traduzir. Viam-se refletidos um no outro – iguais, porém, opostos. Luz e trevas. Uma não se completa sem a outra.

Freyr deu mais alguns passos, sem conseguir conter sua emoção em ver os dois abraçados, sob a luz prateada da lua. Sua aura inundava-se dos sentimentos dos irmãos cada vez mais. Dourada, era a junção dos dois.

Sentindo a intensidade da aura do garoto loiro, Zeenon virou e deparou-se com o rosto iluminado de Freyr. Iluminado de tamanha emoção e felicidade. O garoto corou ao perceber que fora descoberto, mas logo sorriu, transparecendo sua alegria para o rei das trevas.

Então, o guardião sombrio fez um sinal com a sua mão livre, chamando o rapazinho pra juntar-se a ele e Heimdall. Freyr, sem rodeios, andou rapidamente até a fonte de mármore branco, sentando-se timidamente próximo aos dois irmãos. Observou o semblante límpido do rei da luz, que estava de olhos fechados, a cabeça encostada no ombro de Zeenon, aproveitando o calor da aura do guardião das trevas. Podia ver o que ele sentia naquele momento; protegido, amado e acolhido por seu irmão. Zeenon passou seu braço livre sobre os ombros franzinos de Freyr, trouxe-o para perto de si. O garoto se aconchegou da melhor maneira que pode, também aproveitando o vigor da aura do seu amado rei.

– Zeenon... Heimdall – murmurou Freyr.

– Sim. – responderam os gêmeos.

– Certa vez, eu tive um lindo sonho...

Freyr começou a sentir fortes impulsos na sua aura e, em flash’s, nítidos flash’s, lembrou-se de toda beleza do seu sonho. Levantou-se, vagarosamente. E, respeitoso, pôs-se de joelhos em frente aos reis, que estranharam sua atitude tão repentina. Freyr estava imensamente feliz em ter lembrado daquele belo sonho; conseguia sentir as cores, os sentimentos, as vozes, as criaturas fantásticas, o cheiro de rosas.

Compreendeu o porquê daquele sonho ser tão marcante.

Com paciência e leveza, disse:

– Dois meninos gêmeos corriam em minha direção, em um campo de rosas douradas, campo este infestado de lindas criaturas híbridas rodopiando nos céus...

Os dois irmãos debruçaram seus olhos no garoto. Arquearam as sobrancelhas, em um movimento quase que combinado, estavam interessados no relato.

– Cada um dos meninos carregava uma rosa – estendeu as duas mãos a seus ouvintes – Preta e Branca.

Em cada palma de Freyr, surgiu um fluxo de energia – uma branda e outra da tormenta.

– Abraçaram-me e eu senti que aqueles garotos eram especiais. Possuiam cabelos negros, e seus olhos verdes me acalentaram de uma maneira tão singela que penetraram a minha alma. Suas auras enormes, gentis, as vibrações intensas...

Heimdall e Zeenon se entreolharam e, depois, voltaram-se ao garoto. Seu relato parecia um presságio.

– Eles me entregaram as rosas...

Encostou as duas mãos e deixou que os lumes cintilantes tocassem um ao outro. A união despontou. Heimdall e Zeenon aproximaram-se um pouco mais para observar.

– As flores uniram-se, tornaram-se um misto de preta-branca e, logo depois... Dourada.

Um flash cintilante dourado surgiu nas palmas das suas mãos. Os três se olharam entendendo o grande significado daquela união, admirados por toda a energia que agora rodeava o ambiente.

– Todas as criaturas fantásticas estavam em festa. Os dois mundos formavam, agora, uma única entidade.

Os três se olhavam, as lágrimas nos olhos. Zeenon, feliz por ter suas criaturas mais amadas perto de sua aura. Heimdall por ter a essência maravilhosa de seu irmão novamente em seu corpo e Freyr, por ajudar a conseguir, com seu amor e paciência, trazer a união aos dois mundos.

Os gêmeos agacharam-se e uniram suas mãos às de Freyr.

Fecharam os olhos.

Os céus se encheram de luzes cintilantes, as auras compartilhavam vibrações em milésimos de segundos, três grandes forças. Os opostos eram apenas uma grande e única energia. A união dessas forças agora era a consciência una que os movia. Não estavam ali.

As luzes do universo, das auras, tanto brandas quanto extremas, nunca pareceram tão bonitas, tão cheias de vida.

E as criaturas continuavam em festa nos céus...


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