The Golden Rose - A Rosa Dourada escrita por Dandy Brandão


Capítulo 25
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo parece mais um especial... :) Mas, enfim gosto dele :3

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/609401/chapter/25

A manhã no Submundo acordava fria, o vento zunindo nos céus azuis com tons cinzentos. No prédio de pedra nos fundos do Yamisin, o feiticeiro ruivo sentia a luz branda da manhã invadi-lo lentamente. Abriu os olhos de um jeito preguiçoso, esteve cansado depois de todos os acontecimentos e sua aura precisava de algum descanso. Aquela noite foi o suficiente. Sentou-se na cama e espreguiçou o corpo, sentindo-se revigorado. Os treinamentos com certeza seriam duros, mas o corpo já estava preparado. A vantagem dos seres elementares era que precisavam de pouco tempo de descanso, a aura se revigorava com facilidade.

Olhou para o outro lado da cama e finalmente percebeu que Andy não estava lá. O rapaz não poderia sair daquela casa desacompanhado. Preocupado, levantou rápido e saiu do quarto. Enquanto descia a escada, ouviu uma movimentação na cozinha, aliviou-se, ele deveria estar por lá.

Quando chegou à porta da cozinha, sentiu um delicioso cheiro de café fresco e de torradas sendo preparadas, junto a queijo quente. O ruivo observou o rapaz parado à frente do fogão, aparentemente cozinhando algo, assobiava tranquilo. Estranhou a cena: nunca pensou que Andy poderia cozinhar. Um pouco desconfiado, entrou na cozinha e encostou-se em uma bancada. O rapaz, assim que percebeu a presença do feiticeiro, virou-se. Sorrindo, disse:

– Ah!.. Bom dia, Loki.

– Você cozinha? – Loki franziu o cenho.

– Claro que sim. – atravessou a cozinha e foi até a bancada, ficou bem à frente do feiticeiro. – Lembre-se que eu morava sozinho.

– Pensei que ficava no quartel... Com os outros soldados. – O ruivo pegou a borda do avental azul que o rapaz usava, e olhou-o por cima.

– Minha patente era maior, não ficava lá.

– Então você era especial. O cãozinho do rei. –beijou-o de leve e envolveu seus braços no pescoço do rapaz.

Andy passou o braço pela cintura do feiticeiro, e encostou-o em seu corpo, com cuidado. Não queria que ele reclamasse. Aspirou fortemente o cheiro do pescoço do ruivo, tinha um aroma doce, não resistiu e começou a beijá-lo. Loki percebia que o novo companheiro tentava suprimir os desejos, mas ele já estava no ápice. Ainda assim, precisava esperar um pouco mais. O feiticeiro apenas erguia o pescoço, desejando mais daqueles beijos do rapaz, porém que tinha de controla-lo.

Loki surpreendeu-se com a força de Andy, quando ele pegou-o por baixo, colocando-o sobre a bancada da cozinha. Sem pensar muito, o ex-soldado atacou o companheiro, beijando sua boca, ao mesmo tempo apertava as coxas dele, desejoso. Em um espasmo de consciência, Loki afastou-o, aquele não era o momento nem o local certo para aquilo. Ofegante, o ruivo pôs a mão no peito, e aos poucos, conseguiu recuperar o fôlego.

– Acalme-se, rapaz. – voz estava embargada.

Andy baixou os olhos, surpreso consigo mesmo. Não conseguia mais aguentar ficar perto daquela criatura tão bela e não ainda não ter a oportunidade de tocá-lo.

– Desculpe-me. Perdi o controle.

– Ok... – desceu da bancada e pôs o dedo sobre os lábios do outro. – Espere um pouco... Somente até a noite. Eu também estou com desejos, mas posso me controlar.

O rapaz aquiesceu e relaxou os músculos. Já recomposto, Andy ajudou Loki preparar a mesa. Os dois sentaram-se para apreciarem o desjejum.

Andy evitava os olhos dourados do feiticeiro. Tentava a todo custo, olhando para o seu prato.

– Você terá que prestar muita atenção na hora.

– Eu sei... Estou com medo de errar. – focou em sua xícara de café, observando a fumaça branca escapar lentamente.

– Vou vai conseguir, é só esperar meu sinal. Então você aciona o dispositivo que vai selar a área. –sorriso tímido surgiu em entre os lábios.

As mãos firmes de Loki escorregaram lentamente sobre a mesa e pousaram acima da mão do companheiro. Acariciou-a devagar. Mostrava confiança ao jovem rapaz.

– Como vou acionar se não uso magia?

– Esse dispositivo não necessita do uso de magia. Depois eu lhe mostrarei, não é complicado. – brincava com os dedos do companheiro.

– Tudo bem... Espero não decepcionar vocês. – Suspirou, confiante.

Finalmente, conseguiu encarar as esferas douradas do feiticeiro, Loki olhava-o com um sorriso torto de lado, os olhos fervorosos, carregados de carinho. Seguia os mesmos passos de seu mestre, parecia encantar-se por um humano. Ainda não podia chamar aquilo de amor, porém sua aura sentia um ardor diferente ao encontrar os olhos negros de um antigo inimigo. Com certeza, Andy possuía algo especial.

– Sei que não vai decepcionar. – piscou e logo depois pegou sua xícara de café e tomou um gole.

Andy ficou a observar aquele estranho feiticeiro que agora seria seu companheiro. A criatura que fizera-o sentir acolhido e protegido em meio a toda aquela situação tensa. Um sentimento de conforto invadia seu corpo.

Na torre central do Yamisin, o mais novo guardião acordou e sentiu um ar quente em sua orelha. Virou a cabeça para o lado e viu o amado rei de olhos fechados, dormindo tranquilamente, a cabeça sobre um dos braços. Metade do rosto estava coberto pelos cabelos negros dele. O menino suspendeu uma das mãos e, mais cuidadoso o possível para não acordá-lo, retirou os fios. Acariciou o rosto dele, lembrando-se da maravilhosa noite anterior. Sentia o amor dele invadi-lo mais do que nunca, não sabia o qual delicioso era ter o prazer em seu corpo, ainda mais junto a alguém tão amado. Assim que ele acordasse, declararia todo amor, de novo, de novo... Até cansá-lo, de tantos beijos.

Não havia janelas, nem uma varanda no quarto. Freyr levantou e, percebeu que ainda estava despido. Pegou um robe vermelho do rei sobre o cabideiro e, foi direto para o toalete lavar o rosto. Observou o semblante no espelho, a face corava-se, a pele estava macia, límpida. O fios loiros estavam enormes, cobria os seus ombros e toda a coluna. Começou a analisar os traços de seu rosto, pareciam um pouco mais firmes, como se tivesse um pouco mais idade. Não era muito detalhista, mas conseguia perceber certa diferença. Sentia-se feliz por agora não ser mais um peso e poder defender-se com seu poder. Só precisava se adaptar à magia.

Aquele sentimento de ter uma energia o rodear era maravilhoso. Somente tinha que aprender mais sobre magia, para poder usar todo potencial dela.

Respirou fundo e pegou a escova, começou a pentear seus longos cabelos loiros.

O dia estava bonito, da pequena janela do banheiro, podia ver dragões voarem pelos céus azulados do Submundo, largou a escova sobre a bancada e foi à janelinha, observá-los. Um dragão real vermelho e outro meio alaranjado cortavam os céus, voando tranquilamente, encantou-se pela beleza das criaturas. Distraído pela contemplação, Freyr foi surpreendido por forte beijo no rosto, Zeenon deveria ter acordado pela movimentação no quarto.

– São o Transy e Gypsy. Dragões do fogo. – chegou de mansinho e envolveu o jovem em seus braços.

– São tão... Lindos... – olhos azuis de Freyr brilhavam como diamantes. Era incrível ver aquelas criaturas. – Qual o elemento do seu dragão?

– Midnight é um Dragão Venenoso. Seu sopro pode ter vários tipos de veneno.

– Todos mortais? – arregalou os olhos, nunca pensou que aquele lindo dragão negro fosse venenoso.

– Nem todos... – soltou o menino lentamente e começou a amarrar o cabelo. – Mas, o melhor é o redpoison, que é mortal.

O rei soltou um sorriso cheio de malícia. Adorava usar aquele veneno que matava em instantes.

– Quero ver você lutando hoje. No treinamento, você lutará contra quem Zeenon? – Os dragões agora sumiam no horizonte... O menino parecia hipnotizado.

– Loki. Nós gostamos de lutar, para testar nossas habilidades.

O rei observou o brilho dos olhos azuis do garotinho refletirem no vidro da janela. Estava feliz pela noite passada, pois tanto ele, quanto Freyr aproveitaram cada momento da madrugada. Lembrava-se do rostinho corado do jovem e do modo como ele o abraçava e pedia por “mais”. Freyr aos poucos libertava-se da timidez, e Zeenon sentia-se imensamente contente por ajuda-lo.

– Tudo bem com seu corpo? – perguntou, preocupado;

– Sim, amor... Por que não estaria?

O loiro, que permanecia de frente para a janela, finalmente virou-se para contemplar o namorado. Ainda amarrava os longos fios negros, aprontava-se para o banho. Vestia um robe preto transparente, deixando o corpo nu à mostra. Freyr já se acostumava em vê-lo daquela forma, o corpo do rei era bem desenhado... Gostava de aproveitar aquela visão.

O rei se aproximou do garoto e beijou-o com força. Freyr respondeu, entrelaçando os braços sobre o pescoço de Zeenon.

– Foi sua primeira vez... Então, seria normal, mas agora é um ser elementar então...– disse, entre os fios loiros do menino.

– Então? – olhou-o, interessado.

– A aura se encarrega de deixar o corpo relaxado... Mas, não pensei que a sua fosse tão rápida assim.– sorriu, satisfeito.

Os braços do garoto agarraram a cintura do rei, prendia-se ao corpo dele, como se quisesse unir os corpos em um só. Novamente.

– Enfim... Senti nada mais do que prazer... – beijou o pescoço do rei – E foi incrível.

Animado pelas palavras do outro, Zeenon pegou-o por baixo, agarrando Freyr em seu colo. Despiram-se e, imergiram n’água, ainda abraçados. Passaram um bom tempo ali, banhando-se, ao mesmo tempo em que se beijavam e acariciavam na água quente e perfumada da banheira.

A manhã no centro do Submundo foi cheia de energia. Zeenon, os dragões e Freyr passearam pela província e foram recebidos alegremente pelos feiticeiros. No centro, havia diversas concentrações de lojas, bares, mercearias. O jovem loiro, sentiu como se estivesse em sua cidade natal, Vistorius, mas era diferente, pois a cada estabelecimento que paravam, eram recebidos com muita hospitalidade e carinho.

Freyr pode experimentar diversas iguarias exóticas daquele lugar: frutas, doces e salgados que nunca viu no mundo humano. Recebeu muitos presentes, incluindo roupas, joias, instrumentos de magia e até poções. Conheceu alguns monstros do Submundo, apelidados de Creck’s, inclusive o monstro que tentou ataca-lo na floresta. Educadamente, a criatura pediu desculpas pelo feito. O jovem perdoou-o, disse que não precisava se preocupar, eram águas passadas.

À tarde, após o delicioso almoço preparado pelas gêmeas criadas de Zeenon, o grupo inteiro foi para o campo Romany. No local, alguns feiticeiros, treinavam suas aptidões na enorme arena, rodeado por muralhas de pedra. Vovavam, como se deslizassem no ar, tal que nem se conseguia ver os corpos. Das mãos, algumas rajadas de energia saíam, liberando grande quantidade de energia, defendiam-se dos adversários. Outros apenas assistiam e torciam pelos companheiros, sentados nos bancos ao redor do campo de batalha.

Assim que o grupo chegou, os feiticeiros pararam de repente, e cumprimentaram o Rei e sua “corte”. Sirius, um dos mais habilidosos do Submundo, capaz até de enfrentar Loki, veio receber Zeenon e os seus acompanhantes.

O feiticeiro de longos cabelos ruivos e aparência semelhante a do mestre, com reverência, cumprimentou:

– Sejam Bem-vindos de volta, senhores. Vieram treinar aqui hoje?

Os olhos caramelados do rapaz brilhavam. Era uma enorme honra ter o mestre em treinamentos, além do que ele também participaria das batalhas.

– Sim, Sirius. Estou parado há algum tempo, preciso pelo menos ver como estão minhas habilidades.

– Com certeza não mudou absolutamente nada. – disse o belo homem de cabelos ruivos.

– Talvez... – pendeu a cabeça para o lado, incerto.

Tempos se passaram desde que o rei participou de alguma luta, até mesmo entre seus companheiros. Claro que, nunca esqueceria os feitiços, mas temia ter perdido um pouco da prática. Virou-se para Freyr, que observava a estrutura do local.

– Freyr, sente-se ali com Link, Mark e Andy. Vou começar agora.

– Tudo bem... –beijou levemente o rosto do rei, correu para os bancos e acomodou-se junto aos garotos.

Loki se preparou no centro da arena, já estava à espera do fiel amigo. Zeenon dirigiu-se a Link, tirou seu casaco vermelho e entregou ao filho. Ficou apenas com uma camisa preta lisa. Suas botas ornadas de correntes prateadas faziam barulho, enquanto andava até a arena. Os feiticeiros olhavam atentos, como se esperassem um espetáculo acontecer. Em seus olhinhos atentos, o loiro observou as arquibancadas e estranhava a ansiedade de todos. Então, perguntou a Mark:

– Mark, por que estão todos assim, ansiosos? – Sua voz soou como um sussurro.

– Porque é incrível vê-los lutando. Preste atenção. – o dragão sorriu, também animado com a luta dos dois.

Era uma batalha de gigantes.

Os olhos dourados Loki estavam completamente sérios. Zeenon apenas observava-o com seus olhos vermelho escarlate, que pareciam sorrir para o ruivo. De repente, o rei se transformou em uma volumosa sombra preta e atacou Loki subitamente. Freyr viu o feiticeiro voar de encontro a muralha de pedra, mas, rapidamente apareceu agachado, deslizando os pés sobre o chão da arena. Zeenon apareceu a sua frente e, antes que pudesse pôr os pés no chão, Loki empurrou-o com força para o ar, apenas com um dos braços. Os feiticeiros olhavam maravilhados para os dois, parecia que era a primeira vez que viam a disputa.

Enquanto deslizavam no ar, Zeenon expandiu sua aura, e um grande espectro roxo encobriu-o por inteiro, Loki foi empurrado com força para o chão. O impacto da sua aura podia ser sentido nos bancos do campo. Freyr ficou boquiaberto, impressionado, pelo poder do rei, mas também ficou preocupado com Loki, que estava no chão, ofegando. A aura de Zeenon possuía uma força surpreendente, não era fácil cansar o feiticeiro ruivo. Loki levantou-se rapidamente e também expandiu a sua aura, emanando uma espectro vermelho de seu corpo, os dois atacavam-se por todos os lados.

Apenas via-se os feixes de luz desviando pelos lados. Mesmo sem visualizar as silhuetas dos dois, Freyr sentia a aura de Zeenon expandir-se cada vez mais, o espectro apenas crescia. Repentinamente, os dois pararam no ar, um a frente do outro, finalmente podiam ver seus corpos, mesmo envoltos por espectros. As auras dos dois combatentes expandiam-se de tal forma que rajadas de luz emanavam para todo o campo, o público cobria os olhos.

Ouviu-se um estrondo. O espectro roxo explodiu na arena, Loki estava caído no chão, uma das muralhas de pedra estava totalmente destruída. As sombras de Zeenon apareceram na arena, dando forma ao seu corpo. O rei permanecia intacto, enquanto o feiticeiro parecia derrotado. Zeenon andou até seu amigo e estendeu-lhe mão, a fim de ajudá-lo. Loki aceitou e levantou-se ajeitando suas vestimentas.

– De novo, Zeenon? Não consegue deixar nada no lugar certo? – sorriu e olhou a muralha destruída.

– É... Descontrolei um pouco. – O rei sorria, coçou o pescoço, com a cabeça um pouco inclinada para o lado. Totalmente relaxado, sentia-se mais forte por dentro.

Freyr voou até o rei e atacou o seu pescoço repentinamente, estava feliz por vê-lo lutar daquela maneira.

– Que incrível, Zeenon! Você também, Loki! – beijou o rosto do rei, alegre.

– Ah Freyr... Não sou páreo para esse ai, não...

– Então como conseguiu enfrenta-lo por tanto tempo? – Disse Andy, aproximando-se dos três, estava surpreso com o poder do companheiro.

– Um pouco de resistência. – Disse o ruivo, satisfeito.

– Gostou mesmo, Freyr? Você também pode ficar assim. – o guardião apertou o jovem contra o corpo.

– Eu não tenho muita força. Quero usar minha magia para outras coisas...

Os feiticeiros apareceram aos montes, parabenizavam Zeenon pela vitória, mesmo que esta tivesse sido previsível. Alguns admiravam Loki por conseguir enfrentar o rei. Mark e Link ficaram sentados observando a cena, já sabiam que a vitória do rei era certa, nem se impressionavam mais. Freyr foi até os jovens dragões e, curioso, perguntou:

– Não vão até lá falar com eles?

– Ah não... Nós já sabíamos. Papi sempre vence. – Link fez uma expressão debochada.

– Ainda é incrível... Zeenon é muito forte. – Os olhos negros de Mark brilhavam, maravilhados pelo força do pai

– Verdade... Eu imaginava que ele era forte, mas... Não desse jeito. – o coração do menino saltitava. Seu rei era o anti-herói das histórias que ele tanto amava.

Depois daquela luta, as incertezas do guardião sombrio desapareceram. Estava forte, poderoso e, principalmente, pronto para enfrentar mais artimanhas de Simun. Em todos aqueles anos que passou fora, desconectado das suas criaturas, indo ao Submundo somente quando era realmente necessário, sentiu-se um pouco mais fraco, triste. Tinha a companhia do carinhosos filhos dragões e do fiel companheiro Loki, mas nada como ter de volta toda a sua grande família. A aura do jovem amado o envolvia em carinho e extremo companheirismo. Freyr tinha aqueles olhos azuis acolhedores, que Zeenon adorava apreciar. O Amor do seu irmão e das criaturas das trevas preenchia seus sentimentos com grande frescor, de um modo novo e nunca por ele experimentado. Via tudo de uma forma totalmente diferente. Heimdall não era o vilão, as criaturas não mereciam ficar longe do mestre por erros dele próprio, tinha que viver por quem amava – Sua missão era essa. O rei olhava para o céu totalmente distraído em pensamentos, e foi surpreendido com Freyr agarrado em seu pescoço.

– Zeenon, quando podemos começar a treinar minha magia? – piscou os olhos, de um jeito fofo.

– Logo após a situação se acalmar e estiver tudo resolvido. Espero dias de calmaria. – andaram, juntos, em direção à saída do campo.

Link, que estava animado para lutar com um dos fortes feiticeiros, decepcionou-se em ver seu pai sair junto a Freyr do Romany. O jovem dragão correu em direção aos dois e, do jeito meloso de sempre, disse:

– Pai, não vai ficar aqui para ver eu e Mark lutar?

–Vocês vão lutar? Achei que já partiriam também. – parou e virou-se para o garoto.

– Claro que sim! Nós também vamos precisar nos aquecer. – vibrou todo o corpo, totalmente agitado.

Zeenon e Freyr entreolharam-se, sorrindo, como se tentassem transmitir alguma mensagem e decidiram assistir a luta dos garotos. Os dragões demonstraram muito mais força do que o rei conhecia. Os jovens já conseguiam manipular a magia dos seus dragões quase ao nível do rei, e derrotaram os gêmeos Spectrun’s, com apenas dois golpes. Todos se admiravam pelos poderes dos meninos, afinal os dois foram treinados pelo maior dos feiticeiros, o rei das criaturas das trevas.

A imensidão vermelha do Submundo aos poucos se desbotou para um intenso violeta escuro e os rapazes não se deram conta que já estava anoitecendo. As lutas foram acaloradas, todos estavam muito animados com os próximos dias que viriam.

Depois de recuperado da luta, Loki finalmente lembrou-se que precisaria de energia à noite, tinha certeza que não ficaria acordado. Foi o meio que prometido. Como o rapaz não mais se controlava, apenas suas habilidades no olhar seriam deveras eficazes. Andy terminava o banho, pensando em como encarar o feiticeiro ruivo depois do que fez pela manhã. O corpo estava no limite, não sabia até quando ia ficar parado encarando aquela bela criatura ruiva.

Saiu da água quente da banheira e enxugou-se devagar, vestiu uma calça larga branca e confortável para dormir. Respirou fundo antes de sair, preparava-se para manter o controle. O rapaz saiu agoniado, a passadas lentas para o quarto. Pisou no aposento, de cabeça baixada, sem conseguir encarar o feiticeiro. Estava sem coragem, não tinha mais forças.

Depois de muito relutar conseguiu levantar os olhos vagarosamente e deparou-se com Loki deitado de bruços; as pernas brancas e lisas de fora, o abdômen totalmente nu.O rapaz apenas usava um short preto curto e justo, delineando suas formas avantajadas. De cabeça virada para o lado, Loki olhava o rosto espantado do moreno. Suas esferas douradas estavam regadas de desejo, os olhos do feiticeiro eram bem convidativos.

Andy não conseguiu pensar em mais nada. Quando percebeu seu corpo já dominava o feiticeiro com tal ferocidade e prazer que Loki jamais imaginara ver... E sentir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Infelizmente, ainda não achei uma imagem para representar o Loki :/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Golden Rose - A Rosa Dourada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.