Generation escrita por Suzanna


Capítulo 4
Capitulo 4 - Será o Chamado Ciúme?!




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__ Nunca... Mais... Faça isso! – ordenei assim que o empurrei de mim, eu estava ofegante e dava leves pausas, ele me tirará toda noção.

__ Diz isso para meu desejo insaciável. – respondeu seguindo seu olhar para mim, eu caminhara para cozinha e peguei um copo de agua gelada.

__ Seu desejo de pegar todas?! De não deixar passar uma?! – ironizei e engoli água.

__ Você não se cansa de me achar um galinha, não é?! – rebateu passando as mãos nos cabelos e retirando o gorro.

__ Não manteria sua popularidade, sem isso... – respondi grossa e desviando olhar.

Ele simplesmente suspirou irritado, mordeu os lábios enquanto balançava a cabeça, tomou rumo até a janela e sem ao menos – um tchau – ele se foi. Cai sentada no banco em frente ao balcão e fechei os olhos... Droga!

(...)

O prato em minha frente cheirava bem e a aparência estava maravilhosa, mas eu simplesmente não conseguia engolir nada, ficava pensando em como reagir depois daquilo e como ele pareceu ter ficado magoado, meus pais formulavam algo sobre o trabalho e agradeço por meu pai não me encher de perguntas sobre o porquê eu estava calada e sem comer, me levantei da mesa, peguei meu prato e despejei o resto de comida no lixo, coloquei o prato na pia e fui para o quarto, eu precisava parar de pensar e só conseguia isso dormindo.

Amarrei os cabelos em um coque frouxo, onde fios insistiam em cair as vezes, peguei uma toalha limpa, uma camisola e adentrei meu banheiro, me despi e liguei o chuveiro, a água gelada tocou meu corpo, me sequei e vesti minha camisola, voltei para o quarto e desfiz o coque, apaguei as luzes e deitei...

“Eu vi mesmo o CAMERON DALLAS
saindo de sua casa, ou estou louca?!” – Rosie [21h40min].

Bufei... Rosie e seus horários inapropriados:

“Não, não está louca!” – Angel [21h43min].

Depois disso desliguei o celular e o coloquei sobre a cômoda, fechei os olhos e procurei dormir, até um santo bater em minha porta – que saco, será que ninguém vai me deixar dormir hoje?! – revirei os olhos, suspirei e mandei entrar...

__ Vim saber como está. Você mal comeu e está se deitando cedo. – disse meu pai com aquela sua expressão de preocupado, me sentei na cama e alisei os cabelos.

__ Estou bem, pai. Só um pouco de enxaqueca! – respondi abraçando os joelhos.

__ Já tomou um analgésico? – perguntou.

__ Não precisa. Assim que eu dormir, passará. – respondi sorrindo para acalma-lo.

__ Ok. Boa noite, filha! – disse se aproximando e beijando minha testa.

__ Boa noite, pai. Dá um beijo na mamãe! – respondi, ele assentiu e saiu fechando a porta, eu me deitei novamente e rezei para finalmente dormir.

(...)

O barulho irritante do despertador me fez levantar, amarrei meus cabelos em um coque, peguei minha toalha e adentrei o banheiro, tomei um banho gelado de voltei para o quarto, vesti uma calça jeans preta com bolinhas brancas, uma bata branca de cetim, calcei meu avance branco, fiz uma maquiagem básica, desarrumei mais o coque deixando os fios caírem dando um efeito fofo, peguei meu celular, minha bolsa e segui para a cozinha...

__ Bom dia, filha. E a dor de cabeça? – mal me sentei à mesa e minha mãe perguntou, onde estava meu pai?!

__ Bom dia, mãe. Já passou! Onde está o papai? – respondi e perguntei enquanto ela me servia uma xicara de café.

__ Ele teve que sair cedo. Resolver umas coisas do trabalho! – respondeu se sentando de frente para mim e pegando um pedaço do bolo na mesa.

__ Mãe, como soube que estava apaixonada pelo papai? – perguntei, nem sei o porquê, ela me olhou desconfiada e sorriu.

__ Eu e o seu pai brigávamos feito cão e gato, ele frio como a Antártida e eu ingênua como uma criança. Mas, apesar disso tudo seu pai sempre era quem me fazia completa e me fazia bem, brigávamos tanto mais tanto que um dia como provocação eu o beijei, e desse dia em diante algo nos mantinha presos um ao outro. Acho que quando estamos apaixonadas, mais apaixonadas mesmo, a primeira coisa que sentimos é o nervoso de vê-lo, toca-lo e tudo que você pensa tem que existir ele no meio. – ela respondeu com um brilho nos olhos, acho que vários flashbacks passavam por sua mente nesse momento.

__ Você continua o amando como antes? – perguntei depois de engolir meu café.

__ Não. Eu o amo mais ainda do que antes! Mas, porque a pergunta?! Está apaixonada por alguém?! É aquele que veio te trazer no dia da festa?! – perguntou sorrindo com um brilho nos olhos, eu nunca curti esse lance de AMOR.

__ Não... Não mesmo. Ele é somente um amigo! – respondi demonstrando o nervoso, ela sorriu e assentiu maliciosa.

__ Mãe, vamos logo! – conclui me levantando, pegando minha bolsa no sofá e saindo de casa, o papo estava indo para um caminho que eu não estava muito á vontade, eu encarei meu celular que ainda estava desligado e tratei de liga-lo.

Minha mãe saiu logo, remexia sua bolsa á procura da chave do carro, quando achou destrancou o mesmo e adentramos, ela deu partida no Audi e seguiu para casa da Fields, estacionou em frente á calçada e esperou a garota sair, – e lá vinha à bonequinha – vestida em um vestido de renda azul marinho, um salto preto, uma bolsa preta, cabelo num penteado fofo, maquiagem simples e um sorriso meigo.

__ Bom dia, Angel! Bom dia senhora Louis! – disse assim que adentrou o carro.

__ Bom dia minha querida! – minha mãe respondeu.

__ Bom dia, Fields! – respondi a encarando pelo espelho retrovisor, ela sorria.

O Audi parou em frente ao colégio, descemos e minha mãe seguiu para o trabalho:

__ Eu tenho vontade de lhe matar... – disse Rosie de modo mal.

__ Como foi o soverte? – perguntei ignorando suas palavras.

__ Ótimo. Como foi com Cameron em sua casa? – ela rebateu e meus olhos a metralharam, ela sorriu vitoriosa.

__ Ele só foi conversar Rosie! – respondi irritada.

__ Ok, baby. – ironizou.

__ Ah, nunca mais me deixe mandando mensagens para o vácuo! – ordenou, revirei os olhos sorrindo e juntas adentramos o colégio.

(...)

Nunca ninguém consegue levar á sério a questão das formulas de biologia, hoje teríamos uma aula pratica, teríamos que misturar substâncias para chegarmos a uma mistura homogênea, o professor disse que ditaria as duplas:

__ Fields com Collins, Tonkin com Irvine, Steele com Pedro Reynolds, Lloyd com Dallas – mas que droga – Carter Reynolds com Bella Johnson – não conheço – Louis com Nicolas Steele... – o resto das duplas eu não escutei, pelo menos eu faria dupla com alguém que eu me dava bem, observava a Lloyd se jogando para cima do Dallas que simplesmente sorria fraco.

__ Vamos começar? – a voz do Nick tirou-me dos devaneios, ele colocara sua cadeira ao meu lado, estávamos no laboratório, fitei-o e assenti.

O professor nos deu as bases de quantidades e começamos á nos virar para por as substâncias certas no pequeno recipiente:

__ Precisamos de água, óleo, granito, enxofre e areia... – disse Nick lendo em um livro qualquer, assenti e comecei acrescentar os ingredientes como se estive fazendo um belo de um bolo.

__ Escutem... Todos tomem cuidado com as quantidades, uma gota á mais e teremos um grande estrondo ou até um incêndio. – disse o professor sentado em sua cadeira observando á todos.

__ Preocupada em a Lloyd beijar Dallas? – sussurrou Nick, o fitei e ele havia percebido meu olhar para dupla mais á frente.

__ Não, com certeza não. Ela pode beijar quem quiser e ele também! – disparei nervosa, ele assentiu como quem não havia acreditado em uma só palavra.

__ Sabia que te olhando de perto, você é muito linda, Louis?! – isso seria uma espécie de cantada?! Fitei-o surpresa e agradecida, eu acho.

__ Obrigado... Você também, Nick. – respondi meio sem graça.

__ Eu gosto quando me chama assim. – informou-me.

__ Todos te chamam assim... – respondi.

__ Não com a sua doçura! – rebateu deixando nossos olhos se encontrarem, minha boca estava em um perfeito “O”, Nicolas Steele o garanhão me dando cantada?! Perdoe-me minha amiga Phoebe mais agora sei por que senti algo por ele.

(...)

A aula finalmente acabou e as maiorias das duplas conseguiram terminar á tempo, me juntei aos meus amigos e seguimos para o pátio, no caminho ao mesmo, no ultimo corredor, vi a cena mais chocante que eu poderia ver em toda minha vida e o pior que não queria que aquilo me afetasse como afetou. Dallas praticamente era engolido pela Melissa em um beijo bem... Bem, quente! Meus olhos pareciam querer negar aquilo e não sei que diabo deu no meu coração para acelerar daquele jeito.

__ Melissa e Cameron?! Eca! – disse Pedro debochado, os olhos de Rosie se voltaram para mim e eu continuara sem ação.

__ Não vamos ficar aqui vendo os outros se pegarem, não é?! – ressuscitei.

Eles negaram com a cabeça, os amigos do Dallas se aproximaram do casal e atrapalhou o beijo, nesse momento os olhos dele encontraram os meus, ele pareceu assustado, desviei o olhar e caminhei em passos rápidos para o pátio. Eu poderia investir nas cantadas do Nick, mas isso seria ruim para Phoebe e também depois do beijo dele, parece que as outras bocas são estranhas e sem sentido.

__ Você está bem? – sussurrou Rosie.

__ Sim... – respondi sorrindo falso.

Sentados no pátio, eles começaram a conversar, Luke contava como foi engraçado ao encontrar sua mãe com o novo namorado na soverteria ontem, Nick, Carter, Jeremy e ele passaram por nós, seguiram para uma mesa onde só havia populares e se sentaram, os olhos escuros do garoto fixaram-se nos meus como cola, suspirei cansada e me levantei:

__ Aonde vai? – perguntou Phoebe.

__ Estou com fome, vou comprar algo para comer! – respondi, eles assentiram e eu segui para o refeitório, eu sentia seus olhos em minhas costas.

Ao adentrar o refeitório vazio, segui para o balcão e fui atendida por uma senhora de cabelos grisalhos e pele enrugada:

__ Em que posso ajuda-la? – perguntou ela enquanto eu observava os lanches pela vitrine de vidro.

__ Estou em duvida no que escolher... – respondi observando a torta de morango.

__ Te indico a torta de chocolate com baunilha! – uma voz masculina soou ao meu lado, fitei os olhos verdes do Nick e seu sorriso galanteador.

__ Obrigada... – respondi sorrindo.

__ Um pedaço de torta de chocolate com baunilha, por favor! – pedi.

__ Dois... – Nick gritou.

Eu sorri meiga e segui para a máquina de refrigerantes, inseri a moeda e escolhi Coca-Cola, o garoto fez o mesmo e escolheu Sprite, voltei para o caixa, peguei o dinheiro no bolso e minha mão foi segurada:

__ Sou um cavalheiro, eu pago! – disse Nick pegando sua carteira e pagando os dois pedaços, eu sorri como agradecimento e nos sentamo-nos à mesa á espera dos pedidos, logo a senhora pôs a bandeja sobre a mesa e pegamos nossos pratos.

__ Na próxima dividimos... – eu disse retirando a proteção do garfo descartável.

__ Hm... Gosto de saber que haverá próxima! – ele maliciou, eu sorri divertida.

__ Eu não sabia que gostava de chocolate. – puxei assunto enquanto bebericava o meu liquido, ele me fitou debochado.

__ Há muitas coisas que não sabe de mim, Louis! – respondeu sorrindo ainda malicioso, retribui com um olhar desafiador.

__ Tipo? – arrisquei.

__ Tipo, que morenas de olhos azuis e boca suja de chocolate, são meu ponto fraco. – disse malicioso, levou seu polegar até minha boca e passou sobre meus lábios, logo em seguida levou até sua boca o chupando.

__ É... Mas oque? – tentei evitar o constrangimento.

__ O resto eu só lhe conto na próxima vez. - respondeu divertido.

__ Nicolas... Estava te procurando, cara! – a voz do Dallas soou no refeitório vazio, ele se aproximou de nós e me encarou estranho.

__ O que houve? – perguntou Nick.

__ Melissa me disse que sua irmã Katy está lhe procurando. – respondeu o garoto.

__ O que aquela garota quer?! Angel, terminamos isso depois? – perguntou.

__ Claro. – respondi sorrindo.

__ Você vem comigo Cameron? – perguntou Nick.

__ Pode ir indo, vou comprar algo para mim! – respondeu fitando-me, já estava me incomodando.

Nick sumiu através dos corredores e o moreno sentou-se em minha frente:

__ Depois da cena no corredor, me acha mais galinha ainda, não é?! – perguntou meio preocupado, por que diabos minha opinião importava tanto?!

__ Acho que nada em você mudará meus conceitos! – respondi ríspida e sem encara-lo, eu não tinha como fazer isso?!

__ Ok, então ficará com o Nicolas? – perguntou desajeitado na cadeira.

__ Não sei. E isso também não lhe interessa! – ríspida e grossa.

__ Ele também é popular, também tem que manter a reputação. – julgou, suspirei.

__ Quer dizer que ele é igual a você? – perguntei.

__ Não exatamente. Mais ele também não deixa passar uma! – respondeu.

__ Ok, Dallas. Já entendi, obrigado pela preocupação. – eu disse me levantando.

(...)

Por hoje chega de aula, hora de ir para casa, sai do colégio juntamente com meus amigos, no estacionamento novamente uma cena que embrulhou meu estomago, Dallas, sentado em sua moto segurando a cintura da Melissa enquanto ela envolvia seu pescoço – depois ele me quer longe do Nick – revirei os olhos – imbecil – bufei, segui para o carro do Luke, ele me levaria em casa, então senti alguém tocar meu braço:

__ Pode deixar Collins. Eu á levo! – disse Nick me puxando para perto de si.

__ Ok... – respondeu Luke, os olhos de Phoebe pareciam querer saltar, ela estava furiosa, ela sorriu para mim como se dissesse – tudo bem – e adentrou a BMW.

__ Direto para casa ouviu, Nick? – brincou Rosie, ele assentiu.

Luke deu partida no veiculo levando consigo Phoebe e Rosie, eu fitei o Nick sem entender necas de nada e ele mantinha um sorriso meigo nos lábios:

__ Que tal um passeio antes de irmos para casa? – perguntou sorridente.

__ Tudo bem... – respondi devolvendo o sorriso.

Ele segurou minha mão e me levou até seu Chevrolet Corvette azul marinho:

__ Ei, Nick! Se envolvendo com a sem sal? – a voz chata da Melissa nos fez encara-la logo atrás, agarrada ao Dallas.

__ Não, Melissa. Envolvendo-me com a doçura! – ele respondeu e acariciou meu rosto de forma fofa, senti os olhos do, Dallas nos queimar.

Sem mais palavras, ele abriu a porta de seu carro e eu adentrei o mesmo, ele deu a volta no carro e adentrou no lado do motorista, ligou o motor que fez um som bem alto – caralho, caralho – e nos retirou dali.

(...) O pior tipo de ciumes é aquele que você
senti por uma pessoa que nem é sua.


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