Paixões gregas - Um amor como vingança(Degustação) escrita por moni


Capítulo 5
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tenho gostado muito de escrever essa história, e muito feliz com o carinho de vocês.
Mas esse capítulo tem dona é da Gabi, desde que falei sobre escrever algo original sem zumbis ela me apoiou muito, me incentivou demais, sem ela talvez tivesse demorado muito mais para começar isso, e como se não bastasse todo apoio ela ainda me escreve uma recomendação. GABI te adoro!!! MUITO OBRIGADA!!! Tem mais do que um capitulo de gratidão, tem uma fic inteira! Beijos



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Pov – Leon

Ela não é daquele jeito, não pode ser, ninguém é tão suave como Melissa, ninguém criado por Quiron Kalimontes pode ser. Entro no helicóptero e me acomodo, o piloto trabalha para os irmãos Stefanos a cinco anos, já é quase um amigo.

Está acostumado a me ver me acomodar e abrir minha pasta, nos poucos minutos de Kirus ao meu edifício em Atenas sempre aproveito para trabalhar, mas dessa vez é diferente, a pasta fica esquecida ao meu lado, minha mente fica em Kirus.

Repasso os primeiros momentos com Melissa, o rosto assustado, os olhos perdidos e ao mesmo tempo curiosos. Sua gentileza com Ariana. Aquilo tudo só pode ser um plano, o pai deve ter dito a ela que uma mulher vulgar nunca me atrairia, mas aquela simplicidade me encanta.

Quando disse o que pretendia Melissa corou como uma virgem, como alguém pode fingir bochechar rosadas de vergonha? Não entendo aquilo, o modo como foi gentil no jantar, a alegria ao saborear uma simples e caseira torta de chocolate, alguém que já experimentou as refeições dos melhores do mundo.

Tudo que o dinheiro sujo de Quiron pode pagar. Gosto da sua conversa, do sorriso que ela parece não querer libertar, mas que não pode conter. Aquilo é problema, mas não por muito tempo, cedo ou tarde ela vai mostrar as garras, talvez esteja fazendo isso agora mesmo, quem sabe fazendo exigências aos meus funcionários, tomando sol na beira da piscina.

Desço no terraço e sigo direto para minha sala, tenho contratos para ler, reuniões pela manhã e a tarde e uma vídeo conferencia com Ulisses o que sempre costuma ao menos me divertir um pouco.

Passo toda a manhã desconcentrado, vez por outra os olhos de Melissa me dominam a mente. Me pergunto porque ainda está lá. Porque não a coloco num voo junto com o pai e a amante antes que acabe me enrolando?

Não faço isso, não vou abrir mão de minha vingança, quero Melissa em minhas mãos assim como o resto de sua família. Não a garota encantadora, a verdadeira, a filha de Quiron Kalimontes.

Almoço em minha sala, um sanduiche rápido tentando recuperar o tempo perdido pensando em Melissa e os olhos mais azuis e vivos que já vi.

Passo metade da tarde de olho no tempo, mas sei que amanhã terei que estar aqui logo cedo, nada de umas horas com ela para desmascarar a boa moça.

─Leon. Aqui estou. Fechei com os franceses. – Ulisses surge sorridente na tela do computador. – Mas alguém tem que ir para lá. Pode ir?

─Não. – Não vou sair do pais por dias justo agora, ele franze a testa. – Estou enrolado aqui, não posso deixar o escritório.

─Porra Leon, eu não quero deixar o continente.

─Vamos pedir ao Heitor, ele está muito mais perto. O jato leva ele e... de quantos dias estamos falando?

─Sei lá, uma semana.

─Muito tempo.

─Isso não está com cara de trabalho Leon. – Tinha que ser justo o Ulisses nessa vídeo conferencia. – Ela é bonita? Quem é? Atenas ou alguém na ilha?

─Deixa de ser idiota, não tem nada disso, vou resolver com Heitor. Amanhã aqueles turcos vão estar aqui para o café da manhã.

─Vai passar a noite em Atenas?

─Não, vou para ilha e volto cedo amanhã, os caras são linha dura.

─Entendi, a garota é de Kirus.

─Porque tudo tem que ter a ver com mulher para você? Já disse não é nada disso.

─Beleza. E aquele idiota, como foi manda-lo deixar a ilha? Ele já chegou aqui?

Fico mudo, não vou poder manter aquela história muito tempo, mas não vou desistir dos meus planos.

─Ainda... Quiron ainda está na ilha. – Ulisses fica um instante pensativo, depois da de ombros, nada nunca é muito importante para ele.

─Ok. Bom eu tenho que ir, ainda tenho algo para resolver e marquei um jantar as nove com uma modelo linda.

─Claro que marcou. – Mas duvido que a tal modelo chegasse aos pés de Melissa. Era bom que Ulisses não a encontrasse, ele não é o tipo que deixa escapar uma garota bonita, seja ela filha de quem for.

O dia finalmente acaba, entro no helicóptero ansioso, devia ter telefonado para Ariana, tentado saber como foi o dia de Melissa, talvez eles já estivessem odiando-a nesse momento.

Cristus pega minha pasta logo que desço do helicóptero.

─Boa noite senhor.

─Boa noite. Como foi tudo por aqui?

─Como sempre senhor, nenhuma novidade. – Nenhuma novidade? Tínhamos a filha de Quiron hospedada e ele não tinha nenhuma novidade? Entro apressado, quero vê-la.

─Boa noite senhor. – Ariana me recebe, meus olhos passeiam pela sala. – Ela está na varanda.

Eu apenas apresso meu passo, não pergunto como as coisas foram, apenas procuro a garota delicada que me despedi pela manhã.

Ela observava a noite, se vira quando me escuta chegar, suave como pela manhã, assustada, confusa, olhos brilhantes, perfeita. Afrodite, é assim que a vejo.

─Boa noite! – Seus cabelos estão soltos, emolduram perfeitamente o rosto.

─Boa noite. Como foi seu dia? – Ela me pergunta, parece sincera, aquilo é mesmo estranho.

─Infernal. – Respondo sem no entanto confessar quem era a causa. – E o seu?

─Foi bom. – Ela sorri, desvia os olhos tímida, estamos próximos e quando me dou conta estou tocando seus cabelos, são longos, macios, ela fica completamente sem reação, entre assustada e envergonhada, aquilo devia valer algum prêmio de cinema. – Sei fazer muitos drinks, quer que prepare um? Dizem que relaxa.

─Não, uma taça de vinho no jantar, uma cerveja com meus irmãos, nada além disso. – Ela afirma, me afasto um pouco. – Eu volto logo, preciso de um banho, me espera para jantar?

─Sim. – Sigo para o quarto surpreso com o desejo que senti de tomar Melissa em meus braços e beija-la.

Deixo o terno de lado, visto jeans e camisa, ela me esperava na sala, lia e sinto sua surpresa ao me ver sem o terno.

─Vamos? – Convido, Melissa deixa o livro de lado e me acompanha.

Mais uma vez agradece a comida, envia elogios a Mira e agora Ariana parece quase incapaz de resistir a sorrir, na sobremesa mais uma vez ela fica perdida saboreando uma mousse de frutas vermelhas. Não deixa de lamber o garfo no final, recusa o café. Quase não conversamos, fico meio tonto com seu jeito suave e o modo como saboreia a comida e o doce.

─Uma volta no jardim? – Convido, ela afirma e caminhamos juntos mais uma vez. – Gostando do livro?

─Não sei, talvez ele se arrependa da vingança. Ele podia tentar ser feliz, mas acho que não vai desistir.

─Bom ele foi humilhado, preso injustamente, acho que tem seus motivos.

─Sim, ele tem, mas podia escolher ser feliz e seguir em frente.

─Gosta de finais felizes. – Constato e ela da de ombros, estamos na beira da piscina, é a melhor vista da ilha, onde o vento sopra suave, ela afasta os cabelos dos olhos.

─Sim, acho que se é ficção, porque tem que ter um fim dramático?

─Vamos ver o que acha. O que fez hoje? – Decido mudar de assunto, sabemos que a escolha do livro não foi aleatória e talvez ela esteja desse modo suave tentando me convencer a desistir, não vai acontecer.

─Nada demais. – Ela se esquiva. – Nem perto de todo o trabalho que teve.

─Amanhã tenho que estar muito cedo em Atenas, vou tomar café da manhã com um grupo de turcos com quem estamos tentando fechar negócios.

─Então não vou vê-lo pela manhã?

─Não. Pode dormir até mais tarde.

─Eu sempre acordo muito cedo, acho que não consigo dormir muito.

─Eu também não, mesmo aos domingos, quando tenho domingos livres é claro.

─Trabalha de domingo? – Ela pergunta curiosa.

─Diferente do seu pai trabalhar é o ramo da minha família, temos negócios no mundo todo, então... – Ela desvia o olhar, encara a noite diante de nós, fica silenciosa. Talvez eu tenha sido grosseiro, mas não menti, Quiron nunca fez nada de útil, não acho que ela seja muito diferente. – Mas não são todos os domingos.

Ela balança a cabeça afirmando, se mantêm em silencio. Me arrependo um pouco de ter quebrado o clima.

─Teve problemas com meus funcionários hoje?

─Não, de jeito nenhum, eles foram todos ótimos comigo.

─Sabe que é uma hospede e pode ficar a vontade para pedir o que quiser, não tenha medo.

─Está tudo muito bem, não tem nada errado, não falta nada. Como são os turcos? Acha que vai dar tudo certo? ─ Quanta pressa em se livrar do assunto.

Começo a contar sobre meu trabalho, ela fica atenta, escuta cada palavra, não parece entediada, faz perguntas aqui e ali, gosto dos comentários, do interesse e quando vejo ficamos mais de duas horas juntos conversando sentados na beira da piscina.

Eu a acompanho mais uma vez até seu quarto, resisto ao desejo de tocar em Melissa, de novo dou meia volta assim que desejo boa noite e vou para cama, não é a noite mais agradável, tenho dificuldades para dormir.

Repasso todo tempo que passamos juntos, nenhuma falha, nada que me fizesse duvidar de que aquela não era a verdadeira Melissa, mas é inaceitável que seja assim.

Partir sem vê-la não é das melhores coisas, paro na porta de seu quarto, penso em entrar um instante, olhar para ela, mas dei minha palavra e claro que nunca voltaria atrás.

O dia não é menos longo, muito menos mais produtivo, aquela vingança mal começou e já me ocupa todo pensamento, ou Melissa ocupa. De novo não telefono para saber dela, ocupado demais para isso.

Quando entro em casa no começo da noite Ariana apenas aponta a varanda, agradeço e sigo a seu encontro, ela está no mesmo lugar, linda e delicada, o mesmo olhar, o mesmo rosto corado.

─Deu tudo certo com os turcos?

─Estamos caminhando. – Meus olhos não conseguem se afastar dela. – Mas essas coisas levam tempo.

Três dias infernais se seguem, três noites perfeitas, agradáveis, de rosto corado, conversa tranquila, e olhos brilhantes, ela saboreia a comida, sorri para Ariana, recebe sorrisos discretos de volta, outros mais abertos de Cristus.

Nem um momento deixa a verdadeira Melissa aparecer e aquilo me tortura, porque essa moça que janta comigo todas as noites que me espera ansiosa na varanda é delicada, e não quero feri-la, essa Melissa não quero magoar ou humilhar.

Vamos juntos para o jardim, nos sentamos mais uma vez a beira da piscina, Melissa parece mais feliz e confiante que nos primeiros dias, mais bonita também, como se isso fosse possível, gosto de vê-la sempre com o rosto limpo, vestidos simples, sapatos baixos, nenhuma joia.

Talvez Quiron tenha vendido tudo, ele andou e anda tendo que se virar para manter as aparências.

─Vai cedo amanhã de novo? – Ela me pergunta quando caminhávamos para o quarto.

─Sim, mas acho que o fim de semana será tranquilo.

─Você deve estar cansado, sai tão cedo, hoje eu ouvi o helicóptero, mas quando desci já tinha partido.

─Tenho um apartamento em Atenas, perto do trabalho, as vezes tenho que ficar lá e fica mais fácil, mas tenho preferido voltar, não é elegante deixa-la assim sozinha por dias.

─Volta por minha causa? – Ela fica surpresa quando subíamos a escada, dou de ombros, ela balança a cabeça concordando, paramos em sua porta e ela se encosta na parede me olhando, não parece disposta a se despedir, também não quero. Não fujo mais dos meus pensamentos como antes, deixo que ela os domine dia e noite, me enlouqueça.

─Afrodite. – Digo a ela parada ali, me olhando daquele jeito curioso e intenso.

─Eu? – Me pergunta corada, mais uma vez surpresa.

─Você. Tão bela, delicada. – Dou uns passos em sua direção, ficamos próximos, sinto seu perfume, meus olhos presos aos dela. – Me enlouquecendo.

─Eu faço isso? – Ela fica encantada em descobrir.

─O tempo todo. – Toco mais uma vez seus cabelos, minha mão escorrega pela pele lisa do braço, está corada, mas não foge, parece que assim como eu não pode sair dali. – Se não me impedir vou beijar você.

Esse era o momento perfeito para Melissa dizer qualquer coisa, me afastar, mas a resposta é seu silencio, sua espera. Sorrio, é bom saber que ela quer. Minha mão envolve sua cintura, eu a trago para mim, sinto seu corpo de encontro ao meu, sua respiração acelerada, ela fecha os olhos quando toco seus lábios com os meus e sinto a macies do toque, ela me envolve pelos ombros, se deixa beijar e meus corpo reage, um mundo de sensações me domina e não esperava. Aquilo não fazia parte dos planos, não quero sentir, não com tanta força, como se só existisse para isso.

Me afasto um instante só para poder olhar para ela, linda de olhos vivos, tomo seus lábios mais uma vez, o beijo é mais intenso, profundo.

Quem é essa mulher? O que está fazendo comigo? Eu me lembro do porque está aqui, não posso deixar que esse ar inocente construído apenas para me seduzir me enganar, não vou cair em sua armadilha. Mesmo querendo desesperadamente acreditar.

Ela se entrega mais, eu podia abrir aquela porta e ela não fugiria, mas não faço, não posso, me pedir é parte do plano, se curvar a minha vontade. Com dificuldade eu me afasto.

─Temos um acordo, precisa fazer o convite. Boa noite Melissa.

Ela não diz nada, apenas fica parada ali, encostada na parede, tão envolvida quanto eu, é o que quero acreditar e eu apenas sorrio, e a deixo. É o melhor a fazer, por nós dois.

Claro que não prego os olhos, porque dormiria? Como? Depois de descobrir o que ela pode fazer comigo, como pode dominar meus desejos como jamais aconteceu antes?

Trabalhar é um inferno, quero ir para casa, quero saber como está, quero beija-la de novo e ter certeza que senti mesmo tudo aquilo. Quando o dia acaba e entro no helicóptero só consigo sentir meu coração vivo, ela me vence a cada embate, com aquele olhar de anjo perdido, assustada, delicada, com aquele perfume maldito que não se afasta nunca de mim.

Afrodite, é isso mesmo que é, uma deusa sedutora e inocente, ela definitivamente é um mestre de sedução, mas ainda vai falhar, ainda vai mostrar as garras, exigir, eu sei que sim, só isso me tranquiliza.

Ela está no lugar de sempre e dessa vez ninguém precisa me dizer, eu apenas sigo a seu encontro, Melissa gosta de me ver de volta, se aproxima, acho que está tensa, mas ansiosa e ela é sempre assim.

─Oi. – Sorrio, minha mão desobedece e toda seus cabelos.

─Oi. – Ela responde sem desviar os olhos dos meus, é como se não pudesse.

─Dia logo. – Ela afirma com a cabeça.

─Interminável. – Não resisto mais, beijo Melissa e de novo tudo revive. Devia solta-la, mas não posso, gosto dos seus lábios, da sua pele. Ficamos ali, trocando beijos, olhares, me sinto um adolescente namorando escondido, mas gosto de como ela se envolve, como parece gostar e deixar acontecer, de como ela parece carinhosa e meiga.

─Acho que precisamos jantar. – Ela afirma.

─Espero você se arrumar, fico aqui. – Beijo Melissa mais uma vez.

─Não demoro.

Como um garoto faço tudo correndo, só para poder voltar para ela, para envolver Melissa mais uma vez e sentir seu sabor.

Ela fica de pé quando desço a escada, depois pego sua mão, não é proposital, apenas mecânico, caminhamos de mãos dadas para a mesa, ajudo a se sentar e então Ariana surge, ela sorri para ela e depois para mim.

─Pode ir Ariana, nos viramos aqui. – Aviso querendo ficar sozinho com ela.

─Ela sempre sabe a hora de aparecer. – Melissa sussurra. – Quer apostar que vai aparecer na hora da sobremesa?

─Talvez ela seja mágica! – Sussurro de volta. Ela me serve, tem talento, é delicada. ─Acho que vamos fugir depois do jantar e ela não vai nos encontrar para a sobremesa.

─Fugir da sobremesa não é boa ideia! – Melissa diz séria.

─Tinha me esquecido que descende de formigas. Então vamos apenas aguardar a aparição misteriosa.

─É. Agora experimente. – Ela me aponta o prato. Parece ansiosa, a comida está muito saborosa.

─Mira caprichou hoje, está tudo perfeito. – Seus olhos brilham felizes como uma garotinha.

─Gostou mesmo?

─Muito. Mira não costuma cozinha muito comida que não seja grega, mas cresci nos Estados Unidos, trabalhei em restaurantes, gosto de variar ás vezes.

─Eu também. – Tomo um gole do vinho branco que acompanha o peixe.

─Ela acertou no vinho, Mira anda muito criativa.

─Um chef francês me ensinou sobre vinhos, Pierre, me ensinou sobre muitas coisas. Nunca me esqueci.

─Na França? – Seus olhos perdem um pouco o brilho.

─Não. Aqui mesmo em Kirus, uma pequena temporada de férias que ele passou aqui servindo meu pai.

Mudo de assunto porque hoje não quero me lembrar de quem ela é filha, hoje a vingança está suspensa.

Voltamos a falar sobre amenidades, brincar, rir e me dou conta que nunca tive um jantar tão divertido na companhia de uma garota.

Ariana surge quando terminamos e trocamos um sorriso que a espanta, Melissa e ela também sorriem.

─O Leon adorou a comida Ariana.

─Puxa, que bom, acho que Mira ficará muito feliz com isso.

─Muito! – Melissa responde.

─Vou trazer o sorvete. – Melissa sorri apreciando a ideia.

─Acho que hoje também quero uma taça, suspenda o café. – As duas sorriem.

─Devia suspender o café quando é torta de chocolate. – Melissa diz animada. – Não entendo como apenas a ignora.

─Talvez você e Nick tenham problemas de convivência, ele lutaria com você pelo último pedaço.

─Mas sou mulher, ele precisa ser gentil, mulheres primeiro.

─Como quando um navio está prestes a afundar?

─Isso. – Ela toma toda taça de sorvete, não termino a minha, doces não são nada emocionantes para mim. Melissa se oferece para terminar a minha, me faz sorrir quando empurro para ela. Depois vamos para nosso lugar especial próximo a piscina.

Eu a trago para meus braços quando nos sentamos, ela se aconchega, beijo Melissa, não me importo com o que isso parece, não hoje, quis passar um momento assim com ela desde a primeira noite e só quero esquecer um pouco todo o resto.

─Vou ficar todo fim de semana em casa e quero levar você a um lugar especial no sábado.

─Onde vamos? – Ela fica curiosa, se move um pouco para me olhar.

─Perto, muito perto.

─Não vai me dizer? – Pede com a voz doce e um olharzinho suave e pidão.

─Fazendo charme? – Rio de sua tentativa, ganho um bico ela um beijo em resposta. – Só no sábado.

─Faltam três dias! – Ela diz depois de contar nos dedos.

─Talento para matemática? – Melissa ri.

─Aqui eu me perco um pouco no tempo.

─Vem, hora de dormir, mas amanhã não tenho que ir tão cedo.

─Vai tomar café aqui? – Isso parece agrada-la, quanto de verdade tem nesse olhar? Talvez nenhuma. Afirmo a ajudando a ficar de pé e seguindo de mãos dadas em direção ao quarto, gosto dos meus dedos entrelaçados aos dela.

É só um longo beijo de boa noite na porta do quarto, mesmo querendo que seja mais, mesmo ansiando por aquele momento, não vai acontecer, não até que queira.


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Notas finais do capítulo

Beijos!!!!!!!!!!!
Deixem comentários, quero muito saber o que estão achando.