The Golden Rose - A Rosa Dourada escrita por Dandy Brandão


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

:)



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Mais uma manhã chegou, Freyr cantaralova, andando como se pisasse em plumas. Durante a noite, teve sonhos fantásticos, onde Zeenon aparecia montado em seus dragões. Abriu a janela do quarto,e deixou a brisa de outono bater em seu rosto. Naquele dia, encontraria o grande rei novamente, mal podia esperar para chegar a tarde. Saiu de casa bem tranquilo, assobiando.

Apesar de não ter muita afinidade com sua vizinhança, Freyr cumprimentava todos, alegremente. Quando garoto, não tinha costume de brincar pelas ruas do seu bairro simples. As crianças ficavam a divertir-se nas ruas, com bolas e pipas, enquanto Freyr precisava ficar em casa ou na quitanda a ajudar seus pais na arrumação das frutas e legumes. Já crescido, passou a fazer entregas e ajudar nas vendas. Pelo menos teve a oportunidade de frequentar a escola, por insistência de suas tias e pegou o gosto pela leitura.

Odiava aquele trabalho, mas não por causa dos pesos ou o stress do comércio. Até gostava de ter contato com os clientes, do calor humanos das ruas movimentadas de Vistorius. Odiava por causa do jeito rude do seu pai. Jude tratava seu filho mais novo de modo arrogante sem motivos e Freyr não podia abrir a boca para responder, pois recebia ameaças de surras.

Assim que chegou à quitanda da família, viu dois soldados comentando algo curioso:

– Acho que o rei está enlouquecendo! Como assim ele quer conquistar os Territórios dos Guardiões da Luz e das Trevas? Ele não tem ideia do enorme poder deles! – Disse o soldado ruivo.

– Não acho que seja tão um plano tão ruim assim... Ele está juntando forças com outros reinos humanos, podemos ter uma chance! E acho que ele não quer apenas os territórios...

Freyr ficou intrigado com a conversa dos dois, será que o rei de Ezra sabia em que estava querendo se envolver?

O dia todo ele pensou naqueles comentários, poderia ou não contar aquilo a Zeenon? Afinal, alertaria seu novo amigo de possíveis batalhas contra os humanos, “Ele iria se preparar logo...”, pensava Freyr, “Mas Zeenon é poderoso, não vai se preocupar com isso”. Decidiu esquecer aquele assunto e sua animação de antes voltou, faltava pouco tempo pra rever o guardião.

Seguiu para sua dura manhã de trabalho; enfrentar o mau humor de seu pai e a rotina de vendas na quitanda não era fácil.

Na calmaria do grande jardim do castelo, Zeenon estava agachado, apreciando o perfume das rosas vermelhas e negras que cobriam a maior parte do jardim. A sensibilidade daquelas rosas lembrava um pouco o jeito do Jovem loiro que encontrara na gruta. Mark e Link, da sacada do seu quarto, observavam o rei. Depois da conversa à noite, eles ficaram intrigados com seu comportamento.

– Eu acho que seu pai está muito encantado por esse tal garoto. – Mark abraçou o dragão negro por trás e colocou a cabeça em seu ombro – Isso é tão bonitinho!

– Não gosto muito...Meu pai está muito sensível, ele não é assim!

– Ah, é porque é o começo, logo ele voltará ao normal, você vai ver.

– Espero.

Link observou os movimentos do seu pai, queria seu jeito "habitual" de volta.

– Deixe seu pai viver um pouco, ele também pode “amar”, não é?

Mark sentou na sacada e continuou a observar Zeenon que tinha entrado no coreto coberto por roseiras.

– Ele não está “amando” esse garoto, mas ficou bem tocado, sim... Espero que ele não perca o foco das coisas ...

Link se virou e encostou-se na sacada, cruzando os braços.

Eu acho que o seu pai está tentando dar uma chance para si mesmo... – O dragão celeste tocou levemente no ombro do seu companheiro. – Sabe...Recomeçar.

– Ele estava muito sozinho esses tempos. Eu queria que ele resolvesse tudo logo, sabe... Mas, não sei como ajudá-lo. – Seus olhos esmoreceram de repente.

Ao perceber o abatimento do seu parceiro, Mark pôs-se de frente a Link, segurou o rosto dele com ambas as mãos e beijou-o com força.

– Há tempo para tudo, Link. Tenha certeza disso.

O rapaz apenas assentiu com a cabeça, sabia que uma hora veria seu pai feliz, longe das sombras do passado. Sempre sonhava em ver seu pai contemplado em seus sentimentos, mas sabia que Zeenon precisava enfrentar a si mesmo, a pior batalha que poderia travar.

Após uma dura manhã de trabalho, fazendo entregas por toda a cidade, Freyr já andava em direção à floresta, ansioso para ver Zeenon. A gruta não ficava muito longe, dez minutos de caminhada e chegaria lá. Perto da entrada do bosque, viu uma figura conhecida vindo em sua direção, acenando. Era seu irmão mais velho, Jimmy, aquele que sempre gostava de ser maior e melhor do que o irmão mais novo.

– Aonde você vai, garoto? – disse, arrogante, semelhante ao pai.

– Estou indo caminhar pelo bosque, como sempre faço. Por quê?

– Ouvi boatos de que há alguns monstros por aqui, é melhor você voltar.

– Nunca vi monstros aqui. É um lugar seguro, não tenho medo. – Sabendo que encontraria Zeenon, ele não tinha porque se preocupar.

– Se acontecer alguma coisa, não será por falta de aviso. Estou indo. – Ele deu de ombros.

Jimmy seguiu seu caminho e deixou o irmão mais novo para trás, mergulhando no bosque escuro. Sabia do perigo, mas não insistiu. Achava que já havia feito sua parte, avisando a ele sobre o perigo. Se Freyr resolveu ir, a culpa não seria sua.

O garoto andava rápido até a gruta, não por medo dos monstros, mas pela ansiedade em ver Zeenon.

O bosque estava absurdamente calmo. Freyr estranhou não ver a presença de esquilos, coelhos e até mesmo alguns cervos que sempre passeavam livremente por ali, sem medo algum de serem caçados. O rapazinho olhava para os lados, procurando algum sinal de monstro e, às vezes, direcionava seus olhos para o chão, em busca de patas incomuns pelo bosque, mas nada encontrava. Continuou seu caminho para a gruta, era quase uma trilha entre árvores com copas amareladas. O chão, coberto por um véu alaranjado.

Mantinha a calma, mas torcia para que, se algum ser estranho aparecesse, Zeenon o encontrasse a tempo de expulsar as criaturas das sombras.

O rapaz começou a ouvir algumas pegadas e rugidos baixinhos. Pareciam vir de todos os lados da floresta. Freyr parou, e encostou-se no tronco de uma árvore, sem saber como reagir. As pegadas ficavam cada vez mais próximas, seu som era forte, pesado, deveria ser uma grande fera. A medida que se aproximava, Freyr podia ouvir a respiração rápida e irregular do animal. Pensou ser um urso, animal que algumas vezes dava as caras pela floresta. Continuou agarrado ao tronco da árvore, controlando sua respiração. Tentava extirpar qualquer pensamento aterrorizante de sua mente.

Mantenha a calma, Freyr.”

De repente, entre as folhas de um arbusto, uma enorme fera surgiu, rápida como uma sombra. Assemelhava-se a um humano, mas continha chifres enormes em sua cabeça. A larga cauda negra, feita de escamas grandes, arrastava-se pelo chão, carregando as folhas amareladas do bosque. Suas presas, ameaçadoras por natureza, dilacerariam qualquer ser que ousasse se aproximar. O corpo enorme, estufado, era coberto de pelos, por toda a parte. A fera aproximava-se lentamente do rosto assustado do menino; parecia admirar sua presa, antes de devorá-la. Freyr não sabia como reagir, suas pernas retesaram, como se tivessem criado raízes no solo do bosque. Ficou estático, encarando os olhos vermelhos da criatura, que lembravam vagamente os olhos do rei das trevas. Mantinha sua respiração no mesmo ritmo de antes. A fera estendeu uma de suas grandes mãos, as garras enormes, vinham em direção dos braços do rapazinho loiro, quando uma névoa negra surgiu detrás da fera.

As grades garras pararam rapidamente no ar, o monstro pendeu a cabeça para o lado, como se escutasse alguma ordem.

– Volte para as sombras. Vamos... Seja bonzinho. – A voz veio suave, detrás do monstro.

Freyr não pode se confundir, era Zeenon.

O monstro rugiu e começou a desaparecer em sombras, dos pés à cabeça. A figura imponente de Zeenon surgiu, em meio a floresta dourada.

– Achei que já tinha expulsado todos eles. Já estavam saindo do controle, tinha que interferir.

O nobre rei estendeu a mão para o garoto perplexo, ele o encarava com as esferas azuis assustadas. Após alguns instantes, ele conseguiu se desprender do tronco e agarrou a mão de Zeenon, ofegando.

– Como o senhor pode ser tão incrível? – Disse, tentando conter sua respiração ofegante.

– Eu já fiz coisas absurdas, Freyr, já travei batalhas tremendas contra Heimdall e os seres de luz, mas chegou um dia que eu cansei. Vi que tudo aquilo não tinha sentido. Hoje eu apenas interfiro quando esses monstros se descontrolam, como guardião. Só quero tranquilidade.

Zeenon puxou-o um pouco mais para perto. O garoto conseguiu se acalmar ainda mais. Estava protegido.

– Sábia escolha. – Ele levantou a cabeça, e um sorriso escorreu pelos lábios.

Eles andaram por entre as árvores do bosque úmido, as folhas caindo sobre suas cabeças. No começo do outono, as folhas espalhadas, amarelas, vermelhas e alaranjadas, davam um ar colorido e mais bonito ao bosque, elas caíam das árvores como penas e pintavam o chão com suas cores vibrantes. Freyr, já recuperado do susto, parecia flutuar de felicidade. A presença de Zeenon era enorme naquele ambiente, parecia sentir todo o poder do rei emanar do corpo dele.

– O que mais você faz além de se transformar em dragão e “espantar” monstros?

– Hm...Controlo, junto aos meus companheiros, as províncias do Submundo, fazia poções das sombras e várias armas de destruição, encantamentos de magias... Resumindo, controlo tudo que faz parte das “sombras”.

– Quer dizer que aquelas armas negras diabólicas que vendem no mercado, você que faz? – Disse Freyr, em um tom curioso.

– Ah, quer dizer que têm feiticeiros que estão contrabandeando as armas que eu criava? Bom saber. São armas muito poderosas, e só devem ser usadas em batalhas, e algumas exigem experiência em encantamentos.

– Ah... Por isso que muitos dizem que não conseguem usá-las – Ele olhou o nobre rei e sorriu, radiante. – E sobre as poções das sombras? O que são?

– Eu não as fabrico mais... Só causam mal. São poções feitas com matéria-primas retiradas do submundo. Inshtarheim o lugar onde habitam os meus feiticeiros e criaturas vivem.

– Como é lá, Zeenon? Sempre ouvi falar desse lugar, dizem que tem muito fogo, terror, criaturas horrendas... – O garoto falava com certa maravilha na voz, a vontade de conhecer aquele mundo era enorme.

O rei sorriu. De certo modo, aquelas lendas criadas sobre o submundo eram engraçadas. Não era um lugar de desespero, muito menos de criaturas totalmente ruins. Freyr sentou na raiz da maior árvore do bosque, fitando o rei com seus olhos azuis cintilantes. Estava curioso para saber mais sobre aquele mundo encantando do guardião.

– Não há nada disso por lá.. É apenas uma dimensão diferente, criada por meus feiticeiros para eles viverem longe dos humanos. Em Inshtar, eles criaram seus monstros, feras, dragões. É para lá também que caem as pessoas enganadas por feiticeiros...

– Como se cai lá?! –Freyr arregalou os olhos azuis, espantado.

– Alguns feiticeiros possuem poderes de manipulação... Podem manipular objetos e... Alguns, a mente de humanos. Eles prometem tudo e te carregam para Inshtarheim, pessoas muito ambiciosas caem mais rápido... Chegando no Submundo, eles roubam tua alma para aumentar o poder da aura. Mas, não são todos que fazem isso, só feiticeiros muito ambiciosos.

– Por que você não os destrói, Zeenon?

– Eles já faziam parte da escuridão, antes mesmo de eu nascer. Não vou destruí-los, pois tenho muito apreço por essas criaturas. Ajudaram-me quando recebi meus poderes e hoje me reverenciam como seu rei. O problema é que alguns feiticeiros aprenderam a abrir portais para se deslocarem entre o mundo humano e Inshtarheim e vários monstros fogem por esses portais... Quando eles saem do controle, eu interfiro, expulsando-os de volta para seu mundo. São preciosos para mim, alguns podem ser maus, mas são poderosos e sempre me obedecem. Quando vou lá, dragões reais viram bichos de estimação perto de mim.

Zeenon sentia muito carinho por suas criaturas. Nem todas faziam mal a humanos, alguns preferiam ficar no Submundo, junto aos seus companheiros. Gostava de Inshtarheim e de toda a energia de lá.

– Nossa... Queria ver um dragão real, afinal, por que chama “dragão real”?

– São dragões em sua forma original, não estão selados em ninguém.

– Aquele dragão em que você se transformou, está selado em seu corpo?! Em meus dezoito anos sempre sonhei em ver um dragão!

– Que bom que realizei o seu sonho... É um encantamento de magia, de selamento, desperta o dragão que vive em mim. Meu filho Link e seu companheiro Mark também convivem com um... Assim eu e eles adquirimos os poderes desses dragões...

Com um ar de estranhamento na voz, Freyr indagou:

– Você tem filho...?

Sem demonstrar surpresa ao ouvir a pergunta do rapazinho, Zeenon respondeu calmamente.

– Sim.. Teve uma época em que estava me sentido muito solitário, então decidi ter um filho. Quando completou vinte anos de idade, tratei de selar o dragão em seu corpo e assim ele se tornou um ser das trevas. É imortal, assim como eu, e é até um pouco parecido comigo. Tem cabelos negros, olhos vermelhos, e quase o mesmo temperamento.

Zeenon sentou perto de Freyr. O rapaz abaixara a cabeça. Ele acariciou delicadamente uma mecha dourada do garoto.

– Está decepcionado?

– Não, só achei que você não tinha filhos. Que era um lobo solitário.

Ninguém consegue viver sozinho, por mais que tente. – Tinha um ar pesaroso em sua voz.

O poderoso rei olhou a copa da grande árvore e observou os pássaros que voavam livres por entre os galhos, tentando afugentar pensamentos que não lhes eram agradáveis.

– Queria entrar nesse teu mundo! É tão fascinante! Pode me levar até Inshtarheim um dia? – O jovem rapaz levantou-se e rodopiou em torno da árvore. Aquilo tudo era como navegar em um fantástico livro de contos.

Zeenon ficou sério, não queria envolver Freyr no Submundo.

– Você não pode entrar lá. É muito perigoso.

– Mas, os monstros obedecem você. Eu vi. – Ele encostou-se novamente em Zeenon. – Por favor, Zeenon.

– Não Freyr, não me peça isso. É para sua proteção. Criaturas das trevas não gostam de humanos.

– Tudo bem... É que eu fiquei lembrando os meus livros favoritos quando você me contou sobre Inshtarheim, monstros, dragões... Sempre imagino entrar em mundos como esses.

– Ah, você gosta de ler? – Zeenon tentou mudar o rumo da conversa, não queria mais falar sobre aquilo e também queria saber mais sobre o rapazinho.

– Eu amo ler! Acho mágico entrar naqueles mundos, fugir um pouco da realidade, imaginar-me dentro deles! Só que a biblioteca da cidade é muito pequena... Eu já li a maioria dos livros de lá...Aprendi a ler desde jovenzinho.

Aquilo o entusiasmara a levar o jovem ao seu castelo, sua biblioteca era um acervo belo que com certeza Freyr gostaria de visitar.

– Se você quiser – Zeenon sentou-se na frente de Freyr e segurou suas mãos – Mostrarei a biblioteca do meu castelo a você. Tenho certeza, você se sentiria no paraíso lá. Tenho milhares de livros e gasto um bom tempo lendo – Ele sorriu.

O jovem loiro abriu um sorriso radiante, animado, respondeu:

– Sério? Mesmo? Quero muito conhecer sua biblioteca!

– Ok, então, amanhã eu levarei você lá, ok?

De repente, uma enorme águia branca apareceu nos céus trazendo uma pequena carta em suas garras. Era uma mensagem do reino da luz. Ela entregou a carta para Zeenon e voou, imponente.

– É uma mensagem de Heimdall. – Rapidamente, Zeenon abriu a carta e a leu em voz alta:

“Saudações, Senhor Guardião das Trevas.

Não sei se soube, mas os rumores de invasões contra nossos reinos estão mais acalorados, precisamos urgentemente nos reunir. Espero que ainda esteja disposto a parcerias.

“Atenciosamente, Heimdall.”

– Esse rei de Ezra deve estar ficando louco, não sabe com que está tentando se intrometer – Ele sorriu de forma perversa.

Freyr lembrou-se da conversa dos dois soldados que vira pela manhã.

– Eu ouvi isso hoje pela manhã! Dois soldados falavam que ele estava juntando forças contra os dois reinos dos guardiões.

– Não gosto muito dessa ideia, mas seria uma boa fazer parceria com o Heimdall...

Zeenon parecia contrariado, sabia que podia derrotar o rei de Ezra e seus aliados, junto a seus feiticeiros, era uma questão de defesa. Mas, poderia lhe causar problemas com Heimdall que sempre, apesar de tudo, protegia os humanos. E isso romperia o equilíbrio estabelecido entre Luz e Trevas.

– Obrigado pela informação, Freyr. Amanhã nos encontraremos novamente, levarei você até meu castelo. Se acontecer algo inesperado, mandarei uma carta para você explicando o que houve, ok?

– Sim, estou ansioso para conhecer sua biblioteca. – Freyr pôde sentir as mãos macias e delicadas de Zeenon em seu rosto, era como se quisesse protegê-lo.

O rei saiu e acenou para o garoto. Seu dragão, Midnight, de repente apareceu, sobrevoando os céus, novamente causando fascínio aos olhos do jovem garoto Freyr.


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